terça-feira, março 05, 2024

Grandes Mestres do Jornalismo Desportivo (25)... Neves de Sousa

Fez de tudo um pouco no jornalismo, desde que deu os primeiros passos profissionais na revista Flama, em 1949. Mas foi na imprensa desportiva que se notabilizou enquanto grande contador de histórias. José Neves de Sousa, a sua graça. Nasceu em 1931 e pertenceu à vanguarda do jornalismo desportivo nacional, sendo da sua autoria diversas páginas de antologia desta profissão. Enquanto jornalista percorreu mais de 60 países em todo o Mundo, eternizando através de belos textos a história do desporto português, sobretudo a história do nosso futebol. Um dos seus grandes amores foi o Diário de Lisboa, diário vespertino onde entrou em 1968 e só de lá saiu aquando da morte deste histórico órgão de comunicação social, em 1990. Como grande referência que era, os grandes jornais desportivos portugueses não deixaram escapar esta ilustre figura do jornalismo, e também A Bola, o Record, e a Gazeta dos Desportos guardam muitos das suas prosas. Foi de igual modo cronista e comentador desportivo em programas de rádio, entre elas a Renascença, a Antena 1 e a ComercialNeves de Sousa era um jornalista conhecido pela energia com que diariamente abraçava a profissão, daqueles jornalistas que faziam a diferença – para melhor – nas redações por onde passou, tendo sido o mestre de outros vultos do jornalismo desportivo português. Inclusive, dois dos seus 10 filhos beberam da sua mestria, sendo hoje, também eles, jornalistas de profissão – Pedro Neves de Sousa e Margarida Neves de Sousa. José Neves de Sousa deixou-nos demasiado cedo, a 7 de julho de 1995, com apenas 64 anos. O seu nome e o seu legado jamais serão apagados da memória de quem o leu e de quem com ele privou. Legado esse que de tão importante que foi fez com que em 2003 a Câmara Municipal de Oeiras – o concelho onde Neves de Sousa residia – atribui-se o seu nome a uma rua daquela vila.


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