A Taça Latina |
O
sucesso obtido pela Taça Mitropa na década de 30 do século passado
reacendeu o interesse dos povos do sul da Europa no sentido de erguer
uma competição internacional ao nível de clubes. A primeira
tentativa surgiu mesmo na época em que a competição idealizada
pelo austríaco Hugo Meisl vivia a sua era
dourada
(1927-1939). Tentativa essa que foi feita pelo espanhol Alberto
Fernàndez, um jornalista que na altura apresentou a ideia de criar
uma competição extra-muros
que agregasse a si as seleções do sul do Velho
Continente,
proposta que na época foi recebida com profundo desinteresse pelas
federações, acabando por ficar metida na gaveta por mais de duas
décadas. Altura em que outro espanhol voltaria à carga, agora com
argumentos de maior peso, desde logo porque na memória da cada vez
mais numerosa família
futebolística
europeia estava o êxito que havia sido gerado em torno da Taça
Mitropa. Foi pois olhando para o sucesso angariado pela lendária
competição da Europa Central que o presidente da Real Frederación
Española de Fútbol, Alberto Muñoz Calero, colocou em cima da mesa
o projeto de criar uma grande competição que reunisse os campeões
nacionais de Espanha, França, Itália, e Portugal. Competição essa
que seria então batizada de Taça Latina. Abra-se no entanto aqui
uma parêntese para referir que muitos historiadores desportivos
defendem que a ideia de criar a competição nasceu em Portugal, e
cujo progenitor
da
ideia seria o histórico jogador, dirigente e jornalista Ribeiro dos
Reis, figura que terá proposto aos jornais Os
Sports
e A
Bola
a criação de um torneio anual disputado entre os campeões dos dois
países ibéricos – Portugal e Espanha.
São
pois diferentes as versões sobre o nascimento de uma prova que iria
ver a luz
do dia
em 1949, tendo ficado definido pelo comité organizador – numa
reunião realizada em Barcelona a 2 de janeiro de 1949 – que o
torneio seria disputado num único país e que o formato do mesmo
seria composto por um sistema de eliminatórias, ou seja,
meias-finais, jogo de apuramento dos 3º e 4º lugares, e final.
Alberto Muñoz Calero |
Madrid
e Barcelona foram então as cidades escolhidas para dar vida à 1ª
edição da Taça Latina, que foi integrada pelo Barcelona, Stade
Reims, Sporting, e Torino, campeões nacionais dos seus respetivos
países. Os italianos surgiam em Espanha vestidos de luto, em
consequência da tragédia ocorrida a 4 de maio desse ano de 1949,
altura em que depois de um jogo amigável realizado em Lisboa, diante
do Benfica, o avião que transportava a comitiva do Toro
de regresso a casa embateu contra uma das torres da Basílica de
Superga, vitimando todos os que seguiam a bordo. A tragédia chocou o
Mundo, em especial o Planeta
da Bola,
já que aquele acidente fazia desaparecer a mais talentosa equipa
italiana da época, e uma das mais fortes do Velho
Continente, eternizada
como
Il Grande Torino.
Órfão dos seus maiores craques foi com uma equipa constituída à
base de jovens jogadores oriundos dos escalões de formação – com
uma média de 17 anos de idade – que o Torino se apresentou em
campo no dia 26 de junho, no Estádio Metropolitano, na capital
espanhola, para defrontar os campeões de Portugal, o Sporting.
Equipa esta onde brilhava um famoso quinteto avançado, conhecido
como os Cinco
Violinos.
Fernando Peyroteo, Jesus Correia, Albano, Vasques, e Travassos
formavam então o famoso quinteto que atuando no setor ofensivo do
terreno de jogo ofereceu ao clube de Alvalade a glória na sequência
de centenas de golos, saborosos títulos, e acima de tudo momentos
deslumbrantes de futebol baseados num exímio entrosamento aliado a
um elevado grau de qualidade futebolística de todos os seus
elementos nunca dantes visto no desporto
rei.
Quem teve o privilégio de assistir aos recitais desta orquestra
afirmava não ter dúvidas em rotular este como um dos períodos mais
dourados do futebol português, e do Sporting em particular,
lamentando apenas que estes cinco artistas não tenham tido a
oportunidade de atuar juntos mais do que as três épocas em que
fizeram furor de leão ao peito.
O famoso quinteto avançado do Sporting eternizado como os Cinco Violinos |
Em
Madrid os lisboetas encontraram um público hostil, que durante os 90
minutos mostrou uma vincada simpatia pelos jovens jogadores
italianos, em claro sinal de solidariedade pelo que havia acontecido
meses antes. Transalpinos que apesar da sua inexperiência venderam
cara a derrota frente aos portugueses. 3-1 foi o resultado final
deste duelo, sendo de destacar a exibição individual de Fernando
Peyroteo, o temível matador
dos
leões, autor dos três golos da sua equipa, apontados aos 15, 26, e
48 minutos. Este último foi mesmo o último golo de Peyroteo com a
camisola leonina, já que na temporada seguinte o famoso jogador
decidiu deixar o clube após 12 gloriosas temporadas.
Estanislao Basora |
Na
outra partida das meias-finais, disputada no Camp de Les Corts, em
Barcelona, a equipa da casa não teve dificuldades em despachar os
campeões de França, o Stade Reims, por 5-0. O resultado traduziu a
superioridade evindenciada pelos catalães ao longo dos 90 minutos,
sendo que ao intervalo o resultado até pecava por ser curto (2-0) em
virtude da avalanche ofensiva que até então se havia verificado da
parte dos campeões de Espanha. Seguer, aos seis minutos abriu, de
cabeça, o marcador, e Nicolau, aos 25 minutos, aproveitou um erro do
guardião Paul Sinibaldi para ampliar o score.
Na etapa complementar César fez o gosto ao pé por duas ocasiões no
espaço de 10 minutos e desde logo sentenciou a questão. Tempo houve
ainda para os adeptos catalães vibrarem com mais um golo da sua
equipa, da autoria de Canal, após um passe magistral de Seguer. No
final do encontro o treinador dos franceses, Henri Roessier, lamentou
o pesado resultado averbado pela sua equipa: «o 4-1 tinha sido
melhor do que o 5-0». disse.
Uma
semana mais tarde disputaram-se os dois últimos jogos desta primeira
edição da Taça Latina. O primeiro colocou frente a frente em Les
Corts (Barcelona) os derrotados das meias-finais, o Torino e o Stade
Reims. Tal como haviam feito diante do Sporting os jovens italianos
lutaram com bravura, apesar da sua inexperiência, postura que seria
premiada com um triunfo por 5-3, garantindo assim o terceiro lugar.
O jornal A Marca titulando o triunfo dos catalães |
Em
Madrid o Estádio de Chamartin acolheu 30.000 espetadores – onde
entre os quais se destacou a presença do presidente da FIFA, Jules
Rimet – que ali acorreram para assistir à grande final da
competição. O Barça
enfrentava
aquela que muitos dos especialistas em matéria futebolística
apontavam como a grande favorita ao triunfo final, a equipa do
Sporting. A magnífica exibição coletiva dos leões – orientados
pelo mestre
Cândido
de Oliveira – uma semana antes diante do Torino – sobretudo do
seu quinteto ofensivo – havia deixado os espanhóis literalmente de
boca aberta! Porém, e contrariamente ao sucedido ante o Torino, os
portugueses encontraram muitas dificuldades para travar o ímpeto
ofensivo do Barcelona. E não fosse uma soberba performance do
guarda-redes Azevedo o Sporting teria saído de Chamartín humilhado.
Logo aos 10 minutos do encontro Seguer abriu o marcador para os
catalães, dando o melhor seguimento a um cruzamento de Basora. À
passagem do minuto 26 Jesus Correia empatou a contenda após passe de
Albano, repondo a igualdade com que se atingiu o descanso. Aos quatro
minutos da segunda parte Basora recolocou o Barça
na
frente do marcador, o qual até final não mais se iria alterar, pese
embora Jesus Correia tenha, já perto do final, desperdiçado uma
ocasião soberana para voltar a igualar o encontro.
Na
verdade, também o Barcelona teve algumas oportunidades para ampliar
a sua vantagem, esbarrando sempre na verdadeira muralha em que se
transformou Azevedo. De tal maneira que no rescaldo do jogo o herói
da final, Basora, disse: «Azevedo tornou possível o equilíbrio de
jogo a que o Sporting logrou chegar, mercê da confiança que as suas
magníficas defesas lhe deu. Com outro guarda-redes, os portugueses
ter-se-iam afundado na primeira meia-hora». Mesmo tendo conquistado
o seu primeiro título internacional em casa do velho e eterno
inimigo Real Madrid os jogadores do Barcelona seriam aplaudidos de pé
pelo público, enquanto que os portugueses foram recebidos em Lisboa
em apoteose pelos seus adeptos.
Nomes
e números:
Meias-finais
Sporting
(Portugal) – Torino (Itália): 3-1
Barcelona
(Espanha) – Stade Reims (França): 5-0
Jogo
de atribuição dos 3º e 4º lugares
Torino
(Itália) – Stade Reims (França): 5-3
O onze do Barcelona que em Madrid conquistou a 1ª edição da Taça Latina |
Final
Barcelona
(Espanha) – Sporting (Portugal): 2-1
Data:
3 de julho de 1949
Árbitro:
Victor Sdez (França)
Estádio:
Chamartin, em Madrid (Espanha)
Barcelona:
Juan Zambudio Velasco, Francisco Calvet, Curta, Calo, Gonzalvo III,
Gonzalvo II, Estanislao Basora, Josep Seguer, Josep Canal Viñas,
César Rodríguez, e Alfonso Navarro. Treinador: Enrique Fernández
Viola.
Sporting:
João Azevedo, Octávio Barrosa, Manecas, Juvenal, Carlos Canário,
Veríssimo, Jesus Correia, Manuel Vasques, Fernando Peyroteo, José
Travassos, e Albano. Treinador: Cândido de Oliveira.
Golos:
1-0 (Seguer, aos 10m), 1-1 (Jesus Correia, aos 27m), 2-1 (Basora, aos
59m).
1950:
Benfica vence a longa
maratona
de Lisboa
Rogério Pipi ergue na tribuna do Estádio Nacional a Taça Latina |
Em
1950 foi a vez de Portugal, e a cidade de Lisboa, mais concretamente,
receber a competição internacional. A capital lusa engalanou-se
para receber os campeões nacionais de França, Espanha, e Portugal,
respetivamente, o Bordéus, o Atlético de Madrid, e o Benfica,
equipas às quais se juntou a Lazio, conjunto italiano que viajou
para território luso em substituição do campeão de Itália de
49/50, a Juventus, que declinou o convite da organização. O Estádio
Nacional, inaugurado seis anos antes, foi o palco escolhido para o
desenrolar do certame. De referir que esta segunda edição ficou
marcada pelo facto de alguns dos melhores jogadores dos combinados
participantes, mais concretamente os das equipas espanhola e
italiana, terem estado ausentes, uma vez que na mesma altura decorria
do outro lado do Atlântico – no Brasil, mais precisamente – o
Campeonato do Mundo da FIFA. Perante este facto a organização da
Taça Latina abriu um precedente ao permitir que as equipas mais
despidas
de craques se reforçassem com jogadores de outros conjuntos.
E
no dia 10 de junho, feriado em Portugal, as equipas do Benfica e da
Lazio de Roma sobem ao bem tratado relvado da "sala de visitas"
do futebol lusitano, o Estádio Nacional, para dar o pontapé de
saída da 2ª edição da competição. Nesse dia, e mercê de uma
magnífica exibição, os benfiquistas batem a squadra
transalpina por expressivos 3-0, com golos de Carmona, Arsénio, e
Rogério, todos apontados durante os primeiros 45 minutos. Vitória
indiscutível, escreveram os analistas desportivos da época, ante
uma Lazio visivelmente afetada pela ausência de alguns dos seus
melhores atletas, que, como já referimos, se encontravam no Brasil
ao serviço da seleção de Itália. Indiscutível seria também o
triunfo dos franceses do Bordéus ante os espanhóis do Atlético de
Madrid, por 4-2, duelo ocorrido nesse mesmo dia 10 de junho.
Benfica e Bordéus lutam pela posse do esférico na final de 50 |
Ao
contrário do que se havia verificado na edição de estreia o jogo
de atribuição dos terceiro e quarto lugares e a final foram
disputados no dia seguinte!!! Esse dia 11 de junho começava com os
madrilenos do Atlético a levarem para casa o 3º lugar depois de
vencerem uma desoladora Lazio por 2-1.
E
eis que finalmente Benfica e Bordéus entraram em cena para travar a
primeira metade de uma batalha que haveria de ter contornos
emocionantes. Os portugueses chegaram facilmente ao 2-0 nos instantes
iniciais da contenda, graças à pontaria certeira de Arsénio e
Corona, respetivamente aos 4 e 17 minutos. Porém, do outro lado da
barricada estava um conjunto de fino recorte técnico que ainda antes
do intervalo daria a volta ao marcador, graças a um bis
de André Doye e a um remate certeiro de René Persillon a dois
minutos dos 45. Seria então na condição de derrotado (2-3) que o
Benfica voltaria ao campo para disputar a etapa final da empolgante
batalha. Pegando nas rédeas do encontro os benfiquistas dominaram a
seu bel-prazer os segundos 45 minutos, acabando por chegar ao justo
golo do empate por intermédio de Rogério à passagem do 55. Face a
esta igualdade as duas equipas tiveram de enfrentar um prolongamento
de 30 minutos, tempo extra onde nada de novo surgiu, pelo que a
organização agendou uma finalíssima para uma semana mais tarde.
A alegria dos benfiquistas contrasta com a tristeza de um francês |
18
de junho foi então o dia do novo confronto, tendo o Estádio
Nacional registado uma afluência de 20 000 espetadores, um número
estranho para aqueles dias, já que a média de assistências do
campeonato português não ultrapassava os 5 000 espetadores. Mas
talvez "enfeitiçados" pelo espetáculo que Benfica e
Bordéus haviam proporcionado uma semana estes 20 000 entusiastas
terão pensado que as duas equipas pudessem prolongar aquela magia
futebolística por mais 90 minutos... no mínimo. E não se
enganariam, muito pelo contrário. Os lusos entraram melhor numa
finalíssima que iria ficar gravada na Grande
Enciclopédia do Futebol
como um dos jogos mais dramáticos da história, enviando uma bola
aos ferros da baliza francesa. Não marcaram os encarnados...
marcaram os azuis de Bordéus quando o relógio marcava apenas 11
minutos de jogo, por intermédio de Kargu. A perder, os pupilos de
Ted Smith partiram para cima do Bordéus com todas as suas forças e
alma, valendo ao emblema gaulês uma soberba exibição do guardião
do seu templo, o guarda-redes Astresses. O Benfica ia tentando sem
êxito chegar ao golo, e além dos franceses enfrentava agora outro
rival de peso, o relógio, que galgava a linha do tempo a um ritmo
alucinante. Perante este cenário o público afeto ao Benfica ia
perdendo a esperança de ver o seu clube triunfar na (já)
prestigiada competição internacional... e quando muitos, com um ar
cabisbaixo, já se encaminhavam para fora da catedral do futebol
lusitano, Arsénio faz o golo do empate aos 89 minutos, provocando
uma imediata explosão de alegria nos que teimaram em ficar sentados
nas bancadas de pedra do Jamor até ao apito final.
A equipa do Benfica que no relvado do Estádio Nacional conquistou o primeiro título internacional para o futebol português |
O
relógio marcava 90 minutos! Um golo apontado em cima da linha
de meta
que levaria as equipas para mais um prolongamento. 30 minutos onde
nada se alterou, sendo que segundo os regulamentos da prova teria de
ser jogado em seguida um pequeno prolongamento de 10 minutos para se
encontrar o vencedor. Teimosamente as equipas permaneceriam empatadas
nestes 10 minutos suplementares, pelo que tiveram se de jogar... mais
10 minutos! Também durante este novo período nada de relevante
ocorreu no relvado do Jamor que aos poucos ia deixando de ser
iluminado pelo sol. A noite espreitava sobre Lisboa numa época em
que o principal estádio português não tinha iluminação
artificial! E eis que no terceiro período de 10 minutos (!), numa
altura em que os jogadores dos dois conjuntos há muito que tinham
ficado sem forças, muitos já nem se mexiam (!), em que jogavam já
quase sem luz solar, Julinho apareceu do nada para fazer o 2-1 e
acabar de vez com aquela longa maratona futebolística.
Já
tinham passado 143 minutos (!) desde que o árbitro dera início à
finalíssima. Com o apito final a festa estalou. 265 minutos - no
total dos dois jogos - haviam sido precisos para coroar o Benfica
como a primeira equipa portuguesa a vencer uma competição
internacional. O público invadiu o relvado para abraçar os
jogadores que já não tinham forças para sequer erguer os braços
em sinal de vitória. Um pouco a custo Rogério de Carvalho - também
conhecido por Rogério Pipi - subiu a longa escadaria até à tribuna
do Jamor para receber a Taça Latina de 1950. No fim o treinador
inglês do Benfica, Ted Smith, disse que «em 20 anos de futebol
nunca vi nada assim!».
Nomes
e números
Meias-finais
Benfica
(Portugal) – Lazio (Itália): 3-0
Bordéus
(França) – Atlético de Madrid (Espanha): 4-2
Jogo
de atribuição dos 3º e 4º lugares
Atlético
de Madrid (Espanha) – Lazio (Itália): 2-1
Final
Benfica
(Portugal) – Bordéus (França): 3-3
Data:
11 de julho de 1950
Estádio:
Nacional, em Lisboa (Portugal)
Árbitro:
?
Benfica:
José Bastos, Jacinto, Joaquim Fernandes, Félix, Francisco Moreira,
José da Costa, Rogério Pipi, Eduardo José Corona, Arsénio,
Julinho, e Pascoal. Treinador: Ted Smith.
Bordéus:
Jean-Guy Astresses, Manuel Garriga, Mérignac, Ben Kaddour M'Barek,
Jean Swiatek, René Gallice, René Persillon, Mustapha Ben M'Barek,
Édouard Kargu, Guy Meynieu, André Doye. Treinador: André Gérard.
Golos:
1-0 (Arsénio, aos 4m), 2-0 (Corona, aos 17m), 2-1 (Doye, aos 21m),
2-2 (Doye, aos 36m), 2-3 (Pesillon, aos 43m), 3-3 (Rogério, aos
55m).
Finalíssima
Benfica
(Portugal) – Bordéus (França): 2-1
Data:
18 de julho de 1950
Estádio:
Nacional, em Lisboa (Portugal)
Árbitro:
Giacomo Bertolio (Itália)
Benfica:
José Bastos, Jacinto, Joaquim Fernandes, Félix, Francisco Moreira,
José da Costa, Rogério Pipi, Eduardo José Corona, Arsénio,
Julinho, Rosário. Treinador: Ted Smith.
Bordéus:
Jean-Guy Astresses, Manuel Garriga, Mérignac, Ben Kaddour M'Barek,
Jean Swiatek, René Gallice, René Persillon, Mustapha Ben M'Barek,
Édouard Kargu, Guy Meynieu, André Doye. Treinador: André Gérard.
Golos:
0-1 (Kargu, aos 11m), 1-1 (Arsénio, aos 89m), 2-1 (Julinho, aos
143m).
Nenhum comentário:
Postar um comentário