sexta-feira, novembro 08, 2024

Exposição "Américo" - no Museu do Futebol Clube do Porto



O Museu do Futebol Clube do Porto ofereceu-nos (desde o dia 26 de outubro até ao próximo 28 de fevereiro) uma estupenda viagem ao passado para conhecer (ou recordar) a carreira de um dos melhores guarda-redes de sempre do futebol português: Américo. 







Após o falecimento do antigo futebolista, em 2023, a família deste doou um conjunto de relíquias que ajudam a explicar um pouco da carreira de Américo. Camisolas suas e doutros guarda-redes com que se cruzou a nível internacional, luvas de guarda-redes por si usadas, bolas de jogos especiais da sua carreira, galhardetes, fotografias, recortes de jornais, prémios com que foi distinguido, entre muitos outros objetos preenchem esta magnífica mostra. 


São muitos os objetos que nos fazem arregalar os olhos, mas há um, que pelo seu significado para os solitários homens que guardam as balizas, vulgo, os guarda-redes, nos agrada em especial: a baliza de prata, um prémio que durante anos distinguiu o guarda-redes menos batido do campeonato nacional da 1.ª Divisão portuguesa, e que Américo teve a honra de ter sido o primeiro guardião a conquistá-lo.  







A crítica chegou a aclamá-lo com um dos melhores guarda-redes da Península Ibérica, a par de Iribar, guardião do Athletic de Bilbao. o próprio Alfredo di Stéfano ficou rendido às qualidade de Américo, que por 15 ocasiões vestiu a camisola de Portugal, tendo sido um dos três guarda-redes que esteve no Mundial de 66 ao serviço da nação lusa. 

4 comentários:

Anônimo disse...

Américo teve o azar de ter sido guarda-redes do FC Porto no tempo do sistema BSB, das presidências federativas circunsncritas a presidentes representantes de Benfica, Sporting e Belenenses. E que como tal os jogadores desses 3 clubes de Lisboa eram preferidos aos dos clubes do Norte, e principalmente do FC Porto como rival principal dos clubes de Lisboa. Américo se tivesse jogado num dos 3 grandes de Lisboa teria tido mais do dobro das internacionalizações e no Mundial de 1966 teria sido titular. Assim só depois do mal feito, o selecionador Manuel Luz Afonso reconheceu o erro, já tarde, depois de José Pereira do Belenenses ter tido culpas nos 3 golos sofridos com a Coreia na meia-final (em que valeu Portugal ter marcado 5 golos, dos quais 4 de Eusébio), e depois de modo mais evidente na derrota diante da Inglaterra, na meia final.... Como de seguida se viu, com José Pereira a nem ter mais lugar no Belenenses e ter ido jogar para a 2.ª Divisão, enquanto Américo passou a ser titular da Seleção Nacional A a partir de 1967 até ter acabado a carreira devido a grave lesão.

Armando Pinto disse...

Américo teve o azar de ter sido guarda-redes do FC Porto no tempo do sistema BSB, das presidências federativas circunscritas a presidentes representantes de Benfica, Sporting e Belenenses. E que como tal os jogadores desses 3 clubes de Lisboa eram preferidos aos dos clubes do Norte, e principalmente do FC Porto como rival principal dos clubes de Lisboa. Américo se tivesse jogado num dos 3 grandes de Lisboa teria tido mais do dobro das internacionalizações e no Mundial de 1966 teria sido titular. Assim só depois do mal feito, o selecionador Manuel Luz Afonso reconheceu o erro, já tarde, depois de José Pereira do Belenenses ter tido culpas nos 3 golos sofridos com a Coreia na meia-final (em que valeu Portugal ter marcado 5 golos, dos quais 4 de Eusébio), e depois de modo mais evidente na derrota diante da Inglaterra, na meia final.... Como de seguida se viu, com José Pereira a nem ter mais lugar no Belenenses e ter ido jogar para a 2.ª Divisão, enquanto Américo passou a ser titular da Seleção Nacional A a partir de 1967 até ter acabado a carreira devido a grave lesão.

Armando Pinto disse...

O comentário anónimo é para anular; vale o identificado.

Miguel Barros disse...

Fala quem sabe muito sobre a história do FCP. Muito obrigado pelo importante acrescento a esta breve viagem ao passado de uma Lenda do nosso futebol. Abraço senhor Armando Pinto