quarta-feira, março 28, 2012

Craques da areia (3)... André

Com o calor à espreita é altura de dar um salto até à praia para conhecer um pouco mais ao pormenor um dos atuais astros do beach soccer planetário. Neste regresso à vitrina dedicada aos “craques da areia” visitamos André, um artista das areias que nasceu a 26 de maio de 1977 em Natal (Brasil), tendo apresentado o seu talento ao Mundo por alturas de 2004. De lá para cá tem encantado os adeptos da modalidade um pouco por todo o lado com a sua invulgar técnica de manusear a bola nas difíceis areias e o seu apurado instinto de goleador.
Antes de inverdar pelo beach soccer André Álvaro Batista do Nascimento – de seu nome completo – teve uma passagem pelos relvados, cenário onde vestiu as cores de clubes como o ABC, o América, e o desaparecido Força e Luz. Contudo, seria na areia que se sentiria como um “peixe dentro de água”. 2004 marcou como já referimos o início de uma gloriosa carreira para a nossa estrela de hoje, colecionando títulos e prémios que fazem dele uma lenda do futebol de praia.
Um estatuto alcançado pelo “bigode” - alcunha dada a André pelo peculiar bigode que se tornou na sua imagem de marca – sobretudo ao serviço da seleção brasileira, com a qual tem brilhado.
Com a “canarinha” venceu (já) nada mais nada menos do que 4 Campeonatos do Mundo da FIFA (!), tendo o primeiro deles sido conquistado em “casa”, o mesmo é dizer no Rio de Janeiro, a capital do beach soccer mundial, em 2006, ao lado de outras lendas da modalidade como Júnior Negão, Benjamin, Sidney, ou Buru. Um ano mais tarde, novamente na “Cidade Maravilhosa” o “bigode” arrecadava a sua segunda estrela de campeão do Mundo, depois de na grande final o “escrete” ter batido o estreante – em Mundiais – México por 8-2 com dois golos da sua autoria.
Em 2008 a FIFA leva o Mundial de beach soccer pela primeira vez para a Europa, escolhendo Marselha (França) para acolher a fase final de um evento que sem surpresa seria novamente ganho pelos “reis da areia”, por outras palavras, o Brasil, que no jogo decisivo batia a Itália por 5-3 com a preciosa ajuda de André que na Praia do Prado fez o gosto ao pé por uma ocasião em mais um momento de ouro para o futebol de praia brasileiro.
Em 2009 o Mundial viaja até ao Dubai, local que recebe a 5ª edição do certame. Mais uma vez o Brasil leva a melhor sobre a concorrência, erguendo a sua quarta “copa” após ter batido na final a sensacional Suíça liderada pelo astro Dejan Stankovic por 10-5, tendo o “bigode” apontado dois dessa dezena de golos. Quatro títulos mundiais para André, um feito ao alcance de muito poucos!
Com o passar dos anos o craque foi ganhando um maior protagonismo dentro da seleção brasileira, liderando – e vencendo – a “canarinha” em outros torneios internacionais em que esta competia.
E 2011 é disso um bom exemplo, o ano onde André foi... rei. Por outras palavras, ele foi o melhor jogador do Mundo – para muitos dos críticos da modalidade – no ano passado, muito devido às suas magníficas atuações no Campeonato do Mundo realizado em Ravenna (Itália). A coroação de André só não foi perfeita porque para espanto de todos a Rússia derrotaria o Brasil na final desse Mundial. Mesmo assim o “bigode” alcançou o título de melhor marcador da competição, com 14 golos, tendo sido ainda eleito como o segundo melhor jogador do torneio logo atrás do russo Ilya Leonov.
2011 foi mesmo um ano em que André teve o “pé quente” como se costuma dizer por terras de Vera Cruz, já que na 1ª edição do Mundialito de Clubes, realizado em Represa de Guarapiranga (São Paulo), ele foi coroado o rei dos goleadores na sequência de 16 remates certeiros com as cores do Flamengo. Foi ainda campeão da Liga da Rússia, ao serviço do Lokomotiv de Moscovo, pouco antes de voltar ao seu país para defender as cores do Corinthians, emblema com o qual no passado dia 25 de março de 2012 conquistou a 1ª edição do Campeonato Brasileiro de beach soccer depois de na final ter batido o Santos, liderado pelo seu companheiro de seleção Buru, por 4-1. Nesse jogo André apontou dois golos.
Na rica história da seleção do Brasil André é – até à data – o quinto melhor marcador de sempre da equipa, com 204 golos, atrás de craques como Nenén (336 golos), Júnior Negão (318), Benjamin (291), e Jorginho (290).

Legenda das fotografias:
1-Com a camisola que o tornou célebre no Mundo; a do Brasil
2-O "bigode" com as cores do Flamengo no Mundialito de Clubes em 2011
3-Lutando pelo Corinthians, com quem venceu o 1º Campeonato Brasileiro da história

segunda-feira, março 26, 2012

Estrelas cintilantes (30)... Isabelino Gradín

Aproveitando a viagem da “Máquina do Tempo” a terras sul americanas vamos hoje fazer uma pequena visita a uma das primeiras lendas da gloriosa história do futebol uruguaio. Um talentoso “pintor” que deu vida a alguns dos mais belos quadros do belo jogo num tempo em que este vivia ainda longe dos holofotes do mediatismo que o circundam nos dias de hoje, mas que carregava consigo uma inocente e desmedida paixão difícil de encontrar atualmente.
Isabelino Gradín, um nome, um mito melhor dizendo, que deixou atrás de si um rasto de saudade nos que tiveram a honra e o privilégio de o ver atuar e... uma enorme tristeza para todos aqueles que – como eu próprio – nunca puderam rasgar um sorriso de felicidade após visionarem uma jogada sua. Mais parecendo animados desfiles carnavalescos as “jugaditas” deste avançado inspiraram as gerações seguintes de um pequeno país que é descrito por muitos como o primeiro grande alfobre de magos da arte de conduzir a bola. Isabelino veio ao Mundo a 8 de julho de 1897, tendo a bela Montevideu como berço. Nasceu pobre, muito pobre, num dos bairros mais carenciados da capital uruguaia, Palermo. Era bisneto de escravos africanos (oriundos do Lesotho) e cedo obteve o respeito de um povo numa época em que o racismo atacava ferozmente em cada esquina.
O reinado de Gradín começa em 1915, ano que o também (já) lendário Peñarol atraía a “pérola negra” para os seus quadros, e não perdeu tempo a maravilhar os ferverosos adeptos do clube de Montevideu.
A forma veloz e serpenteada como conduzia o mágico objeto esférico, deixando para trás adversários em catadupa, fazia as pessoas levantarem-se como uma mola esboçando olhares de encantamento perante aquela espécie de magia negra que brotava nas “canchas” de Montevideu.
Os seus dotes não passaram despercebidos a ninguém, muito menos aos responsáveis da seleção uruguaia, que de imediato quiseram ter aquele diamante nas suas mãos. 1915 é então um ano inolvidável para Isabelino: estreia ao serviço do colosso Peñarol onde de imediato ascende ao patamar de estrela-mor, e veste pela primeira vez a mágica camisola (azul) celeste do Uruguai.
Mas este era apenas o primeiro apontamento de uma história que haveria de ter muitos outros capítulos memoráveis. Um ano depois (1916) integra o combinado uruguaio que disputa na Argentina a 1ª edição do Campeonato Sul Americano de Futebol, mais tarde rebatizado como Copa América. Em casa dos vizinhos – e inimigos – argentinos Isabelino e companhia levariam a melhor sobre a concorrência, oferecendo ao Uruguai o primeiro título de campeão das américa da história. Gradín foi uma das principais – senão mesmo a principal – personagens desta fábula uruguaia, atraindo até si as luzes – da ribalta – de um torneio onde foi o melhor marcador com 3 golos.
História curiosa – ou talvez não atendendo ao teor da mesma – dessa primeira Copa América alude ao facto de o Chile ter protestado o jogo em que foi goleado pelos magos uruguaios, por 0-4, pela razão de que estes haviam jogado com dois atletas... negros! Eram eles Isabelino Gradín e Juan Delgado (também ele descendente de escravos africanos). Uma nota sobre o racismo – e também de impotência, porque não dizê-lo, para anular a invulgar arte africana de “acariciar” a bola transposta para o campo de batalha por aqueles dois descendentes de escravos – que imperava numa época em que o futebol era de forma esmagadora praticada por “brancos”. O Uruguai era mesmo, na altura, o único país do Mundo que tinha jogadores negros na sua seleção. Em 1922 Gradín abandona o Peñarol, emblema com o qual conquistou dois títulos de campeão uruguaio (1918 e 1921) para ajudar à fundação do Olimpia (mais tarde rebatizado de River Plate), clube onde jogou até ao final da sua carreira (em 1929).
A lenda de Gradín vai mais longe quando à sua ímpar interpretação técnica do futebol se junta o seu talento para o atletismo! A sua abismal velocidade não foi apenas aplicada nos dribles e escapadas pelos retangulos do belo jogo senão também nas pistas sul americanas. Ali bateu inúmeros recordes e conquistou diversos títulos continentais, entre outros os 400m (em 1918 ,1920 e1922), ou os 200m (em 1919 e 1920). Era uma força da natureza. Lamentavelmente não fez parte daquela que é talvez a maior seleção uruguaia de sempre, a mítica equipa que venceu dois títulos olímpicos (1924 e 1928) e o primeiro Campeonato do Mundo da história (1930), comandada por outro negro, esse rotulado como o primeiro grande jogador negro da modalidade, José Leandro Andrade, de quem aliás já aqui falámos noutras visitas ao passado.
Gradín nasceu pobre e pobre morreu em 1944.

Legenda das fotografias:
1-Isabelino com a camisola do Uruguai
2-Seleção uruguaia que venceu a 1ª Copa América (1916)
3-Com as cores do seu Peñarol

terça-feira, março 20, 2012

A "Libertadores" em números (9)...

COPA LIBERTADORES

1968

1ª Fase

Grupo 1


Independiente (Argentina) - Estudiantes (Argentina): 2-4

Millonarios (Colômbia) - Independiente (Argentina): 1-2

Millonarios (Colômbia) - Estudiantes (Argentina): 0-1

Deportivo Cali (Colômbia) - Independiente (Argentina): 1-0

Deportivo Cali (Colômbia) - Estudiantes (Argentina): 1-2

Millonarios (Colômbia) - Deportivo Cali (Argentina): 4-2

Estudiantes (Argentina) - Deportivo Cali (Colômbia): 3-0

Independiente (Argentina) - Millonarios (Colômbia): 3-1

Estudiantes (Argentina) - Millonarios (Colômbia): 0-0

Independiente (Argentina) - Deportivo Cali (Colômbia): 1-1

Deportivo Cali (Colômbia) - Millonarios (Colômbia): 1-0

Estudiantes (Argentina) - Independiente (Argentina): 2-0

*Independiente (Argentina) - Deportivo Cali (Colômbia): 3-2 (*Play-off para decidir do 2º colocado do grupo)

Classificação

1-Estudiantes (Argentina): 11 pontos
2-Independiente (Argentina): 5 pontos

3-Deportivo Cali (Colômbia): 5 pontos
4-Millonarios (Colômbia): 3 pontos

(Estudiantes e Independiente qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 2

Always Ready (Bolívia) - Universitario (Perú): 0-3

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Sporting Cristal (Perú): 0-1

Always Ready (Bolívia) - Sporting Cristal (Perú): 1-4

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Universitario (Perú): 0-0

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Always Ready (Bolívia): 3-0

Universitario (Perú) - Sporting Cristal (Perú): 1-1

Sporting Cristal (Perú) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 2-0

Universitario (Perú) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 5-1

Sporting Cristal (Perú) - Always Ready (Bolívia): 1-1

Universitario (Perú) - Always Ready (Bolívia): 6-0

Sporting Cristal (Perú) - Universitario (Perú): 2-2

Always Ready (Bolívia) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 0-1

Classificação

1-Universitario (Perú): 9 pontos
2-Sporting Cristal (Perú): 9 pontos

3-Jorge Wilstermann (Bolívia): 5 pontos
4-Always Ready (Bolívia): 1 ponto

(Universitario e Sporting Cristal qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 3

Emelec (Equador) - El Nacional (Equador): 0-0

El Nacional (Equador) - Universidad Católica (Chile): 2-1

Emelec (Equador) - Universidad de Chile (Chile): 2-1

Emelec (Equador) - Universidad Católica (Chile): 1-2

El Nacional (Equador) - Universidad de Chile (Chile): 3-1

Universidad Católica (Chile) - Universidad de Chile (Chile): 3-2

Universidad Católica (Chile) - El Nacional (Equador): 2-0

Universidad de Chile (Chile) - Emelec (Equador): 0-0

Universidad Católica (Chile) - Emelec (Equador): 1-1

Universidad de Chile (Chile) - El Nacional (Equador): 1-0

Universidad de Chile (Chile) - Universidad Católica (Chile): 1-2

El Nacional (Equador) - Emelec (Equador): 0-1

Classificação

1-Universidad Católica (Chile): 9 pontos
2-Emelec (Equador): 7 pontos

3-El Nacional (Equador): 5 pontos
4-Universidad de Chile (Chile): 3 pontos

(Universidad Católica e Emelec qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 4

Peñarol (Uruguai) - Nacional (Uruguai): 1-0

Guaraní (Paraguai) - Libertad (Paraguai): 2-0

Nacional (Uruguai) - Guaraní (Paraguai): 2-2

Peñarol (Uruguai) - Libertad (Paraguai): 4-0

Nacional (Uruguai) - Libertad (Paraguai): 4-0

Peñarol (Uruguai) - Guaraní (Paraguai): 2-0

Libertad (Paraguai) - Guaraní (Paraguai): 1-1

Nacional (Uruguai) - Peñarol (Uruguai): 0-0

Libertad (Paraguai) - Peñarol (Uruguai): 1-0

Guaraní (Paraguai) - Nacional (Uruguai): 2-1

Guaraní (Paraguai) - Peñarol (Uruguai): 1-1

Libertad (Paraguai) - Nacional (Uruguai): 0-2

Classificação

1-Peñarol (Uruguai): 8 pontos
2-Guaraní (Paraguai): 7 pontos

3-Nacional (Uruguai): 6 pontos
4-Libertad (Paraguai): 3 pontos

(Peñarol e Guaraní qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 5

Deportivo Galicia (Venezuela) - Deportivo Portugués (Venezuela): 2-0
Náutico (Brasil) - Palmeiras (Brasil): 1-3

Deportivo Portugués (Venezuela) - Náutico (Brasil): 1-1

Deportivo Galicia (Venezuela) - Náutico (Brasil): 2-1

Deportivo Galicia (Venezuela) - Palmeiras (Brasil): 1-2

Deportivo Portugués (Venezuela) - Palmeiras (Brasil): 1-2

Náutico (Brasil) - Deportivo Galicia (Venezuela): 1-0

Náutico (Brasil) - Deportivo Portugués (Venezuela): 3-2 (nota: Vitória seria atribuida ao Deportivo por uma irregularidade do Náutico)

Palmeiras (Brasil) - Deportivo Galicia (Venezuela): 2-0

Palmeiras (Brasil) - Deportivo Portugués (Venezuela): 3-0

Palmeiras (Brasil) - Náutico (Brasil): 0-0

Deportivo Portugués (Venezuela) - Deportivo Galicia (Venezuela): 1-0

Classificação

1-Palmeiras (Brasil): 11 pontos
2-Deportivo Portugués (Venezuela): 5 pontos

3-Náutico (Brasil): 4 pontos
4-Deportivo Galicia (Venezuela): 4 pontos

(Palmeiras e Deportivo Portugués qualificaram-se para a 2ª fase)

Isento: Racing Club (Argentina)

2ª fase

Grupo 1


Universitario (Perú) - Estudiantes (Argentina): 1-0

Universitario (Perú) - Independiente (Argentina): 0-3

Independiente (Argentina) - Estudiantes (Argentina): 1-2

Estudiantes (Argentina) - Independiente (Argentina): 1-0

Estudiantes (Argentina) - Universitario (Perú): 1-0

Independiente (Argentina) - Universitario (Perú): 3-0

Classificação:

1-Estudiantes (Argentina): 6 pontos

2-Independiente (Argentina): 4 pontos
3-Universitario (Perú): 2 pontos

(Estudiantes qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 2

Deportivo Portugués (Venezuela) - Peñarol (Uruguai): 0-3

Emelec (Equador) - Sporting Cristal (Perú): 0-2

Emelec (Equador) - Peñarol (Uruguai): 0-1

Deportivo Portugués (Venezuela) - Sporting Cristal (Perú): 1-1

Emelec (Equador) - Deportivo Portugués (Venezuela): 2-0

Sporting Cristal (Perú) - Peñarol (Uruguai): 0-0

Sporting Cristal (Perú) - Deportivo Portugués (Venezuela): 2-0

Peñarol (Uruguai) - Deportivo Portugués (Venezuela): 4-0

Sporting Cristal (Perú) - Emelec (Equador): 1-1

Peñarol (Uruguai) - Emelec (Equador): 1-0

Peñarol (Uruguai) - Sporting Cristal (Perú): 1-1

Deportivo Portugués (Venezuela) - Emelec (Equador): 2-0

Classificação

1-Peñarol (Uruguai): 10 pontos

2-Sporting Cristal (Perú): 8 pontos
3-Emelec (Equador): 3 pontos
4-Deportivo Portugués (Venezuela): 3 pontos

(Peñarol qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 3

Universidad Católica (Chile) - Guaraní (Paraguai): 4-1

Guaraní (Paraguai) - Universidad Católica (Chile): 3-1

Palmeiras (Brasil) - Universidad Católica (Chile): 4-1

Guaraní (Paraguai) - Palmeiras (Brasil): 2-0

Universidad Católica (Chile) - Palmeiras (Brasil): 0-1

Palmeiras (Brasil) - Guaraní (Paraguai): 2-1

Classificação

1-Palmeiras (Brasil): 6 pontos

2-Guaraní (Paraguai): 4 pontos
3-Universidad Católica (Chile): 2 pontos

(Palmeiras qualificou-se para as meias-finais)

Isento: Racing Club (Argentina)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Estudiantes (Argentina) - Racing Club (Argentina): 3-0/0-2/1-1 (desempate, por ter melhor goal-average o Estudiantes qualificou-se para a final)

Palmeiras (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 1-0/2-1

Final (1ª mão)

Estudiantes (Argentina) - Palmeiras (Brasil): 2-1


Data: 2 de maio de 1968

Estádio: Ciudad de La Plata, La Plata (Argentina)

Árbitro: Marino (Uruguai)

Estudiantes: Poletti, Fucceneco, Spadaro, Madero, Malbernat, Pachamé, Bilardo, Flores, Ribaudo (Lavezzi), Conigliaro, Verón.

Palmeiras: Valdir de Moraes, Geraldo da Silva, Baldochi, Osmar, Gilberto, Ademir da Guía, Dudú, Suingue, Tupãzinho, Servilio, Rinaldo.

Golos: 0-1 (Servilio, aos 7m), 1-1 (Verón, aos 83m), 2-1 (Flores, aos 87m)

Final (2ª mão)

Palmeiras (Brasil) - Estudiantes (Argentina): 3-1


Data: 7 de maio de 1968

Estádio: Pacaembú, em São Paulo (Brasil)

Árbitro: Massaro (Chile)

Palmeiras: Valdir de Moraes, Escalera, Baldochi, Osmar, Ferrari, Ademir da Guía, Dudú, Servilio (China), Tupãzinho, Rinaldo, Suingue.

Estudiantes: Poletti, Spadaro, Madero, Fucceneco, Pachamé, Malbernat, Bilardo, Ribaudo, Flores (Togneri), Conigliaro, Verón.

Golos: 1-0 (Tupãzinho, aos 10m), 2-0 (Reinaldo, aos 54m), 3-0 (Tupãzinho, aos 68m), 3-1 (Verón, aos 72m)

Final (desempate)

Estudiantes (Argentina) - Palmeiras (Brasil): 2-0


Data: 16 de maio de 1968

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Orozco (Perú)

Estudiantes: Poletti, Aguirre Suárez, Madero, Malbernat, Pachamé, Medina, Bilardo, Flores, Ribaudo, Conigliaro, Verón.

Palmeiras: Valdir de Moraes, Escalera, Baldochi, Osmar, Ademir da Guía, Ferrari, Suingue, Dudú, Tupãzinho, Servilio (China), Rinaldo.

Golos: 1-0 (Ribaudo, aos 13m), 2-0 (Verón, aos 82m)Emblema incontornável do futebol argentino o Estudiantes inscrevia em 1968 o seu nome na galeria dos notáveis vencedores da Libertadores. Este seria o primeiro de uma sequência de três títulos consecutivos alcançados pelo histórico clube de La Plata na competição.

Melhor marcador:Tupãzinho (Palmeiras): 11 golos

segunda-feira, março 19, 2012

A "Libertadores" em números (8)...

COPA LIBERTADORES

1967

1ª Fase

Grupo 1


Deportivo Italia (Venezuela) - Deportivo Galicia (Venezuela): 1-0

Deportivo Galicia (Venezuela) - Cruzeiro (Brasil): 0-1

Deportivo Italia (Venezuela) - Cruzeiro (Brasil): 0-3

Universitario (Perú) - Sport Boys (Perú): 1-0

Deportivo Galicia (Venezuela) - Sport Boys (Perú): 2-1

Deportivo Italia (Venezuela) - Universitario (Perú): 0-3

Deportivo Italia (Venezuela) - Sport Boys (Perú): 2-5

Deportivo Galicia (Venezuela) - Universitario (Perú): 2-0

Cruzeiro (Brasil) - Deportivo Galicia (Venezuela): 3-1

Cruzeiro (Brasil) - Deportivo Italia (Venezuela): 4-0

Universitario (Perú) - Deportivo Galicia (Venezuela): 2-0

Sport Boys (Perú) - Deportivo Italia (Venezuela): 0-0

Universitario (Perú) - Deportivo Italia (Venezuela): 1-0

Sport Boys (Perú) - Deportivo Galicia (Venezuela): 2-0

Deportivo Galicia (Venezuela) - Deportivo Italia (Venezuela): 0-0

Cruzeiro (Brasil) - Universitario (Perú): 4-1

Sport Boys (Perú) - Cruzeiro (Brasil): 1-2

Universitario (Perú) - Cruzeiro (Brasil): 2-2

Cruzeiro (Brasil) - Sport Boys (Perú): 3-1

Sport Boys (Perú) - Universitario (Perú): 0-1

Classificação

1-Cruzeiro (Brasil): 15 pontos
2-Universitario (Perú): 11 pontos

3-Sport Boys (Perú): 5 pontos
4-Deportivo Galicia (Venezuela): 5 pontos
5-Deportivo Italia (Venezuela): 4 pontos

(Cruzeiro e Universitario qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 2

Independiente Santa Fe (Colômbia) - Medellín (Colômbia): 2-0

Racing Club (Argentina) - River Plate (Argentina): 2-0

Bolívar (Bolívia) - 31 de Octubre (Bolívia): 1-0

31 de Octubre (Bolívia) - Racing Club (Argentina): 3-0

Bolívar (Bolívia) - River Plate (Argentina): 3-3

31 de Octubre (Bolívia) - River Plate (Argentina): 0-4

Medellín (Colômbia) - Racing Club (Argentina): 0-2

Independiente Santa Fe (Colômbia) - Racing Club (Argentina): 1-2

Independiente Santa Fe (Colômbia) - River Plate (Argentina): 2-2

Bolívar (Bolívia) - Racing Club (Argentina): 0-2

Medellín (Colômbia) - River Plate (Argentina): 0-1

River Plate (Argentina) - Independiente Santa Fe (Colômbia): 4-0

Racing Club (Argentina) - Medellín (Colômbia): 5-2

River Plate (Argentina) - Medellín (Colômbia): 6-2

Racing Club (Argentina) - Independiente Santa Fe (Colômbia): 4-1

Bolívar (Bolívia) - Medellín (Colômbia): 1-1

31 de Octubre (Bolívia) - Independiente Santa Fe (Colômbia): 6-2

31 de Octubre (Bolívia) - Medellín (Colômbia): 1-2

Bolívar (Blívia) - Independiente Santa Fe (Colômbia): 2-2

River Plate (Argentina) - Bolívar (Bolívia): 2-0

Racing Club (Argentina) - 31 de Octubre (Bolívia): 6-0

Racing Club (Argentina) - Bolívar (Bolívia): 6-0

River Plate (Argentina) - 31 de Octubre (Bolívia): 7-0

Independiente Santa Fe (Colômbia) - 31 de Octubre (Bolívia): 2-0

Medellín (Colômbia) - Bolívar (Bolívia): 2-0

Independiente Santa Fe (Colômbia) - Bolívar (Bolívia): 1-2

Medellín (Colômbia) - 31 de Octubre (Bolívia): 3-0

River Plate (Argentina) - Racing Club (Argentina): 0-0

31 de Octubre (Bolívia) - Bolívar (Bolívia): 2-2

Medellín (Colômbia) - Independiente Santa Fe (Colômbia): 0-4

Classificação

1-Racing Club (Argentina): 17 pontos
2-River Plate (Argentina). 15 pontos

3-Independiente Santa Fe (Colômbia): 8 pontos
4-Bolívar (Bolívia): 8 pontos
5-Medellín (Colômbia): 7 pontos
6-31 de Octubre (Bolívia): 5 pontos

(Racing e River qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 3

Emelec (Equador) - Barcelona Guayaquil (Equador): 3-0

Emelec (Equador) - Nacional (Uruguai): 1-4

Barcelona Guayaquil (Equador) - Nacional (Uruguai): 2-1

Cerro Porteño (Paraguai) - Guaraní (Paraguai): 1-0

Universidad Católica (Chile) - Colo Colo (Chile): 5-2

Emelec (Equador) - Cerro Porteño (Paraguai): 2-1

Barcelona Guayaquil (Equador) - Guaraní (Paraguai): 2-1

Emelec (Equador) - Guaraní (Paraguai): 0-2

Barcelona Guayaquil (Equador) - Cerro Porteño (Paraguai): 1-2

Nacional (Uruguai) - Emelec (Equador): 3-0

Colo Colo (Chile) - Cerro Porteño (Paraguai): 5-1

Universidad Católica (Chile) - Guaraní (Paraguai): 1-1

Nacional (Uruguai) - Barcelona Guayaquil (Equador): 2-0

Colo Colo (Chile) - Guaraní (Paraguai): 1-0

Universidad Católica (Chile) - Cerro Porteño (Paraguai): 3-1

Universidad Católica (Chile) - Emelec (Equador): 1-2

Colo Colo (Chile) - Barcelona Guayaquil (Equador): 3-2

Colo Colo (Chile) - Emelec (Equador): 3-2

Universidad Católica (Chile) - Barcelona Guayaquil (Equador): 3-1

Guaraní (Paraguai) - Barcelona Guayaquil (Equador): 4-1

Cerro Porteño (Paraguai) - Emelec (Equador): 1-1

Colo Colo (Chile) - Nacional (Uruguai): 3-2

Guaraní (Paraguai) - Emelec (Equador): 3-0

Cerro Porteño (Paraguai) - Barcelona Guayaquil (Equador): 1-2

Nacional (Uruguai) - Colo Colo (Chile): 5-2

Nacional (Uruguai) - Universidad Católica (Chile): 0-0

Cerro Porteño (Paraguai) - Colo Colo (Chile): 0-1

Guaraní (Paraguai) - Universidad Católica (Chile): 1-1

Guaraní (Paraguai) - Colo Colo (Chile): 4-2

Cerro Porteño (Paraguai) - Universidad Católica (Chile): 1-0

Nacional (Uruguai) - Guaraní (Paraguai): 3-1

Barcelona Guayaquil (Equador) - Colo Colo (Chile): 1-1

Emelec (Equador) - Universidad Católica (Chile): 0-1

Barcelona Guayaquil (Equador) - Universidad Católica (Chile): 0-2

Emelec (Equador) - Colo Colo (Chile): 4-3

Cerro Porteño (Paraguai) - Nacional (Uruguai): 2-6

Guaraní (Paraguai) - Nacional (Uruguai): 0-1

Nacional (Uruguai) - Cerro Porteño (Paraguai): 4-1

Barcelona Guayaquil (Equador) - Emelec (Equador): 2-1

Universidad Católica (Chile) - Nacional (Uruguai): 0-3

Guaraní (Paraguai) - Cerro Porteño (Paraguai): 1-2

Colo Colo (Chile) - Universidad Católica (Chile): 4-2

Classificação

1-Nacional (Uruguai): 19 pontos
2-Colo Colo (Chile): 15 pontos

3-Universidad Católica (Chile): 13 pontos
4-Guaraní (Paraguai): 10 pontos
5-Emelec (Equador): 9 pontos
6-Barcelona Guayaquil (Equador): 9 pontos
7-Cerro Porteño (Paraguai): 9 pontos

(Nacional e Colo Colo qualificaram-se para a 2ª fase)

Isento: Peñarol (Uruguai)

2ª Fase

Grupo 1


Universitario (Perú) - Colo Colo (Chile): 3-0

River Plate (Argentina) - Racing Club (Argentina): 0-0

Colo Colo (Chile) - River Plate (Argentina): 1-0

Universitario (Perú) - Racing Club (Argentina): 1-2

River Plate (Argentina) - Universitario (Perú): 0-1

Racing Club (Argentina) - Universitario (Perú): 1-2

Colo Colo (Chile) - Racing Club (Argentina): 0-2

Racing Club (Argentina) - Colo Colo (Chile): 3-1

Universitario (Perú) - River Plate (Argentina): 2-2

River Plate (Argentina) - Colo Colo (Chile): 1-1

Colo Colo (Chile) - Universitario (Perú): 0-1

Racing Club (Argentina) - River Plate (Argentina): 3-1

Classificação

1-Racing Club (Argentina): 9 pontos

2-Universitario (Perú): 9 pontos
3-River Plate (Argentina): 3 pontos
4-Colo Colo (Chile): 3 pontos

*Racing Club (Argentina) - Universitario (Perú): 2-1 (*play-off para apurar o vencedor do grupo)

(Racing Club qualificou-se para a final)

Grupo 2

Peñarol (Uruguai) - Nacional (Uruguai): 0-1

Cruzeiro (Brasil) - Nacional (Uruguai): 2-1

Cruzeiro (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 1-0

Peñarol (Uruguai) - Cruzeiro (Brasil): 3-2

Nacional (Uruguai) - Cruzeiro (Brasil): 2-0

Nacional (Uruguai) - Peñarol (Uruguai): 2-2

Classificação

1-Nacional (Uruguai): 5 pontos

2-Cruzeiro (Brasil): 4 pontos
3-Peñarol (Uruguai): 3 pontos

(Nacional qualificou-se para a final)

Final (1ª mão)

Racing Club (Argentina) - Nacional (Uruguai): 0-0


Data: 15 de agosto de 1967

Estádio: Mozart y Cuyo, em Avellaneda (Argentina)

Árbitro: Orozco (Perú)

Racing Club: Cejas, Perfumo, Díaz, Martín, Mori, Basile, Martinoli, Rulli, Raffo, Rodríguez, Maschio.

Nacional: Domínguez, Manicera, Em.Alvarez, Ubiña, Montero Castillo, Mujica, Espárrago, Viera, Celio, Sosa, Urruzmendi.

Final (2ª mão)

Nacional (Uruguai) - Racing Club (Argentina): 0-0


Data: 25 de agosto de 1967

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Orozco (Perú)

Nacional: Domínguez, Manicera, Em.Alvarez, Ubiña, Montero Castillo, Mujica, Espárrago, Viera, Celio, Sosa, Urruzmendi.

Racing Club: Cejas, Perfumo, Díaz, Martín, Mori, Basile, Cardozo, Rulli, Cárdenas, Raffo, Maschio.

Final (desempate)

Racing Club (Argentina) - Nacional (Uruguai): 2-1


Data: 29 de agosto de 1967

Estádio: Nacional, em Santiago (Chile)

Árbitro: Pérez Osorio (Paraguai)

Racing Club: Cejas, Perfumo, Díaz, Martín, Mori, Basile, Cardozo (Parenti), Rulli, Cárdenas, Raffo, Maschio.

Nacional: Domínguez, Manicera, Em.Alvarez, Ubiña, Montero Castillo, Mujica, Urruzmendi, Viera, Celio, Espárrago, Morales (Oyarbide).

Golos: 1-0 (Cardozo, aos 14m), 2-0 (Raffo, aos 43m), 2-1 (Viera, aos 79m)"La Copa" voltou para a Argentina, e de novo para Avellaneda, embora desta feita pela mão do Racing Club. Curiosidade por esta altura era o facto das decisões da prova, isto é, as finais, serem disputadas de forma acérrima por clubes do Uruguai e da Argentina, os dois velhos inimidos do Rio da Prata (Rio de la Plata), numa demonstração clara do poderio que estes dois países exerciam no futebol sul americano.

Melhor marcador:Norberto Raffo (Racing Club): 14 golos

A "Libertadores" em números (7)...

COPA LIBERTADORES

1966

1ª Fase

Grupo 1


Universitario (Perú) - Alianza (Perú): 2-0

Deportivo Lara (Venezuela) - Deportivo Italia (Venezuela): 1-1

Deportivo Lara (Venezuela) - Alianza (Perú): 2-1

Deportivo Italia (Venezuela) - Universitario (Perú): 2-2

River Plate (Argentina) - Boca Juniors (Argentina): 2-1

Deportivo Italia (Venezuela) - Alianza (Perú): 3-1

Deportivo Lara (Venezuela) - Universitario (Perú): 0-0

Deportivo Lara (Venezeula) - River Plate (Argentina): 1-2

Universitario (Perú) - Boca Juniors (Argentina): 2-1

Deportivo Italia (Venezuela) - River Plate (Argentina): 0-3

Alianza (Perú) - Boca Juniors (Argentina): 0-1

Deportivo Italia (Venezuela) - Boca Juniors (Argentina): 1-2

Universitario (Perú) - River Plate (Argentina): 1-1

Deportivo Lara (Venezuela) - Boca Juniors (Argentina): 0-3

Alianza (Perú) - River Plate (Argentina): 0-2

Alianza (Perú) - Deportivo Italia (Venezuela): 1-2

River Plate (Argentina) - Universitario (Perú): 5-0

Boca Juniors (Argentina) - Deportivo Lara (Venezuela): 2-1

River Plate (Argentina) - Deportivo Lara (Venezuela): 3-0

River Plate (Argentina) - Alianza (Perú): 3-2

Boca Juniors (Argentina) - Deportivo Italia (Venezuela): 5-2

Universitario (Perú) - Deportivo Lara (Venezuela): 1-0

River Plate (Argentina) - Deportivo Italia (Venezuela): 2-1

Boca Juniors (Argentina) - Alianza (Perú): 0-1

Alianza (Perú) - Deportivo Lara (Venezuela): 3-0

Universitario (Perú) - Deportivo Italia (Venezuela): 1-2

Deportivo Italia (Venezuela) - Deportivo Lara (Venezuela): 1-0

Boca Juniors (Argentina) - Universitario (Perú): 2-0

Alianza (Perú) - Universitario (Perú): 0-1

Boca Juniors (Argentina) - River Plate (Argentina): 2-0

Classificação

1-River Plate (Argentina): 17 pontos
2-Boca Juniors (Argentina): 14 pontos

3-Universitario (Perú): 11 pontos
4-Deportivo Italia (Venezuela): 10 pontos
5-Alianza (Perú): 4 pontos
6-Deportivo Lara (Venezuela): 4 pontos

(River e Boca qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 2

Olimpia (Paraguai) - Guaraní (Paraguai): 3-3

Universidad de Chile (Chile) - Universidad Católica (Chile): 0-0

Universidad Católica (Chile) - Guaraní (Paraguai): 2-0

Universidad de Chile (Chile) - Olimpia (Paraguai): 1-2

Universidad de Chile (Chile) - Guaraní (Paraguai): 2-0

Universidad Católica (Chile) - Olimpia (Paraguai): 0-0

Guaraní (Paraguai) - Universidad de Chile (Chile): 1-1

Olimpia (Paraguai) - Universidad Católica (Chile): 0-4

Guaraní (Paraguai) - Universidad Católica (Chile): 3-1

Olimpia (Paraguai) - Universidad de Chile (Chile): 2-0

Universidad Católica (Chile) - Universidad de Chile (Chile): 2-2

Guaraní (Paraguai) - Olimpia (Paraguai): 2-0

Classificação

1-Universidad Católica (Chile): 7 pontos
2-Guaraní (Paraguai): 6 pontos

3-Olimpia (Paraguai): 6 pontos
4-Universidad de Chile (Chile): 5 pontos

*Guaraní (Paraguai) - Olimpia (Paraguai): 2-1 (*Jogo de apuramento do 2º lugar do grupo)

(Universidad Católica e Guaraní qualificaram-se para a 2ª fase)

Grupo 3

Emelec (Equador) - 9 de Octubre (Equador): 2-1

Deportivo Municipal (Bolívia) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 1-1

Nacional (Uruguai) - Peñarol (Uruguai): 4-0

Deportivo Municipal (Bolívia) - Nacional (Uruguai): 3-2

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Peñarol (Uruguai): 1-0

9 de Octubre (Equador) - Peñarol (Uruguai): 1-2

Emelec (Equador) - Nacional (Uruguai): 0-2

9 de Octubre (Equador) - Nacional (Uruguai): 2-3

Emelec (Equador) - Peñarol (Uruguai): 1-2

Deportivo Municipal (Bolívia) - Peñarol (Uruguai): 1-2

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Nacional (Uruguai): 0-0

Emelec (Equador) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 3-1

9 de Octubre (Equador) - Deportivo Municipal (Bolívia): 3-4

9 de Octubre (Equador) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 3-2

Emelec (Equador) - Deportivo Municipal (Bolívia): 2-1

Nacional (Uruguai) - Deportivo Municipal (Bolívia): 4-1

Peñarol (Uruguai) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 2-0

Nacional (Uruguai) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 3-0

Peñarol (Uruguai) - Deportivo Municipal (Bolívia): 3-1

Nacional (Uruguai) - Emelec (Equador): 1-0

Peñarol (Uruguai) - 9 de Octubre (Equador): 2-0

Nacional (Uruguai) - 9 de Octubre (Equador): 3-1

Peñarol (Uruguai) - Emelec (Equador): 4-1

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Emelec (Equador): 2-1

Jorge Wilstermann (Bolívia) - 9 de Octubre (Equador): 4-1

Deportivo Municipal (Bolívia) - Emelec (Equador): 4-1

Deportivo Municipal (Bolívia) - 9 de Octubre (Equador): 5-1

Peñarol (Uruguai) - Nacional (Uruguai): 3-0

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Deportivo Municipal (Bolívia): 3-0

9 de Octubre (Equador) - Emelec (Equador): 0-4

Classificação

1-Peñarol (Uruguai): 16 pontos
2-Nacional (Uruguai): 15 pontos

3-Jorge Wilstermann (Bolívia): 10 pontos
4-Deportivo Municipal (Bolívia): 9 pontos
5-Emelec (Equador): 8 pontos
6-9 de Octubre (Equador): 2 pontos

(Peñarol e Nacional qualificaram-se para a 2ª fase)

Isento: Independiente (Argentina)

2ª Fase

Grupo 1


Guaraní (Paraguai) - Boca Juniors (Argentina): 1-3

Guaraní (Paraguai) - River Plate (Argentina): 1-3

Boca Juniors (Argentina) - Independiente (Argentina): 0-2

Independiente (Argentina) - River Plate (Argentina): 1-1

River Plate (Argentina) - Boca Juniors (Argentina): 2-2

Guaraní (Paraguai) - Independiente (Argentina): 0-2

River Plate (Argentina) - Independiente (Argentina): 4-2

Boca Juniors (Argentina) - Guaraní (Paraguai): 1-1

River Plate (Argentina) - Guaraní (Paraguai): 3-1

Independiente (Argentina) - Guaraní (Paraguai): 2-1

Independiente (Argentina) - Boca Juniors (Argentina): 0-0

Boca Juniors (Argentina) - River Plate (Argentina): 1-0

Classificação

1-River Plate (Argentina): 8 pontos

2-Independiente (Argenntina): 8 pontos
3-Boca Juniors (Argentina): 7 pontos
4-Guaraní (Paraguai): 1 ponto

*River Plate (Argentina) - Independiente (Argentina): 2-1 (play-off para apurar o vencedor do grupo)

(River qualificou-se para a final)

Grupo 2

Universidad Católica (Chile) - Peñarol (Uruguai): 1-0

Universidad Católica (Chile) - Nacional (Uruguai): 1-0

Peñarol (Uruguai) - Nacional (Uruguai): 3-0

Nacional (Uruguai) - Universidad Católica (Chile): 3-2

Peñarol (Uruguai) - Universidad Católica (Chile): 2-0

Nacional (Uruguai) - Peñarol (Uruguai): 0-1

Classificação

1-Peñarol (Uruguai): 6 pontos

2-Universidad Católica (Chile): 4 pontos
3-Nacional (Uruguai): 2 pontos

(Peñarol qualificou-se para a final)

Final (1ª mão)

Peñarol (Uruguai) - River Plate (Argentina): 2-0


Data: 12 de maio de 1966

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Roberto Goicoechea (Argentina)

Peñarol: Mazurkiewicz, Lezcano, Díaz, Forlán, Gonçálvez, Caetano, Abbadie, Rocha, Silva, Cortés, Joya.

River Plate: Carrizo, Guzmán, Vieytes, Sainz, Matosas, Bayo, Cubilla, Loayza (E.Onega), D.Onega, Sarnari, Solari.

Golos: 1-0 (Abbadie, aos 75m), 2-0 (Joya, aos 85m)

Final (2ª mão)

River Plate (Argentina) - Peñarol (Uruguai): 3-2


Data: 18 de maio de 1966

Estádio: Monumental, em Buenos Aires (Argentina)

Árbitro: José María Codesa (Uruguai)

River Plate: Carrizo, Guzmán, Vieytes, Sainz, Sarnari, Matosas, Cubilla, Solari, D.Onega (Lallana), E.Onega, Mas.

Peñarol: Mazurkiewicz, Lezcano, Díaz, Forlán, Gonçálvez, Caetano, Abbadie, Rocha, Spencer, Cortés, Joya.

Golos: 0-1 (Rocha, aos 32m), 1-1 (D.Onega, aos 38m), 1-2 (Spencer, aos 50m), 2-2 (Sarnari, aos 52m), 3-2 (E.Onega, aos 73m)

Final (desempate)

Peñarol (Uruguai) - River Plate (Argentina): 4-2 (após prolongamento)


Data: 20 de maio de 1966

Estádio: Nacional, em Santiago (Chile)

Árbitro: Claudio Vicuña (Chile)

Peñarol: Mazurkiewicz, Lezcano, Díaz (T.González), Forlán, Gonçálvez, Caetano, Abbadie, Cortés, Spencer, Rocha, Joya.

River Plate: Carrizo, Grispo, Vieytes, Sainz (Solari), Matosas, Sarnari, Cubilla, E.Onega, Lallana, D.Onega, Mas.

Golos: 0-1 (D.Onega, aos 37m), 0-2 (Solari, aos 42m), 1-2 (Spencer, aos 57m), 2-2 (Abbadie, aos 72m), 3-2 (Spencer, aos 101m), 4-2 (Rocha, aos 109m)A edição de 1966 trouxe algumas mudanças à Libertadores. A mais relevante o facto de cada país da CONMEBOL poder inscrever não um mas dois clubes na prova, ou seja, para além do campeão nacional de cada uma das nações também o segundo colocado - dessa mesma nação - garantia o passaporte para a competição. De notar ainda que tanto o Brasil como a Colômbia não se fizeram representar nesta 7ª edição da Copa Libertadores. No final a vitória sorriu a um velho conhecido: o Peñarol, que assim levava para as suas glorisas vitrinas a terceira Libertadores em sete edições realizadas! Notável.

Melhor marcador: Daniel Onega (River Plate): 17 golos

Vídeo: PEÑAROL - RIVER PLATE (TERCEIRO JOGO)


A "Libertadores" em números (6)...

COPA LIBERTADORES

1965

1ª Fase


Deportivo Quito (Equador) - The Strongest (Bolívia): 0-1

Deportivo Quito (Equador) - Boca Juniors (Argentina): 1-2

The Strongest (Bolívia) - Boca Juniors (Argentina): 2-3

The Strongest (Bolívia) - Deportivo Quito (Equador): 2-2

Boca Juniors (Argentina) - Deportivo Quito (Equador): 4-0

Boca Juniors (Argentina) - The Strongest (Bolívia): 2-0

Classificação

1-Boca Juniors (Argentina): 8 pontos

2-The Strongest (Bolívia): 3 pontos
3-Deportivo Quito (Equador): 1 pontos

(Boca Juniors qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 2

Universidad de Chile (Chile) - Santos (Brasil): 1-5

Universitario (Perú) - Santos (Brasil): 1-2

Universitario (Perú) - Universidad de Chile (Chile): 1-0

Santos (Brasil) - Universidad de Chile (Chile): 1-0

Santos (Brasil) - Universitario (Perú): 2-1

Universidad de Chile (Chile) - Universitario (Perú): 5-2

Classificação

1-Santos (Brasil): 8 pontos

2-Universidad de Chile (Chile): 2 pontos
3-Universitario (Perú): 2 pontos

(Santos qualificou-se para as meias finais)

Grupo 3

Deportivo Galicia (Venezuela) - Guaraní (Paraguai): 1-2

Deportivo Galicia (Venezuela) - Peñarol (Uruguai): (Vitória do Peñarol por irregularidades praticadas pelo Deportivo)

Guaraní (Paraguai) - Deportivo Galicia (Venezuela): 2-1

Peñarol (Uruguai) - Deportivo Galicia (Venezuela): 2-0

Guaraní (Paraguai) - Peñarol (Uruguai): 2-1

Peñarol (Uruguai) - Guaraní (Paraguai): 2-0

Classificação

1-Peñarol (Uruguai): 6 pontos

2-Guaraní (Paraguai): 6 pontos
3-Deportivo Galicia (Venezuela): 0 ponyos

(Peñarol qualificou-se para as meias-finais)

Isento: Independiente (Argentina)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Independiente (Argentina) - Boca Juniors (Argentina): 2-0/0-1

Santos (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 5-4/2-3/1-2 (desempate)

Final (1ª mão)

Independiente (Argentina) - Peñarol (Uruguai): 1-0

Data: 9 de abril de 1965

Estádio: La Doble Visera, em Avellaneda (Argentina)

Árbitro: Arturo Yamasaki (Perú)

Independiente: Santoro, Navarro, Decaria, Ferreiro, Acevedo, Guzmán, Bernao, Mura, Suárez (De la Mata), Avallay, Savoy.

Peñarol: Mazurkiewicz, C.Pérez, Varela, Forlán, Gonçálvez, Caetano, Ledesma, Rocha, Silva, Sasía, Joya.

Golo: 1-0 (Bernao,aos 83m)

Final (2ª mão)

Peñarol (Uruguai) - Independiente (Argentina): 3-1


Data: 12 de abril de 1965

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Arturo Yamasaki (Perú)

Peñarol: Mazurkiewicz, C.Pérez, Varela, Forlán (Reznik), Gonçálvez, Caetano, Ledesma, Rocha, Sasía, Silva, Joya.

Independiente: Santoro, Navarro, Paflik, Ferreiro, Acevedo, Guzmán, Bernao, Mura, Luis Suárez, Avallay (De la Mata), Savoy.

Golos: 1-0 (Gonçálvez, aos 14m), 2-0 (Reznik, aos 43m), 3-0 (Rocha, aos 46m), 3-1 (De la Mata, aos 88m)

Final (desempate)

Independiente (Argentina) - Peñarol (Uruguai): 4-1


Data: 15 de abril de 1965

Estádio: Nacional, em Santiago (Chile)

Árbitro: Arturo Yamasaki (Perú)

Independiente: Santoro, Navarro, Decaria, Ferreiro, Acevedo, Guzmán, Bernao, Mura, De la Mata (Mori), Avallay, Savoy.

Peñarol: Mazurkiewicz, C.Pérez, Varela, Forlán, Gonçálvez, Caetano, Ledesma, Rocha, Reznik (Sasía), Silva, Joya.

Golos: 1-0 (Pérez (a.g.), aos 10m), 2-0 (Bernao, aos 27m), 3-0 (Avallay, aos 33m), 3-1 (Joya, aos 44m), 4-1 (Mura, aos 82m)Foi preciso recorrer a um terceiro jogo (final) para que o Independiente pudesse suceder a... si mesmo como campeão das américas.

Melhor marcador:Pelé (Santos): 9 golos

A "Libertadores" em números (5)...

COPA LIBERTADORES

1964

Pré-Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Deportivo Italia (Venezuela) - Bahia (Brasil): 0-0/2-1

1ª Fase

Grupo 1


Aurora (Bolívia) - Cerro Porteño (Paraguai): 2-2

Nacional (Uruguai) - Aurora (Bolívia): 2-0

Cerro Porteño (Paraguai) - Nacional (Uruguai): 2-2

Aurora (Bolívia) - Nacional (Uruguai): 0-3

Nacional (Uruguai) - Cerro Porteño (Paraguai): 2-0

Cerro Porteño (Paraguai) - Aurora (Bolívia): 7-0

Classificação

1-Nacional (Uruguai): 7 pontos

2-Cerro Porteño (Paraguai): 4 pontos
3-Aurora (Bolívia): 1 ponto

(Nacional qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 2

Millonarios (Colômbia) - Alianza (Perú): 3-2

Independiente (Argentina) - Alianza (Perú): 4-0

Alianza (Perú) - Independiente (Argentina): 2-2

Independiente (Argentina) - Millonarios (Colômbia): 5-1

Alianza (Perú) - Millonarios (Colômbia): 1-2

Millonarios - Independiente (Vitória atribuida ao Independiente por desistência do Millonarios)

Classificação

1-Independiente (Argentina): 7 pontos

2-Millonarios (Colômbia): 4 pontos
3-Alianza (Perú): 1 ponto

(Independiente qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 3

Barcelona Guayaquil (Equador) - Deportivo Italia (Venezuela): 0-1

Colo Colo (Chile) - Deportivo Italia (Venezuela): 4-0

Barcelona Guayaquil (Equador) - Colo Colo (Chile): 2-3

Deportivo Italia (Venezuela) - Colo Colo (Chile): 1-2

Deportivo Italia (Venezuela) - Barcelona Guayaquil (Equador): 0-3

Colo Colo (Chile) - Barcelona Guayaquil (Equador): 0-4

Classificação

1-Colo Colo (Chile): 6 pontos

2-Barcelona Guayaquil (Equador): 4 pontos
3-Deportivo Italia (Venezuela): 2 pontos

(Colo Colo qualificou-se para as meias-finais)

Isento: Santos (Brasil)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Santos (Brasil) - Independiente (Argentina): 2-3/1-2

Colo Colo (Chile) - Nacional (Uruguai): 2-4/2-4

Final (1ª mão)

Nacional (Uruguai) - Independiente (Argentina): 0-0


Data: 6 de agosto de 1964

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Leopold Horn (Holanda)

Nacional: Sosa, Baeza, Emilio Alvarez, Ramos, Elisio Alvarez, Méndez, Pérez, Douksas, Jaburú, Arias (Bergará), Urruzmendi. Treinador: Zezé Moreira

Independiente: Santoro, Zerrillo, Rolan, Ferreiro, Acevedo (Mori), Maldonado, Bernao, Mura, Suárez, M.Rodríguez, Savoy. Treinador: Manuel Giudice

Final (2ª mão)

Independiente (Argentina) - Nacional (Uruguai): 1-0


Data: 12 de agosto de 1964

Estádio: La Doble Visera, em Avellaneda (Argentina)

Árbitro: José Dimas Larrosa (Paraguai)

Independiente: Santoro, Guzmán, Rolan, Ferreiro, Acevedo, Maldonado, Bernao, Prospitti, Suárez, M.Rodríguez, Savoy. Treinador: Manuel Giudice

Nacional: Sosa, Baeza, Emilio Alvarez, Ramos, Elisio Alvarez, Méndez, Oyarbide, Douksas, Jaburú, D.Pérez, Urruzmendi (Bergará). Treinador: Zezé Moreira

Golo: 1-0 (Mario Rodríguez, aos 35m)1964 marca o fim do domínio uruguaio-brasileiro na prova rainha - ao nível de clubes - da CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol). O trono passa para as mãos da Argentina, país que inscreve pela primeira vez o seu nome na lista de vencedores pela mão do Independiente, o clube que com o passar dos anos se haveria de tornar no emblema mais titulado da Copa Libertadores.

Melhor marcador:Mario Rodríguez (Independiente): 6 golos

A "Libertadores" em números (4)...

COPA LIBERTADORES

1963

1ª Fase

Grupo 1


Alianza (Perú) - Millonarios (Colômbia): 0-0

Millonarios (Colômbia) - Alianza (Perú): 0-1

Alianza (Perú) - Botafogo (Brasil): 0-1

Millonarios (Colômbia) - Botafogo (Brasil): 0-2

Botafogo (Brasil) - Alianza (Perú): 2-1

Botafogo (Brasil) - Millonarios (Colômbia): (Vitória atribuida ao Botafogo por falta de comparência do Millonarios)

Classificação

1-Botafogo (Brasil): 8 pontos

2-Alianza (Perú): 3 pontos
3-Millonarios (Colômbia): 1 pontos

(Botafogo qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 2

Everest (Equador) - Peñarol (Uruguai): 0-5

Peñarol (Uruguai) - Everest (Equador): 9-1

Classificação

1-Peñarol (uruguai): 4 pontos

2-Everest (Equador): 0 pontos

(Peñarol qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 3

Olimpia (Paraguai) - Boca Juniors (Argentina): 1-0

Boca Juniors (Argentina) - Olimpia (Paraguai): 5-3

Boca Juniors (Argentina) - Universidad de Chile (Chile): 1-0

Universidad de Chile (Chile) - Olimpia (Paraguai): 4-1

Olimpia (Paraguai) - Universidad de Chile (Chile): 2-1

Universidad de Chile (Chile) - Boca Juniors (Argentina): 2-3

Classificação

1-Boca Juniors (Argentina): 6 pontos

2-Olimpia (Paraguai): 4 pontos
3-Universidad de Chile (Chile): 2 pontos

(Boca Juniors qualificou-se para as meias-finais)

Isento: Santos (Brasil)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Peñarol (Uruguai) - Boca Juniors (Argentina): 1-2/0-1

Santos (Brasil) - Botafogo (Brasil): 1-1/4-0

Final (1ª mão)

Santos (Brasil) - Boca Juniors (Argentina): 3-2


Data: 3 de setembro de 1963

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (Brasil)

Árbitro: Marcel Albert Bois (França)

Santos: Gilmar, Mauro, Geraldino, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Lima, Coutinho, Pelé, Pepe. Treinador: Lula

Boca Juniors: Errea, Magdalena, Marzolini (Orlando), Simeone, Rattín, Silveyra, Grillo, Rojas, Menéndez, Sanfilippo, A.González. Treinador: Aristóbulo Deambrosi

Golos: 1-0 (Coutinho, aos 2m), 2-0 (Coutinho, aos 21m), 3-0 (Lima, aos 28m), 3-1 (Sanfilippo, aos 43m), 3-2 (Sanfilippo, aos 89m)

Final (2ª mão)

Boca Juniors (Argentina) - Santos (Brasil): 1-2


Data: 11 de setembro de 1963

Estádio: La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)

Árbitro: Marcel Albert Bois (França)

Boca Juniors: Errea, Magdalena, Orlando, Simeone, Rattín, Silveyra, Grillo, Rojas, Menéndez, Sanfilippo, A.González. Treinador: Aristóbulo Deambrosi

Santos: Gilmar, Mauro, Geraldino, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Lima, Coutinho, Pelé, Pepe. Treinador: Lula

Golos: 1-0 (Sanfilippo, aos 46m), 1-1 (Coutinho, aos 50m), 1-2 (Pelé, aos 82m)O Santos da década de 60 fica para a História como uma das mais belas obras de arte futebolísticas da Humanidade. Um "quadro" onde pontificavam lendas como Coutinho, Gilmar, Zito, Dorval, Pepe e claro o grande rei Pelé, os quais conferiram ao clube de Vila Belmiro o título de "rei das Américas" pelo segundo ano consecutivo.

Melhor marcador:José Sanfilippo (Boca Juniors): 7 golos

sexta-feira, março 16, 2012

A "Libertadores" em números (3)...

COPA LIBERTADORES

1962

1ª Fase

Grupo 1


Deportivo Municipal (Bolívia) - Cerro Porteño (Paraguai): 2-1

Cerro Porteño (Paraguai) - Deportivo Municipal (Bolívia): 3-2

Deportivo Municipal (Bolívia) - Santos (Brasil): 3-4

Santos (Brasil) - Deportivo Municipal (Bolívia): 6-1

Cerro Porteño (Paraguai) - Santos (Brasil): 1-1

Santos (Brasil) - Cerro Porteño (Paraguai): 9-1

Classificação

1-Santos (Brasil): 7 pontos

2-Cerro Porteño (Paraguai): 3 pontos
3-Deportivo Municipal (Bolívia): 2 pontos

(Santos qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 2

Nacional (Uruguai) - Sporting Cristal (Perú): 3-2

Racing Club (Argentina) - Sporting Cristal (Perú): 2-1

Sporting Cristal (Perú) - Nacional (Uruguai): 0-1

Sporting Cristal (Perú) - Racing Club (Argentina): 2-1

Nacional (Uruguai) - Racing Club (Argentina): 3-2

Racing Club (Argentina) - Nacional (Uruguai): 2-2

Classificação

1-Nacional (Uruguai): 7 pontos

2-Racing Club (Argentina): 3 pontos
3-Sporting Cristal (Perú): 2 pontos

(Nacional qualificou-se para as meias-finais)

Grupo 3

Emelec (Equador) - Millonarios (Colômbia): 4-2

Universidad Católica (Chile) - Emelec (Equador): 3-0

Universidad Católica (Chile) - Millonarios (Colômbia): 4-1

Millonarios (Colômbia) - Universidad Católica (Chile): 1-1

Emelec (Equador) - Universidad Católica (Chile): 7-2

Millonarios (Colômbia) - Emelec (Equador): 3-1

Classificação

1-Universidad Católica (Chile): 5 pontos

2-Emelec (Equador): 4 pontos
3-Millonarios (Colômbia): 3 pontos

(Universidad qualificou-se para as meias-finais)

Isento: Peñarol (Uruguai)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Universidad Católica (Chile) - Santos (Brasil): 1-1/0-1

Nacional (Uruguai) - Peñarol (Uruguai): 2-1/1-3

Final (1ª mão)

Peñarol (Uruguai) - Santos (Brasil): 1-2


Data: 28 de julho de 1962

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Carlos Robles (Chile)

Peñarol: Maidana, Lezcano, Cano, E.González, Matosas, Caetano, Cabrera (Moacir), Rocha, Sasía, Spencer, Joya. Treinador: Béla Guttmann

Santos: Gilmar, Lima, Mauro, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Mengalvio, Pagão, Coutinho, Pepe (Osvaldo). Treinador: Lula

Golos: 1-0 (Spencer, aos 18m), 1-1 (Coutinho, aos 29m), 1-2 (Coutinho, aos 70m)

Final (2ª mão)

Santos (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 2-3


Data: 2 de agosto de 1962

Estádio: Vila Belmiro, em Santos (Brasil)

Árbitro: Carlos Robles (Chile)

Santos: Gilmar, Lima, Mauro, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Mengalvio, Pagão, Coutinho, Pepe. Treinador: Lula

Peñarol: Maidana, Lezcano, Cano, E.González, Matosas (Gonçálvez), Caetano, Fernández Carranza, Rocha, Sasía, Spencer, Joya. Treinador: Béla Guttmann

Golos: 0-1 (Sasía, aos 18m), 1-1 (Dorval, aos 27m), 1-2 (Spencer, aos 49m), 2-2 (Mengalvio, aos 50m), 2-3 (Spencer, aos 73m)

Final (jogo de desempate)

Santos (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 3-0


Data: 30 de agosto de 1962

Estádio: Monumental, em Buenos Aires (Argentina)

Árbitro: Leopold Horn (Holanda)

Santos: Gilmar, Lima, Mauro, Dalmão, Zito, Calvet, Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé, Pepe. Treinador: Lula

Peñarol: Maidana, Lezcano, Cano, E.González, Gonçálvez, Caetano, Rocha, Matosas, Spencer, Sasía, Joya. Treinador: Béla Guttmann

Golos: 1-0 (Caetano (a.g.), aos 11m), 2-0 (Pelé, aos 48m), 3-0 (Pelé, aos 89m)Por muitos considerado como o maior jogador de sempre da História do Futebol Pelé ofereceu em 1962 a primeira Libertadores ao Santos do seu coração. Uma conquista suada, só decidida num terceiro jogo (de desempate) onde o astro Pelé - ausente dos dois primeiros encontros da final - destronou os antigos reis daquela que por esta altura era já a maior competição de clubes do continente americano.

Melhores marcadores: Raymondi (Emelec), Spencer (Peñarol), Coutinho (Santos): 6 golos

Vídeo: SANTOS - PEÑAROL (TERCEIRO JOGO)

A "Libertadores em números (2)...

COPA LIBERTADORES 

1961

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Independiente Santa Fé (Colômbia) - Barcelona Guayaquil (Equador): 3-0/2-2

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Peñarol (Uruguai) - Universitário (Perú): 5-0/0-2

Colo Colo (Chile) - Olimpia (Paraguai): 2-5/2-1

Jorge Wilstermann (Bolívia) - Independiente Santa Fé (Colômbia): 3-2/0-1 (Independiente Santa Fé vence por sorteio)

Independiente (Argentina) - Palmeiras (Brasil): 0-2/0-1

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Penãrol (Uruguai) - Olimpia (Paraguai): 3-1/2-1

Independiente Santa Fé (Colômbia) - Palmeiras (Brasil): 2-2/1-4

Final (1ª mão)

Penãrol (Uruguai) - Palmeiras (Brasil): 1-0


Data: 4 de junho de 1961

Estádio: Centenário, em Montevidéu (Uruguai)

Árbitro: Jose Luis Praddaude (Argentina)

Penãrol: Maidana, W.Martínez, Cano, E.González, Matosas, Aguerre, Cubilla, Ledesma, Spencer, Sasía, Joya. Treinador: Roberto Scarone

Palmeiras: Waldir, Djalma Santos, Waldemar, Aldemar, Geraldo da Silva, Zequinha, Julinho Botelho (Nilton Santos), Humberto Tozzi, Geraldo Scotto, Chinezinho, Romeiro. Treinador: Osvaldo Brandão

Golo: 1-0 (Spencer, aos 89m)

Final (2ª mão)

Palmeiras (Brasil) - Peñarol (Uruguai): 1-1


Data: 11 de junho de 1961

Estádio: Pacaembú, em São Paulo (Brasil)

Árbitro: Jose Luis Praddaude (Argentina)

Palmeiras: Waldir, Djalma Santos, Waldemar, Geraldo da Silva, Zequinha, Aldemar, Julinho Botelho, Romeiro (Nardo), Geraldo Scotto, Chinezinho, Gildo. Treinador: Osvaldo Brandão

Peñarol: Maidana, W.Martínez, Cano, E.González, Matosas, Aguerre, Cubilla, Ledesma, Sasía, Spencer, Joya. Treinador: Roberto Scarone

Golos: 0-1 (Sasía, aos 2m), 1-1 (Nardo, aos 77m)Tal como havia feito na edição de estreia da Libertadores o Peñarol não deu hipóteses à concorrência, permanecendo assim no trono de "rei das Américas

Melhor marcador: Panzutto (Independiente Santa Fé): 4 golos

Vídeo: PALMEIRAS - PEÑAROL







A "Libertadores" em números (1)...

COPA LIBERTADORES 

1960

1ª Fase (1ª e 2ª mãos)


Peñarol (Uruguai) - Jorge Wilstermann (Bolívia): 7-1/1-1

San Lorenzo (Argentina) - Bahia (Brasil): 3-0/2-3

Universidad de Chile (Chile) - Millonarios (Colômbia): 0-6/0-1

Isento: Olimpia (Paraguai)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Peñarol (Uruguai) - San Lorenzo (Argentina): 1-1/0-0/2-1 (desempate)

Millonarios (Colômbia) - Olimpia (Paraguai): 0-0/1-5

Final (1ª mão)

Peñarol (Uruguai) - Olimpia (Paraguai): 1-0


Data: 12 de junho de 1960

Estádio: Centenário, em Montevideu (Uruguai)

Árbitro: Carlos Robles (Chile)

Peñarol: Maidana, W.Martínez (Majewski), Pino, Salvador, Gonçálvez, Aguerre, Cubilla, Linazza, Spencer, Crescio, Borges. Treinador: Roberto Scarone

Olimpia: Arias, S.Rojas, V.Lezcano, A.Rojas, C.Lezcano, Osorio, V.Rodríguez, Recalde, Roldán, Cabral, Melgarejo. Treinador: Aurelio González

Golo: 1-0 (Spencer, aos 79m)

Final (2ª mão)

Olimpia (Paraguai) - Peñarol (Uruguai): 1-1


Data: 19 de junho de 1960

Estádio: Manuel Ferreira, em Asunción (Paraguai)

Árbitro: José Luis Praddaude (Argentina)

Olimpia: Arias, Arévalo, Peralta, Echagüe, C.Lezcano, S.Rojas, V.Rodríguez, Recalde, Roldán, Cabral, Melgarejo. Treinador: Aurelio González

Peñarol: Maidana, W.Martínez, Salvador, Pino, Gonçálvez, Aguerre, Cubilla, Linazza, Spencer (Hohberg), Griecco, Borges. Treinador: Roberto Scarone

Golos: 1-0 (Recalde, aos 28m), 1-1 (Cubilla, aos 83m)À semelhança do que temos vindo a fazer com as provas europeias iniciamos hoje uma viagem pelos números (e nomes) da maior competição de clubes do continente americano, a COPA LIBERTADORES. 1960 foi o ano de arranque da nobre e emotiva prova, cabendo ao ilustre Penãrol de Montevideu, do Uruguai, inaugurar a lista dos vencedores.

Melhor marcador:Alberto Spencer (Peñarol): 7 golos

quarta-feira, março 14, 2012

Pensamentos filosóficos em... "futebolês" (3)


«Para nós, friulanos*, Zico tem o mesmo significado de um motor da Ferrari colocado dentro de um Volkswagen Carocha. Sentimo-nos os únicos no mundo a possuir um carro tão maravilhoso e absurdo».

Célebre frase do jornalista italiano Luigi Maffei (do jornal Il Gazzettino de Veneza) para descrever a histórica – e impensável para muitos – passagem do astro Zico pela modesta Udinese na década de 80 do século passado.
*Friulanos é o nome dado aos habitantes de Friuli, região do norte de Itália onde fica situada a cidade de Udine.

 Vídeo: OS 22 GOLOS DE ZICO AO SERVIÇO DA UDINESE (1983-1985)


segunda-feira, março 12, 2012

Estrelas cintilantes (29)... William "Dixie" Dean

A temporada de 1927/28 ressalta na enciclopédia do futebol mundial como um dos capítulos mais brilhantes da história do belo jogo. Pelo menos para um homem em particular, de seu nome William Ralph Dean, cidadão inglês nascido a 22 de janeiro de 1907 que nessa longínqua temporada impressionou o Planeta da Bola com o seu singular poder de fogo. Envergando a camisola do seu amado Everton Dixie Dean, assim era popularmente conhecido, fez balançar as redes contrárias em 60 ocasiões no principal campeonato inglês da referida época! É verdade, foram 60 golos apontados em 39 jogos disputados, feito que de imediato entrou para o topo da lista do livro dos recordes e por lá permanece até aos dias de hoje, sendo que muito dificilmente – verdade seja dita – algum dia será ultrapassado! E se a esta já de si impressionante – e invulgar, mesmo naquele tempo – marca juntarmos os 22 golos apontados nas restantes competições disputadas nessa época (a Taça de Inglaterra e a Taça da Liga Inglesa) o registo de Dean ganha contornos de...lenda.
Mas muitos anos antes de alcançar o estatuto de lenda Dixie foi um simples e pobre rapaz que para contribuir para as despesas da casa trabalhava como distribuidor de leite na pequena e pacata Birkenhead, localidade onde veio ao Mundo.
Eram tempos de profunda miséria e medo permanente, consequências da I Guerra Mundial que assombrava o planeta naquela altura. Cenário por vezes esquecido com a grande paixão chamada futebol, onde Dean bem cedo mostrou os seus atributos de goleador. 1923 marca o início da sua aventura com a bola nos pés, cabendo ao modesto Tranmere Rovers a tarefa de apresentar oficialmente o rapaz ao mundo futebolístico. Dean vestiu as cores deste emblema em 30 ocasiões, de 1923 a 1925, tendo apontado 27 golos, cartão de visita que desde logo chamou à atenção de grandes cavaleiros do futebol britânico, casos do Arsenal e do Newcastle United.
Porém, o amor à camisola falava mais alto naqueles anos e quando confrontado com a possibilidade de jogar pelo clube do seu coração, o Everton, o jovem Dean ficou eufórico.
Paixão pelos “blues” de Liverpool que começou aos 8 anos de idade, quando num belo dia o seu pai o levou a Goodison Park pela primeira vez.
Com a camisola dos seus encantos vestida o jovem avançado centro cedo justificou o investimento do Everton, tendo na época de estreia apontado 32 golos! Nada mau para um estreante. No entanto nem tudo foram rosas no primeiro ano ao serviço do emblema de Goodison Park. Um aparatoso acidente de moto ocorrido em Holywell (norte do País de Gales) deixou Dean entre a vida e a morte. Fraturou o crânio e o queixo, lesões que levaram de imediato os médicos a rotular o sonho de Dean num autêntico pesadelo. «Acabou o futebol para si», atiraram fatalmente os especialistas. Contudo, a garra e a paixão de ir mais além nos relvados falaram mais alto. Depois de obrigado a colocar placas de prata nos maxilares Dean voltou mais forte do que nunca aos retângulos de jogo e nos anos que se seguiram tornou-se na maior referência do seu amado Everton Football Club.
O ponto alto foi pois a célebre temporada de 1927/28, a tal dos 60 golos no campeonato... que foi conquistado pelo Everton. Ouro sobre azul como se costuma dizer. Dean tinha então 21 anos.
No Everton ficou até 1938, apontando 349 golos (!) em 399 jogos, performance que ajudou e muito a que o clube conquistasse de novo o campeonato inglês em 31/32 e a mágica FA Cup (Taça de Inglaterra) na época seguinte.
Fustigado pelas lesões foi dispensado do Everton, e em 38/39 representou o Notts County, clube pelo qual apontou apenas 3 golos nas 9 ocasiões em que defendeu as suas cores. Muito pouco para aquilo o que o temido matador dos relvados ingleses havia habituado o fervoroso público inglês.
Seguiu-se uma curta viagem até à Irlanda onde viria a representar o modesto Sligo Rovers, clube que sob a sua orientação foi finalista da taça daquele país em 1939. Na “ilha esmeralda” esteve apenas um ano voltando em 1940 à sua amada pátria para pendurar as botas no também modesto Hurts, clube onde fez balançar as redes contrárias pelas últimas vezes na sua carreira.
Entretanto estalava a II Guerra Mundial e a história de Dean no futebol chegava ao final com uma impressionante marca (total) de 473 golos marcados em 502 jogos disputados! Palavras para quê? Também a seleção inglesa guarda excelentes recordações do “matador” de Goodison Park, pois em 16 aparições com a mítica camisola dos “três leões” Dixie apontou 18 tentos.
O Everton não esqueceu a sua lenda e em 2001 ergueu junto ao seu estádio uma estátua de William Ralph Dean, um homem que morreu em 1980 vitimado por um ataque cardiaco depois de assistir a uma derrota do seu Everton diante do vizinho e rival Liverpool. É caso para dizer que existem amores que até à morte nos levam.

sexta-feira, março 09, 2012

Grandes Mestres do Jornalismo Desportivo (11)... Ricardo Ornelas

Evocar o seu nome remete-nos para a lembrança de um dos mais cultos e talentosos jornalistas portugueses da primeira metade do século XX. O seu profundo conhecimento do desporto aliado a um apurado – e imparcial – sentido crítico fizeram dele um modelo a seguir por gerações e gerações de jornalistas ligados ao fenómeno desportivo. Também o futebol português – e muito em particular a seleção nacional – deve-lhe grande parte da essência que hoje em dia o caracteriza.
Sem mais demoras recordaremos nas linhas que se seguem o imortal Ricardo Ornelas.
Nascido em Lisboa na reta final do século XIX, mais precisamente a 31 de dezembro de 1899, cedo demonstrou a sua reconhecida apetidão para trabalhar as palavras, começando aquela que viria a ser uma brilhante carreira jornalística ao serviço do popular jornal desportivo “Os Sports”.
As suas “prosas jornalísticas” logo se destacaram na imprensa portuguesa da época e em 1942 passa para o Diário Popular, onde é selecionado para o exercício das funções de chefe da secção de desporto, cargo que desempenha com notoriadade até ao encerramento do célebre órgão de comunicação.
Um dos expoentes máximos do jornalismo desportivo português, o jornal A Bola, também testemunhou o talento de Ricardo Ornelas que sob o pseudónimo de Renato de Castro assinou diversos textos para o (agora) diário da Travessa da Queimada. O seu talento e paixão pela escrita não se restringem apenas aos jornais, já que escreveu inúmeros livros sobre futebol e/ou sobre o desporto de uma forma geral. Uma das publicações mais notáveis da literatura desportiva portuguesa, “História dos Desportos em Portugal” tem o seu carimbo, em parceria com outras duas lendas das letras – e do futebol igualmente –, Tavares da Silva e Ribeiro dos Reis.
Como amante do belo jogo que era não se limitou a passar para o papel os – variados – conhecimentos que possuia sobre a modalidade, contribuindo muito para o crescimento futebolístico português. Foi um dos artesãos da ideia de criar uma seleção nacional, por alturas da segunda década do século XX, ideia essa que viria a ser concretizada na década seguinte tendo inclusive Ricardo Ornelas desempenhado funções de selecionador nacional. Aliás, a célebre denominação de “equipa de todos nós” alusiva ao combinado nacional é da sua autoria.
Ex-aluno da Casa Pia fez parte do grupo de 18 elementos que em 1920 fundou o histórico Casa Pia Atlético Clube, emblema do qual seria também treinador. Defendeu ao longo de anos várias ideias que na sua estratégica visão impulsionariam o futebol em Portugal, como é o exemplo da criação de um Campeonato Nacional que reunisse as melhores equipas do país.
Empregado de escritório numa companhia de navegação - profissão desempenhada em paralelo com a de jornalista – foi em 1966 agraciado pelo Governo português com a medalha de bons Serviços Desportivos, precisamente um anos antes de falecer (1967).

quarta-feira, março 07, 2012

Efemérides do Futebol (10)...

Prémio Nobel da Física e... futebolista nos tempos livres

O dinamarquês Niels Henrik David Bohr (1885 – 1962) viu o seu notável trabalho desenvolvido na área da física ser premiado em 1922 com o Prémio Nobel. Que tem isto a ver com futebol (?), perguntarão por certo os visitantes do Museu. Alguma terá, na realidade, já que além de um ilustre homem da ciência Niels Bohr (na imagem) foi um entusiasta praticante do... desporto rei, tendo desenvolvido uma curta carreira como amador ao serviço do AB Copenhaga nos "intervalos" das suas investigações científicas. Curiosamente uma das estrelas dessa mesma equipa era o irmão mais novo de Niels, Harald August Bohr, atleta este que em 1908 ajudou a seleção da Dinamarca a conquistar a medalha de prata no Torneio de Futebol dos Jogos Olímpicos de Londres.

segunda-feira, março 05, 2012

Histórias do Futebol em Portugal (4): O primeiro Campeonato de Portugal

É opinião partilhada por muitos dos estudiosos do fenómeno futebolístico do nosso burgo que os anos 20 do século passado trouxeram a maturidade ao então jovem futebol português. Com a expansão da mancha clubística um pouco por todo o país a modalidade começou a acorrentar a si contornos de maior competitividade e interesse com a disputa das primeiras competições ao nível de clubes. Longe pareciam já estar os tempos dos primeiros ensaios que procuravam decifrar os mistérios daquele jogo trazido de Inglaterra na década de 80 do século XIX por Guilherme Pinto Basto, com o povo mais do que familiarizado com a modalidade a mostrar-se nos inícios do século seguinte completamente rendido a ela!
Os duelos entre clubes vizinhos sucediam-se em catadupa, e em volta deles alastrava a fervorosa massa adepta que com o seu entusiasmo conferia uma vida singular às primeiras catedrais – o mesmo é dizer estádios – da bola então construídas.
O mapa futebolístico português começava pois a ser desenhado com maior vivacidade, pese embora com traços de cariz regional. Foram pois regionais os primeiros confrontos a “doer”, os primeiros títulos, as primeiras histórias...
A temporada de 1906/07 assinala o arranque do 1º Campeonato de Lisboa no qual participaram o popular CIF (Clube Internacional de Futebol) fundado pela família Pinto Basto, o Sport Lisboa, o Lisbon Cricket Club e o Carcavelos Club, cabendo a este último emblema a honra de inaugurar a lista de campeões regionais da capital do país.
Estava assim dado o pontapé de saída nas competições regionais, que com o passar dos anos se iam multiplicando por outras regiões nacionais. Com a popularidade dessas mesmas competições surgiu nos anos 20 como que um apelo à criação de uma prova de maior dimensão, um torneio capaz de transpor a fronteira da regionalização, por assim dizer, de colocar frente a frente os pesos pesados locais num certame de âmbito... nacional.
O título de rei da região era já pequeno demais, sabia a pouco, os clubes, os jogadores e sobretudo os adeptos queriam mais, queriam ser os melhores do país. A Associação de Futebol de Lisboa toma mesmo a iniciativa de desafiar a sua congénere do Porto para um “match” entre Benfica e FC Porto, um repto que no entanto seria recusado por estes últimos, muito por culpa do diferendo que opôs sulistas e nortenhos aquando da escolha dos jogadores para integrar a primeira seleção nacional que enfrentou a Espanha em 1921, episódio esse aliás já aqui recordado no Museu Virtual do Futebol . Estava dado contudo o impulso para a criação de uma prova de cariz nacional, capaz de colocar em confronto os melhores clubes e os melhores atletas de cada região.

O nascimento do Campeonato de Portugal

E eis que na época de 1921/22 nasceu aquela que é considerada como a primeira competição de essência nacional: o Campeonato de Portugal. Vencê-lo significava ostentar a coroa de rei de Portugal no futebol. Não foi contudo um parto fácil, já que por aquelas alturas o futebol era desenvolvido de uma forma mais oficial e séria apenas nas associações de futebol de Lisboa e do Porto, e a espaços no Funchal e no Algarve, já que no resto do país a organização do futebol não era mais do que uma miragem. A União Portuguesa de Futebol (UPF) – antecessora da atual Federação Portuguesa de Futebol – sentiu pois algumas dificuldades em colocar em prática a sua ideia, dificuldades essas que no entanto não se afigurariam como entrave para a realização do primeiro CAMPEONATO DE PORTUGAL. Um campeonato integrado apenas pelos campeões regionais das duas associações que levavam mais a sério, por assim dizer, o fenómeno futebolístico em termos de competições organizadas, Lisboa e Porto, já que as associações do Funchal e do Algarve alegariam dificuldades económicas para explicar a não adesão à prova.
A representar as duas principais urbes de Portugal estiveram dois ilustres senhores do futebol lusitano, Sporting e o FC Porto. Ficou assente que o título nacional seria disputado em duas mãos, uma na capital outra na Cidade Invicta, cabendo a esta última as honras de receber o primeiro encontro.
No dia 4 de junho de 1922 o Porto vestiu-se de azul e branco na esperança de ver o seu clube ser o campeão de Portugal e acima de tudo levar a melhor sobre a “rival” Lisboa.
O relógio marcava 16h15 de uma tarde cinzenta salpicada com pingos de chuva. O público nortenho dava largas ao seu entusiasmo e paixão pelo emblema da cidade nas repletas bancadas do Campo da Constituição à espera de uma batalha – muitos encaravam-na dessa forma, ou não estivessem frente a frente os cavaleiros do Porto e de Lisboa – que deveria ter começado às 15h00, não fosse o atraso de um dos melhores jogadores portistas de então, João Nunes, que aproveitara aquele célebre domingo para dar um salto à... romaria do Senhor de Matosinhos. Pequeno atraso que não esmoreceu os intervenientes do encontro que sob a arbitragem de um inglês (Merick Barley) seria ganho pela equipa da casa por 2-1. Portistas que até estiveram a perder, na sequência de um golo de Emílio Ramos, aos 9 minutos, conseguindo no entanto dar a volta ao marcador graças a um “bis” de Tavares Bastos, primeiro aos 25 minutos e o segundo quase em cima do apito final, ao minuto 86.
De pronto foram lançados foguetes pelos eufóricos adeptos portuenses, sim portuenses e não portistas, porque esta foi uma vitória de toda a Cidade do Porto sobre a capital Lisboa, mais parecendo um S. João antecipado.
Sobre a histórica tarde o célebre Ribeiro dos Reis escreveria que: «o jogo decorreu em ambiente apaixonadíssimo, de que os lisboetas, no regresso, se queixaram amargamente». Pudera! Mas nada estava ainda perdido para os campeões de Lisboa.
No domingo seguinte (11 de junho) deu-se a segunda parte da batalha, desta feita em terras alfacinhas, mais precisamente no Campo Grande que em resposta ao cenário edificado uma semana antes no Porto se apresentou cheio como um ovo. Só que desta feita num ambiente 100 por cento hostil para os nortenhos. Outra coisa não seria de esperar, já que era agora a vez do Sporting jogar diante das suas gentes.
Para este jogo a UPF escolheu um árbitro espanhol (!), Montero de seu nome. Empolgados pelo seu público os leões vingaram a derrota na Constituição ao vencer por 2-0 com golos de Henrique Portela e Torres Pereira.

O “tira teimas” pendeu para o FC Porto

Com a contenda empatada a UPF viu-se forçada a agendar um terceiro e decisivo encontro
para uma semana mais tarde (18 de junho). Foi então sorteado o local do “tira teimas”, tendo a sorte ficado posteriormente do lado do FC Porto já que o palco da finalíssima foi o Campo do Bessa, situado no... Porto. Mas nem o facto de ter de viajar novamente até ao terreno do rival parece ter incomodado as gentes de Lisboa, e muito em particular a imprensa da capital, a qual a julgar pelo que viu no Campo Grande não tinha dúvida em rotular o Sporting como o principal candidato à vitória. «Vaticinamos nova vitória para o Sporting, pois o FC Porto é, inegavelmente, inferior», titulava o jornal desportivo “Os Sports”. Como estavam enganados.
Na véspera deste decisivo encontro Portugal escrevia uma das páginas mais belas da sua história com a conclusão da primeira travessia aérea entre Portugal e o Brasil protagonizada pela “dupla” composta por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. No Porto, como em todo o país, certamente, estalaram foguetes para comemorar tal façanha, com o povo a sair em grande número para as ruas dando assim um colorido mais intenso à festa. Quem parece não ter achado muita graça à onda de festividades foi o Sporting, cujos jogadores se queixam não ter pregado o olho durante a noite devido aos ruidosos festejos. Propositadamente ou não esses festejos teriam contornos mais intensos junto ao hotel onde estava instalada a comitiva sportinguista. Casualidade ou não? O lisboeta “Os Sports” achava que não.
Dia de jogo e o Campo do Bessa a arrebentar pelas costuras... com os entusiastas adeptos do FC Porto, naturalmente. Ambiente quente que ainda ficou mais escaldante ao minuto 51 quando Balbino fez o primeiro golo da tarde para os portistas. Vantagem que não foi ampliada cinco minutos mais tarde devido ao preciosismo do árbitro Neves Eugénio, que por sinal era um dos notáveis jogadores/dirigentes do... Académico do Porto. O juiz manda repetir uma grande penalidade que Artur Augusto converte inicialmente em golo com a justificação de que não havia dado ordem para a sua marcação. Na repetição o mesmo Artur Augusto envia violentamente a bola à trave!
Talvez empolgado pela falha do rival o Sporting aventura-se no ataque e aos 70 minutos Emílio Ramos repõe a igualdade no marcador.
O relógio não parava e no final dos 90 minutos o marcador indicava uma igualdade a uma bola. Parecia maldição, mas ainda não havia campeão! Veio o prolongamento e o FC Porto voltou a adiantar-se no marcador à passagem do minuto 100, desta feita por João Nunes, o tal que no primeiro jogo havia chegado atrasado por ter dado um salto à romaria do Senhor de Matosinhos. Um pouco tardio ou não parece que o efeito da ida do jogador à festa do milagroso santo parecia dar agora os seus frutos! O Sporting esmoreceu e dois minutos depois o capitão dos portistas João de Brito deu a machadada final no jogo ao apontar o 3-1 final.
Quando Neves Eugénio apitou pela última vez a loucura foi total. O campo mais parecia uma bomba a explodir de alegria, o FC Porto sagrava-se CAMPEÃO DE PORTUGAL, o primeiro CAMPEÃO DE PORTUGAL. A festa prolongou-se pela madrugada dentro na Cidade Invicta. Para a eternidade ficavam os nomes de Lino Moreira (guarda-redes), Júlio Cradoso, Artur Augusto, José Mota, Velez Carneiro, Floreano Pereira, João de Brito, Balbino Silva, Alexandre Cal, Tavares Bastos, João Nunes, e Adolphe Cassaigne (treinador).

Nomes e números da final:

FC PORTO – SPORTING, 2-1
4-6-1922, Porto (Campo da Constituição)
Árbitro: Merick Barley (Inglês)
Marcadores: 0-1 Ramos (9), 1-1 Bastos (25), 2-1 Bastos (86)
FC Porto: Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito cap, Balbino Silva, Tavares Bastos, João Nunes e Alexandre Cal. Treinador: Adolphe Cassaigne
Sporting: Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, José Filipe e Henrique Portela; Torres Pereira, Francisco Marques, Francisco Stromp (cap), Emílio Ramos e José Leandro. Treinador: Charles Bell

SPORTING – FC PORTO, 2-0
11-6-1922, Lisboa (Campo Grande)
Árbitro: Montero (espanhol)
Marcadores: 1-0 Portela, 2-0 Pereira
Sporting: Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, José Filipe e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp cap, Emílio Ramos e José Leandro. Treinador: Charles Bell
FC Porto: Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito cap, Balbino Silva, Tavares Bastos, João Nunes e Alexandre Cal. Treinador: Adolphe Cassaigne

FC PORTO – SPORTING, 3-1 (após prolongamento)
18-6-1922, Porto (Campo do Bessa )
Árbitro: Neves Eugénio (Académico do Porto)
Marcadores: 1-0 Balbino (51), 1-1 Ramos (70), 2-1 Nunes (100), 3-1 Brito (102)
FC Porto: Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito cap, Balbino Silva, Alexandre Cal, Tavares Bastos e João Nunes. Treinador: Adolphe Cassaigne
Sporting: Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp cap, Emílio Ramos e José Leandro. Treinador: Charles Bell

Legenda das fotografias:
1-A equipa do FC Porto que venceu o primeiro Campeonato de Portugal
2-Tavares Bastos, autor dos dois golos do jogo da 1ª mão e um dos melhores jogadores portistas da época
3-A fachada principal do reduto dos Dragões, o Campo da Constituição...
4-...e uma vista aérea do Campo Grande (Lisboa)
5-A equipa do Sporting que vendeu cara a derrota na primeira prova de âmbito nacional organizada em Portugal