quinta-feira, março 14, 2024

Histórias do Futebol em Portugal (46)… O último ato do Académico do Porto nos palcos da “Primeira” (Parte III)


Estreante nestas andanças de 1.ª Divisão Nacional era o Leça, clube modesto que nesta primeira aparição entre os “Grandes” se fazia representar na sua esmagadora maioria por jogadores da terra, todos amadores, e sem experiência no mais alto patamar do futebol luso. Leça que se deslocou ao Estádio do Lima na 9.ª jornada para disputar um «jogo de vizinhos» como lhe chamou o jornalista Bolero, do Norte Desportivo. Perante reduzida assistência a partida teve um início tímido, sendo que nos primeiros cinco minutos há apenas a registar uma oportunidade de golo perdida do academista Álvaro Pereira. Apesar de ser disputado a grande velocidade, o encontro não apresenta um padrão tático definido, o que o torna um pouco desinteressante. «Ambas as equipas jogam à base da energia, com uma ou outra jogada onde se vislumbra o desejo de conjunto (…) Uma e outra defesa, continuamente em ação, batalham ardorosamente. Se os setores dianteiro e médio têm trabalho sucessivo, o mesmo sucede com as extremas defesas, sempre na liça. Tem motivos de certo agrado esta partida entre leceiros e académicos», assim retratava Bolero.

A equipa do Leça que disputou a 1.ª Divisão em 41/42

À passagem da meia hora de jogo o Académico toma conta dos acontecimentos, perante um Leça que começa a dar sinais de alguma fraqueza à medida que se aproxima o intervalo. Levy de Sousa, guarda-redes do Académico do Porto, é um mero espectador, em contraste com Jaguaré – não o excêntrico guardião brasileiro que jogou no Académico anos antes, mas sim Alfredo Dias, conhecido pelo Jaguaré do Leça – que tem trabalhos redobrados. A avalanche academista produziu resultados antes do descanso, com Marques e Larsen a darem expressão ao marcador. A toada de jogo manteve-se na segunda metade, e quando estavam decorridos 62 minutos Raul Castro desfere um remate a cerca de 30 metros da baliza de Jaguaré, guardião que é traído pela trajetória da bola e não evita desta forma o terceiro tento dos portuenses. Tecnicamente o Académico era superior ao seu adversário, e o marcador seria fechado por Larsen a 15 minutos do fim, na sequência de um canto apontado por Machado. 4-0, vitória de um Académico que alinhou da seguinte forma: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Manau, Guimarães, Eliseu, Larsen, Raul Castro, Marques, Julinho e Álvaro Pereira.


O derby da Invicta pende para o lado azul-e-branco

E na 10.ª ronda houve aquele que foi o primeiro dérbi da Cidade Invicta no patamar mais alto do futebol em Portugal. Académico e FC Porto mediram forças no Lima. O jornalista Lopes Gaya conta que os portistas entraram em campo a pressionar os academistas, mostrando assim «certas tendências para abrir o ativo, porque aparecem com mais frequência no ataque. Levy (de Sousa) é chamado duas vezes a intervir, e fá-lo com certa felicidade a dois remates, um de Pinga e outro de António Santos». Após este começo mais afoito dos azuis e brancos o jogo entra numa toada de maior equilíbrio, com o Académico a espreitar com mais frequência o ataque, pese embora com a defesa portista sempre atenta. Até que à chegada da meia hora de jogo o FC Porto aplica dois rudes golpes ao Académico. O mesmo é dizer dois golos apontados quase de rajada. O primeiro por intermédio do possante avançado Correia Dias, aos 24 minutos, e o segundo dois minutos volvidos por Carlos Nunes. A equipa comandada pelo técnico Mihaly Siska saiu para o intervalo em vantagem, descanso esse que lhe parece ter feito mal, a julgar por uma entrada na segunda metade algo relaxada. Aproveitou o Académico que logo aos 10 minutos reduz a desvantagem. «Larsen lança um bom centro sobre a esquerda, a bola vai para Julinho que marca (passa) para Álvaro Pereira que fuzila rápido as redes de Béla (Andrasik)». A bola vai ao centro do terreno e… novo golo para o Académico. Julinho recebe a bola de um companheiro seu, e sem marcação corre em direção à baliza portista, rematando sem hipóteses para o fundo das redes. Estava feito o empate para delírio da claque do Académico, que «aplaude com entusiasmo a sua equipa». Do outro lado os adeptos do FC Porto também puxam pelo seu conjunto, e «estabelece-se um curioso duelo de claques. Um orfeão ruidoso a dar ambiente de espectativa ao encontro», descreveu Lopes Gaya. O FC Porto parece despertar da entrada sonolenta, e aos 65 minutos o árbitro Vieira da Costa assinala um livre perigoso para a baliza de Levy de Sousa. Na cobrança, António Baptista envia com habilidade a bola para o fundo da baliza academista, colocando novamente a sua equipa em vantagem. Aos 42 minutos, os portistas acabam com as esperanças dos seus vizinhos em pontuar. «Pratas desce e é carregado com certa violência. Pinga marca o castigo direto com um pontapé bem colocado e fixa o resultado em 4-2». No derby da Invicta o Académico alinhou com: Levy de Sousa, Rafael, António Jorge, Guimarães, Eliseu, Raul Castro, Larsen, Gamboa, Julinho, Marques e Álvaro Pereira.

Lance do dérbi da Cidade Invicta, entre Académico e FC Porto

Na derradeira jornada da primeira volta do campeonato o Académico voltou a não ser feliz na deslocação a Lisboa. Desta feita seria o Carcavelinhos a aplicar a chapa 6 aos portuenses. Sobre encontro não conseguimos encontrar o relato escrito das incidências do mesmo.

Treinador do Académico não atira a toalha ao chão

Conseguimos sim descobrir uma pequena entrevista concedida ao Norte Desportivo pelo treinador do Académico do Porto nesta temporada, Albertino Ferreira de Andrade, a sua graça. Nesta troca de palavras com aquele jornal portuense, o técnico fazia um balanço da primeira volta do campeonato, começando por opinar que tinha gostado de ver a equipa do Sporting em ação, e que em seu entender o FC Porto parecia querer regressar à boa forma do passado. 

O treinador do Académico:
Albertino Andrade

E sobre a sua equipa, Albertino Andrade não atirava a toalha ao chão, pelo contrário. «O orientador técnico do Académico parece, no entanto, não possuir fibra para o desânimo. (…) Sente na entrega à preparação física dos seus pupilos o melhor dos seus esforços. Percebe nos jogadores de futebol imensas deficiências, que procura corrigir, assim como determinados defeitos de formação». E mais adiante, ao falar dos resultados averbados até então, diz mesmo: «Pouca sorte, muito pouca sorte, é o que tem havido».


Nova viagem para esquecer à capital

O Início da segunda volta do campeonato marca uma nova viagem do emblema do Porto à capital, agora para defrontar o Belenenses, no mítico Estádio das Salésias. Os lisboetas vinham de uma vitória animadora no Campo da Constituição diante do FC Porto, na ronda anterior, e talvez por isso a massa adepta belenense fosse em grande número ver a sua equipa. Por seu turno, o Académico neste jogo «não foi melhor nem pior que noutras deslocações. A equipa, habilidosa por intermédio de alguns elementos, não tem fundo de resistência. No jogo de hoje transpareceu mais uma vez essa ideia. Em lampejos, o grupo consegue organizar algumas jogadas interessantes, mas com a sua linha de médios se divorcia muitas vezes do ataque, a equipa vive partida ao meio quase sempre», assim analisou a turma portuense o correspondente do Norte Desportivo na capital. O Belenenses entrou praticamente a ganhar, quando aos dois minutos Eliseu corta a bola com a mão dentro da área, com o árbitro setubalense Trindade a assinalar de pronto o castigo máximo. Na conversão, Feliciano marcou o primeiro tento dos azuis. O Belenenses teve quase sempre o ascendente do encontro, sendo que os campeões do Porto apenas se mostraram mais audazes no segundo quarto de hora da primeira parte. «De resto, a vontade mais forte foi a do Belenenses». Porém, contra a maré azul os academistas empatam a partida à passagem do minuto 19, por intermédio de Larsen. Empate que seria sol de pouca dura, já que três minutos passados António Jorge derruba Gilberto dentro da área e o árbitro não volta a ter dúvidas em assinalar nova grande penalidade a favor dos de Belém. Feliciano volta a não dar hipóteses de defesa a Levy de Sousa. E ainda antes do intervalo os locais ampliaram a vantagem, por intermédio de Artur Quaresma. «No segundo período, inicialmente, ainda o Académico se manteve com certa galhardia, mas depois o encontro entrou num período de certa monotonia dada a superioridade dos visitados», escrevia o Norte Desportivo. E seria dessa forma que Gilberto faria o quarto tento dos lisboetas, que praticamente sentenciou a partida, de nada valendo o facto de Larsen, aos 64 minutos, ter reduzido para 4-2, que seria, assim, o resultado final de um jogo onde o Académico alinhou com: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Manau, Eliseu, Raul Castro, Larsen, Gamboa, Julinho, Marques e Álvaro Pereira.

(continua)

terça-feira, março 12, 2024

Histórias do Futebol em Portugal (45)… O último ato do Académico do Porto nos palcos da “Primeira” (Parte II)

Equipa do Vitória de Guimarães que em 41/42
foi a primeira vítima do Académico

Após quatro jornadas negativas, sem qualquer ponto somado e 19 golos encaixados, eis que à 5.ª jornada o Académico do Porto conhece a primeira das seis vitórias conquistados nesta época de 41/42. Uma partida disputada no Estádio do Lima, ante o Vitória de Guimarães, e em que nos primeiros minutos a bola foi muito disputada pelos dois combinados no miolo do terreno, sem que as duas balizas fossem, contudo, alvo de muitas ameaças, sendo a exceção protagonizadas pelos rapazes do Lima. «Academistas e vimaranenses disputam a bola com jogadas rápidas e pertencem aos locais as duas primeiras investidas em que se regista certo perigo, que Machado afasta com duas oportunas intervenções», contava o repórter ao serviço do Norte Desportivo nesse encontro. Marques e Raul Castro foram os homens do Académico que levaram a cabo essas ameaças à baliza do Vitória de Guimarães. Os visitantes só se organizaram após o primeiro quarto de hora, aparecendo mais no ataque. Neste período, uma jogada ofensiva pelo lado direito dos vimaranenses termina com uma atrapalhação do guarda-redes local, Levy de Sousa, valendo a atenção do seu companheiro Eliseu para sacudir a bola da área academista. Este seria, para sorte do Académico, um lance isolado em quase todo o jogo, já que os atacantes do Vitória mostravam «pouca decisão no remate final». Apesar disto o jogo corria de forma equilibrada, com “bola cá, bola lá”, e no derradeiro quarto de hora da primeira metade os dois guarda-redes são chamados a intervir com afinco. «As jogadas, porém, fazem-se com certa confusão, e só por isso as redes de qualquer dos grupos mantêm-se intactas quando o árbitro apita para o final do primeiro tempo», escrevia o jornalista de serviço. E seria na segunda parte que o Académico chegou aos golos. Primeiro, por Julinho, à passagem da hora de jogo. «Machado sai à jogada, a bola gira perto e Julinho acorre ao lance fazendo um tento aos três minutos».

Raul Castro com as 
cores do FC Porto ante 
de rumar ao Académico


O segundo festejo foi protagonizado por Raul Castro, na entrada para os 10 minutos finais. «Aos 36 minutos Julinho corre em direção a Machado, e Lino intervindo incorre em (grande) penalidade que Raul Castro transforma no segundo golo dos locais». Este último jogador apresentava-se como um dos mais reputados do plantel academista desta época. Chegou ao Académico com 29 anos, depois de ter estado durante sete temporadas ao serviço do vizinho FC Porto. Ao serviço dos azuis e brancos, Raul Augusto de Castro (nascido no dia 20 de maio de 1908) disputou 81 jogos oficiais, marcou 22 golos e conquistou nove títulos. Vestiu a camisola dos academistas durante cinco temporadas, entre 1937 e 1942. Com 53 jogos, Raul Castro foi o segundo jogador da história do Académico do Porto com mais partidas disputadas na 1.ª Divisão Nacional ao serviço deste clube.

Mas voltando ao encontro com o Vitória, para dizer que estava assim consumada a primeira vitória dos portuenses, que neste jogo alinharam com: Levy de Sousa, Rafael, Torres, Manau, Eliseu, Guimarães, Raul Castro, Gamboa, Álvaro Pereira, Marques e Julinho.


Alberto Gomes, a lenda do Académico que estava do outro lado da barricada

A euforia dos academistas durou pouco tempo, visto que na ronda seguinte voltaram a conhecer uma pesada derrota. Tal aconteceu na viagem a Coimbra, onde defrontaram a Académica. Estudantes que curiosamente eram orientados pelo jogador/treinador Alberto Gomes, uma antiga lenda do Académico do Porto, clube onde iniciou a sua brilhante carreira, antes de se transferir para a cidade do Mondego, onde fez história com a Briosa. Entre outros capítulos dourados, Alberto Gomes venceu a primeira edição da Taça de Portugal ao serviço da Académica.

Alberto Gomes


E no Campo de Santa Cruz, perante reduzida assistência, desde logo porque, e como escrevia o jornalista do Norte Desportivo presente, na sua última visita a Coimbra o Académico não tinha deixado boa impressão. Foi copiosamente goleado, e daí os adeptos da Académica pensarem que dificilmente os dois pontos fugiriam para o Porto. Porém, os portuenses mostraram outra imagem nesta visita. «No conjunto da partida de hoje, o Académico agradou mais do que na sua anterior visita. Houve mais equilíbrio nos seus setores. Todavia, aquele que mais agradou foi a defesa, pela sua decisão, no que se refere aos defesas e pela atenção ao jogo acusado por Levy (de Sousa), de facto um guarda-redes com personalidade», escrevia o jornalista, acrescentando que «porém, do trio defensivo para diante o grupo caiu bastante (…) No ataque houve toques inteligentes, desmarcações acertadas, mas na maioria do tempo faltou à linha ofensiva dos portuenses poder para lutar e para realizar».

Agradeceu assim a equipa da casa, que venceu por 6-3, com os tentos dos portuenses a pertencerem a Julinho (bisou) e Larsen.

Em Coimbra o Académico do Porto alinhou com o seguinte “onze”: Levy de Sousa, Rafael, António Jorge, Eliseu, Guimarães, Manau, Raul Castro, Larsen, Marques, Julinho e Gamboa.


Cá se fazem, cá se pagam! Que o diga o Barreirense

E na 7.ª jornada foi a vez do Académico do Porto atropelar, o mesmo será dizer, golear, um adversário seu nesta caminhada do Nacional da 1.ª Divisão de 41/42. A vítima foi o Barreirense, que levou do Estádio do Lima um cabaz de seis golos. Foram poucos os espectadores que assistiram a este encontro, desde logo porque a chuva caiu nesse dia sobre a cidade do Porto, afugentando o público do recinto. O Académico não poderia ter melhor entrada na partida, pois logo aos dois minutos «Julinho captou a bola e o defesa do Barreiro ficou pregado à relva. O jogador academista progrediu e sobre a direita desferiu um pontapé de baixo para cima. Baptista ainda abriu os braços, mas a bola levava letreiro», escrevia o jornalista do Norte Desportivo nesse jogo, que assinava como… Bolero! Bola ao centro e… novo golo do Académico. E novamente por intermédio de Julinho, que estava a ser um pesadelo para a defesa barreirense. Escrevia o jornalista Bolero que a relva estava a trair os visitantes! Pois é, há que ter em conta que o Estádio do Lima era a par do Estádio das Salésias o único campo relvado da então 1.ª Divisão Nacional, pelo que a esmagadora maioria dos futebolistas estava habituada a jogar em campos de terra batida. Pelos menos a julgar pela escorregadela do barreirense Pascoal, erro que permitiu a Álvaro Pereira aumentar a vantagem academista para 3-0. Os portuenses dominavam a partida, como deu conta Bolero, e nas raras vezes que o Barreirense subiu à área contrária lá estava Levy de Sousa, atento e seguro, a tapar os caminhos da sua baliza. Do outro lado do campo, o seu companheiro de posto, Baptista, vive em constante sobressalto. A pressão do Académico e constante, e os campeões de Setúbal raramente conseguem passar a linha do seu meio campo. «O engodo pela baliza do Barreirense é notório por parte do Académico», e não foi de estranhar que aos 57 minutos Julinho fizesse o 4-0, após ludibriar três adversários e a cerca da baliza disparar à queima roupa. «O Académico é sempre perigoso quando ataca, porque a defesa dos visitantes continua incerta», dava nota Bolero. E nesse sentido não foi difícil que Marques apontasse o quinto tento daquela tarde chuvosa. Mas o melhor estava reservado para o fim: o golo mais bonito, com uma cabeçada vistosa de Marques após centro de Larsen. 6-0.

Neste encontro o Académico alinhou com: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Manau, Guimarães, Eliseu, Larsen, Raul Castro, Julinho, Marques e Álvaro Pereira.


A viagem mais longa terminou em nova derrota

E na 8.ª jornada os portuenses realizam a viagem mais longo desta sua última aventura na 1.ª Divisão. Foram até ao Algarve, mais precisamente até Olhão, onde mediram forças com o conjunto local. Foi um encontro que raramente teve brilho, conforme escreveu o Norte Desportivo, mas ainda assim o Olhanense puxou dos galões e venceu por 5-2. Do lado do Académico, Gamboa e Julinho marcaram, mas o melhor jogador em campo dos portuenses foi mesmo o guardião Levy de Sousa, que teve um naipe de boas intervenções que impediram uma goleada com contornos maiores. A propósito de Levy de Sousa, há que referir que ele foi o grande guarda-redes que defendeu as balizas dos portuenses na passagem destes pelo escalão maior. A par de Álvaro Pereira ele foi o único jogador que esteve nas cinco temporadas em que o Académico competiu na 1.ª Divisão. Esteve no Académico do Porto entre 1934 e 1942, e defendeu a baliza do clube no escalão maior em 33 jogos.

Levy de Sousa, histórico
guarda-redes do Académico

Em Olhão os portuenses alinharam com: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Eliseu, Manau, Guimarães, Raul Castro, Larsen, Julinho, Marques e Gamboa.

(continua)

segunda-feira, março 11, 2024

Histórias do Futebol em Portugal (44)… O último ato do Académico do Porto nos palcos da “Primeira” (Parte I)

A equipa do Académico do Porto na época de 41/42, 
a última na 1.ª Divisão Nacional 

Apesar da palavra “futebol” fazer parte da designação deste histórico agente desportivo nascido na cidade do Porto há 113 anos, o que é certo é que este e o Belo Jogo andaram quase sempre em caminhos opostos no que a capítulos de glória diz respeito. Houve quem escrevesse – neste caso o distinto jornalista portuense Manuel Dias, no seu livro “Futebol no Porto” – que esta foi mesmo uma “relação” de azar, e que deixou, ou ainda deixa, alguma mágoa no seio da família deste mui nobre emblema portuense que é o Académico Futebol Clube. E é sobre a derradeira aparição do Académico do Porto entre a elite do futebol nacional – o mesmo será dizer a 1.ª Divisão Nacional – que iremos debruçar-nos nas próximas linhas. Sim, é verdade, o Académico faz parte da história do escalão maior do futebol nacional, cabendo-lhe mesmo o privilégio de ter sido um dos oito clubes que na temporada de 1934/35 inaugurou o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, nos dias de hoje denominado de I Liga. 

O majestoso Estádio do Lima, o primeiro grande estádio em Portugal

Voltando um pouco atrás nesta viagem ao passado, para recordar que foi o futebol que fez nascer o Académico, como indica, e já vimos, a sua própria designação. Contudo, com o passar dos anos o clube alargou a sua atividade a outras modalidades, que correram melhor, digamos, no plano desportivo do que o futebol. E mesmo o facto de o Académico ter sido o dono daquele que foi o primeiro grande estádio a ser construído em Portugal, o Estádio do Lima, não fez com que o clube se tornasse grande no Desporto Rei como seriam os seus vizinhos (em termos de proximidade) FC Porto e Salgueiros, a título de exemplo. As explicações para esta infelicidade dos academistas no futebol variam. O facto de ter precisamente como vizinhos de porta o FC Porto e o Salgueiros, ou simplesmente porque nunca se rendeu ao profissionalismo do futebol, são dois hipotéticos argumentos que até hoje não estão suficiente bem esclarecidos para justificar o insucesso do Académico no futebol. Mas há quem prefira ver no meio disto tudo o copo meio cheio, e encarar como um sucesso o facto de o Académico figurar no top 10 dos clubes com mais participações na primeira década de existência da 1.ª Divisão Nacional. Neste aspeto, o clube portuense só é superado pelo FC Porto, Benfica, Sporting, Belenenses, Académica de Coimbra e Vitória de Setúbal. Entre as épocas de 1934/35 e 1941/42, os alvi-negros, as cores deste nobre clube portuense, estiveram por cinco ocasiões no principal escalão do futebol português. E é então a última delas que hoje vamos recordar ao pormenor com o apoio das páginas de outro nobre – e hoje desaparecido – património do Porto, o jornal Norte Desportivo.


Pesadelo em Lisboa (parte I)

A derradeira aventura academista na 1.ª Divisão começou a 18 de janeiro de 1942, quando no mítico Estádio do Lima o Belenenses entrou com o pé direito no Nacional de 41/42, graças a um triunfo por 2-0. Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Eliseu, Manau, Torres, Marques, Raul Castro, Álvaro Pereira, Julinho e Larsen, formaram o “onze” do Académico neste encontro de estreia.
Uma semana mais tarde os portuenses viajaram até à capital para defrontar aquele que iria ser o campeão nacional desta temporada, o Benfica. E no Campo Grande «os encarnados encararam com à vontade» o seu jogo com o Académico, conforme dava nota o Norte Desportivo. 4-1 a favor dos benfiquistas, foi o resultado de uma partida onde o «Benfica só por intermitências deixou de conduzir a luta, e mesmo nesses períodos de reação, a defesa encarnada jogou com afoiteza bastante para se opor ao ataque inconsequente dos campeões portuenses». Nota de rodapé, o Académico regressava à 1.ª Divisão com o título de campeão regional do Porto no bolso. Mas voltando à crónica do jogo do Campo Grande, «o mesmo raramente teve emoção. Faltou a dança dos números para espevitar o interesse. O ataque do Benfica defrontou uma linha de médios pouco segura, e conseguiu construir bons ataques». O ataque do Benfica defrontou uma linha de médios pouco segura, e conseguiu construir bons ataques», assim relatava o jornalista que cobriu a partida. Foi, pois, com relativa facilidade que os benfiquistas penetraram na defensiva alvi-negra, fazendo com que Alfredo Valadas, Francisco Albino, Teixeirinha e Manuel da Costa batessem o guardião Levy de Sousa por quatro ocasiões. 

Julinho, estrela do Académico que
brilharia no Benfica

Do lado do Académico nem tudo foi mau ao olho do correspondente do Norte Desportivo. Eliseu destacou-se
«mais pela sua agressividade do que propriamente pelo bom jogo produzido. No ataque, Julinho e Marques foram as figuras mais em relevo». Julinho, esse mesmo, que na época seguinte iria assentar arraias em Lisboa, onde ao serviço do Benfica atingiu o caminho da glória ao longo de 10 temporadas consecutivas. Júlio Correia da Silva, o seu nome completo, foi figura de proa na conquista de três campeonatos nacionais, cinco Taças de Portugal e uma Taça Latina ao serviço dos encarnados. Pelo Benfica, Julinho revelou-se um avançado letal para os adversários, e a prová-lo os seus cerca de 200 golos apontados com a camisola encarnada. De novo com os olhos centrados nas memórias do jogo entre Benfica e Académico do Porto a contar para a 2.ª jornada do Nacional de 41/42, para recordar que os lisboetas não sentiram dificuldades em ficar com os dois pontos. Embora, «de quando em vez os portuenses mostraram lampejos de possuírem regular valor, mas foi sol de pouca dura…», dava conta o Norte Desportivo. Ainda assim, Julinho fez o tempo de honra de um Académico que alinhou com a seguinte formação: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Manau, Guimarães, Eliseu, Raul Castro, Julinho, Marques, Álvaro Pereira e Larsen.


Poderoso Sporting suou e… teve a sorte do seu lado no Lima

Na ronda seguinte um novo obstáculo surgiu no caminho dos academistas. Desta feita, era o campeão nacional em título, o Sporting que visitava o Estádio do Lima. Uma assistência numerosa marcou presença no majestoso recinto desportivo portuense para ver «a constelação de estrelas» leoninas, conforme escreveu o jornalista do Norte Desportivo presente na partida, José Parreira. Apesar do teórico desnível em termos de capacidade de argumentos para vencer, o jogo principia (às 15H05!) com relativo equilíbrio. O Sporting, «em pequenos pormenores aparece ao de cima, com um sistema de jogo mais claro, mais positivo», assim interpreta José Parreira. Contudo, a partida entra numa toada de parada e resposta, com os dois guarda-redes, Levy de Sousa, do lado do Académico, e Azevedo, do lado do Sporting, chamados a intervir com alguma regularidade. «O encontro tem fases de bom espetáculo. Prevê-se que qualquer um dos grupos marcará vantagem se iniciar primeiro o marcador, pois as duas balizas são visitadas com frequência. Os portuenses não se assustam perante a classe dos visitantes». Atente-se ao facto de já naquela altura os chamados Grandes do futebol luso sofrerem a bom sofrer sempre que visitam o reduto de um clube de menor nomeada futebolística, como era então o caso do Académico.

Azevedo salvou o Sporting no Lima 

De acordo com as palavras do jornalista José Parreira, as «redes do Sporting passam por transe aflitivo, mas Azevedo não consente que os portuenses transformem…», ou então quando não era o mítico guardião leonino a parar os ataques academistas, era o… azar a fazê-lo, como foi o exemplo de um remate portentoso de Raul Castro, que fez com que Azevedo deixasse escapar a bola por entre as mãos para a mesma sair a arrasar o poste. Lá está, o azar que o Académico tantas vezes teve ao longo da sua aventura futebolística também aqui teve um exemplo. E como quem não marca acaba sempre por sofrer, o Sporting chega à vantagem na sequência de um pontapé de canto apontado por Mourão, lance que é aproveitado por Paciência para abrir o marcador. O médio leonino beneficia do desnorte de Rafael, que tapou a visão do lance ao seu guarda-redes, para marcar. O tento espicaçou o Sporting, que cresceu no encontro e passou a ocupar mais vezes o meio campo contrário. Já o Académico aparecia agora menos vezes junto da baliza lisboeta, e quando o fazia os seus avançados «não tinham talento para conseguir desbravar a barreira oposta». Aproveita o Sporting para marcar o segundo tento da tarde, por intermédio de Cruz, que materializa assim a maior clarividência ofensiva dos campeões nacionais. Porém, o início da segunda metade volta a conhecer um Académico disposto a mudar o resultado. Os portuenses voltam a obrigar os leões a cuidados defensivos. Eliseu cabeceia uma bola à trave da baliza de Azevedo numa altura em que o Académico já fazia por justificar o golo. Mais uma vez o azar… «O Sporting cede cantos em série, permitindo franco domínio dos portuenses», escreve Parreira. No entanto, mais uma vez é o Sporting que lança os foguetes dos festejos de mais um golo, desta feita da autoria de Mourão, que leva a melhor num lance individual com Rafael. O Académico vê ainda Álvaro Pereira ser expulso por carga violenta sobre o sportinguista Canário, e mais do que isso conhece uma nova derrota (0-3). Ante o Sporting o Académico alinhou com: Levy de Sousa, António Jorge, Rafael, Manau, Eliseu, Guimarães, Raul Castro, Larsen, Marques, Álvaro Pereira e Julinho.


Pesadelo em Lisboa (parte II)

Na 4.ª jornada os portuenses têm uma nova deslocação a Lisboa, cidade que haveria de lhes ser maldita nesta última presença na 1.ª Divisão. Depois da derrota por 4-0 ante o Benfica seguiu-se um outro desaire, mas desta feita bem mais pesado. 10-1 a favor dos Unidos de Lisboa. Esta seria a segunda derrota mais avolumada averbada pelo Académico nesta época, superada apenas pelos 11-2 diante do Sporting na segunda volta do campeonato.
No Campo do Lumiar, e perante pouco público, encontravam-se duas equipas que lutavam pelos primeiros pontos no campeonato. «Todavia, os ex-cufistas estavam numa melhor situação, porque jogavam no seu ambiente, enquanto o Académico atuava num campo desconhecido, e este pormenor em grupos da mesma igualha tem uma importância especialíssima», assinalava o jornalista do Norte Desportivo que assistiu ao jogo. E de facto teve. O Unidos «venceu bem. (…) O seu setor defensivo teve uma tarefa que chegou a atingir o brilhantismo. Segurança no trio defensivo e belo trabalho dos médios. O ataque pôde destacar-se porque a linha intermediária do Académico vagueou muito», assim analisou o escriva

O Unidos de Lisboa destroçou o Académico na 4.ª jornada por... 10-1

Ainda antes da meia hora de jogo já os Unidos venciam por 5-0, de nada valendo o tento de Marques, aos 20 minutos, já que o descalabro continuou até à dezena de golos na segunda metade de uma partida onde o “onze” academista foi composto da seguinte forma: Levy de Sousa, Dias, Rafael, Guimarães, Eliseu, Raul Castro, Couto, Larsen, Marques, Julinho e Álvaro Pereira. Por esta altura, e com quatro jornadas disputadas o Académico ocupava a 12.ª e última posição, com zero pontos somados, a única equipa que ainda não havia somado qualquer ponto.

(continua)

terça-feira, março 05, 2024

Grandes Mestres do Jornalismo Desportivo (25)... Neves de Sousa

Fez de tudo um pouco no jornalismo, desde que deu os primeiros passos profissionais na revista Flama, em 1949. Mas foi na imprensa desportiva que se notabilizou enquanto grande contador de histórias. José Neves de Sousa, a sua graça. Nasceu em 1931 e pertenceu à vanguarda do jornalismo desportivo nacional, sendo da sua autoria diversas páginas de antologia desta profissão. Enquanto jornalista percorreu mais de 60 países em todo o Mundo, eternizando através de belos textos a história do desporto português, sobretudo a história do nosso futebol. Um dos seus grandes amores foi o Diário de Lisboa, diário vespertino onde entrou em 1968 e só de lá saiu aquando da morte deste histórico órgão de comunicação social, em 1990. Como grande referência que era, os grandes jornais desportivos portugueses não deixaram escapar esta ilustre figura do jornalismo, e também A Bola, o Record, e a Gazeta dos Desportos guardam muitos das suas prosas. Foi de igual modo cronista e comentador desportivo em programas de rádio, entre elas a Renascença, a Antena 1 e a ComercialNeves de Sousa era um jornalista conhecido pela energia com que diariamente abraçava a profissão, daqueles jornalistas que faziam a diferença – para melhor – nas redações por onde passou, tendo sido o mestre de outros vultos do jornalismo desportivo português. Inclusive, dois dos seus 10 filhos beberam da sua mestria, sendo hoje, também eles, jornalistas de profissão – Pedro Neves de Sousa e Margarida Neves de Sousa. José Neves de Sousa deixou-nos demasiado cedo, a 7 de julho de 1995, com apenas 64 anos. O seu nome e o seu legado jamais serão apagados da memória de quem o leu e de quem com ele privou. Legado esse que de tão importante que foi fez com que em 2003 a Câmara Municipal de Oeiras – o concelho onde Neves de Sousa residia – atribui-se o seu nome a uma rua daquela vila.


quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Lista de Campeões... Liga das Nações Feminina da UEFA



Com o futebol feminino cada vez mais pujante em todo o Velho Continente, a UEFA decidiu arrancar em 2023 com a Liga das Nações no Belo Jogo praticado por senhoras. A competição, em tudo semelhante à variante masculina, foi projetada para ser desenrolada de dois em dois anos, e é, numa primeira fase, dividia em três divisões, sendo que os vencedores da Liga B e da Liga C sobem à Liga A, enquanto que no caminho inverso, isto, os últimos classificados da Liga A e da Liga B descem aos respetivos escalões abaixo. Os primeiros classificados dos quatro grupos da divisão principal, isto é, a Liga A, disputam numa fase final concentrada do título de campeão. As primeiras campeãs vieram de Espanha, na época de 2023/24.  

2023/24: ESPANHA

segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (32)...

Final

Brasil - Itália: 6-4

Golos: Rodriguinho (3), Bruno Xavier, Brendo Chagas, Gianmarco Genovali (a.g.) / Gianmarco Genovali (2), Tommaso Fazzini (2) 

Pela sexta vez na história o reis do futebol de praia voltam a subir ao trono planetário... 

domingo, fevereiro 25, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (31)...

Jogo de atribuição dos 3.º e 4.º lugares

Irão - Bielorrússia: 6-1

Golos: Ali Mirshekari, Movahed Baltork, Mohammad Moradi, Reza Amiri, Mohammad Masoumi, Mohammad Ali Mokhtari / Mikita Chaikouski

Sete anos depois iranianos voltam a levar o bronze para casa... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (30)...

Meias-finais

Itália - Bielorrússia: 3-3 (5-4 nas grandes penalidades)

Golos: Josep Gentilin, Marco Giordani, Emmanuele Zurlo / Ihar Bryshtesl (2), Yauheni Novikau

Sonho da surpreendente Bielorrússia só ruiu nos penaltis... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (29)...

Meias-finais

Irão - Brasil: 2-3

Golos: Ali Mirshekari, Mohammad Masoumi / Alisson Maciel (2), Brendo Chagas

Super Brasil sofreu para conquistar o bilhete para a grande final... 

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (28)...

Quartos-de-final

Itália - Tahiti: 5-2

Golos: Marco Giordani (2), Luca Bertacca, Josep Gentilin, Alessandro Romedi / Heimanu Taiarui, Tamatoa Tetauira

Squadra Azzurra seguem em busca da sua terceira presença na final de um Mundial... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (27)...

Quartos-de-final

Bielorrússia - Portugal: 4-3 (após prolongamento)

Ihar Bryshtsel (4) / Duarte Algarvio, Jordan Santos, Bernardo Lopes

Tarde de sonho de Ihar Bryshtsel foi um pesadelo para o super favorito Portugal que assim diz adeus ao Mundial... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (26)...

Quartos-de-final

Irão - Emirados Árabes Unidos: 2-1

Golos: Mohammad Masoumi, Seyed Mirjalili / Abdullah Abbas

Iranianos acabam com o sonho dos anfitriões em atingir um lugar de honra no Mundial... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (25)...

Quartos-de-final

Brasil - Japão: 8-4

Golos: Alisson Maciel (2), Bruno Xavier, Rodriguinho, Filipe, Brendo Chagas, Edson Hulk, Diogo Catarino / Oba Takaaki (2), Takahito Yamada, Kawai Yusuke

Sem grandes tomentos Brasil segue em direção ao objetivo final: o título mundial... 

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (24)...

Grupo D / 3.ª Jornada

México - Brasil: 3-4 (após prolongamento)

Golos: Cristopher Castillo, Salomon Wbias, Ramon Maldonado / Edson Hulk (2), Mauricinho, Alisson Maciel

Favorito Brasil precisou de horas extras para acabar fase de grupos só com vitórias... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (23)...

Grupo D / 3.ª Jornada

Omã - Portugal: 2-3

Golos: Abdullah Al Sauti, Khalid Al Oraimi / Léo Martins (2), Jordan Santos

Num jogo de emoção até ao fim, lusos ficaram a sorrir... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (22)...

Grupo C / 3.ª Jornada

Bielorrússia - Colômbia: 4-1

Golos: Ihar Bryshtsel (3), Anatoliy Ryabko / Esleider Avila

Bielorrussos terminam primeira fase de forma imaculada... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (21)...

Grupo C / 3.ª Jornada

Japão - Senegal: 6-4

Golos: Kosuke Matsuda (2), Oba Takaaki (2), Ozu Moreira, Matsuo Naoya / Amar Samb (2), Jean Diatta, Mamour Diagne

Nipónicos vencem jogo de "tudo ou nada" e avançam na prova... 

terça-feira, fevereiro 20, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (20)...

Grupo B / 3.ª Jornada

Argentina - Espanha: 5-4

Golos: Emiliano Holmedilla, Axel Rutterschmidt, Lucas Ponzetti, Manuel Pomar, Lucas Medero / Chiky Ardil (2), Jose Arias, Kuman

Argentinos mais felizes no adeus prematuro de dois candidatos... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (19)...

Grupo B / 3.ª Jornada

Irão - Tahiti: 5-3

Golos: Hamid Behzadpour (2), Seyed Mirjalili, Mohammad Mokhtari, Teaonui Tehau (a.g.) / Tearii Labaste, Roonui Tinirauarii, Patrick Tepa

Asiáticos vencem "final" pela luta do lugar mais alto do grupo... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (18)...

Grupo A / 3.ª Jornada

Egito - Estados Unidos da América: 5-4

Golos: Hossam Paulo (3), Ahmed Mohamed, Elhossini Taha / Alessandro Canale (2), Austin Collier, Andres Navas

Faraós da areia despedem-se do Dubai de forma sorridente... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (17)...

Grupo A / 3.ª Jornada

Itália - Emirados Árabes Unidos: 0-0 (1-3 nas grandes penalidades)

Lotaria (dos penaltis) premiou anfitriões com o primeiro lugar do grupo... 

segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (16)...

Grupo D / 2.ª Jornada

México - Omã: 2-5

Golos: Cristopher Castillo, Diego Martínez / Yahya Al Muraiki (2), Yaqdhan Al Hindasi, Mandhar Al Araimi, Khalid Al Oraimi

Mexicanos derrotados em jogo decisivo para as duas seleções e dizem adeus ao Mundial... 


Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (15)...

Grupo D / 2.ª Jornada

Brasil - Portugal: 3-2

Golos: Rodriguinho, Diogo Catarino, Mauricinho / Jordan Santos, Bê Martins

Emoção e espetáculo num clássico mundial digno de uma final... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (14)...

Grupo C / 2.ª Jornada

Senegal - Colômbia: 5-3

Golos: Mamour Diagne, Ousseynoy Faye, Raoul Mendy, Pape Modou, Mandione Diagne / Eduardo Lopez, Juan Ossa, Esleider Avila

Leões de Teranga mantêm viva a chama do apuramento... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (13)...

Grupo C / 2.ª Jornada

Japão - Bielorrússia: 1-3

Golos: Ivan Kanstantsinau (p.b.) / Ihar Bryshtsel, Mikhail Avgustov, Artsemi Drozd

Bielorrusos assumem-se como uma das boas surpresas do Mundial e já estão na fase seguinte...  

domingo, fevereiro 18, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (12)...

Grupo B / 2.ª Jornada

Espanha - Tahiti: 3-5

Golos: Dona, Soleiman Batis, José Arias / Roonui Tiniraurii (2), Tearii Labaste, Patrick Tepa, Heimanu Taiarui

No grupo das surpresas também a Espanha faz as malas mais cedo para regressar a casa... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (11)...

Grupo B / 2.ª Jornada

Argentina - Irão: 3-6

Golos: Emiliano Holmedilla, Lucas Medero (2) / Ali Mirshekari, Movahed Mohammadpour, Mohammad Moradi, Reza Amiri, Hamid Behzadpour, Mohammad Mokhtari 

Favorita Argentina volta a cair e está fora do Mundial... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (10)...

Grupo A / 2.ª Jornada

Itália - Egito: 6-2

Golos: Marco Giordani, Tommaso Fazzini, Josep Gentilin, Alessandro Miceli, Luca Bertacca, Fabio Sciacca / Moustafa Sasa (2)

Squadra Azzurra acompanha seleção da casa na viagem para a fase seguinte... 

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (9)...

Grupo A / 2.ª Jornada

Emirados Árabes Unidos - Estados Unidos da América: 3-2 (após prolongamento)

Golos: Ali Mohammad, Abdulla Abbas, Rashid Eid / Alessandro Canale, Christopher Toth

Anfitriões precisam de horas extras (prolongamento) para carimbar passagem aos quartos-de-final... 

sábado, fevereiro 17, 2024

Mundial de Futebol de Praia/Dubai 2024 (8)...

Grupo D / 1.ª Jornada

Brasil - Omã: 5-3

Golos: Edson Hulk (2), Mauricinho, Diogo Catarino, Rodriguinho / Abdullah Al Sauti, Abdulrahman Al Fazari, Khalid Al Oraimi

Escrete canarinho entra com o pé direito na caminhada rumo ao sonhado hexacampeonato...