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O insólito trio de arbitragem comandado pelo senhor José Nunes ladeado pelos capitães das equipas |
A velha expressão popular de que “quem não tem cão, caça com gato” encaixaria na perfeição neste episódio insólito que há pouco mais de uma década a esta parte aconteceu no futebol português. No futebol do povo, há que sublinhá-lo, no futebol jogado em campos de terra batida de forma desinteressada e apaixonada. Mas voltando a esta efeméride bizarra para recuar até ao dia 10 de março de 2012, altura em que na 12.º jornada do hoje extinto Campeonato de Amadores da Associação de Futebol do Porto mediam forças a Associação Desportiva e Cultural de Frazão e o Clube Marechal Gomes da Costa (MGC). Até aqui tudo normal, menos o facto de a Paços de Ferreira – local do encontro – não se ter deslocado o trio de arbitragem! Aparentemente, como seria explicado mais tarde, um erro informático não designou nenhuma equipa de arbitragem para dirigir a partida.
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Não foi por falta de árbitros oficiais que não se jogou futebol no pelado de Frazão |
Mas não foi por isso que o jogo não se realizou, já que na bancada foram recrutados três espectadores que assumiram a responsabilidade de arbitrar o duelo. Mas e os cartões (?), perguntar-se-ão os ilustres leitores. Fácil, recorreu-se a cartões multibanco de cores amarela e vermelha para admoestar os jogadores quando fosse necessário. E o jogo lá chegou ao fim com a vitória dos portuenses do MGC por 2-1. Por certo, este foi um dia que ficou na memória do senhor José Nunes – o árbitro improvisado.
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