TAÇA INTERCONTINENTAL
1960 é o ano em que tiveram início as lendárias batalhas entre sul-americanos e europeus pela conquista do trono mundial ao nível de clubes. A Taça Intercontinental - assim foi denominado o alvo de intensas disputas - começou
em 1960 e foi disputada até 2004. De 1960 a 1979 foi disputada em duas mãos, uma em solo europeu outra em terras sul-americanas, entre os campeões da antiga Taça dos Campeões Europeus e da Copa Libertadores. Na
segunda metade dos anos 70, os clubes europeus começaram a perder o
interesse na competição, alegando diversas razões, a principal de todas elas a falta de segurança nas viagens à América do Sul. O comportamento hostil dos adeptos sul-americanos assustava e irritava os clubes da Europa,
principalmente nas partidas realizadas em Buenos Aires e Montevideu, que em dias de jogo eram transformados em autênticos palcos de guerrilha. Nesse sentido, e para eclipsar um problema recorrente, a solução encontrada foi a de disputar o certame num jogo só, numa final em campo neutro, tendo a escolha desse palco recorrido sobre a cidade de Tóquio, no País do Sol Nascente (Japão). Este formato durou até
2004, altura em que a FIFA, patrocinadores e confederações, definiram o Mundial
de Clubes da FIFA como sendo o torneio válido para se encontrar o clube
campeão mundial.
Entre 1960 e 2004 os vencedores da Taça Intercontinental intitulavam-se - e eram considerados - como
campeões mundiais. Era o principal título a nível intercontinental que havia para clubes,
apesar de não haver a participação de todas as confederações na competição. Esse cenário perdurou precisamente até 2004, já que no ano seguinte a FIFA reuniu os vencedores de todas as provas continentais do planeta da bola - vencedores da Liga dos Campeões Europeus (UEFA), da Copa Libertadores (CONMEBOL), da Liga dos Campeões da América do Norte (CONCACAF), da Liga dos Campeões Africanos (CAF), da Liga dos Campões Asiáticos (AFC), e da Liga dos Campeões da Oceania (OFC) - para entre estes ser discutido o primeiro Mundial de Clubes oficial. Isto, porque em 2000 a entidade que tutela o futebol planetário realizou no Brasil uma edição experimental do Mundial do certame, que oficialmente iria ver então a luz do dia em 2005. Bom, isto é um pequeno resumo da longa e rica história da Taça Intercontinental, prova que hoje ganha um cantinho especial no Museu Virtual do Futebol, espaço virtual este que daqui em diante irá recordar os nomes e os números que deram - ou dão - vida à defunta prova. Ano de 1960
1ª mão
Peñarol (Uruguai) - Real Madrid (Espanha): 0-0
Data: 3 de julho de 1960
Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)
Árbitro: José Luis Praddaude (Argentina)
Peñarol: Luis Maidana, William Martínez, Salvador, Santiago Pino, Néstor Gonçálvez, Walter Aguerre, Luis Cubilla, Carlos Linazza, Juan Hohberg, Alberto Spencer, e Carlos Borges. Treinador: Roberto Scarone.
Real Madrid: Domínguez, Marquitos, José Santamaría, Pachín, Vidal, Zárraga, Canario, Del Sol, Alfredo Di Stéfano, Ferenc Puskas, e Bueno. Treinador: Miguel Muñoz.
Bilhete do jogo da 2ª mão entre Real Madrid e Peñarol |
Real Madrid (Espanha) - Peñarol (Uruguai): 5-1
Data: 4 de setembro de 1960
Estádio: Chamartín, em Madrid (Espanha)
Árbitro: Ken Aston (Inglaterra)
Real Madrid: Domínguez, José Santamaría, Zárraga, Marquitos, Vidal, Pachín, Herrera, Del Sol, Alfredo Di Stéfano, Ferenc Puskas, e Gento. Treinador: Miguel Muñoz.
Peñarol: Maidana, Majewski, Martínez, Santiago Pino, Salvador, Walter Aguerre, Luis Cubilla, Carlos Linazza, Juna Hohberg, Alberto Spencer, e Carlos Borges. Treinador: Roberto Scarone.
Golos: 1-0 (Puskas, aos 2m), 2-0 (Di Stéfano, aos 3m), 3-0 (Puskas, aos 8m), 4-0 (Herrera, aos 40m), 5-0 (Gento, aos 54m), 5-1 (Spencer, aos 80m).
Blancos erguem nos céus de Madrid a primeira Taça Intercontinental |
Vídeo: REAL MADRID - PEÑAROL
Nenhum comentário:
Postar um comentário