O
dia em que o Brasil fintou a FIFA e usou publicidade nas suas camisolas
Contrariamente
ao que acontece noutras modalidades, as seleções nacionais de futebol estão
impedidas pelas altas instâncias da bola de usar nos seus "mantos
sagrados" qualquer alusão a uma marca ligada a uma qualquer empresa. Por
outras palavras, não podem estampar publicidade nas suas camisolas, com exceção
das marcas alusivas aos equipamentos que envergam, claro está. Mas nem sempre
foi assim. Por uma ocasião o "manto sagrado" de um combinado nacional
usou publicidade, mesmo não sendo num jogo de caráter oficial, mas antes num
amigável. Estávamos a 9 de dezembro de 1987 e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tentou
ludibriar esta proibição da FIFA e num particular disputado em Uberlândia entre
a seleção brasileira e a sua congénere chilena a mítica camisola canarinha
exibiu o patrocínio da Coca-Cola. Quando o escreto entrou no relvado do Estádio
Parque do Sabiá a surpresa tomou conta das bancadas, já que a camisola amarela
do Brasil trazia um grande retângulo vermelho ao centro, com o logotipo da
Coca-Cola estampado, algo que não era comum em nenhuma parte do Mundo. A partida terminou
com o triunfo do Brasil por 2-1, mas nesse dia o futebol jogado ficou para
segundo plano, pois a novidade foi mesmo
o facto de a marca da Coca-Cola ter sido estampada na camisa da seleção.
Esta
ação conferiu à CBF cerca de 40.000 dólares de receita, mas deixou
profundamente irritados a FIFA, que de pronto avisou o organismo que tutela o
futebol brasileiro que se voltasse a repetir a graça seria multado.
Para
a história fica a alinhação da canarinha nesse encontro: Gilmar, Zé Teodoro, Batista
(Ricardo Gomes), Luisinho, Nelsinho (Eduardo), Douglas, Raí (Milton), Pita,
Valdo, Sérgio Araújo e Renato Frederico. Treinador: Carlos Alberto Silva.
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