segunda-feira, setembro 14, 2015

Flashes Biográficos (4)... João Morais

João MORAIS (Portugal): Um herói acidental cuja figura será eterna, é desta forma que pode ser apresentado João Morais, um nome pronunciado com sotaque de glória no universo do Sporting Clube de Portugal, o emblema onde este homem nascido em Cascais a 6 de março de 1935 desenvolveu a maior parte da sua carreira futebolística. Atuando sobre a ala esquerda do terreno, umas vezes como lateral outras como extremo, Morais iniciou o seu percurso profissional em Torres Vedras, na temporada de 55/56, ao serviço do Torreense, onde as suas excelentes exibições chamaram à atenção de emblemas de outro porte, entre eles o Sporting, que em 1958 o contrata para as suas fileiras. Nas primeiras três épocas pega de estaca no onze leonino, tendo tido um papel preponderante na conquista do campeonato nacional de 61/62 e na Taça de Portugal da temporada seguinte, último feito este que haveria de dar origem a uma inolvidável aventura dos leões na Europa do futebol. Na qualidade de vencedor da taça o Sporting foi o representante português na edição de 63/64 da Taça dos Vencedores das Taças, competição da UEFA onde os sportinguista tiveram um trajeto glorioso, alcançando a final. E se para o Sporting a época - de 63/64 - era de sonho para Morais nem por isso, já que depois de três boas temporadas o defesa/extremo passava por uma fase menos positiva, alternando entre a titularidade e a bancada! E para a final europeia, ocorrida em Bruxelas, Morais nem sequer estava inicialmente convocado pelo treinador Anselmo Fernandez. Porém, uma lesão inesperada de Hilário, o habitual dono da posição de lateral-esquerdo do Sporting, fez soar o sinal de alarme, tendo Morais sido chamado à última da hora pelos altifalantes do Estádio de Alvalade para substituir o seu azarado colega. E assim, sem contar, João Morais seguia na comitiva para a Bélgica. Em Bruxelas a final diante do MTK de Budapeste terminou empatada a três bolas, tendo a UEFA marcado uma finalíssima para dois dias depois em Antuérpia. Antes deste novo e decisivo encontro, e quiçá prevendo que estaria prestes a escrever a página mais bela da sua carreira Morais pediu ao treinador que o deixasse apontar um pontapé de canto de forma direta caso surgisse a oportunidade. Pedido aceite e eis que ao minuto 19 da finalíssima o Sporting ganha o seu primeiro pontapé de canto e Morais lá se encaminha para a marcação do mesmo. Pegou na bola, beijou-a, dirigiu-lhe umas palavras de ternura e colocou-a na marca. E eis como que num ápice de magia o pontapé que se seguiu só parou no fundo da baliza húngara! Um canto direto que deu origem ao único golo desse encontro, e consequentemente ofereceu o título europeu ao Sporting. Esse momento inesquecível ficou eternizado como o "cantinho do Morais" e até deu azo a que músicas se escrevessem sobre ele. De não convocado a herói, eis o trajeto de Morais na campanha europeia gloriosa do Sporting. Dois anos mais tarde o jogador iria viver um novo capítulo dourado na sua carreira quando foi um dos convocados para representar a seleção portuguesa no Campeonato do Mundo que decorreu em Inglaterra. Ao lado de Eusébio e companhia Morais alcançou um brilhante terceiro lugar, ainda hoje a melhor classificação de Portugal num Mundial. Em 1969 despediu-se do Sporting, deixando para trás um registo de 268 jogos disputados com a camisola do leões nas onze temporadas em que a vestiu e 68 golos marcados. Ainda fez mais duas épocas ao serviço do Rio Ave e uma em África do Sul antes de pendurar as chuteiras. Faleceu precisamente em Vila do Conde, em 2010.

Flashes Biográficos (3)... Sidney Pullen

SIDNEY PULLEN (Inglaterra): Venerada em todo o globo a arte natural do futebolista brasileiro tem levado milhares de jogadores nascidos em Terras de Vera Cruz a exibir o seu talento nos mais variados cantos dos Cinco Continentes. Não só clubes como também diversas seleções nacionais têm ao longo da história importado a mestria do futebolista brasileiro no sentido de dar o tal toque artístico às suas equipas. É comum vermos grandes seleções mundiais, como Espanha, Portugal, ou Itália incorporarem nos seus onzes atletas de origem brasileira, mas... e o contrário, seria possível vermos ao lado de Neymar na seleção canarinha um jogador de outra nacionalidade? Impensável. O Brasil é quiçá o maior produtor planetário de diamantes futebolísticos e provavelmente nunca teria a necessidade de naturalizar jogadores de outros cantos do globo para dar força às suas seleções. Mas nem sempre foi assim. Nos inícios do século XX, mais concretamente na década de 10, quando tudo começou, quando a seleção brasileira dava os primeiros passos na sua - hoje - gloriosa caminhada dois estrangeiros tiveram a honra de envergar o manto sagrado do Brasil, um era português, de seu nome Casemiro do Amaral - e de quem já aqui falámos - e o outro inglês, Sidney Pullen de seu nome. Dos dois Pullen foi o primeiro a representar oficialmente a seleção brasileira, facto ocorrido na primeira edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol, em 1916. Nascido em Southampton a 14 de julho de 1895, Sidney era filho de um inglês e de uma brasileira, tendo viajado para a América do Sul - mais precisamente para o Rio de Janeiro - ainda muito jovem na companhia de seus pais. E consigo trouxe a paixão pelo futebol - tão popular em terras britânicas por aqueles dias - tendo iniciado uma promissora carreira no Paysandu com apenas 17 anos de idade. Com as cores deste emblema venceu um Campeonato Carioca, sendo que com o extinção deste clube em 1915 Pullen transferiu-se para o Flamengo, cuja camisola envergou em 130 ocasiões até 1923, ano em que deixou a competição. Pelos rubro-negros Sidney apontou cerca de meia centena de golos e venceu inúmeros títulos, sendo que entre os mais pomposos destacam-se os campeonatos cariocas de 1920 e de 1921. 
As boas atuações do britânico no meio campo flamenguista - Pullen atuava como médio centro - fizeram com que fosse chamado a representar a seleção brasileira na primeira grande competição disputada na América do Sul, o Campeonato Sul-Americano - hoje denominado de Copa América - que em 1916 conheceu então a sua edição inaugural, ocorrida na Argentina. Pullen atuou nos três jogos que a seleção disputou em Buenos Aires, tendo o primeiro ocorrido a 8 de julho desse ano, diante do Chile. Nos dois encontros seguintes a seleção brasileira atuou com outro estrangeiro, o já falado guarda-redes português Casemiro do Amaral, mas já ninguém tirava Pullen da história, já que ele havia sido o primeiro estrangeiro a jogar oficialmente pelo Brasil. Nesse mesmo campeonato outro facto histórico ocorreu envolvendo o nome de Sidney Pullen. A partida entre Chile e Argentina esteve a um passo de não se realizar pelo facto de não ter sido encontrado um árbitro para a dirigir! No entanto, e face a uma sugestão da organização as duas seleções concordaram que o jogo fosse arbitrado por Sidney Pullen! 1916 seria mesmo um ano marcante na vida do jogador, já que além da presença na primeira edição da copa - onde o Brasil terminou em terceiro lugar - e de ter sido o primeiro estrangeiro a vestir a camisola da seleção foi obrigado a regressar à Europa para combater pelo seu país na I Guerra Mundial, facto que o levou a interromper a sua carreira desportiva até 1917, altura em que regressou ao Rio de Janeiro, onde viria a falecer em 1950. 

sexta-feira, setembro 11, 2015

Copa América (5)... Argentina 1921

Uma revista da época retratando o feito alvi-celeste
1921 é um ano especial para o povo argentino. Pela primeira vez a seleção das pampas subia ao trono do futebol sul-americano após arrebatar a coroa de campeão continental. Um feito alcançado em Buenos Aires, o mesmo local onde cinco anos antes havia sido dado o pontapé de saída para aquela que é hoje a maior competição de seleções de todo o continente americano, a Copa América. Para a quinta edição do então denominado Campeonato Sul-Americano de Futebol uma novidade saltou à vista: a estreia do Paraguai. Orientados por um argentino, de nome José Durand Laguna, os paraguaios - que neste preciso ano de 1921 acabavam de filiar-se na FIFA - juntavam-se aos habituais Brasil, Uruguai e Argentina, substituindo a seleção do Chile, que devido a problemas internos na sua federação esteve ausente do campeonato. Paraguai que teve uma estreia de sonho na copa, já que no Estádio do Club Sportivo Barracas, o palco com capacidade para 30.000 pessoas que acolheu os seis encontros do certame, bateu por 2-1 nada mais nada menos do que os campeões em título, o Uruguai. Um dos responsáveis por esta autêntica surpresa foi um niño de 16 anos, Gerardo Rivas, que apesar da sua tenra idade assumia já o estatuto de grande estrela do selecionado paraguaio. Foi ele que aos 9 minutos abriu um marcador que seria ampliado já na etapa complementar por intermédio de Ildefonso López. O máximo que os atordoados uruguaios conseguiram fazer foi reduzir a desvantagem, através de um dos seus jogadores mais virtuosos, José Piendibene. 


Jogo inaugural da Copa de 1921,
entre a Argentina e o Brasil

O certame havia sido aberto no dia 2 de outubro desse longínquo ano de 1921 pelos combinados da Argentina e do Brasil. Esta última seleção viajou para Buenos Aires desfalcada dos seus melhores futebolistas, desde logo a grande estrela do futebol brasileiro de então, Arthur Friedenreich, que não participou na copa por ser... mestiço! Mais uma vez o racismo voltava a evidenciar-se nas canchas do futebol sul-americano. A recusa do Brasil em levar alguns dos seus melhores jogadores, grande parte deles de origem negra, surgia como consequência de um cartoon que um jornal de Buenos Aires havia feito em 1916, por alturas da primeira edição do Campeonato Sul-Americano, em que os futebolistas brasileiros eram representados por macacos magricelas a saltar de galho em galho a fazer piruetas! Uma caracterização que ganhou fama, sendo que a partir de então os brasileiros passaram a ser apelidados de macaquinhos. Cinco anos volvidos, e preocupados com a imagem que o país passou a deter no exterior na sequência desta caracterização, o presidente da República de então, Epitácio Pessoa, convocou uma reunião com a Confederação Brasileira de Desportos onde recomendou que apenas poderiam representar a nação os futebolistas das famílias mais abastadas economicamente, e que fossem de pele clara e de cabelos lisos! É caso para dizer que não sabe quem era mais racista, se os argentinos ou se o próprio chefe da nação brasileira! De nada valeram os protestos da sociedade do Brasil, onde se destacou a voz do escritor Lima Barreto, também ele mestiço, sendo que a seleção ao ficar privada dos seus craques não fez uma grande figura na capital argentina. Ante a equipa da casa o Brasil sucumbiu por 1-0, com o tento dos alvi-celestes a ser apontado por aquele que viria a ser o melhor marcador e grande figura do torneio, Julio Libonatti. Neste encontro de estreia os comandados de Ferreira Vianna Netto atuaram durante 80 minutos com menos um homem, já que logo aos 10 minutos o avançado Nonô teve de sair do relvado por motivo de lesão. 


Paraguaios não tiveram argumentos
para derrotar a turma da casa
Dez dias mais tarde o Brasil voltou a entrar em campo, desta feita para defrontar os caloiros do Paraguai. Mesmo sem realizar uma exibição convincente o escrete esmagou os paraguaios por 3-0, com golos de Machado (2) e Candiota, todos eles na primeira parte. 
Por sua vez, o Paraguai mostrou que a surpreendente vitória de estreia ante o poderoso Uruguai havia sido, quiçá, um mero golpe de sorte, pois à má performance obtida diante do Brasil seguiu-se uma nova e modesta atuação ante os anfitriões. Libonatti, aos 43 minutos, abriu o caminho de uma vitória fácil por 3-0 dos argentinos que desta forma estavam a um pequeno passo de entrar para a história. Mas para o fazer a equipa do jogador/treinador Pedro Fournol precisa de vencer o vizinho e eterno inimigo da outra margem do Rio da Prata, o Uruguai, seleção que se recompôs da derrota inaugural com um triunfo curto mas importante sobre o Brasil. Dois golos de Ángel Romano, um dos principais jogadores dos charrúas, contra apenas um dos brasileiros, deram aos campeões em título um novo alento quanto a uma possível renovação do ceptro. Quanto ao Brasil despedia-se sem honra nem glória, ficando somente para a história as heróicas atuações do seu guarda-redes, Júlio Kuntz, performance que levou a que o maestro Francisco Canaro tivesse composto um tango em homenagem ao goleiro do Flamengo. 


Libonatti marca o golo (contra o Uruguai)
que consagrou a Argentina
como campeã das américas
E no dia 30 de outubro o Estádio do Club Sportivo Barracas encheu para ver o encontro decisivo da copa. Aos argentinos um empate bastaria para celebrar o primeiro título continental da sua história, ao passo que uma derrota poderia dar o tetra à celeste. Contudo, os argentinos estavam dispostos a mudar o rumo da história, além de que contavam com um goleador em grande forma, Julio Libonatti, que aos 57 minutos apontou o único golo do encontro para gáudio do 30.00o espetadores presentes. Pelos seus golos Libonatti pode ter sido para muitos a chave do êxito argentino nesta competição, mas há que fazer igualmente uma referência ao guarda-redes alvi-celeste, Américo Tesoriere, que ao manter a sua baliza inviolável (!) deu um forte contributo para a conquista do título. Para a história do futebol argentino ficam os nomes de Florindo Bearzotti, Américo Tesoriere, Pedro Calomino, Aldolfo Celli, Jaime Chavín, Miguel Dellavalle, Raúl Echeverría, Alfredo Elli, José López, Vicente González, Julio Libonatt, Ernesto Kiessel, Juan Presta, Blas Saruppo, Emilio Solari e Gabino Sosa. Contudo, esta quinta edição ficou igualmente marcada pelo reduzido poder de finalização das quatro seleções em prova, já que somente 14 golos foram apontados em seis partidas.  

A figura: Julio Libonatti


Julio Libonatti com a camisola
da Argentina
Reza a lenda que mal o árbitro brasileiro Pedro Santos apitou para o final do decisivo Argentina - Uruguai os hinchas locais correram para agarrar Julio Libonatti, pegando nele e levando-o em ombros até à Plaza de Mayo! Ainda hoje, recordar o primeiro título do futebol argentino no que a seleções diz respeito obriga a proferir o nome de Libonatti, o herói da copa de 1921. Este atacante nasceu em Rosário a 5 de julho de 1901 tendo iniciado o seu percurso futebolístico num dos clubes locais, neste caso o Newell's Old Boys. Ao serviço deste emblema deu nas vistas durante os oito anos em que vestiu o seu manto sagrado, essencialmente devido aos seus atributos de temível matador, o mesmo será dizer, de homem-golo. A estas características não ficaram indiferentes os responsáveis pela seleção argentina, os quais em 1919 chamam Libonatti pela primeira vez. Um ano depois integrou o grupo que defendeu a Argentina no Campeonato Sul-Americano de 1920, vencido, como se sabe, pelo Uruguai, Em 1921 foi então uma peça fundamental, para muitoa foi mesmo a peça fundamental, do êxito alvi-celeste, ao apontar três golos decisivos para a conquista do primeiro título continental para aquela nação. A sua fama subiu pois em flecha, sendo que quatro anos mais tarde do outro lado do Atlântico chegou-lhe um convite para exibir o seu talento em terras italianas. O convite surgiu da parte do Torino, e Libonatti - descendente de italianos - não recusou, entrando para a história como o primeiro jogador sul-americano a atuar no Velho Continente. Em Turim continuou a fazer o que melhor sabia, isto é, golos. Juntamente com Gino Rossetti e Adolfo Baloncieri formou um trio mortífero para os rivais do Toro, de tal modo que a imprensa italiana o batizou de trio maravilha. Durante os nove anos em que defendeu as cores do Torino Libonatti apontou mais de 150 golos, tendo tido um papel preponderante na conquista de dois scudettos por parte do clube. Pelo facto de ter descendência italiana Julio Liboantti defendeu em 17 ocasiões as cores da Squadra Azzurra - seleção nacional - tendo sido o primeiro oriundi - descendente - a fazê-lo. Na reta final da sua carreira ficou-se por Itália, onde defendeu ainda os emblemas do Génova e do Rimini. Ao serviço deste último clube teve a sua curta experiência como treinador - em 1936. Viria a falecer a 9 de outubro de 1981, com 80 anos de idade. 

Números e nomes: 

2 de outubro de 1921

Argentina - Brasil: 1-0
(Libonatti, aos 27m)
A seleção do Paraguai que em 1921 participou pela primeira vez na Copa América
9 de outubro 1921

Paraguai - Uruguai: 2-1
(Rivas, aos 9m, López, aos 66m)
(Piendibene, aos 83m)
Um ângulo da bancada e da tribuna central do Estádio do Club Sportivo Barracas,
onde decorreu o campeonato sul-americano de 1921
12 de outubro de 1921

Brasil - Paraguai: 3-0
(Machado, aos 21m, aos 44m, Candiota, aos 45m)

16 de outubro de 1921
Capitães do Paraguai e da Argentina cumprimentam-se antes do duelo travado entre si
Argentina - Paraguai: 3-0
(Libonatti, aos 43m, Saruppo, aos 71m, Echeverría, aos 76m)

23 de outubro de 1921

Uruguai - Brasil: 2-1
(Romano, ao 1n, aos 8m)
(Zézé, aos 53m)

30 de outubro de 1921

Argentina - Uruguai: 1-0
(Libonatti, aos 57m)

Classificação

1-Argentina: 6 pontos
2-Brasil: 2 pontos
3-Uruguai: 2 pontos
4-Paraguai: 2 pontos
A célebre seleção argentina que em 1921 alcançou o seu primeiro título oficial

segunda-feira, setembro 07, 2015

Lista de Campeões... Nova Zelândia

 Campeões Nacionais da Premiership*

2021/22: Auckland City
2020/21: Team Wellington
2019/20: Auckland City*
*Nota: Devido a pandemia Covid-19 que desde março paralisou todo o desporto Mundial, a Federação neozelandesa decidiu em março cancelar o campeonato e atribuir o título de campeão ao Auckland City que era o clube que liderava a prova no momento do cancelamento 
2018/19: Eastern Suburbs AFC
2017/18: Auckland City
2016/17: Team Wellington
2015/16: Team Wellington
2014/15: Auckland City 
2013/14: Auckland City
2012/13: Waitakere United
2011/12: Waitakere United
2010/11: Waitakere United
2009/10: Waitakere United
2008/09: Auckland City
2007/08: Waitakere United

2006/07: Auckland City
2005/06: Auckland City

2004/05: Auckland City

*Competição criada em 2004