A REVISTA FUTEBOLISTA regressa à Suíça para conhecer de perto a “aventura futebolística” de mais um emigrante lusitano. Hoje falamos com Jorge Teixeira, defesa de 24 anos que veste a camisola do FC Zurich, emblema que o acolheu na presente temporada depois de em 2009/10 o ter visto na montra mais reluzente do futebol planetário a nível de clubes: a Liga dos Campeões. E quando olha para o futuro imediato o jovem jogador formado nas escolas do Sporting não tem dúvidas em apontar para o caminho do regresso à Champions.
REVISTA FUTEBOLISTA (RF): Cumpre a sua primeira época no FC Zurich, como têm sido estes primeiros meses ao serviço deste clube?
JORGE TEIXEIRA (JT): É verdade, estou no primeiro ano de um contrato de 4 anos que assinei com o FC Zurich e posso dizer que até agora a época tem estado a correr muito bem, quer em termos individuais quer em termos colectivos. No plano individual devo dizer que nos primeiros três jogos efectuados apontei três golos, e tirando um mês e meio em que estive lesionado tenho sido titular. A nível colectivo estamos em 3º lugar a 2 pontos do 1º classificado, o FC Lucerna.
RF: Esta não é a sua primeira experiência no estrangeiro, em 2008/09passou pelo campeonato do Chipre e o ano passado esteve em Israel ao serviço do Maccabi Haifa, quer falar um pouco destas suas duas experiências anteriores?
JT: Sim, depois de ter estado no Fátima numa época (2007/08) em que provocámos sensação na Taça da Liga ao eliminar o FC Porto e vencido um jogo da eliminatória com o Sporting decidi – na época seguinte – que era tempo de arriscar. Foi então que resolvi aceitar um convite de uma equipa que tinha acabado de subir à primeira liga do Chipre, o Atromitos, onde fiz uma excelente primeira volta. Assim sendo em Janeiro fui transferido para o AE Paphos, também do Chipre, onde acabámos por fazer uma boa segunda volta e onde me sai também muito bem. Até que depois recebi o convite do Maccabi Haifa, campeão de Israel em título, onde estive uma época (2009/10).
RF: Ao serviço do Maccabi participou na Liga dos Campeões, a maior “montra” ao nível das competições de clubes a que um jogador pode aspirar. Que recordações lhe trazem essa presença na Champions?
JT: Jogar na Champions foi uma experiência magnífica. Ouvir aquele hino antes dos jogos é algo que nunca vou esquecer, nem tão pouco o ambiente proporcionado pelos adeptos nas viagens entre hotel e o estádio em dias de jogo. Aliás, jogar em Israel surpreendeu-me muito, não só pelo ambiente em redor dos jogos como também pelo bom futebol que lá se pratica, e um bom exemplo disso é a derrota do Benfica (0-3) já esta época ante o Hapoel Tel-Aviv.
RF: Agora está na Suíça, onde o futebol é vivido e jogado de uma forma mais morna do que em Israel, por exemplo, ou até mesmo do que em Portugal…
JT: Sim, mas o campeonato suíço é muito competitivo, é muito forte no jogo fisico e apesar disso aqui também se pratica muito bom futebol. Em relação a Portugal penso que a principal diferença reside no nível técnico, pois o nosso futebol é muito mais técnico que o suíço. Agora, em relação a Israel, e na forma como o futebol é vivido, podemos dizer que é totalmente diferente daqui. Em Israel é um prazer jogar naqueles estádios, ouvir os adeptos entoar cânticos com o teu nome, seres reconhecido na rua ou quando vais a um shopping e seres adorado pelos adeptos… é uma sensação incrível.
RF: Sentiu por isso alguma dificuldade de adaptação à Suíça?
JT: Não, fui muito bem recebido pelos dirigentes, pelos adeptos e pelos meus colegas, todos me ajudaram e acarinharam muito, algo que foi muito importante na minha adaptação. Aliás, posso agora dizer que sou um dos jogadores mais acarinhados por todos.
RF: Neste momento, e como já disse, o FC Zurich está em 3º lugar da Superliga suíça, a dois pontos do 1º classificado. Quais são os vossos objectivos para o que resta jogar de campeonato?
JT: Temos vindo a realizar um bom campeonato, com uma equipa muito jovem mas com excelentes jogadores. Neste momento estamos no 3º lugar mas o nosso principal objectivo é chegar ao 1º e sermos campeões, tal como na Taça da Suíça, prova que também queremos vencer. Aliás, vencer é sempre um objectivo deste grande clube.
RF: Antes de emigrar o Jorge percorreu durante três épocas os escalões secundários do nosso futebol. Primeiro ao serviço do Casa Pia, depois viajou para o Odivelas, e por fim esteve no Fátima. Que memórias guarda deste percurso?
JT: Foram experiências muito importantes. Tive sempre excelentes treinadores, como o Jorge Paixão, o Rui Gregório e o Rui Vitória, cada um deles acabou por me ensinar coisas diferentes mas importantes que serviram para agora estar onde estou e tornar-me num jogador mais completo e ambicioso. Destaco também os excelentes companheiros que tive. Aliás, o companheirismo e união que existiram nestas equipas foram sempre aspectos magníficos.
RF: O que faltou para subir o último degrau, isto é, passar para a 1ª Liga portuguesa?
JT: Faltou o mesmo que falta a todos os jogadores da minha idade, ou seja, a falta de coragem de certas equipas apostarem em jovens. Temos realmente excelentes jogadores nas divisões inferiores e é uma pena que os clubes da 1ª Liga não vejam isso. E é por isso que cada vez mais jogadores portugueses se sentem na obrigação de tentar a sua sorte fora de Portugal. É uma pena ver que as equipas de fora apostam muito em nós e em Portugal acontece o contrário. REVISTA FUTEBOLISTA (RF): Cumpre a sua primeira época no FC Zurich, como têm sido estes primeiros meses ao serviço deste clube?
JORGE TEIXEIRA (JT): É verdade, estou no primeiro ano de um contrato de 4 anos que assinei com o FC Zurich e posso dizer que até agora a época tem estado a correr muito bem, quer em termos individuais quer em termos colectivos. No plano individual devo dizer que nos primeiros três jogos efectuados apontei três golos, e tirando um mês e meio em que estive lesionado tenho sido titular. A nível colectivo estamos em 3º lugar a 2 pontos do 1º classificado, o FC Lucerna.
RF: Esta não é a sua primeira experiência no estrangeiro, em 2008/09passou pelo campeonato do Chipre e o ano passado esteve em Israel ao serviço do Maccabi Haifa, quer falar um pouco destas suas duas experiências anteriores?
JT: Sim, depois de ter estado no Fátima numa época (2007/08) em que provocámos sensação na Taça da Liga ao eliminar o FC Porto e vencido um jogo da eliminatória com o Sporting decidi – na época seguinte – que era tempo de arriscar. Foi então que resolvi aceitar um convite de uma equipa que tinha acabado de subir à primeira liga do Chipre, o Atromitos, onde fiz uma excelente primeira volta. Assim sendo em Janeiro fui transferido para o AE Paphos, também do Chipre, onde acabámos por fazer uma boa segunda volta e onde me sai também muito bem. Até que depois recebi o convite do Maccabi Haifa, campeão de Israel em título, onde estive uma época (2009/10).
RF: Ao serviço do Maccabi participou na Liga dos Campeões, a maior “montra” ao nível das competições de clubes a que um jogador pode aspirar. Que recordações lhe trazem essa presença na Champions?
JT: Jogar na Champions foi uma experiência magnífica. Ouvir aquele hino antes dos jogos é algo que nunca vou esquecer, nem tão pouco o ambiente proporcionado pelos adeptos nas viagens entre hotel e o estádio em dias de jogo. Aliás, jogar em Israel surpreendeu-me muito, não só pelo ambiente em redor dos jogos como também pelo bom futebol que lá se pratica, e um bom exemplo disso é a derrota do Benfica (0-3) já esta época ante o Hapoel Tel-Aviv.
RF: Agora está na Suíça, onde o futebol é vivido e jogado de uma forma mais morna do que em Israel, por exemplo, ou até mesmo do que em Portugal…
JT: Sim, mas o campeonato suíço é muito competitivo, é muito forte no jogo fisico e apesar disso aqui também se pratica muito bom futebol. Em relação a Portugal penso que a principal diferença reside no nível técnico, pois o nosso futebol é muito mais técnico que o suíço. Agora, em relação a Israel, e na forma como o futebol é vivido, podemos dizer que é totalmente diferente daqui. Em Israel é um prazer jogar naqueles estádios, ouvir os adeptos entoar cânticos com o teu nome, seres reconhecido na rua ou quando vais a um shopping e seres adorado pelos adeptos… é uma sensação incrível.
RF: Sentiu por isso alguma dificuldade de adaptação à Suíça?
JT: Não, fui muito bem recebido pelos dirigentes, pelos adeptos e pelos meus colegas, todos me ajudaram e acarinharam muito, algo que foi muito importante na minha adaptação. Aliás, posso agora dizer que sou um dos jogadores mais acarinhados por todos.
RF: Neste momento, e como já disse, o FC Zurich está em 3º lugar da Superliga suíça, a dois pontos do 1º classificado. Quais são os vossos objectivos para o que resta jogar de campeonato?
JT: Temos vindo a realizar um bom campeonato, com uma equipa muito jovem mas com excelentes jogadores. Neste momento estamos no 3º lugar mas o nosso principal objectivo é chegar ao 1º e sermos campeões, tal como na Taça da Suíça, prova que também queremos vencer. Aliás, vencer é sempre um objectivo deste grande clube.
RF: Antes de emigrar o Jorge percorreu durante três épocas os escalões secundários do nosso futebol. Primeiro ao serviço do Casa Pia, depois viajou para o Odivelas, e por fim esteve no Fátima. Que memórias guarda deste percurso?
JT: Foram experiências muito importantes. Tive sempre excelentes treinadores, como o Jorge Paixão, o Rui Gregório e o Rui Vitória, cada um deles acabou por me ensinar coisas diferentes mas importantes que serviram para agora estar onde estou e tornar-me num jogador mais completo e ambicioso. Destaco também os excelentes companheiros que tive. Aliás, o companheirismo e união que existiram nestas equipas foram sempre aspectos magníficos.
RF: O que faltou para subir o último degrau, isto é, passar para a 1ª Liga portuguesa?
RF: Fez a sua formação no Sporting, na famosa Academia de Alcochete, foram anos importantes para ser aquilo que é hoje enquanto jogador?
JT: Passei lá anos excelentes da minha vida, aprendi muito em termos de formação. Tive excelentes pessoas em meu redor, relembro em particular os “misters” Leonel Pontes e Paulo Bento que apostaram em mim numa época importantíssima para a minha carreira, e com eles aprendi muito numa altura em que mudei a minha mentalidade em termos de trabalho. Recordo que com eles fomos campeões nacionais de juniores, numa equipa em que tive como colegas o Miguel Veloso, o Nani, o Yannick Djálo, o Carlos Saleiro, o Emídio Rafael, o João Moutinho, entre outros, todos grandes amigos meus e que estão agora em grande quer a nível nacional quer internacional.
RF: Costuma espreitar o campeonato português?
JT; Sim, claro que vejo sempre todos os jogos da Liga portuguesa. Este ano o Porto esta fortíssimo, a jogar um excelente futebol com um excelente treinador. Mas penso que apesar do Porto se estar a destacar o campeonato deste ano está muito mais competitivo, onde as equipas denominadas mais pequenas estão a crescer, algo que é muito bom para Portugal, pois aumenta o nível competitivo.
RF: Há pouco definiu-se como sendo um jogador ambicioso, pergunto-lhe por isso que ambições tem o Jorge Teixeira por esta altura?
JT: Neste momento sé penso em ser campeão suíço, ganhar a taça e jogar novamente na Liga dos Campeões. Quanto ao futuro vou tentar chegar a uma das denominadas grandes ligas da Europa.
RF: E voltar a Portugal não cabe dentro das suas ambições?
JT: Sim porque não? Mas penso que por agora estou muito bem aqui, quero ficar mais alguns anos fora de Portugal, mas no futuro nunca sabemos o que pode vir a acontecer e se for bom para mim porque nao regressar? Mas como já disse por agora não tenciono fazê-lo, visto que tenho uma certa reputação aqui na Suíça, além de que quero melhorar ainda mais o meu futebol.
Nota: Esta entrevista foi realizada pelo autor de Museu Virtual do Futebol (Miguel Barros) para a REVISTA FUTEBOLISTA, tendo sido publicada no dia 25 de Janeiro de 2011
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