O Museu Virtual do Futebol abre assim hoje as suas portas para prestar homenagem a um dos homens que ajudou a escrever algumas das páginas mais bonitas do futebol lusitano.
Lembro-me, por exemplo, das grandes exibições com a camisola das Quinas no Europeu de França, em 1984, em especial no encontro das meias-finais ante a França. Ainda ontem, depois de saber do desaparecimento deste gigante das balizas peguei no DVD desse célebre jogo e recordei a magnifica exibição deste Homem que nasceu a 25 de Junho de 1948 na Golegã. Bento jogaria ainda pela equipa nacional no Mundial do México, em 1986, tendo aí feito um jogo (ante a Inglaterra). Nesse Mundial de má memória para Portugal, Bento seria na qualidade de capitão de equipa, o porta-voz de todos os jogadores da selecção no triste e polémico caso de Saltilho.
Iniciou a sua gloriosa carreira ao serviço do Barreirense, tendo em 1972 transferido-se para o Benfica, clube cujas cores defendeu até 1986. No emblema da águia conquistou tudo o que havia para ganhar em termos nacionais, nomedamente 8 Campeonatos Nacionais, 6 Taças de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira. Seria ainda vice-campeão da Taça Uefa de 1983. Em 1977 foi eleito o Futebolista Português do Ano. Pelo seu clube de sempre Bento realizou 611 jogos, nos quais sofreu 447 golos. Depois de penduradas as luvas continua a servir o clube lisboeta, na qualidade de quadro técnico, quer na equipa principal quer nas camadas jovens. Morreu ontem com 58 anos de idade. Até sempre CAMPEÃO.
3 comentários:
Era mesmo um simbolo. Um grande guarda-redes. Também ontem vi as defesas dele no Euro. Um show.
Tenho os jogos todos (em DVD) de Portugal nesse Euro 84. Um dia destes, se quiseres, posso emprestar-tos para recordares o grande Manel Galrinho.
É verdade, amanhã vais à festarola do teu clube aqui na terra? Eu vou (que remédio). Certamente que o Bento irá lá ser recordado.
Sem dúvida que o Bento foi um dos maiores redes portugueses de sempre. Não digo o maior, como já ouvi muita gente ontem e hoje a dizer, mas está entre os 4 ou 5 maiores.
Tive pena de nunca o ter visto jogar ao vivo, pois pelo que li e pelo que vi deve ter sido um espectáculo dentro do espectáculo.
Já agora, aproveito para lembrar aqui outro grande vulto das balizas portuguesas já dsaparecido, de seu nome Vitor Damas. Na altura em que ele morreu o MVF ainda não existia pelo que eu não pude fazer uma justa e merecida homenagem a este gigante redes que um dia pela mão do meu avô tive o privilégio de ver jogar no extinto Estádio Das Antas. Recordo esse dia como se fosse hoje, pois foi a primeira vez que entrei naquele recinto desportivo para ver o meu FCP jogar contra o Sporting, cuja estrela maior era o Damas.
Na minha modesta opinião o Damas, o Bento e o Baía foram os 3 melhores redes portugueses de todos os tempos. São imortais.
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