Grupo D / 3.ª jornada
Azerbaijão - Bósnia e Herzegovina: 4-2
Golos: Bolinha, Borges, Vilela, Gallo / Radmilovic, Kahvedzic
Vitória com sabor a despedida para azeris com (pouco) samba nos pés...
Grupo D / 3.ª jornada
Azerbaijão - Bósnia e Herzegovina: 4-2
Golos: Bolinha, Borges, Vilela, Gallo / Radmilovic, Kahvedzic
Vitória com sabor a despedida para azeris com (pouco) samba nos pés...
Grupo D / 3.ª jornada
Geórgia - Espanha: 0-8
Golos: Fernandéz (2), Lozano, Torres, Chino, Solano, Todua, Morales
La Roja puxa dos galões para esmagar a já qualificada Geórgia...
Grupo C / 3.ª jornada
Eslováquia - Croácia: 5-3
Golos: Smericka (2), Drahovsky (2), Kozar / Postruzin, Horvat, Jelovcic
Contra todas as previsões eslovacos batem favoritos croatas e alcançam inédita presença nos quartos-de-final...
Grupo C / 3.ª jornada
Rússia - Polónia: 5-1
Golos: Chiskhala (2), Milovanov, Davidov, Sokolov / Leszczak
Russos garantem lugar mais alto do grupo em mais um recital de bom futsal...
Grupo B / 3.ªjornada
Eslovénia - Finlândia: 1-2
Golos: Hozjan / Jyrkiainen, Savolainen
Finlandeses surpreendem a Europa do futsal ao alcançar os quartos-de-final em ano de estreia...
Grupo B / 3.ª jornada
Cazaquistão - Itália: 4-1
Golos: Orazov (2), Valiullin, Douglas Jr. / Nicolodi
Cazaks atiram poderosa Itália para fora do Euro...
Grupo D / 2.ª jornada
Espanha - Azerbaijão: 2-2
Golos: Gómez, Lozano / Atayev, Lozano (p.b.)
Empate complica as contas dos favoritos espanhóis...
Grupo D / 2.ª jornada
Bósnia e Herzegovina - Geórgia: 1-2
Golos: Kahvedzic / Feitosa, Petry
Caloira Geórgia surpreende tudo e todos e já está na fase seguinte...
Grupo C / 2.ª jornada
Polónia - Eslováquia: 2-2
Golos: Kriezel, Holy / Sevcik, Drahovsky
Empate deixa polacos e eslovacos em maus lençóis na corrida pelos quartos--de-final...
Grupo C / 2.ª jornada
Croácia - Rússia: 0-4
Golos: Antoshkin (2), Paulinho, Chishkala
Russos voltam a golear e apuram-se desde logo para a fase seguinte...
Grupo B / 2.ª jornada
Finlândia - Cazaquistão: 2-6
Golos: Hosio, Korpela / Orazov (2), Knaub (2), Higuita, Valiullin
Cazaks atropelam finlandeses e dão passo de gigante rumo à fase seguinte...
Grupo B / 2.ª jornada
Itália - Eslovénia: 2-2
Golos: Nicolidi, Merlim / Hozjan, Merlim (p.b.)
Experiente Itália continua a marcar passo...
Grupo A / 2.ª jornada
Sérvia - Ucrânia: 1-6
Golos: Tomic / Zvarych (2), Abakshin, Cherniavskyi, Korsun, Vasic (p.b.)
Ucrânia emenda falso arranque com goleada ante uma Sérvia que diz adeus ao Euro...
Grupo A / 2.ª jornada
Portugal - Países Baixos: 4-1
Golos: Pany Varela (2), Afonso Jesus, Saadouni (p.b.) / Bouyouzan
Campeões da Europa em título abrem a porta dos quartos-de-final...
Espanha - Bósnia e Herzegovina: 5-1
Golos: Ortiz (2), Gómez, Campos, Lozano / Bokovic
La Roja não perde tempo a mostrar credenciais à conquista do título...
Grupo D / 1.ª jornada
Geórgia - Azerbaijão: 3-2
Golos: Elisandro, Sebiskveradze, Feitosa / Vilela (2)
Georgianos não poderiam pedir melhor estreia na fase final de um Europeu!...
Grupo C / 1.ª jornada
Polónia - Croácia: 1-3
Golos: Holy / Horvat, Sekulic, Jelovcic
Sem surpresa croatas puxam dos galões para entrar no Euro com o pé direito...
Grupo C / 1.ª jornada
Rússia - Eslováquia: 7-1
Golos: Antoshkin (3), Sokolov (2), Robinho, Milovanov / Kozar
Czars russos ainda apanharam um susto mas depois abalroaram os frágeis eslovacos...
Grupo B / 1.ª jornada
Itália - Finlândia: 3-3
Golos: Matos (2), Nicolodi / Alamikkkotervo (2), Autio
Estreantes finlandeses causam surpresa ao travar a experiente Squadra Azzurra...
Grupo B / 1.ª jornada
Cazaquistão - Eslovénia: 4-4
Golos: Douglas Jr. (2), Orazov, Tokayev / Totoskovic, Fidersek, Ceh, Turk
Tanto equilíbrio só podia dar em empate...
Grupo A / 1.ª jornada
Países Baixos - Ucrânia: 3-2
Golos: Saadouni, Attaibi, Bouzambou / Zvarych, Shoturma
Anfitriões provocam a primeira grande surpresa do Euro...
Grupo A / 1.ª jornada
Sérvia - Portugal: 2-4
Golos: Prsic (2) / Pauleta, Pany Varela, Afonso Jesus, Tomás Paçó
Campeão da Europa arranca defesa do título com vitória...
Uruguai, campeão das américas em 1923 |
Mas
para chegar à Cidade Luz os magos
sul-americanos tiveram, mais uma vez, de demonstrar a sua superioridade perante
os seus vizinhos do continente em mais um Campeonato Sul-Americano. Torneio que
neste ano cumpria a sua 7.ª edição.
O
palco escolhido foi Montevideu, a capital do Uruguai que acolhia assim pela
segunda vez a competição, depois de o ter feito em 1917, e com boas memórias
para a seleção charrúa, que na altura
venceu pela segunda vez consecutiva o troféu mais importante de seleções da
América do Sul. Inicialmente, o Campeonato Sul-Americano de 1923 estava
programado para o Paraguai. Contudo, a falta de infraestruturas desportivas
existentes e as dificuldades económicas que a nação guarani passava, fizeram com que a sede mudasse para a maior cidade
uruguaia.
O
torneio de 1923 foi disputado entre os dias 29 de outubro de 2 de dezembro,
contando com as participações da seleção da casa, da Argentina, do Paraguai e
do campeão em título, o Brasil. O sistema da competição era semelhante aos
anteriores campeonatos, isto é, todos contra todas numa só volta, sendo a
equipa que somasse mais pontos aquela que se consagraria campeã. E tal como em
edições anteriores, seleções houve que levaram a prova pouco, ou nada, a sério.
Foi o caso do Brasil, que viajou para o Uruguai com uma equipa de segunda
linha, já que os clubes de São Paulo e os principais emblemas do Rio de Janeiro
não cederam os seus jogadores. Além de que brasileiros e uruguaios não viviam
as melhores das relações por aqueles dias, estando as duas federações de costas
voltadas devido a conflitos de arbitragens em confrontos anteriores. Houve até
quem estivesse contra a ida de qualquer delegação canarinha a Montevideu, e quando se decidiu enviar a seleção houve quem se insurgisse contra
isso na Câmara dos Deputados! A desoladora seleção do Brasil
Também
a Argentina atravessava o Rio da Prata sem os seus melhores futebolistas de
então, tudo porque equipas como River Plate, Independiente, Racing e San
Lorenzo não mostraram grande interesse em dispensar os seus atletas para a
competição.
Por
seu turno, o Uruguai, apesar de jogar em casa, também estava dividido. Isto,
porque os seus principais clubes, o Nacional e o Peñarol, lideravam organismos
diferentes que por aqueles dias tentavam controlar o futebol do país. Os
primeiros lideravam a Associación, ao
passo que os segundos controlavam a Federación.
Como o que estava filiado na FIFA era o primeiro organismo, a base da seleção
desse ano foi a equipa do Nacional, à qual se juntaram alguns atletas de clubes
menores, como o Lito, o Belgrano, o Charley, ou o Club Bella Vista. Porém,
desenganem-se os leitores que pensem que destes pequenos emblemas foram
recrutados jogadores menores. Nada disso. Do Club Bella Vista, por exemplo,
despontou naquela seleção nada mais nada menos do que um tal de José Leandro
Andrade, de quem já aqui falamos em múltiplas ocasiões. Também deste clube
surgiu José Nasazzi, que começou o seu legado de lenda do futebol charrúa neste campeonato sul-americano.
Vendaval de golos a abrir
O
mítico Parque Central, casa do Nacional, acolheu todos os encontros deste
campeonato, que abriu com um vendaval de golos protagonizados por argentinos e
paraguaios. Venceram os primeiros por 4-3, com destaque para o atacante Vicente
Aguirre, que atuava no Central Córdova, uma modesta equipa de Rosário, e que
neste encontro apontou três dos quatro golos da albiceleste.Aguirre
No
dia 4 de novembro o Paraguai voltou a entrar em campo, desta feita para
defrontar a equipa da casa. Diante 20.000 pessoas que lotaram o Parque Central,
os charrúas só precisaram de 10
minutos para festejar o primeiro golo. Héctor Scarone foi o autor desse golo a
favor dos uruguaios. No resto de jogo o Paraguai ofereceu grande resistência, a
qual só seria quebrada a dois minutos do fim quando Pedro Petrone apontou o
tento que confirmou a vitória da celeste.
Uma
semana depois disputou-se o terceiro encontro deste campeonato, com o Brasil a
entrar em campo ante o Paraguai. Com uma equipa composta por muitos estreantes
nestas andanças internacionais, casos do guarda-redes Nélson da Conceição, de Pennaforte,
Alemão, Mica, Nilo, Paschoal, Coelho, ou Amaro, o escrete sucumbiu aos pés dos guaranis
por 1-0 (golo de Ildefonso López) e de pronto complicou as contas quanto a uma
eventual revalidação do título de campeão das américas.
O
definitivo adeus do Brasil a este torneio deu-se uma semana mais tarde quando
defrontou a Argentina. Após uma primeira parte equilibrada, como comprovou a igualdade
a um golo ao intervalo, os argentinos arregaçaram as mangas e a um quarto de
hora do fim deram a machadada final no grupo orientado pelo treinador Francisco
Bueno Netto, mais conhecido por Chico Netto.
Perante
este quadro de resultados o encontro com os anfitriões não foi mais do que um
mero cumprir de calendário para os brasileiros. Apesar de favorito o Uruguai só
conseguiu chegar ao golo na segunda parte por intermédio de Pedro Petrone. Porém,
e sem nada a perder ou a ganhar, a seleção brasileira mostrou-se corajosa e empatou
a partida apenas três minutos volvidos por Nilo, ele que já havia marcado
contra a Argentina. Reza a história que depois de bater o guardião Casella,
Nilo desmaiou no terreno de jogo! A partir daqui a pressão uruguaia tornou-se
intensa junto do último reduto brasileiro, e com apenas 15 minutos para jogar o
Uruguai chegou ao segundo golo. Pedro Cea, lendário avançado do Nacional, desfez
a igualdade. Brasil que neste jogo entrou em campo ostentando a bandeira
uruguaia! Sinal de pazes entre as duas nações? Ficou a dúvida no ar. Paraguai - Uruguai
Duelo do rio da Prata decide campeão
Este
quadro de resultados o derradeiro jogo da competição, entre Uruguai e
Argentina, ganhava contornos de final, pois as duas equipas chegavam a este
duelo com duas vitórias cada uma. E quem vencesse este terceiro encontro era por
isso campeão!Um lance entre argentinos e uruguaios
E
no relvado do Parque Central mais uma vez sobressaiu a classe de Pedro Petrone.
Foi dele o golo que aos 30 minutos desbloqueou o nulo. Os locais mantiveram a
vantagem praticamente até o final da partida, sendo que a dois minutos do fim,
um contra-ataque permitiu a Pascual Somma selar a vitória uruguaia e chegar à
quarta conquista do Campeonato Sul-Americano por parte da celeste desde a criação da prova em 1916.
Na
condição de campeão da América do Sul o Uruguai ganhou o direito a participar
nos Jogos Olímpicos do ano seguinte, cujo torneio de futebol era tão só a maior
competição futebolística daquela época, em que, como se sabe, o Campeonato do
Mundo da FIFA ainda não havia visto a luz do dia. E seria precisamente em Paris
que os uruguaios alcançariam o patamar da imortalidade.
A figura: Pedro Petrone
A par do argentino Vicente Aguirre ele foi o melhor marcador deste Campeonato Sul Americano de 1923. Marcou em todos os encontros da celeste e foi preponderante na conquista do título. Aquando da realização da competição atuava no modesto Charley (de Montevideu) e fez a sua estreia pela seleção do seu país precisamente neste torneio diante do Paraguai. Nasceu a 11 de junho de 1905, na capital do Uruguai, mais concretamente no Bairro la Comercial. Aos 15 anos já era a estrela maior do hoje desaparecido Charley de Montevideu, devido ao seu enorme poder de fogo, ou por outras palavras, talento para o golo. A sua estreia pelo Charley foi inesquecível, já que no Parque Central, contra o Lito, o seu clube venceu por 4-0 com quatro golos seus.
Em
1924 e fruto da sua fenomenal performance nos Jogos Olímpicos de Paris,
mudou-se para o gigante Nacional, onde permaneceu até 1931. Participou, a
título de exemplo, na grande digressão europeia realizada pelo Nacional, na
qual foi não só autor de 15 golos, mas também um dos principais jogadores em
destaque.
Em 1931, Perucho, como era carinhosamente conhecido pelos inchas, muda-se para a Europa, onde em duas temporadas defendeu as cores da Fiorentina. Pelo seu passe os italianos pagaram na altura a fortuna de 30.000 liras! Em Itália não foi muito feliz, perdeu alguma da velocidade que o caracterizava na América do Sul, mas ainda assim na sua primeira época marcou 25 golos em 27 jogos, vencendo juntamente com Angelo Schiavio, do Bologna, o título de artilheiro da Série A. Divergências com o treinador da equipa viola, Hermann Felsner, fizeram com que o atacante uruguaio voltasse em 1933 a casa para jogar uma temporada pelo Nacional, onde apontou 30 golos em 1930 e voltou a ganhar o título de campeão nacional, antes de terminar a sua carreira com apenas 28 anos. Ainda hoje o seu nome é recordado em todo o Uruguai, não só pelos golos que marcou mas por ter sido um dos principais nomes da maior geração de sempre do futebol uruguaio, a geração que aos títulos olímpicos de 1924 e 1928 juntou o ceptro de campeã do Mundo de 1930. Ele esteve nestas conquistas todas, ao serviço de uma seleção cujas cores defendeu em 29 ocasiões, tendo marcado 24 golos. Pedro Petrone é o seu nome.
Nomes e números:
29 de outubro de 1923
Argentina - Paraguai: 4-3
(Saruppo, 18; Aguirre, 58, 77, 86)
(Rivas,
10; Zelada, 50; Fretes, 759
4
de novembro de 1923
Uruguai - Paraguai: 2-0
(Scarone,
11; Petrone, 88)
Paraguai - Brasil: 1-0
(López,
56)
18
de novembro de 1923
Argentina - Brasil: 2-1
(Onzari,
11; Saruppo, 76)
(Nilo,
15)
Brasil entra em campo com a bandeira do Uruguai |
Uruguai - Brasil: 2-1
(Petrone,
56; Cea, 75)
(Nilo,
58)
Lotação esgotada na "final" entre Uruguai e Argentina no Parque Central |
Uruguai - Argentina: 2-0
(Petrone,
28; Somma, 88)
Classificação:
1.º
Uruguai: 6 pontos
2.º
Argentina: 4 pontos
3.º
Paraguai: 2 pontos
4.º
Brasil: 0 pontos
É então que na temporada de 1913/14 acontece a primeira edição do Campeonato Regional do Porto, cujo pontapé de saída que seria dado a 4 de janeiro de 1914, no Campo do Bessa, a casa do Boavista, um dos emblemas que participou nessa edição inaugural a par dos vizinhos do FC Porto e do Leixões. Portistas que ao que parece estavam mais interessados em reconquistar o título de campeões na sua Taça José Monteiro da Costa do que no recém criado campeonato portuense, sendo que nesse jogo, realizado no Campo do Bessa, atuaram desfalcadíssimos de alguns dos seus melhores jogadores. FC Porto que, e abra-se aqui um parêntese, venceu a Monteiro da Costa desta temporada, numa final disputada em Coimbra, com a Académica, desforrando-se assim da surpreendente derrota com os estudantes na época anterior. Mas voltando ao primeiro encontro do Campeonato Regional do Porto, para referir que no Campo do Bessa os portistas evoluíram com um misto composto por habituais titulares e reservistas. Rezam no entanto as crónicas de então que apesar de «atuar desfalcadíssimo (o FC Porto) dominou a contenda, mas a falta de remate não lhe permitiu obter resultado favorável». A falta de remate e a tarde de verdadeira inspiração de... Cecil Wright, o inglês que os portistas cederam gentilmente aos boavisteiros, que ao que dizem fez intervenções... impossíveis, quiçá tentando mostrar - com algum sentimento de revolta à mistura - à casa mãe o erro que esta tinha cometido em autorizar a sua dispensa. Com a sua baliza bem segura e com um meio campo muito bem organizado sob a batuta de outro inglês, nesta caso Pye, o Boavista venceu o eterno rival por 2-1, dando assim o primeiro passo de uma caminhada que haveria de ser de glória.
Contudo, a hegemonia dos campeonatos regionais do Porto pertenceria ao FC Porto, que, ao longo das 37 edições da prova, conquistou 33 títulos.
Primeira vitória de uma equipa portuguesa sobre um conjunto oriundo de Inglaterra
A sul pouco ou nada de novo a assinalar, a não ser a revalidação do título de campeão regional por parte do Benfica, pela terceira vez consecutiva, levando a melhor sobre CIF, Sporting, Cruz Quebrada, Lisboa FC e Império.
Contudo, há um facto a salientar nesta temporada no futebol lisboeta, ou seja, a vitória do Benfica sobre a forte equipa londrina do Ealing Football Club. Episódio acontecido em abril de 1914, altura em que a turma inglesa efetuou uma digressão por Portugal. Os britânicos haviam vencido os primeiros quatro jogos realizados em solo luso, nomeadamente ante o CIF (2-1), Benfica (3-0), de novo o CIF (também por 2-1) e os Inglesinhos de Lisboa (por 2-1). Ao quinto jogo caíram ante o Benfica por 1-0, naquela que foi a primeira vitória de um conjunto português sobre uma equipa oriunda de Inglaterra. Até então o saldo entre equipas lusas e inglesas era de nove jogos realizados... outras tantas derrotas averbadas.
Nascido em Nine (Famalicão), o Recas, como também era conhecido pelos seus camaradas das andanças jornalísticas, viveu em Angola, tendo sido funcionário do Banco Comercial de Angola. Foi neste país onde terá sido "atacado" pelo bichinho do jornalismo, tendo trabalhado nos jornais ABC e Província de Angola, para além de ser correspondente de A Bola num país que na época era ainda um colónia portuguesa. Foi depois do 25 de Abril de 1974 que regressa a Portugal, a convite de Vítor Santos, para fazer parte de A Bola. Convite aceite e Rebelo Carvalheira tornou-se nos anos que se seguiram num dos grandes profissionais do famoso jornal da Travessa da Queimada. E é aqui que fazemos referência aos dois blogs/sites onde conhecemos com mais aprumo a história de Rebelo Carvalheira. No blog "ecosferaportuguesa", da autoria do não menos consagrado jornalista Gonçalo Pereira Rosa, escreve-se que Rebelo Carvalheira «era um jornalista tarimbado, daqueles que não falhavam serviços, que cumpriam sempre as missões. No Sporting, João Rocha respeitava-o e, normalmente, guardava para ele e para A Bola alguma informação exclusiva».
E foi precisamente o seu estilo de jornalista responsável que começou por levantar o mistério do desaparecimento do popular Recas. Tudo começou na madrugada de 3 de junho de 1984, quando o jornalista se despediu dos seus colegas da Travessa da Queimada. O também jornalista Carlos Alberto Alves, colega de Rebelo Carvalheira em A Bola, conta no seu site, www.portalsplishsplash.com, que nesse dia o achou «muito esquisito no jornal, pouco falava, ao invés do que era habitual». Carvalheira folgava no dia seguinte, estando destacado para no domingo, 5 de junho, fazer a cobertura de um Boavista - Salgueiros. Jogo este ao qual nunca chegou a comparecer, facto que deixou preocupado e ao mesmo tempo admirado o também jornalista Simões Lopes, que nesse dia estava no Estádio do Bessa a título particular (estava de folga) e notou a estranha ausência do colega Rebelo Carvalheira.
Simões Lopes terá alertado Vítor Santos, em
Lisboa, para este facto, levando a que o chefe de redação de A Bola informasse
a polícia, horas mais tarde, para o estranho desaparecimento do jornalista, que
não dava notícias desde a madrugada de 3 de junho. Gonçalo Pereira Rosa conta
no seu blog que a polícia terá então arrombado na manhã de 6 de junho a porta
do apartamento de Carvalheira, situado na Rua Carlos Mardel, tendo encontrado o
jornalista morto! Fora agredido com uma garrafa de vidro no crânio, sendo que o
resto do corpo mostrava sinais de agressões. «A perícia posterior apurou que o
homicídio ocorrera provavelmente na própria sexta-feira. Os salpicos de sangue
indiciavam uma luta feroz pela sobrevivência», conta ainda Gonçalo Pereira
Rosa. Em quase 40 anos nunca se desvendou o mistério deste assassinato,
especulando-se "aqui e ali" as razões do mesmo, como por exemplo, o
facto de Rebelo Carvalheira saber muito acerca sobre um grupo organizado de
tráfico de diamantes, segundo relata no seu site Carlos Alberto Alves. Mas tudo
não passaram de boatos, e o que é certo é que Rebelo Carvalheira perdeu a vida
aos 47 anos.
Joinville (Brasil) 1999 - Vencedor: BRASIL
Joinville (Brasil) 1998 - Vencedor: BRASIL