Fez de
tudo um pouco no jornalismo, desde que deu os primeiros passos profissionais na
revista Flama, em 1949. Mas foi na imprensa desportiva que se notabilizou
enquanto grande contador de histórias. José Neves de Sousa, a sua graça. Nasceu
em 1931 e pertenceu à vanguarda do jornalismo desportivo nacional, sendo da sua
autoria diversas páginas de antologia desta profissão. Enquanto jornalista
percorreu mais de 60 países em todo o Mundo, eternizando através de belos
textos a história do desporto português, sobretudo a história do nosso futebol.
Um dos seus grandes amores foi o Diário de Lisboa, diário vespertino onde
entrou em 1968 e só de lá saiu aquando da morte deste histórico órgão de
comunicação social, em 1990. Como grande referência que era, os grandes jornais
desportivos portugueses não deixaram escapar esta ilustre figura do jornalismo,
e também A Bola, o Record, e a Gazeta dos Desportos guardam muitos das suas prosas. Foi de igual modo cronista
e comentador desportivo em programas de rádio, entre elas a Renascença, a
Antena 1 e a Comercial. Neves de
Sousa era um jornalista conhecido pela energia com que diariamente abraçava a
profissão, daqueles jornalistas que faziam a diferença – para melhor – nas redações
por onde passou, tendo sido o mestre de outros vultos do jornalismo desportivo
português. Inclusive, dois dos seus 10 filhos beberam da sua mestria, sendo
hoje, também eles, jornalistas de profissão – Pedro Neves de Sousa e Margarida
Neves de Sousa. José
Neves de Sousa deixou-nos demasiado cedo, a 7 de julho de 1995, com apenas 64
anos. O seu nome e o seu legado jamais serão apagados da memória de quem o leu
e de quem com ele privou. Legado esse que de tão importante que foi fez com que
em 2003 a Câmara Municipal de Oeiras – o concelho onde Neves de Sousa residia –
atribui-se o seu nome a uma rua daquela vila.
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