E porque uma bola de futebol só por si é capaz de arrancar sorrisos quando a tristeza se apodera das nossas almas, é capaz de eclipsar durante 90 minutos as misérias e desigualdades de um Mundo cada vez mais... "miserável e desigual", o MUSEU VIRTUAL DO FUTEBOL deseja a todos os seus visitantes e amigos um 2013 repleto de "golos", sejam eles apontados em que "balizas" forem: nas balizas da "esperança", da "alegria", da "saúde", ou da "fé", da fé de que tudo será diferente - para melhor - no ano novo que aí está à porta.
BOM ANO para todos vocês.
Indiscutivelmente os melhores da Europa... e do Mundo. Eis a Espanha, a rainha do futebol, a seleção que em 2012 entrou para a história desta modalidade, ao tornar-se na primeira seleção a conquistar três títulos de alto gabarito seguidos (Euro 2008, Mundial 2010, e Euro 2012).
E a julgar pelo que temos visto o recorde não vai ficar por aqui nos próximos anos...
Equipas há que pela sua extrema qualidade quase nem precisam de alguém que as comande fora do campo. É o caso da Espanha, a melhor seleção do Mundo da atualidade, uma equipa recheada de talentos, casos de Iniesta, Xavi, Jordi Alba, Fábregas, Mata, Pedrito Rodriguez, Busquets, Sergio Ramos, Casillas, Puyol, entre muitos outros astros da bola. Treinar jogadores como estes pode tornar-se uma tarefa fácil, e mais do que isso é uma via aberta para alcançar títulos de prestígio. Que o diga Del Bosque, que em quatro anos aos comandos da roja já leva dois títulos conquistados, e que títulos (!!!): Campeonato do Mundo (2010), e Campeonato da Europa (2012).
Se Xavi foi a chave do sucesso espanhol no Euro 2008, Iniesta foi a pedra fundamental da vitória roja no Europeu polaco-ucraniano. Jogou e fez jogar, como se diz na gíria, e muito justamente foi considerado o MVP do Euro 2012.
Desde que assinou pelo Chelsea Fernando Torres como que se eclipsou do futebol! O espanhol como que desaprendeu a arte que fez dele um dos melhores avançados do futebol mundial num passado não muito distante. Não tem marcado golos, joga mal, e pior do que isso perdeu o gosto pelo jogo. No entanto, na fase final do Europeu voltou a mostrar um pouco do seu talento em momentos cruciais, como foi o caso da final, onde fez um dos quatro golos com que a Espanha bateu a Itália, golo esse que o tornaria no primeiro jogador na história a marcar golos em duas finais consecutivas de cameponatos da Europa.
A par da Espanha e Alemanha era apontada como uma das principais candidatas a triunfar no Euro 2012. Porém, da teoria à prática o caminho é longo e por vezes sinuoso, e a Holanda não conseguiu sequer passar da primeira fase do certame, vencendo assim o título de grande... desilusão da prova.
Os alemães começam a perder a paciência com Joachim Low. Com uma das melhores seleções germânicas de todos os tempos ao seu dispor o treinador voltou a não alcançar um título internacional para a mannschaft. Foi assim no Euro 2008 (perdeu a final para a Espanha), no Mundial 2010 (foi derrotado pela mesma Espanha nas meias-finais), e agora no Euro 2012 (onde foi afastado nas meias-finais diante de uma acessível Itália).
A Alemanha começa bem as fases finais, mas quebra nos jogos decisivos, e o Mundial de 2014 será mesmo a derradeira oportunidade de Low para mostrar que tem condições para continuar à frente de uma das seleções mais poderosas do planeta, caso contrário...
Ora aqui está um dos grandes génios do futebol atual: Zlatan Ibrahimovic. Genial com duplo significado, com a bola nos pés, e... sem ela. O sueco foi uma das figuras de 2012.
No Euro, apesar de não ter qualificado a sua Suécia para os quartos-de-final, assinou alguns dos momentos de ouro da competição, como é exemplo o fantástico golo que derrotou a França na última jornada da fase de grupos. Já no final do ano voltou a fazer um golo do outro Mundo, apontado na inauguração do Friends Arena, em Estocolmo, diante da Inglaterra, onde edificou um pontapé de bicicleta... de fora da área!!! Durante o verão protagonizou umas das mais badaladas transferências do ano, ao trocar o Milan pelo Paris SG... no rasto de um salário anual de 13 milhões de euros! Fora dos relvados Ibra também tem mostrado toda a sua genialidade, mas... no sentido menos positivo!
Foi uma despedida em beleza. Andriy Shevchenko fez a sua despedida do futebol em casa durante a fase final do Campeonato da Europa, e fê-lo com golos (dois ante a Suécia, na fase de grupos), a arte que o imortalizou no mundo do futebol. O veterano avançado ucraniano colocou, após o Euro 2012, um ponto final numa brilhante carreira, que teve início em meados dos anos 90 - ao serviço do Dynamo Kiev - e que conheceu os momentos de maior felicidade já no novo milénio com as cores do colosso italiano AC Milan. Aos 35 anos a convocatória de Sheva para o Euro polaco-ucraniano foi como que um prémio de carreira para um dos melhores futebolistas de sempre nascidos na ex-União Soviética.
Ora aqui está uma aposta ganha da Federação Portuguesa de Futebol. Chamado de emergência ao comando da nau lusitana - quando esta corria sérios riscos de naufragar nas mãos do anterior timoneiro Carlos Queiróz - Paulo Bento não desiludiu quem nele apostou, qualificando - com algumas dificuldades, é certo - a seleção de Portugal para o Euro 2012, o mínimo que lhe foi exigido pelos dirigentes federativos, sendo que chegado à fase final da competição esteve muito perto de voltar a colocar os portugueses numa final europeia, não fosse ter o - duplo - azar de ser elimiando pela melhor seleção do planeta nas meias-finais do certame... após o desempate na lotaria das grandes penalidades! Mais do que guiar Portugal até às meias-finais da prova Paulo Bento, o mais jovem dos selecionadores do Euro 2012, trouxe de volta a união ao talentoso grupo de jogadores lusos, uma união que se pede que volte a emergir na longa caminhada até ao Mundial de 2014.
Cristiano Ronaldo foi uma das mega estrelas futebolísitcas que esteve presença no Campeonato da Europa, que em 2012 foi organizado conjuntamente pela Ucrânia e pela Polónia. Era nele que recaiam as esperanças portuguesas em levar a nau lusitana a bom porto, e bom porto era obviamente a conquista do título europeu. Portugal esteve muito perto de atingir o Olimpo do futebol continental, perdendo a lotaria (das grandes penalidades) para aquela que é muito provavelmente a melhor seleção do Mundo, a Espanha.
Mas mesmo não tendo mostrado toda a sua arte em terras do leste europeu Ronaldo carregou a seleção lusa às costas, em especial nos jogos ante a Holanda e a República Checa, mostrando o porquê de ser uma das grandes estrelas planetárias da atualidade do belo jogo.
Quando daqui a 100 anos se recordar o Euro 2012 falar-se-á com toda a certeza do CR7.
Paolo Guerrero foi o herói do Mundial de Clubes de 2012. Marcou o único golo do Corinthians na meia final do certame ante o Al-Alhy, e foi dele igualmente o tento - solitário - com que o Timão derrotou o Chelsea na final de Yokohama.
Na última grande competição internacional de 2012 os brasileiros do Corinthians colocaram fim ao reinado de cinco anos consecutivos dos emblemas europeus no Mundial de clubes da FIFA. Ao vencer os londrinos do Chelsea por 1-0 os paulistas conquistaram - no Japão - o segundo título de campeões do Mundo da sua história.
Drogba, notável avançado marfinense que em 2012 entrou em definitivo para a história do Chelsea. Ele foi o grande herói da final de Munique, ante o clube local, o Bayern, ao apontar não só o golo que daria o empate durante os 90 minutos, como também o marcador da grande penalidade que deu o título aos blues. Depois disso colocou um ponto final num casamento que durava há já oito temporadas e rumou ao desconhecido - mas milionário - futebol chinês, onde o esperava um... negócio da China.
Com pouco experiência de banco (no seu currículo contava apenas com duas temporadas como treinador principal do West Bromwich Albion) Roberto di Matteo foi aquilo que se chama de um homem com pontaria afinada. Substituiu André Villas Boas num dos bancos mais difíceis do Mundo, o do Chelsea, e sem medo conduziu - à primeira tentativa - os londrinos à gloria internacional. Facto que já na temporada de 2012/13 não foi suficiente para evitar que o impaciente Abramovich o afastasse do comando técnico do Chelsea, devido a maus resultados. Apesar de tudo o treinador italiano teve o seu minuto de fama internacional.
O Chelsea foi quiçá a grande surpresa de 2012. As fracas exibições do clube londrino, tanto a nível interno como externo, faziam prever uma temporada de 2011/12 completamente fracasssada! No início da época o multi-milionário russo Abramovich perdeu novamente a cabeça e gastou mais uma fatia da sua inesgotável fortuna na contratação do jovem técnico português André Villas-Boas, que tão bom desempenho havia tido no FC Porto no ano anterior, a quem pedia o céu, isto é, a Liga dos Campeões. O que é certo é que o Chelesa de Villas Boas desiludia jornada após jornada na liga inglesa, e na Europa o sonho de Abramovich estava cada vez mais longe, pelo que em meados de fevereiro o russo perdia a paciência e despedia o treinador português. Quiçá um pouco descrente de que o seu clube pudesse ainda ir a tempo de apanhar o comboio dos títulos, Abramovich ao invés de abrir novamente os cordões à bolsa e contratar um treinador de topo optou por dar o comando dos blues ao adjunto de Villas Boas, o italiano Roberto di Matteo. Um treinador sem experiência, a quem era pedido somente que levasse o clube à melhor classificação possível na Premier League, pois o resto (Champions à cabeça) estava praticamente perdido. O que é certo é que Di Matteo guiou o Chelsea à glória, conquistou a Taça de Inglaterra, e mais do que isso tornou o sonho de Abramovich em realidade: venceu a Liga dos Campeões, contra todas as previsões!
Falcao pode ter sido uma pedra fundamental para o glorioso ano vivivo pelo Atleti, mas o criador desta super equipa foi sem dúvida o treinador Diego Simeone. Antigo jogador do clube este argentino pegou na equipa em finais de 2011, conduzindo-a a patamares de excelência, tanto a nível interno como externo.
Se Messi e Cristiano Ronaldo não fizessem parte do atual planeta da bola talvez Falcao pudesse a esta hora ser considerado o melhor futebolista do Mundo. O colombiano foi uma das figuras do ano que agora termina, pelos golos - muitos golos - e pelas magníficas exibições patenteadas ao serviço do Atlético de Madrid. Em 2012 Falcao foi o abono de família dos colchoneros. Foi não só decisivo nas conquistas da Liga Europa e da Supertaça Europeia, como também na(s) boa(s) campanha(s) interna(s) que o emblema de Madrid vem fazendo. Falcao é um matador como há muitos anos não se via nos relvados mundiais, não admirando por isso que por estes dias meia Europa ande atrás do colombiano. Falcao é uma raridade no futebol mundial.
Em finais de agosto aterrou em Madrid o segundo troféu continental do presente ano civil, a Supertaça Europeia. No Mónaco, e na sequência de mais uma exibição fantástica, o Atlético de Madrid vulgarizou o campeão europeu Chelsea, ao aplicar ao conjunto inglês uma goleada (4-1), para a qual muito contribuiu, uma vez mais, a genialidade do colombiano Falcao, autor de três golos. Com este título o Atleti elevava para quatro o número de troféus continentais conquistados no curto espaço de três anos (duas Ligas Europa, e outras tantas supertaças europeias). Brilhante!
O Atlético de Madrid viveu um 2012 a todos os títulos memorável. Na Europa os colchoneros voltaram à semelhança de 2010 a conquistar dois títulos, a Liga Europa, e a Supertaça. A primeira foi arreacadada em Bucareste, após uma vitória implacável sobre os conterrâneos do Athletic Bilbao por 3-0, numa noite endiabrada do goleador Radamel Falcao, autor de dois dos três tentos madrilenos e de uma exibição absolutamente soberba.
Todos os dias o rotulam como o próximo Deus do futebol mundial, como o sucessor de Messi ou de Cristiano Ronaldo no trono do planeta da bola, mas o que é certo é que Neymar parece estar ainda muito longe dos astros do Barcelona e do Real Madrid. Em 2012 os olhos do Mundo estavam postos no jogador brasileiro, e no que ele poderia fazer nos Jogos Olímpicos de Londres, a primeira grande prova internacional em que Neymar participou. O que é certo é que o atleta do Santos acusou o peso da responsabilidade, acabando por fazer um torneio mediano, sem chama, não conseguindo levar a sua seleção ao lugar mais alto do pódio olímpico.
No plano feminino a canadiana Christine Sinclair ficou com o título goleadora do Torneio Olímpico de Londres.
O Brasil pode ter ficado sem o ouro olímpico, mas Leandro Damião arrecadou o título de melhor marcador dos Jogos Olímpicos (na variante masculina) ao fazer balçançar as redes contrárias em 6 ocasiões.
Individualmente o destaque olímpico vai para o mexicano Oribe Peralta, autor dos dois golos com que o México derrotou o Brasil na final de Wembley.
No Torneio Olímpico feminino a medalha de ouro foi mais uma vez conquistada pelos Estados Unidos da América.
Depois do Europeu de futebol assumia-se como a competição de seleções mais importante do ano de 2012. O Torneio Olímpico de Londres reunia à sua volta um leque de equipas e jogadores capazes de protagonizar grandes momentos de futebol no seio do maior evento desportivo do planeta, as Olimpíadas. Favorito à conquista do ouro? Sem dúvida alguma o Brasil. A seleção canarinha, orientada por Mano Menezes, procurava em Londres conquistar o único título que teima fugir do seu rico palmarés, o título olímpico. E para trazer o ouro para a América do Sul Menezes montou uma super-equipa onde pontificavam nomes como Hulk, Thiago Silva, Marcelo, Alex Sandro, Lucas, Óscar, Leandro Damião, ou Neymar. Mas como nem sempre no futebol a equipa mais forte vence, o Brasil acabou por derramar mais uma vez lágrimas de tristeza, já que na disputa pelo ouro - em Wembley - o México levaria a melhor sobre o escrete.
Velhos são os trapos, que o diga o avançado do Rio Ave, João Tomás, que neste ano de 2012 chegou aos 100 golos no pirncipal escalão do futebol português. E pelo que se tem visto o outrora chamado de Jardel de Coimbra está (aos 37 anos de idade) ai para as curvas.
Outro histórico do futebol português viveu um ano inesquecível. Falamos do popular Salgueiros, que regressou em 2012 aos campeonatos nacionais (da 3ª Divisão mais precisamente), após três temporadas de subidas consecutivas nos distritais da Associação de Futebol do Porto.
No plano das divisões secundárias um dos destaques de 2012 vai para o histórico Estoril-Praia, clube que ao vencer a Liga de Honra de 11/12 regressou ao convívio entre os grandes do futebol português.
A arbitragem portuguesa, e em especial Pedro Proença, viveu um ano glorioso. O citado juíz foi nomeado pela UEFA para dirigir as duas finais mais importantes da temporada: a da Liga dos Campeões e a do Campeonato da Europa.
Vítor Pereira foi a aposta de emergência de Pinto da Costa para suceder a André Villas Boas no comando técnico do FC Porto em 2011/12. O antigo adjunto do homem que rumou ao Chelsea não poderia ter uma estreia melhor como técnico principal ao vencer a Supertaça Cândido de Oliveira 10/11. Porém, o afastamento precoce da Liga dos Campeões de 11/12, ao que se juntaram alguns maus resultados na caminhada da Liga Portuguesa dessa mesma época, fizeram com que os adeptos portistas acenassem com lenços brancos ao treinador nascido em Espinho.
Pinto da Costa manteve a sua aposta, e no final da temporada saiu vitorioso, alcançando mais um título de campeão. Já no início da atual temporada Vítor Pereira vence nova supertaça, e mais do que isso qualifica tranquilamente o Porto para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A arriscada aposta do presidente portista no até há bem pouco tempo inexperiente treinador está mais do que ganha, pois afinal é o FC Porto quem fabrica treinadores-campeões, e não o contrário. Foi assim com Mourinho, Jesualdo Ferreira, Villas Boas, entre muitos outros.
Hulk foi incrível na forma como ajudou o FC Porto a chegar a mais um título de campeão nacional. No relvado ele foi a figura do campeonato 2011/12, e as suas exibições aguçaram o apetite dos grandes tubarões do futebol europeu. Dificilmente o brasileiro ficaria no Dragão, e quando já se esperava uma transferência para um campeonato de maior dimensão (Inglaterra e Espanha à cabeça) o avançado optou por viajar para a gélida Rússia (!), para defender as cores do Zenit. Uma transferência que não se tem revelado feliz, até ao momento.
É caso para dizer que nem sempre o dinheiro traz felicidade. Hulk que o diga.
A nível individual o paraguaio Cardozo foi pela segunda vez desde que defende as cores do Benfica o rei dos goleadores, com 20 remates certeiros em 11/12. Já em 12/13 o avançado encarnado lidera - à 12ª jornada - a lista de melhores marcadores do campeonato, elevando para 33 o número de golos apontados no principal escalão do futebol luso durante o ano civil de 2012.
A estes juntam-se 6 golos nas competições europeias, (4 em 11/12, e 2 em 12/13), 3 golos na Taça da Liga de 11/12, e 2 na Taça de Portugal de 12/13.
2012 foi um ano negro para o Sporting. No campeonato nacional de 2011/12 falharam não só o título como também o assalto à Liga dos Campeões. Na Taça da Liga foram eliminados na 2ª fase de grupos, e na final da Taça de Portugal socumbiram aos pés da briosíssima Académica de Coimbra. Já na temporada de 2012/13 o treinador Sá Pinto não resistiu aos maus resultados e foi afastado do comando técnico dos leões, que para o seu lugar contrataram um desconhecido Franky Vercauteren. Chicotada psicológica que nem de longe nem de perto surtiu resultado, já que com 12 jornadas decorridas os sportinguistas há muito que se despediram da luta pelo título nacional, estando atualmente posicionados num modesto e impensável 10º lugar! Mas aquele que para muitos é o pior momento da história do Sporting não se fica por aqui. Na Taça de Portugal de 12/13 cairam prematuramente diante do Moreirense, e na Liga Europa não passaram da fase de grupos. Quando a época ainda nem sequer chegou a meio resta aos leões a Taça da Liga para tentar minimizar os estragos de um ano deplorável a todos os níveis.
Já na segunda metade do ano civil de 2012 o FC Porto conquistou mais uma Supertaça Cândido de Oliveira para o seu cada vez mais longo historial. Nada de novo, atendendo ao facto de que os portistas são reis e senhores desta competição (já guardam 19 supertaças nas suas ricas vitrinas). A curiosidade desta nova conquista reside no facto de ter sido a quarta alcançada de forma consecutiva, o que desde logo se tornou num recorde.
O golo dos portistas diante da Académica - a equipa derrotada na final da Supertaça 11/12 - foi apontado pelo novo goleador dos dragões, um tal de Jackson Martínez.
Desilusão foi a palavra que se instalou para os lados do Estádio da Luz em 2011/12. O Benfica voltou a falhar a conquista do campeonato nacional, e nem a boa campanha na Liga dos Campeões - o clube caiu nos quartos-de-final aos pés do Chelsea - livrou o treinador Jorge Jesus de duras críticas da parte dos adeptos encarnados. A conquista da Taça da Liga - pelo terceiro ano consecutivo - soube pois a pouco, para um clube que tem sede de títulos.
Festa estudantil no final da temporada de 11/12 na sequência da épica vitória da Académica na final da Taça de Portugal (por 1-0) diante do Sporting. Coimbra festejou efusivamente a segunda vitória da sua Briosa na competição rainha do futebol português, depois de em 1939 os estudantes terem inaugurado a lista de vencedores da taça.
Olhando agora para aquilo o que aconteceu em Portugal, 2012 fica essencialmente marcado por mais uma festa pintada em tons de azul e branco. O FC Porto sagrou-se novamente campeão nacional, com 6 pontos de vantagem sobre o seu principal adversário na corrida ao título, o Benfica. Mais do que um novo título esta foi uma vitória muito especial para o presidente do clube Jorge Nuno Pinto da Costa, que após a saída do treinador André Villas Boas do comando técnico da equipa principal dos dragões a poucas semanas do início oficial da temporada de 11/12 se viu obrigado a fazer uma aposta arriscada, isto é, nomear o adjunto de Villas Boas, Vítor Pereira, como o novo timoneiro da equipa da Invicta. Aposta que seria ganha.
Chamam-lhe Super Mario, mas de super pouco ou nada tem, ou pelo menos não o tem demonntrado. Mario Balotelli sagrou-se campeão inglês ao serviço do Manchester City, mas esteve sempre mais em foco devido aos seus (infantis) comportamentos fora do campo do que pelos (poucos) golos que marcou na caminhada triunfal dos citizens. Sempre polémico, Balotelli deu um ar da sua graça no Campeonato da Europa realizado na Ucrânia e na Polónia, quando nas meias-finais marcou os dois golos que derrotaram a Alemanha e levaram a Itália para a final da competição. Mas foi só...
No plano individual o holandês Robbie van Persie foi o grande destaque da temporada inglesa. Ao serviço do Arsenal sagrou-se o melhor marcador da Premier League, com 30 remates certeiros, e no defeso de verão protagonizou uma das transferências mais badaladas do ano, ao trocar o clube de Londres - onde assumia o papel de estrela da companhia - pelo... Manchester United. Uma traição que Van Persie justificou com a fome de título coletivos, algo que o Arsenal não lhe tem podido oferecer.
O Liverpool teve uma época dececionante. Falhou (desde muito cedo) o assalto ao título inglês, falhou o apuramento para a Liga dos Campeões, falhou a conquista da Taça de Inglaterra, mas acabou por ter um mal menor ao conquistar a Taça da Liga.
2011/12 ficará para sempre na memória de todos os adeptos do Chelsea. No plano interno os londrinos terminaram a temporada da melhor maneira com uma vitória - sobre o Liverpool - na final da Taça de Inglaterra, mas... o melhor ainda estava para acontecer.
Em Inglaterra a temporada de 2011/12 terminou com uma mistura de drama e emoção. Os dois clubes de Manhcester (o City e o United) entraram para a última jornada da Premier League com possibilidades de serem campeões. Ambos precisavam de vitórias para alcançar o título, sendo que aos 90 minutos dessa (agora) célebre derradeira ronda o United era virtualmente campeão, já que não só vencia o Sunderland como via o vizinho City perder em casa ante o Queens Park Rangers. Porém, o milagre aconteceu no período de compensação do jogo do City. Com dois golos conseguidos para lá dos 90 minutos regulamentares o segundo clube de Manchester não só dava a volta ao marcador (3-2) como conquistava assim o título de campeão. Inolvidável.
No plano individual Messi foi mesmo a grande figura de 2012. O argentino jogou e encantou - mais uma vez - mesmo não tendo ido além da vitória na Copa do Rey no plano coletivo. Porém, bateu uma série de recordes a nível pessoal que fazem dele já - aos 25 anos! - uma lenda do futebol planetário. Venceu a Bota de Ouro (galardão atribuído ao melhor marcador dos campeonatos europeus) com um total de 50 golos apontados, marca nunca dantes atingida por outro jogador; pela quarta temporada consecutiva sagrou-se o melhor marcador da Liga dos Campeões; e já no final do ano bateu o recorde do alemão Gerd Muller ao conseguir marcar 86 golos durante o ano civil. Impressionante.
Em 2012 José Mourinho passou de bestial... a besta. Amado por uns e odiado por outros o treinador português não tem vivido tempos fáceis em Madrid. Polémico (q.b.) Mourinho logrou conquistar o título de campeão espanhol (11/12) para o Real, colocondo um ponto final no reinado interno do Barcelona, mas voltou a falhar a conquista da 10ª Taça/Liga dos Campeões Europeus, que o clube da capital espanhola persegue desde 2002/03. A relação entre o português e a afición madrilena piorou na segunda metade do ano, altura em que uma série de maus resultados no campeonato afastaram o Real praticamente da discussão do título de campeão, ocupando atualmente os merengues um desolador 3º lugar a 16 pontos do Barcelona!
Resta a Mou conquistar a tão sonhada 10ª Copa da Europa, caso contrário esta poderá mesmo ser a última temporada em que o português se senta no banco do Santiago Bernabeu.
José Mourinho e Cristiano Ronaldo foram quiçá os principais responsáveis pelo fim do reinado (de três anos consecutivos) do Barcelona no campeonato espanhol. O Real Madrid sagrou-se campeão nacional, e os portugueses foram endeusados pelos ferverosos adeptos merengues.
O Barcelona dos últimos 4/5 anos tem sido apontado como uma das equipas mais belas de todos os tempos do futebol. Para além de títulos - nacionais e internacionais - os catalães apresentam um futebol de uma beleza ímpar que tem encantado multidões um pouco por todo o lado. Porém, em 2012 no que concerne a títulos coletivos o Barça esteve um pouco aquém do esperado. Conquistaria apenas a Copa do Rey, tendo visto fugir o título de campeão nacional para o grande rival Real Madrid, que já em setembro levaria a melhor sobre os catalães na disputa pela supertaça espanhola. Na Liga dos Campeões o Barcelona caiu nas meias-finais aos pés do Chelsea. Em 2012 o Barça viu também o seu timoneiro das conquistas Pep Guardiola dizer adeus ao clube. Foram quatro anos repleto de títulos: 3 Ligas Espanholas, 2 Copas do Rei, 3 Supertaças de Espanha, 2 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes, e 2 Supertaças da Europa. Notável.
Guardiola, que justificaria a sua saída do banco dos catalães com o facto de estar a precisar de férias (!), seria substituído pelo seu adjunto Tito Vilanova.
Ainda no futebol italiano o ano fica marcado pela surpreedente ascensão de um até há bem pouco tempo desconhecido defesa central português. Luís Neto, formado nas escolas do Varzim deu nas vistas em 2011/12 ao serviço do Nacional da Madeira, performance que levaria o Siena a contratar os seus serviços. E na primeira metade da Serie A de 2012/13 as exibições do português foram de encher o olho, facto que tem levado clubes de maior dimensão do calcio, como a Juventus ou o Nápoles, a mostrar vincado interesse no concurso do jovem luso.
Para o título da Juve contribuiu Alessandro Del Piero, mítico jogador do clube de Turim que no final da temporada (11/12) se despedia em lágrimas do emblema que o catapultou para a fama. Aos 37 anos, e sem espaço no plantel de Conte, Del Piero despediu-se do clube onde passou 19 anos da sua vida, rumando posteriormente para o desconhecido campeonato australiano, para defender as cores do Sydney FC.
Oito anos depois a Velha Senhora do calcio voltava a sagrar-se campeã de Itália. A Juventus, de Antonio Conte, acabava com o reinado dos rivais de Milão (Inter e Milan) e alcançava o 28º scudetto da sua história.