sábado, abril 12, 2008
Faleceu uma (grande) figura do jornalismo desportivo... Manuel Dias
É com muita tristeza que o Museu Virtual do Futebol abre hoje as suas portas para comunicar o desaparecimento de um dos grandes nomes do jornalismo desportivo nortenho, e porque não dizê-lo de todo o país, mais concretamente Manuel Dias. Um homem por quem eu tenho uma grande admiração enquanto profissional, uma grande referência para mim que me considero um mero aprendiz na arte de escrever. Manuel Dias é um dos meus ídolos, por assim dizer, no jornalismo desportivo, e foi com profunda tristeza que hoje de manhã ao passar os olhos pelos jornais do dia dei com a notícia da sua morte. Para quem não o conhece, o que julgo serem poucos, Manuel Artur dos Santos Dias, o seu nome completo, nasceu a 19 de Julho de 1934, na freguesia da Vitória, no Porto. Iniciou a profissão de jornalista em 1965 no O Primeiro de Janeiro (PJ), onde assinou milhares de crónicas e reportagens ao serviço deste ilustre diário portuense. Ficaria conhecido nos meandros do jornalismo como o Manel Dias, do Janeiro. Com o PJ este homem percorreu o Mundo, acompanhando diversas comitivas oficiais e equipas de futebol. O Desporto Rei era uma das suas grandes paixões, sendo esta a área em que se tornaria um mito nesta profissão. Era adepto confesso do Futebol Clube do Porto, tendo escrito vários livros sobre este clube. Ele que escreveu tão grandes e diversos factos históricos da vida do maior clube da Invicta como a inauguração do já desaparecido Estádio das Antas, ou as primeiras vitórias europeias dos portistas. Depois de trabalhar no PJ Manuel Dias "transferiu-se" para a RTP/Porto, onde continuou a sua brilhante carreira de jornalista desportivo. Passaria mais tarde por outro diário de referência da cidade do Porto, o Jornal de Notícias, onde permaneceria até à hora da sua morte. Para além do jornalismo desportivo também se destacou no jornalismo cultural, tendo sido autor de diversos livros dedicados à vertente cultural. Esteve, aliás, ligado a várias associações culturais do Porto. Esteve ligado ao teatro também, e foi o co-autor de "Um cálice de Porto", peça exibida pelo Seiva Trupe. Tive a oportunidade, e a honra, de conhecer pessoalmente este homem aquando do lançamento de uma das suas muitas obras literárias dedicadas ao futebol, mais concretamente o livro "Futebol no Porto", lançado em 2001. Morreu ontem, com 73 anos, vítima de doença que o afectava há mais de um ano um homem que vai ficar na história do jornalismo desportivo.
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