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Equipa da CUF que fez história na Taça UEFA de 72/73 |
O
Barreiro figura na história do futebol português como um alfobre de largas
dezenas de notáveis futebolistas. Durante anos a fio esta cidade industrial de
referência foi um dos maiores, senão mesmo o maior, fornecedor de jogadores
para os grandes clubes de Lisboa (sobretudo) e por consequência para a seleção
nacional. Enumerá-los merecia só por si um artigo específico sobre a condição
do Barreiro enquanto berço de génios da bola, artigo esse que fica para outras
núpcias. Mas não só de virtuosos futebolistas reza a história desta terra
localizada na margem sul do estuário do Tejo. Grandes e míticas equipas dali
oriundas levaram o nome do Barreiro longe, tanto no plano nacional como
internacional. Durante anos a fio a CUF e o Barreirense, os dois míticos
emblemas ali nascidos, foram os máximos representantes da vila operária no mais
alto escalão do futebol luso. E com resultados/classificações histórico(a)s! E
como consequência dessas excelentes performances ambos os clubes têm o seu nome
inscrito na história das provas da UEFA, vulgo, as competições europeias. Sobre
a aventura do Barreirense já aqui falámos noutras viagens ao passado, enquanto
que da CUF vamos recordar hoje o encontro histórico que permitiu ao mítico "clube-fábrica"
superar pela primeira vez uma barreira uefeira, isto é, eliminar um adversário
europeu. Aconteceu na época de 72/73, na recém-criada Taça UEFA, onde a CUF
mediu forças com os belgas do Racing White (Molenbeek). Antes de recordarmos
este encontro, há que referir que o emblema da Companhia União Fabril - fundada
pelo grande e visionário empresário, Alfredo da Silva, nos inícios do século XX
- não era propriamente um estreante em matérias de competições internacionais.
Esta era na verdade a terceira presença dos cufistas na alta roda do futebol
europeu. A primeira havia sido na extinta Taça das Cidades com Feira, na
temporada de 65/66, altura em que a CUF surpreendeu ao Europa ao obrigar o
poderoso Milan a um terceiro e decisivo jogo de desempate; e em 67/68, na mesma
competição, quando caiu aos pés dos jugoslavos do Vojvodina na ronda inaugural.
E em
72/73 o clube do Barreiro chegava novamente ao palco europeu, fruto de um
brilhante 4.º lugar no Campeonato Nacional da época anterior, em que ficou à
frente do FC Porto, por exemplo.
Belgas sobranceiros caíram na ratoeira dos mind games
Quis o
sorteio que a terceira presença da CUF nas competições europeias tivesse início
em Bruxelas, onde à sua espera tinha o Racing White. Apesar de bem orientados
por Fernando Caiado, que durante largos anos bebeu - enquanto adjunto - da sabedoria de ilustres técnicos que
conduziram o Benfica a finais europeias na década de 60, os cufistas não
reuniam à sua volta grande expectativas por parte dos opinadores do futebol
português quanto a uma passagem de eliminatória. Pelo menos era esta a ideia
que o célebre jornalista Cruz dos Santos passou no início da sua análise ao
jogo realizado no Estádio Fallon a 20 de setembro de 1972. E de acordo com as
palavras iniciais do jornalista d' A Bola
esta descrença era mais pelas debilidades da equipa barreirense do que pelo poderio
do adversário, poderio esse de que nunca se tinha ouvido falar! Para Cruz dos
Santos o Racing era somente uma equipa jeitosa, com três ou quatro jogadores de
boa craveira técnica, mas não mais do que isso. «Todas as desconfianças que se alimentavam a propósito das possibilidades
de qualificação da equipa portuguesa repousavam na própria CUF, que se sabe ser
capaz de uma superação na hora exacta (tem-no provado tanta vez em Portugal)
mas que é urna equipa com muitas limitações, capaz de "encalhar" quando
depara com um adversário mais
experimentado e habituado a estas andanças», escrevia o jornalista que mais
adiante recordava que a turma do Lavradio havia alcançado «resultados espetaculares» diante de equipas como o Benfica,
Sporting, ou Vitória de Setúbal, mas que nesse cenário interno contava e muito
o facto de os cufistas conhecerem de gingeira a forma de jogar desses clubes, o
que não era tudo mas ajudava e de que maneira.
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A turma do Racing White que defrontou os cufistas |
No
confronto europeu isso não acontecia, nem o Racing White conhecia tão bem a
CUF, nem esta o emblema belga, e nesse sentido dois estranhos iriam medir
forças num encontro em que apontar um vencedor era um autêntico tiro no escuro.
E a equipa portuguesa arriscou, foi feliz, mas com um certo ambiente de mind games à mistura que acabou por
ludibriar os belgas, conforme se pode depreender das palavras de Cruz dosSantos. «E os responsáveis da CUF (...)
chegaram, foram instados a botar palavra pelos jornalistas, e muito amáveis,
muito simpáticos, foram dizendo que Bruxelas é uma linda cidade, que o clima é maravilhoso,
que o Racing é uma equipa de categoria, uma equipa poderosa, que a CUF, enfim,
vai ter muita honra em recebê-lo no Lavradio (...) mas que, enfim, quanto a uma
hipotética qualificação não alimentavam grandes ilusões, até porque de um lado
iriam estar profissionais da bola enquanto do outro jogariam operários de uma
fábrica do Barreiro, que fazem futebol nas horas vagas... Este tom
aparentemente realista com que os homens da CUF mostraram encarar o jogo, para
além do rasto de simpatia que lhes valeu (quem não gosta de ouvir elogiar os
seus...) ajudou a criar ainda um clima de facilidades que realmente (provou o
jogo depois) não tinha razões para existir. E de tudo se beneficiou a CUF».
E foi
com a ideia de que a eliminatória seriam favas
contadas que os poucos espectadores (cerca de 6000) que se deslocaram ao
Estádio Fallon encararam a partida. Mas os rapazes da CUF tinham a lição bem
estudada, e «com uma defesa atenta com
Fernando, vigilante, entre os quatro homens de trás e os três do meio do campo
(Arnaldo, Monteiro e Vítor Gomes) e finalmente Manuel Fernandes e Juvenal, lá
na frente, jogando muito abertos, nitidamente, com a preocupação de travarem o avanço
dos defesas-laterais. Com este dispositivo Caiado garantia a defesa da sua área,
assegurava o domínio do meio do campo e depois, só com dois homens na frente,
manietava toda defesa belga, pois Manuel Fernandes e Juvenal barravam o caminho
aos defesas-laterais, apenas deixando soltos os "centrais", e sabe-se
bem que os "centrais" nunca descem no terreno. (...) Com a vitória
deste sistema a CUF não apenas travou o ímpeto do Racing como assegurou próprio
domínio do jogo».
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Um duelo no jogo de Bruxelas |
Os
belgas não encontravam o caminho da baliza de Conhé, não conseguindo assim
resolver o quebra-cabeças montado por Fernando Caiado. Com isto o tempo foi
passando, e Cruz dos Santos escrevia que não se via a teórica supremacia
atribuída ao Racing White na antecâmara do jogo. Com isto a CUF foi ganhando
confiança e passou ao ataque à baliza de Nico de Bree, que via os seus companheiros
atarantados com o ímpeto cufista tendo para isso que recorrer muitas vezes a
entradas maldosas. «Por volta da meia
hora já não havia Racing — era quase tudo CUF. CUF que moralizada, estimulada
pelo acerto da exibição vinha produzindo, crescia, crescia a ponto de se superiorizar
por completo ao adversário». Na reta final da primeira metade os belgas
ainda esboçam uma reação no sentido de intimidar os portugueses, mas sem grande
sucesso. O máximo que conseguiram foi desferir dois remates tímidos à baliza
barreirense que foram travados com atenção por Conhé, que seria um dos heróis
deste encontro. Já antes disto a CUF havia colocado em sentido Nico de Bree,
sobretudo ao minuto 15, quando o experiente avançado José Monteiro (que havia
passado pelo Sporting) entra de rompante na área e com um remate venenoso
obrigou o guardião holandês ao serviço do emblema belga a defesa espetacular.
Os jogadores do Racing White mostravam-se nervosos, e a prova disso é que no
regresso às cabines para o descanso Teugels atirou maldosamente a bola à cara
de Manuel Rodrigues, o que lhe valeu de pronto o cartão amarelo exibido pelo
árbitro inglês David Smith.
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Conhé, lenda da CUF |
Conhé veste a capa de herói
Na
segunda metade os belgas voltaram com os ânimos mais calmos e acima de tudo
intencionados em marcar, e desse modo os primeiros 10 minutos desta etapa
colocaram Conhé e a sua muralha defensiva em alerta máximo. E foi precisamente
neste período de maior intensidade do Racing White que aconteceu a grande
oportunidade do conjunto da casa. O holandês Wietse Veenstra é derrubado dentro
de área por dois defesas cufistas, Manuel Rodrigues e José António, lance que
não deixou o árbitro com qualquer dúvida em assinalar o castigo máximo.
Encarregue da marcação ficou a estrela da equipa, Henri Depireux, esse mesmo, o
tal que cerca de 15 anos mais tarde treinaria o Belenenses. Porém, Conhé foi
herói e parou o potente remate do médio belga. «A equipa da CUF em peso caía sobre o seu guarda-redes, enquanto o
desânimo tombava sobre o Estádio Fallon!», escreveu A Bola. Este lance deu ainda mais moral ao conjunto português. Cruz
dos Santos escrevia então que «a surpresa
da exibição da CUF já não vinha só do facto de suportar o zero-zero durante
primeira hora de jogo; muito para além disso a equipa portuguesa estava a jogar
em grande, (...) congelando o esférico no seu meio do campo para quebrar o
ímpeto do adversário, mas isso sem nunca abdicar da ideia de progredir no terreno,
de construir com cada passe o lance de contra-ataque, de pôr à prova em cada
jogada a coesão e a mobilidade da defesa belga».
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Depireux, aqui como treinador do Belenenses falhou penalty |
Auto-golo trouxe justiça ao jogo
Por
esta altura Conhé mostrava que a defesa da grande penalidade não tinha sido
obra do acaso. Aquele era mesmo um dia em que estava inspirado, como comprovam
mais duas grandes defesas aos 67 e 69 minutos. E quando não era o guardião luso
a travar a bola era a barra, como aconteceu à passagem da meia hora desta 2.ª
parte. Os belgas desesperavam, com a aproximação do final do encontro
carregavam com mais intensidade, estavam completamente balanceados no terreno,
facto aproveitado e de que maneira pela CUF. Num lance de puro contra-ataque,
quando o relógio marcava 84 minutos, «Juvenal
corre com a bola pelo seu flanco, Vanderborght
tenta travá-lo, o jogador português prefere experimentar o centro, que
Ihe sai em jeito de remate. Vanderborght, sempre atento, mete a cabeça a tentar
o corte, mas a intervenção resulta infeliz, levando o esférico a ganhar altura
e a escapar-se a De Bree que, entretanto, abandonava a
baliza para tentar a intercepção, para ir, finalmente, alojar-se bem no fundo
das balizas belgas».
Estava feito o golo da vitória dos portugueses. Um auto-golo que premiou a
equipa mais coesa e mais feliz, conforme titulava A Bola. Os belgas ainda tentaram evitar o escândalo, e estiveram
muito perto quando Bjerre atirou de novo à barra. O resultado não se alterou e
a CUF ganhou o seu primeiro jogo internacional fora de portas, o qual lhe
haveria de abrir... a porta da eliminatória seguinte desta edição da Taça UEFA.
Em jeito de balanço, Cruz dos Santos escrevia que o «Racing,
pelo que jogou e pelo que deixou adivinhar que habitualmente joga, não só não
foi hoje como não é nunca, pelo menos no momento presente, mais equipa do que a CUF». Muitos elogios
para os jogadores portugueses, especialmente para Conhé, «a grande sensação do jogo», e um tal de Manuel Fernandes, jovem
avançado de 20 anos que fazia a sua estreia em jogos europeus. Manuel
Fernandes, esse mesmo, que viria a ser lenda no Sporting e na seleção nacional.
Sobre ele, Cruz dos Santos escreveu o seguinte: «Vinte anos e velocidade estonteante. Com esta
juventude e com esta rapidez estava talhado para ser o homem que rompesse
de surpresa pelo campo dos belgas. E fê-lo de maneira entusiástica. Em vaivéns
arrasastes. Criou perigo sempre, mas quase nunca se lembrou de tentar o
remate».
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Manchete d' A Bola que exalta o feito da CUF |
Cufistas pedem autógrafos a um desportista de
dimensão mundial
Após o encontro
Fernando Caiado era naturalmente um homem feliz. À reportagem d' A Bola diria que «estou encantado com a forma como os meus jogadores se bateram e jogaram. Foram
muito inteligentes e portaram-se como veteranos em provas europeias. Embora
fosse o adversário a marcar o nosso tento, nós, também, tivemos
oportunidades. — Quanto ao futuro? Agora,
parece mais fácil, ainda que, no Barreiro seja tão difícil como antes de a
eliminatória começar».
Também Conhé estava radiante com a vitória e com a sua exibição. «Estou muito contente comigo e com os meus
companheiros. Com humildade, mostrámos que a nossa equipa se pode bater com
eles, de igual para igual. Não somos inferiores. Para a segunda mão vamos ter
dificuldades, mas acredito na passagem à eliminatória seguinte. (Sobre o)
"penalty"? Bem, não é o primeiro que defendo! Já tenho, até,
defendido vários, mas este é especial, porque tem sabor a vitória».
Do
outro lado havia naturalmente tristeza. O treinador Félix Week não se
conformava: «Quinze cantos, três bolas na
trave... e somos nós a marcar o golo do nosso adversário!», dando assim a
entender que a sua equipa fez de tudo para ganhar o encontro. Quanto ao
encontro da segunda mão: «Vamos trabalhar
para podermos apresentar em Portugal um futebol do mesmo nível . E parabéns aos
portugueses». Desportivismo acima de tudo. Inconformado mas esperançado com
vista a uma reviravolta da eliminatória no Lavradio estava o guarda-redes Nico
de Bree. «Não há dúvida que o encontro foi bastante agradável para os espectadores,
embora eu considere que tivesse sido um jogo em que a sorte ditou leis . E a
sorte foi para os portugueses. (...) Não me considero culpado no golo que sofri. O
tento resultou de uma mistura de azar nosso e mérito dos portugueses. Mas
enquanto há vida, há esperança, e esperemos agora que o nosso contra-ataque
resulte em Portugal».
Este
Racing White tinha como sócio de mérito um dos grandes nomes do ciclismo
mundial daquele... e todos os tempos. Eddy Merckx. Esteve no estádio onde
assistiu ao jogo, e antes do pontapé de saída esteve no balneário dos
portugueses a dar autógrafos! Os dirigentes da CUF de pronto lhe fizeram o
convite para assistir ao jogo da 2.ª mão em Portugal, todavia tal não seria
possível já que o grande campeão belga tinha dois compromissos desportivos por
alturas do confronto do Lavradio.
Para a
eternidade aqui fica a ficha da primeira vitória internacional da CUF do
Barreiro fora do seu estádio e que lhe haveria de abrir as portas da 2.ª
eliminatória, já que no Lavradio se seguiu uma nova vitória sobre os belgas,
desta feita por 2-0, com dois golos de Eduardo. A aventura europeia dos
cufistas iria terminar às mãos dos alemães do Kaiserslautern na ronda seguinte.
Arbitro:
David Smith (Grã-Bretanha), auxiliado por George Hartley e por George Byng.
Racing
White: De Bree; Vercammen, Tuyaersts, Desanghere Vanderborght; Crombez, Bjerre
e Depireux (Bergholtz, 60); Koens, Tengels e Veenstza.
CUF:
Conhé; José António, Rodrigues, Castro e Esteves; Arnaldo, Fernando e Vítor Gomes,
Manuel Fernandes, Monteiro (Capitão Mor, 75) e Juvenal.
ENTREVISTA
COM JOÃO CASTRO
«...TÍNHAMOS UMA EQUIPA DE JOGADORES VALIOSOS
E MUITO RAÇUDOS. NÃO TÍNHAMOS MEDO!»
Ele foi um dos homens que nesse dia em
Bruxelas ajudou a fechar a porta da baliza de Conhé. Com ele trocámos breves
palavras no sentido de recordar um pouco este jogo histórico da CUF. Ele foi
titular em três dos quatro jogos europeus que os cufistas realizaram nesta
época, assumindo-se como um dos jogadores mais experientes do plantel às ordens
de Fernando Caiado. Estamos a falar de João Castro, mais um "produto"
do Barreiro que brilhou quer com a camisola da CUF, quer (mais tarde) com a do
Barreirense.
Museu
Virtual do Futebol (MVF): Jogar uma eliminatória da UEFA é sempre um aliciante
para qualquer clube ou jogador. Como é que o balneário da CUF viveu o início da
aventura europeia de 72/73?
João
Castro (JC): Lógico que se viveu com uma certa expectativa o jogo, mas devo
dizer que também tínhamos uma excelente equipa e fomos para a Bélgica à vontade!
MVF: Hoje
em dia com a tecnologia cada vez mais avançada é fácil conhecer ao pormenor
cada adversário. Mas antigamente não era assim. Vocês sabiam alguma coisa do
Racing White?
JC: Não,
desconhecíamos por completo o valor do adversário! Mas nós fomos para lá todos
contentes para esta nova aventura a nível internacional da CUF.
MVF: A
experiência de Fernando Caiado, que enquanto treinador adjunto, viveu muitos
jogos internacionais foi importante para aquilo que viria a ser o desfecho quer
deste jogo quer da eliminatória?
JC: Sem
dúvida que a experiência do Sr. Caiado teve muita importância neste jogo, porque
como disse ele era muito conhecedor do futebol a nível internacional e isso
ajudou muito.
MVF: E
quando lá chegados, como é que sentiram que os belgas olharam para vocês? As
crónicas desse jogo dizem que eles vos olharam de sobranceira, que achavam que
vencer a CUF seria tarefa fácil. Isto é verdade?
JC: Não
me lembro muito bem, mas acredito que se calhar eles olharam-nos com uma certa
sobranceria, com a ideia de que o jogo já estava ganho. Mas o que é certo é que
não se passou nada daquilo que eles pensavam, de que nós seriamos uma equipa fácil.
Não foi nada disso o que se passou em campo.
MVF: Conta-se
que em certos momentos os belgas usaram e abusaram a dureza em algumas jogadas
e também pelo facto de não estarem a conseguir ultrapassar a muralha cufista, é
verdade?
JC: Não
acho que isso tenha sido verdade, pois até nesse aspeto eles nunca levaram
vantagem porque nós tínhamos uma equipa também de jogadores valiosos e muito
raçudos. Não tínhamos medo!
MVF: Em
que momento do jogo é que vocês sentiram que iriam sair dali com a vitória, ou
que podiam ganhar ao Racing White
JC:
Quando fizemos o golo! Isto numa numa altura em que eles já não entravam na nossa área. Embora,
no final eu lembro-me que eles nos obrigaram a ter muito trabalho! Mas
ganhámos.
MVF: Para
terminar. Conta-se que antes do jogo do famoso ciclista Eddy Merckx esteve no
balneário da CUF a distribuir autógrafos...
JC:
Sim, é verdade, no final do jogo ele esteve nossa cabine a dar-nos os parabéns
e nós aproveitámos para lhe pedir autógrafos.