segunda-feira, junho 29, 2015

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (14)...

Meias-finais

Dinamarca - Suécia: 1-4

Golos: Bech / Guidetti, Tibbling, Quaison, Hiljemark

Suecos vencem duelo viking e asseguram presença no encontro mais desejado do Euro...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (13)...

Meias-finais

Portugal - Alemanha: 5-0

Golos: Bernardo Silva, Ricardo, Ivan Cavaleiro, João Mário, Ricardo Horta

Vendaval luso varreu com a Alemanha da final de Praga...

quinta-feira, junho 25, 2015

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (12)...

Grupo B / 3ª Jornada

Portugal - Suécia: 1-1

Golos: Gonçalo Paciência / Tibbling

Empate rasga sorrisos de felicidade nas duas seleções...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (11)...

Grupo B / 3ª Jornada

Inglaterra - Itália: 1-3

Golos: Redmond / Benassi (2), Belotti

Triunfo com sabor demasiado amargo para a Squadra Azzurra...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (10)...

Grupo A / 3ª Jornada

Dinamarca - Sérvia: 2-0

Golos: Falk, Fischer

Vikings conquistam primeiro lugar do grupo...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (9)...

Grupo A / 3ª Jornada

República Checa - Alemanha: 1-1

Golos: Krejci / Schulz

Igualdade deixa anfitriões pelo caminho...

segunda-feira, junho 22, 2015

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (8)...

Grupo B / 2ª Jornada

Itália - Portugal: 0-0

Portugal coloca Squadra Azzurra em apuros...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (7)...

Grupo B / 2ª Jornada

Suécia - Inglaterra: 0-1

Golo: Lingard

Britânicos alcançam balão de oxigénio em cima da meta...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (6)...

Grupo A / 2ª Jornada

Alemanha - Dinamarca: 3-0

Golos: Volland (2), Ginter

Mannschaft vence e arrepia caminho para a fase seguinte...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (5)...

Grupo A / 2ª Jornada

Sérvia - República Checa: 0-4

Golos: Kliment (3), Frydek

Tarde inspirada de Jan Kliment ajuda checos a recuperarem da escorregadela inicial...

sexta-feira, junho 19, 2015

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (4)...

Grupo B / 1ª Jornada

Inglaterra - Portugal: 0-1

Golo: João Mário

Exibição categórica dos lusos acabou com a resistência britânica...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (3)...

Grupo B / 1ª Jornada

Suécia - Itália: 2-1

Golos: Guidetti, Thelin / Berardi

Dez bravos suecos protagonizaram a primeira surpresa do Europeu...

quinta-feira, junho 18, 2015

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (2)...

Grupo A / 1ª Jornada

Alemanha - Sérvia: 1-1

Golos: Can / Djuricic

Divisão de pontos num duelo equilibrado com golos madrugadores...

Flashes do República Checa 2015/Europeu de Sub-21 (1)...

Grupo A / 1ª Jornada

República Checa - Dinamarca: 1-2

Golos: Kaderabek / Vestergaard, Sisto

Vikings derrubaram anfitriões na abertura do Euro...

quinta-feira, junho 11, 2015

Flashes Biográficos (2)... Jurgen Croy

Jurgen CROY (República Democrática Alemã): Nas suas quatro décadas de vida como nação independente a República Democrática Alemã (RDA) poucas ou nenhumas alegrias vivenciou dentro dos retângulos de jogo, contrariamente à sua vizinha e irmã República Federal da Alemanha (RFA), que enquanto país logrou vencer três títulos mundiais e dois Campeonatos da Europa. Passando de forma rápida os olhos pela história do futebol saltam-nos à vista um par de acontecimentos memoráveis para o futebol da hoje extinta RDA. E em ambos um homem esteve em destaque: Jurgen Croy. Guarda-redes de posição, Croy nasceu a 19 de outubro de 1946, em Zwickau, tendo ao longo de toda a sua carreira profissional – que durou mais de duas décadas, mais precisamente entre 1967 e 1985 – sido fiel ao emblema da sua cidade natal, o BSG Sachsenring Zwickau – hoje denominado de FSV Zwickau. Croy defendeu em mais de 370 jogos a baliza do BSG, tendo como pontos altos a conquista de duas taças da RDA (em 1967 e 1975). O amor ao clube da sua terra fez com que tivesse passado ao largo de uma grande carreira internacional, no que a clubes diz respeito, pois não foi por falta de qualidades que não defendeu as balizas de emblemas de maior nomeada da então RDA, casos do Dynamo Dresden, do Magdeburg, ou do Carl Zeiss Jena.
Denotando mestria entre os postes Croy foi por diversas vezes elogiado pela imprensa do seu país, que o chegou a comprar aos melhores guarda-redes internacionais de então, casos de Dino Zoff, ou Sepp Meier. Mas seria ao serviço da seleção da RDA que Jurgen Croy viveu os seus cinco minutos de fama no plano internacional. O primeiro dá-se em 1974, altura em que a RFA organizou o Campeonato do Mundo da FIFA, tendo o sorteio da fase de grupos ditado que as duas Alemanhas ficassem no mesmo grupo! Ironia do destino. Croy foi um dos selecionados pelo técnico Georg Buschner para esse certame, e mais do que isso um dos heróis que no dia 22 de junho de 74 subiram ao relvado (molhado) do Volksparkstadium, em Hamburgo, para participar no embate entre a RFA e a RDA. Um duelo de irmãos, ou inimigos, que terminou com o triunfo dos alemães de leste por 1-0, naquela que mais do que uma das maiores surpresas ocorridas em fases finais de Mundiais – já que pelo seu poderio a RFA era teoricamente favorita a vencer esta partida – constituiu-se como um dos dois momentos mais sublimes da história do futebol da RDA. O outro aconteceu dois anos mais tarde (1976), quando Georg Buschner comandou a seleção germânica de leste nos Jogos Olímpicos de Montreal. A caminhada dos alemães no torneio olímpico seria de glória, já que o ouro olímpico foi conquistado após um triunfo (3-1) sobre a Polónia numa final onde Croy esteve em grande destaque. Com um vasto leque de grandes defesas Jurgen Croy deu um forte contributo para que a RDA conquistasse o seu único título internacional.
Croy defendeu a baliza da RDA em 86 ocasiões, tendo sido ainda eleito futebolista do ano da Alemanha de Leste em três ocasiões (1972, 1976, e 1978).

Flashes Biográficos (1)... Manuel da Fonseca e Castro

Manuel FONSECA E CASTRO (Portugal): Não lograram atingir o estatuto de Deuses da Bola, nem ascenderam ao patamar das lendas, ou tão pouco conseguiram subir aos céus na qualidade de estrelas (cintilantes) do belo jogo, mas os seus nomes fazem igualmente parte da história da modalidade, quanto mais não seja com direito a um parágrafo ou uma mera linha na enciclopédia futebolística. É nesse sentido que inauguramos hoje uma nova vitrina, os Flashes Biográficos, que como o próprio nome indica serão pequenas biografias de figuras da bola que por breves momentos saíram do anonimato para o palco principal do universo futebolístico.
E abrimos este novo espaço com um homem do norte de Portugal, o primeiro jogador oriundo desta região a vestir a camisola da seleção nacional lusitana. Manuel da Fonseca e Castro de sua graça. Nasceu em Santo Tirso – presume-se que nos finais do século XIX ou inícios do século XX – e do pouco que se sabe a seu respeito foi um dos notáveis jogadores do Académico do Porto nos anos 20. Notável não se sabe se devido aos seus dotes enquanto talentoso avançado – a posição que ocupava em campo – ou se somente por ter sido o primeiro futebolista nascido no norte a vestir o manto sagrado da seleção nacional. Tal facto – histórico – aconteceu a 18 de junho de 1925, no Campo do Lumiar, em Lisboa, local onde a equipa das quinas defrontou a Itália naquele que era apenas o quinto jogo oficial da história da nação (futebolística) lusitana. E eis que depois de quatro derrotas nos quatro primeiros jogos diante da Espanha o combinado português obteve a primeira vitória (1-0) da sua história. Fonseca e Castro fez parte desse histórico momento, pese embora não tenha recebido as melhores críticas pelo seu desempenho no relvado do Lumiar. «Muitíssimo infeliz. A julgar pelo que fez nos treinos de Lisboa e das Caldas, deve ser atribuída a uma má tarde, a sua má exibição de quinta-feira. Talvez um tanto de nervosismo, proveniente da estreia», ou «... fraco, pouco estofo para jogos de responsabilidade», foram alguns do mimos que o jogador tirsense recebeu da imprensa desportiva após o célebre encontro internacional.
Críticas à parte o que é certo é que o jogador do Académico do Porto havia entrado para a história, não só porque fez parte do onze que ofereceu a primeira vitória da seleção, mas por ter sido então o primeiro nortenho a atuar pelo grupo nacional. Este duplo facto mereceu da parte do Académico uma atenção muito especial, já que a 5 de julho de 1925 o clube portuense organizou um banquete em homenagem a Fonseca e Castro, evento esse que teve lugar no majestoso Palácio de Cristal, na Cidade Invicta.

Equipa do Académico do Porto na temporada de 1926/27. Fonseca e Castro 
é o primeiro na fila de baixo a contar da direita para a esquerda


O avançado academista atuou em mais duas ocasiões pela seleção nacional: ante a Checoslováquia, numa partida ocorrida a 24 de janeiro no Campo do Ameal (Porto), e que terminou com uma igualdade a uma bola, e diante da França, a 18 de abril de 1926, em Toulouse, duelo que foi concluído com um robusto triunfo francês por 4-2. Desconhecendo se Fonseca e Castro seria um virtuoso da bola – pelas críticas conhecidas parece que não... – o que é certo é que ele era um gentelman dos relvados, um jogador correto e leal para com os seus adversários, e um defensor acérrimo do fair-play. A comprovar este facto está uma história curiosa, também ela de data desconhecida, mas que marca a história do próprio Académico do Porto, clube que sempre se pautou pela honestidade, dignidade, e cavalheirismo no seio do desporto. Reza então a história que em certo jogo – que os academistas precisavam de ganhar – Fonseca e Castro fez um golo, golo esse de pronto protestado pelos adversários que alegavam que a bola tinha estado fora das quatro linhas antes do avançado tirsense a introduzir na baliza. Perante o coro de protestos o árbitro da partida abeira-se de Fonseca e Castro para lhe perguntar se de facto a bola havia estado fora do campo antes deste a ter enviado para o fundo das redes. Com cavalheirismo e fair-play o jogador iria confirmar que de facto o esférico tinha estado fora, o que levou o juiz de imediato a invalidar um golo que acabaria por fazer falta ao Académico, uma vez que o emblema portuense perdeu o encontro em questão. Mas para Fonseca e Castro pior do que a derrota era a falta de honestidade e de caráter...

segunda-feira, junho 08, 2015

Histórias do Planeta da Bola (11)... Os anos dourados (1927-1939) da Taça Mitropa - A primeira montra de estrelas do futebol europeu (parte VI)

Capitão do Ferencvaros recebe uma coroa
de flores a simbolizar o triunfo
na Mitropa Cup de 1937
E eis que chegamos ao derradeiro capítulo da era dourada da Mitropa Cup. À derradeira viagem pela história daquela que é considerada a mãe das atuais competições europeias de clubes. 1937 marca então o início desta nossa última etapa, um ano em que a Taça Mitropa voltou a expandir as suas fronteiras, desta feita até à Roménia, a sétima nação a fazer parte da história da competição idealizada por Hugo Meisl. Romenos que participaram pela primeira vez no certame continental com apenas uma equipa, o seu campeão nacional de então, no caso o Venus de Bucareste. Regresso saudado foi o da Jugoslávia, país cujos clubes haviam participado na primeira edição do certame, em 1927. Face ao regresso de jugoslavos e à estreia dos romenos a organização teve de reajustar o número de vagas da competição, sendo que as quatro nações mais poderosas – Checoslováquia, Itália, Hungria, e Áustria –, diga-mos assim, passaram a ter três representantes ao invés dos quatro habituais.
A primeira grande surpresa da 11ª edição da prova foi protagonizada pelos campeões da Suíça, o Grasshopper de Zurique, clube que afastou uma das equipas revelação da temporada transata, os checoslovacos do Prostejov. Na primeira mão, em solo helvético, vitória mínima (4-3) garantida por Alfred Bickel, um dos craques suíços que um ano mais tarde ajudou a sua seleção a derrubar a poderosa Alemanha no Campeonato do Mundo de França. Na segunda mão a estrela foi o defesa Sirio Vernati, cuja magnífica exibição ajudou os gafanhotos de Zurique a obterem uma igualdade a duas bolas que garantiu a passagem aos quartos-de-final.

Contrariamente à edição anterior os combinados suíços parecem ter levado mais a sério esta nova participação, a julgar pelas enormes dificuldades causadas a emblemas com outra estaleca. O Young Fellows esteve quase a seguir o caminho dos vizinhos do Grasshopper, obrigando outro gigante do futebol europeu de então, o First Viena, a um play-off para desempatar uma eliminatória que teve início na capital da Áustria com uma curta vitória do First por 2-1. Os helvéticos abriram de forma surpreendente o marcador, mas Gschweidl empatou na sequência de um belíssimo remate. Belo foi igualmente o tento do triunfo, da autoria do extremo Molzer, que driblou meia equipa do Young Fellows até introduzir a bola no fundo da baliza forasteira. Em Zurique o Young Fellows marcou cedo, igualando desta forma a eliminatória que seria decidida então num play-off. Encontro este que voltou a ser realizado em Zurique, e que teve em Gschweidl a chave do triunfo (2-0) dos austríacos. Este jogador apontou os dois golos da sua equipa, deslumbrou a assistência com o seu futebol, com dribles diabólicos e passes magistrais, sendo unanimemente considerado então como o man of the match
 
Sindelar dispara para... o fundo da baliza
Quem parece não ter tido grandes dificuldades para também seguir em frente foram os campeões em título, o Austria de Viena, que afastaram o teoricamente complicado conjunto do Bologna. Teoricamente porque na prática o campeão de Itália foi vulgarizado pela equipa de Sindelar, sobretudo na segunda mão. Em Bolonha, no primeiro encontro, a defesa superou-se ao ataque, isto é, a postura defensiva com que o Austria entrou em campo levou a melhor sobre o estilo ofensivo patenteado pelos italianos. Contudo, e apesar de mais ofensivo, o Bologna não conseguiu superar a bem escalonada defesa contrária, onde Sesta e Mock ditaram leis. E lá na frente havia... Sindelar, quem mais. Apontou um golo e deu outro a marcar, edificando assim uma importante vitória por 2-1 em território inimigo. Na segunda mão Sindi deu um festival de bem jogar. Logo ao terceiro minuto da partida disparou uma autêntica bala de canhão a mais de 30 metros que só parou no fundo das redes bolonhesas. A soberba exibição do Homem de Papel a juntar ao hattrick obtido por Walter Nausch ajudou a construir uma goleada de 5-1, que selou a passagem à ronda seguinte.
Embate de titãs aconteceu em Praga, onde o Slavia, campeão checoslovaco da época anterior, recebia o Ferencvaros. Dois pesos pesados do futebol continental que começaram por empatar a duas bolas, numa partida em que os locais atacavam e os forasteiros contra-atacavam. Na segunda mão, em Budapeste, Toldi e Sarosi foram os grandes obreiros de uma vitória por 3-1 de um Ferencvaros que exerceu do príncipio ao fim um domínio avassalador sobre o seu oponente. Domínio esse expresso em apenas três golos, e dizemos apenas três porque na baliza dos checoslovacos estava uma lenda chamada Frantisek Planicka, que evitou uma catástrofe bem maior. 
 
Um autêntico passeio foi o que o Ujpest fez nesta primeira ronda, já que o sorteio ditou que os terceiros colocados do campeonato húngaro defrontassem os caloiros do Venus de Bucareste. A capital romena acolheu o duelo da primeira mão, um jogo cheio de golos, 10 para sermos mais precisos, seis para o Ujpest e quatro para os locais, sendo de destacar a exibição individual da estrela-mor dos visitantes, Gyula Zsengeller, autor de três golos. No encontro de volta, e atuando diante do seu público, o Ujpest assumiu o controlo absoluto dos acontecimentos, tendo alcançado com toda a naturalidade um novo e avolumado triunfo, desta feita por 4-1. Quanto a Zsengeller, ele foi autor de mais um par de golos e de uma estupenda exibição. Era indiscutivelmente um dos maiores talentos do futebol húngaro de então.
Outro embate de gigantes opôs os campeões da Áustria, o Admira, aos vice-campeões da Checoslováquia, o Sparta de Praga. Na primeira mão o Admira esteve melhor, mas falhou em demasia sempre que se encontrava próximo da baliza dos checoslovacos. Um remate pleno de êxito de Stoiber foi a exceção numa floresta de oportunidades perdidas pelo conjunto da casa. A igualdade final a um golo surgiu por intermédio de um jovem talento de 18 anos, Karel Senecky, avançado de posição no campo de batalha, que não obstante a sua tenra idade assumiu nesta edição da Mitropa o estatuto de estrela principal da equipa de Praga. Isto porque Raymond Braine regressou ao seu país, enquanto que Nejedly começava a dar sinais de alguma... veterania, passando mais jogos na bancada do que em campo, por opção técnica. Na segunda mão o jovem Senecky voltou a dar nas vistas, inaugurando o marcador logo aos oito minutos. Porém, o Admira não se fez rogado por estar a atuar no inferno checoslovaco, chamando a si o controlo do encontro e chegando com naturalidade à vantagem no marcador graças aos golos de Hahnemann e Vogl. Zeman iria empatar já perto do fim, fazendo o 2-2 final, facto que obrigou a um terceiro jogo de desempate, jogo esse onde o Admira foi nitidamente melhor, sobretudo na segunda parte, período em que apontou os dois únicos golos da tarde, da autoria de Vogl e Schilling.
A equipa da Lazio de Roma que participou na edição de 1937 da Taça Mitropa
Duas equipas italianas fizeram em 1937 a sua estreia nestas andanças da Taça Mitropa, o Génova e a Lazio. Os romanos tinham no internacional italiano Silvio Piola a sua principal referência, jogador que esteve em destaque na partida da primeira mão perante os húngaros do MTK. Piola apontou aos 57 minutos, um golo precioso para os laziale no terreno do adversário, o qual não conseguiu melhor do que igualar o marcador ao minuto 70. Piola voltou a estar em vincado destaque na partida de Roma, ao apontar dois dos três golos de vantagem que a Lazio dispunha ao intervalo sobre o seu oponente. Na segunda parte os romanos relaxaram, e foi aí que brilhou outra estrela, esta do lado oposto, Cseh, assim, se chamava. O avançado do MTK de Budapeste fez a vida negra ao setor mais recuado dos italianos, sendo que por duas ocasiões bateu o guardião Blason, golos que no entanto não seriam suficientes para adiar o adeus húngaro à competição.
Quem também entrou com o pé direito na prova foi o Génova, equipa cujo futebol de cariz ofensivo causou mossa nos jugoslavos do Gradjanski de Zagreb. Neste plano há a sublinhar as exibições dos atacantes Mario Perazzolo e Luigi Scarabello, e do defesa Giuseppe Bigogno, três dos principais responsáveis pela passagem dos genoveses aos quartos-de-final.

Um dos embates mais apetecidos dos quartos-de-final opôs o Ferencvaros ao First Viena, uma eliminatória dominada pelos dois... setores recuados. O resultado da primeira mão, realizada em Budapeste, cedo foi construído, tendo o primeiro golo surgido aos nove minutos para os visitantes. Antes da meia hora o Ferencvaros recuperou e colocou-se em vantagem, graças a dois remates certeiros dos goleadores Toldi e Sarosi, que fizeram assim o resultado final de uma partida onde as duas defesas estiveram quase intransponíveis. A segunda mão desenrolou-se na mesma toada, ou seja, os avançados de ambos os lados da barricada tiveram imensas dificuldades para furar as barreiras defensivas. O momento de exceção ocorreu aos 11 minutos, altura em que Pollak fez o único golo do encontro a favor dos austríacos. Depois disso os dois conjuntos fecharam as respetivas balizas a sete chaves, sendo que para o fazer o Ferencvaros até fez recuar o seu goleador principal, Sarosi! Face a estes dois resultado impôs-se a realização de um play-off, sendo que ai os húngaros foram mais atrevidos, empurrando o First para a sua zona defensiva, um pressing que haveria de dar os seus frutos em duas ocasiões, ambas concretizadas por Toldi, que assim teve um papel fundamental na vitória e no consequente apuramento do vice-campeão da Hungria para a ronda seguinte.

Gyula Zsengeller
E se o rigor defensivo havia imperado no duelo entre Ferencvaros e First Viena, o estilo ofensivo foi nota dominante durante a primeira mão da eliminatória entre Austria de Viena e Ujpest. 5-4 a favor dos vienenses naquele que foi um jogo de verdadeiro hino ao golo, onde duas figuras se destacaram das demais: Sindelar, do lado dos austríacos, autor de um golo e de uma exibição – mais uma – divinal, e Gyula Zsengeller, cuja qualidade técnica aliada ao seu remate explosivo aproveitou as fragilidades da defesa local. Resultado final: 5-4 a favor do Austria, num jogo em que o golo e o futebol espetáculo foram uma constante. Na segunda mão os vienenses mudaram o chip, ou seja, fecharam-se na sua zona defensiva na tentativa de guardar a magra vantagem que traziam de casa, optando por explorar as situações de contra-ataque. E foi precisamente nos lances de contra-ataque que esteve a chave para um novo triunfo austríaco. E o homem do jogo foi... Sindelar, sempre ele, a comandar as operações na hora de semear o pânico na defesa contrária, fez um golo simplesmente fenomenal – um poderoso remate a 25 metros de distância que surpreendeu o guardião da casa – e esteve na origem do segundo tento – apontado por Jerusalem – que deu ao Austria uma vantagem de 2-0. O Ujpest ainda reduziu, mas era já tarde demais para evitar a eliminação.
Mais fácil, muito mais, foi o triunfo da Lazio sobre os suíços do Grasshopper. Na primeira mão, na capital italiana, um vendaval varreu com a turma helvética. Vendaval que teve um nome: Silvio Piola. Fez três golos e deu outros a marcar, contribuindo desta forma para uma expressiva vitória laziale por 6-1. Com este score a viagem a Zurique tornou-se pois um verdadeiro passeio para os homens de Jozsef Viola, o húngaro que na época treinava a Lazio. Cientes de que a eliminatória estava no papo, os romanos relaxaram, e permitiram que os suíços se despedissem do certame com um triunfo por 3-2, sendo de destacar no plano individual Alfred Bickel, uma das grandes estrelas do futebol da Suíça de então, que neste encontro apontou dois golos.
Espetáculo vergonhoso, é assim que podemos caracterizar a eliminatória entre o Admira de Viena e o Génova, uma eliminatória onde o futebol esteve ausente para dar lugar à violência. Uma verdadeira batalha campal definiu a primeira mão, em Viena, onde jogadores de ambas as equipas passaram os 90 minutos a agredirem-se perante a complacência do árbitro de um jogo que terminou empatado (2-2). Perante isto o encontro da segunda mão esteve em dúvida, já que a polícia de Génova não garantiu as mínimas condições de segurança para os intervenientes no duelo de volta. Desta forma o Comité da Mitropa decidiu não realizar o encontro, punindo os dois conjuntos com a exclusão da prova, facto que fez com que a Lazio ficasse desde logo apurada para a final, já que ficava assim sem adversário na meia-final.

Fase esta onde se realizou apenas um encontro, aquele que colocou frente a frente o Austria de Viena e o Ferencvaros. Na viagem à capital austríaca Emil Rauchmaul, treinador do Ferencvaros usou uma tática semelhante à do primeiro jogo ante o First Viena, uma tática onde fez recuar para o centro da defesa o avançado Sarosi. No duelo ante o Austria este jogador teve uma tarefa específica: travar Sindelar. Tarefa árdua e... ineficaz, já que o Mozart do Futebol fez o que quis durante os 90 minutos do seu marcador de serviço. Sindi conduziu – de novo – a sua equipa rumo a uma vitória concludente e merecida, já que durante todo o encontro os vienenses foram os únicos que de facto quiseram vencer, exibindo uma postura nitidamente ofensiva aliada a uma qualidade técnica primorosa. O resultado desta combinação foi um triunfo por 4-1.
Na segunda mão os papéis inverteram-se. Os magiares dominaram do princípio ao fim a partida, atacando vezes sem contra a baliza austríaca, mostrando bem o porquê de terem terminado o campeonato da Hungria da temporada anterior com um registo de 102 golos apontados!!! A linda da frente do Ferencvaros vulgarizou o Austria, apontando seis golos que viraram a eliminatória e deram aos húngaros o bilhete para a final.

Silvio Piola
Jogo decisivo, ou melhor, jogos decisivos – uma vez que a final era jogada em duas mãos – que foram um verdadeiro deslumbre no que a futebol e a golos diz respeito. Dois homens protagonizaram um duelo particular muito especial durante esta dupla final: Sarosi, pelo lado dos húngaros, e Piola, do lado da Lazio. Na primeira mão, em Budapeste, Gyorgy Sarosi foi o herói, apontando um hattrick na segunda metade da partida que contribuiu para um triunfo por 4-2 a favor do combiando da casa. E se o futebol ofensivo havia sido uma constante – de parte a parte – na primeira mão, o mesmo aconteceu no jogo de volta, em Roma, onde a Lazio cedo se lançou ao ataque na tentativa de agarrar o seu primeiro troféu continental. Giovanni Costa fez o o 1-0 logo aos 4 minutos, mas a festa laziale não iria durar mais do que um minuto, já que pouco depois de a bola ir ao centro Sarosi cava uma grande penalidade que o próprio iria converter em golo. O mesmo jogador, três minutos depois, silencia os 35.000 espectadores presentes no Estádio Nacional do Partido Fascista, ao apontar o 2-1. Foi então que emergiu no relvado toda a genialidade de Silvio Piola, que praticamente sozinho destruiu até final da primeira parte a turma visitante. Apontou dois golos, e foi preponderante na obtenção de um quarto golo aos 35 minutos, da autoria de Camolese. Porém, do outro lado ainda estava outro avançado de créditos firmados, Toldi, que aos 37 minutos arrefece as emoções laziales ao apontar o 3-4 com que se atingiu o intervalo que chegou em bom tempo para fazer descansar um pouco os corações dos espectadores daquele duelo eletrizante. Na segunda parte o chavão que diz que os “grandes génios do futebol também falham” acabou por vir ao de cima e ditar, de certa forma, o desfecho final desta... final. Aos 61 minutos o árbitro suíço Hans Wuthrich assinala uma grande penalidade a favor da Lazio, castigo esse que Piola... iria desperdiçar! Este lance iria afetar os romanos, que não mais se encontraram, facto aproveitado por... Sarosi, para dar a machadada final, primeiro ao oferecer um golo a Lázár, aos 71 minutos, e em cima do minuto 80 ele próprio fez um novo golo nesta final, que daria garantia assim o segundo ceptro continental ao Ferencvaros. Nove dos golos apontados pelos húngaros nos dois encontros da final seis haviam sido da autoria de Gyorgy Sarosi, que desta forma subia também ao lugar mais alto do pódio da lista dos melhores marcadores desta edição da Mitropa Cup – com um total de 12 remates certeiros.

Números e nomes:

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Slavia Praga (Checoslováquia) - Ferencvaros: 2-2/1-3
First Viena (Áustria) - Young Fellows (Suíça): 2-1/0-1/2-0 (desempate)
Bologna (Itália) - Austria Viena (Áustria): 1-2/1-5
Venus Bucureste (Roménia) - Ujpest (Hungria): 4-6/1-4
Admira Viena (Áustria) - Sparta Praga (Checoslováquia): 1-1/2-2/2-0 (desempate)
Génova (Itália) - Gradanski (Jugoslávia): 3-1/3-0
MTK (Hungria) - Lazio (Itália): 1-1/2-3
Grasshopper (Suíça) - Prostejov (Checoslováquia): 4-3/2-2

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Ferencvaros (Hungria) - First Viena (Áustria): 2-1/0-1/2-1 (desempate)
Austria Viena (Áustria) - Ujpest (Hungria): 5-4/2-1
Lazio (Itália) - Grasshopper (Suíça): 6-1/2-3
Admira Viena (Áustria) - Génova (Itália): 2-2/*

*Ambas as equipas foram suspensas por conduta violenta

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Austria Viena (Áustria) – Ferencvaros (Hungria): 4-1/1-6

*Nota: Lazio ficou automaticamente apurada para a final por não ter adversário nas meias-finais
Em 1937 a taça voltou a Budapeste pela mão do Ferencvaros

Final (1ª mão)

Ferencvaros (Hungria) – Lazio (Itália): 4-2

Data: 12 de setembro de 1937
Estádio: Ulloi ut, em Budapeste (Hungria)
Árbitro: Gustav Krist

Ferencvaros: Jószef Háda, Sándor Tátrai, Lajos Korányi, Béla Magda, Gyula Polgár, Béla Székely, Mihai Tanzer, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Géza Toldi, e Tibor Kemény. Treinador: Emil Rauchmaul.

Lazio: Giacomo Blason, Benedicto Zacconi, Alfredo Monza, Giuseppe Baldo, Giuseppe Viani, Luigi Milano, Umberto Busani, Libero Marchini, Silvio Piola (c), Bruno Camolese, e Giovanni Costa. Treinador: József Viola.

Golos: 1-0 (Toldi, aos 20m), 1-1 (Busani, aos 26m), 2-1 (Sarosi, aos 53m), 3-1 (Sarosi, aos 59m), 3-2 (Piola, aos 63m), 4-2 (Sarosi, aos 72m).

Final 2ª (mão)

Lazio (Itália) – Ferencvaros (Hungria): 4-5

Data: 24 de outubro de 1937
Estádio: Nazionale, em Roma (Itália)
Árbitro: Hans Wuthrich (Suíça)

Lazio: Vincenzo Provera, Benedicto Zacconi, Alfredo Monza, Giuseppe Baldo, Giuseppe Viani, Luigi Milano, Umberto Busani, Libero Marchini, Silvio Piola (c), Bruno Camolese, e Giovanni Costa. Treinador: József Viola.

Ferencvaros: Jószef Háda, Sándor Tátrai, Lajos Korányi, Béla Magda, Gyula Polgár, Gyula Lázár, Mihai Tanzer, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Géza Toldi, e Tibor Kemény. Treinador: Emil Rauchmaul.

Golos: 1-0 (Costa, aos 4m), 1-1 (Sarosi, aos 5m), 1-2 (Sarosi, aos 8m), 2-2 (Piola, aos 18m), 3-2 (Piola, aos 23m), 4-2 (Camolese, aos 35m), 4-3 (Toldi, aos 37m), 4-4 (Lázár, aos 71m), 4-5 (Sarosi, aos 80m)

1938 e 1939: Guerra derrota a Mitropa Cup

Pepi Bican, a estrela da Taça Mitropa de 1938
O eclodir da II Guerra Mundial era por alturas de 1938 um facto praticamente consumado. Pelo menos assim indicavam as orientações político-militares do Velho Continente. Em 12 março de 1938 dá-se o Anschluss, que significa a anexação da Áustria pela Alemanha nazi, e aqui começa de certa forma também o desmoronamento da Mitropa Cup. Com esta anexação a nação austríaca perde a sua total independência, inclusive no futebol. Deste modo a edição de 1938 da Taça Mitropa já não irá contar com a participação dos clubes austríacos, eles que tantas páginas douradas ajudaram a escrever desde 1927, ano em que a competição viu a luz do dia. A morte de Hugo Meisl (criador da Mitropa), em 1937, também foi um duro golpe na sobrevivência da prova. Foi por isso num cenário triste que se ergueu a edição de 1938, edição essa que iria consagrar pela primeira vez na história da prova o Slavia de Praga como campeão, muito devido à ação individual de um tal de Josef Bican. Pepi, como era conhecido pelos companheiros de equipa e adeptos, foi o abono de família do Slavia, apontando 10 dos 25 golos que os checoslovacos apontaram no percurso rumo à glória. Nesse percurso alguns episódios – hoje lendários – saltam à memória, como é o exemplo o jogo da primeira mão dos quartos-de-final ante o campeão italiano da temporada anterior, a Ambrosiana-Inter, que em Praga sofreu uma verdadeira humilhação, como se comprova pelo resultado de 9-0 a favor do Slavia. Neste encontro a estrela foi Pepi Bican, um cidadão austríaco naturalizado checoslovaco, autor de quatro dos nove tentos do Slavia. A final seria disputada ante os campeões da temporada transata, o Ferencvaros, clube à partida favorito a ganhar a taça pela terceira vez na sua história, ainda para mais depois de ter empatado a duas bolas no encontro da primeira mão, em Praga. Mas da teoria à prática o caminho foi longo para Sarosi e companhia, que iriam cair aos pés do novo campeão por 2-0.

Bela Gutmann
A ausência de dados mais concretos sobre as duas últimas edições da Era dourada (1927-1939) da Taça Mitropa faz-nos atalhar o caminho até 1939, ano em que a prova entra na reta final do seu período áureo. A edição de 1939 contou apenas com oito equipas, algo que já não acontecia desde 1933. A taça, essa foi entregue ao Ujpest, equipa húngara orientada por um tal de Bela Guttman, um mestre da tática que duas décadas mais tarde iria conhecer de novo a glória europeia, desta feita no âmbito das eurotaças tuteladas por uma UEFA que iria nascer em 1954, ao serviço do Benfica. Ujpest que em campo foi conduzido ao triunfo final por outro mestre, este na arte de manuesar o esférico, de seu nome Gyula Zsengeller, o qual com nove tentos apontados ao longo da prova arrecadou o título de melhor marcador. A final foi jogada por duas equipas húngaras, o Ujpest e o Ferencvaros, último clube que foi humilhado (derrota por 4-1) no seu reduto no encontro da primeira mão, com destaque para a exibição individual de Zsengeller – autor de dois golos. A igualdade a duas bolas no encontro de volta foi suficiente para o Ujpest levantar a segunda Mitropa Cup da sua história. Entretanto, em setembro de 1939 a Alemanha invade a Polónia e tem início a II Guerra Mundial, conflito bélico que iria durar até 1945. A Europa era pois um terreno muito perigoso, pese embora oito emblemas aventureiros provenientes da Roménia, Hungria, e da Jugoslávia – os clubes de Itália e da Checoslováquia não participaram – deram vida à edição de 1940, a qual não viria a ter um campeão, pois a final entre o Rapid de Bucareste e o Ferencvaros acabou por não se realizar precisamente devido ao conflito bélico que assolava o Velho Continente. Assim, a bola parou de rolar no âmbito da Taça Mitropa. Um interregno que durou até 1955, altura em que a histórica competição regressou, mas já sem a força e a mística alcançada na década de 30. Além disso, à porta estava a Taça dos Clubes Campeões Europeus, certame criado pela UEFA, e que iria agregar a si a esmagadora maioria das nações – e respetivos clubes – da Europa. Mesmo passando para um plano secundário, a Mitropa manteve-se viva até 1992, moribunda, quase ignorada, mas viva, sendo que até ao seu final não passou de um mero torneio disputado sobretudo por equipas da Série B italiana e alguns combinados da Áustria, Hungria, ou Jugoslávia, que entretanto foram perdendo fulgor na Europa do futebol.

Números e nomes (edição de 1938):

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Kladno (Checoslováquia) - HASK Zagreb (Jugoslávia): 3-1/2-1
Zidenice (Checoslováquia) – Ferencvaros (Hungria): 3-1/0-3
Génova (Itália) - Sparta Praga (Checoslováquia): 4-2/1-1
Beogradski (Jugoslávia) - Slavia Praga (Checoslováquia): 2-3/1-2
MTK Budapeste (Hungria) - Juventus (Itália): 3-3/1-6
Ujpest (Hungria) - Rapid Bucareste (Roménia): 4-1/0-4
Ambrosiana-Inter (Itália) - Kispesti (Hungria): 4-2/1-1
Ripensia Timisoara (Roménia) – Milan (Itália): 3-0/1-3

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Ferencvaros (Hungria) - Ripensia Timisoara (Roménia): 5-4/4-1
Juventus (Itália) - Kladno (Checoslováquia): 4-2/2-1
Slavia Praga (Checoslováquia) – Ambrosiana-Inter (Itália): 9-0/1-3
Génova (Itália) - Rapid Bucareste (Roménia): 3-0/1-2

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Génova (Itália) - Slavia Praga (Checoslováquia): 4-2/0-4
Juventus (Itália) – Ferencvaros (Hungria): 3-2/0-2
1938 marca a única vitória do Slavia de Praga na Taça Mitropa

Final (1ª mão)

Slavia Praga (Checoslováquia) – Ferencvaros (Hungria): 2-2

Data: 4 de setembro de 1938
Estádio: Strahov, em Praga (Checoslováquia)
Árbitro: Henry Mee (Inglaterra)

Slavia Praga: Alexej Boksay, Antonin Cerny, Ferdinand Daucik (c), Karel Prucha, Karol Daucik, Vlastimil Kopecky, Vaclav Horak, Ladislav Simunek, Josef Bican, Vojtech Bradac, e Rudolf Vytlacil. Treinador: Jan Reichardt.

Ferencvaros: Jozsef Hada, Sandor Tátrai, Gyula Pólgar, Béla Magda, Béla Sarosi, Gyula Lazar, Mihai Tanzer, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Géza Toldi, e Tibor Kemény. Treinador: Gyorgy Hlavay.

Golos: 01- (Kemény, aos 30m), 1-1 (Bican, aos 36m), 2-1 (Simunek, aos 44m), 2-2 (Kiss, aos 63m)

Final (2ª mão)

Ferencvaros (Hungria) – Slavia Praga (Checoslováquia): 0-2

Data: 11 de setembro de 1938
Estádio: Ulloi ut, em Budapeste (Hungria)
Árbitro: Arthur Jewell (Inglaterra)

Ferencvaros: Jozsef Hada, Sandor Tátrai, Gyula Pólgar, Béla Magda, Béla Sarosi, Gyula Lazar, Mihai Tanzer, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Géza Toldi, e Tibor Kemény. Treinador: Gyorgy Hlavay.

Slavia Praga: Alexej Boksay, Antonin Cerny, Ferdinand Daucik (c), Karel Prucha, Otakar Nozir, Vlastimil Kopecky, Bedrich Vacek, Ladislav Simunek, Josef Bican, Vojtech Bradac, e Rudolf Vytlacil. Treinador: Jan Reichardt.

Golos: 0-1 (Vytlacil, aos 57m), 0-2 (Simunek, aos 71m).

Números e nomes (edição de 1939):

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Venus Bucareste (Roménia) - Bologna (Itália): 1-0/0-5
Ferencvaros (Hungria) - Sparta Praga (Checoslováquia): 2-3/2-0
Beogradski (Jugoslávia) - Slavia Praga (Checoslováquia): 3-0/1-2
Ambrosiana-Inter (Itália) – Ujpest (Hungria): 2-1/0-3

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Bologna (Itália) – Ferencvaros (Hungria): 3-1/1-4
Beogradski (Jugoslávia) – Ujpest (Hungria): 4-2/1-7
A vitória do Ujpest (equipa da imagem) encerrou a era dourada da Mitropa

Final (1ª mão)

Ferencvaros (Hungria) – Ujpest (Hungria): 1-4

Data: 23 de julho de 1939
Estádio: Ulloi ut, em Budapeste (Hungria)
Árbitro: Gustav Krist (Checoslováquia)

Ferencvaros: József Háda, Sándor Tátrai, Kornél Szoyka, Béla Magda, Béla Sarosi, Gyula Lázár, Mihai Tanzer, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Géza Toldi, e László Gyetvai. Treinador: Gyorgy Hlavay.

Ujpest: Ferenc Sziklai, Gyula Futó (c), Jeno Fekete, Antal Szalay, Gyorgy Szucs, Istvan Balogh, Sándor Ádám, Jeno Vincze, Gyula Zsengeller, Lipót Kállai, e Géza Kocsis. Treinador: Bela Guttman.

Golos: 0-1 (Zsengeller, aos 9m), 0-2 (Kocsis, aos 10m), 0-3 (Kocsis, aos 53m), 1-3 (Sarosi, aos 73m); 1-4 (Zsengeller, aos 74m).

Final (2ª mão)

Ujpest (Hungria) – Ferencvaros (Hungria): 2-2

Data: 20 de julho de 1939
Estádio: Megyeri út, em Budapeste (Hungria)
Árbitro: Generoso Dattilo (Itália)

Ujpest: Ferenc Sziklai, Gyula Futó (c), Jeno Fekete, Antal Szalay, Gyorgy Szucs, Istvan Balogh, Sándor Ádám, Jeno Vincze, Gyula Zsengeller, Lipót Kállai, e Géza Kocsis. Treinador: Bela Guttman.

Ferencvaros: József Pálinkás, Sándor Tátrai, Kornél Szoyka, Gyula Pólgar, Béla Sarosi, Gyula Lázár, Mihály Biró, Gyula Kiss, Gyorgy Sarosi (c), Istvan Kiszely, e László Gyetvai. Treinador: Gyorgy Hlavay.

Golos: 0-1 (Kiszely, aos 15m), 0-2 (Kiszely, aos 29m), 1-2 (Ádám, aos 54m), 2-2 (Balogh, aos 82m)