domingo, março 03, 2019

Histórias do Futebol em Portugal (26)... A geração de ouro do futebol português nasceu há 30 anos (3.ª parte)


No deserto, Queiroz
apontava à final

Metade do (impensável) caminho estava feito e na antecâmara do primeiro jogo da fase do mata mata, ante a Colômbia, a comitiva portuguesa foi descontrair até ao deserto de Thumamah. Apesar de esta ter sido uma excursão de descompressão, no sentido de afastar dos jogadores lusos o natural nervosismo e pressão que é habitual existir antes de um jogo a eliminar, Carlos Queiroz não esquecia os obstáculos que surgiram no caminho desta seleção ainda em solo nacional. E o alvo foi… a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Quem mais!
«O que sinto é que Portugal se qualificou para o Campeonato do Mundo e a atitude envolvente que rodeou a FPF foi: é giro, é porreiro, vamos lá ver se conseguimos fazer uma gracinha. Não houve um empenhamento de todas as estruturas ao nível do Desporto, e assim fazem-me sentir que só os campeonatos do Mundo de seniores é que são grandiosos e para gente séria», desabafou Queiroz num tom crítico para com a federação, numa clara alusão à insuficiente preparação que esta seleção havia tido antes da partida para o Golfo Pérsico. Perante este cenário o selecionador não tinha dúvidas: «Somos a equipa que pior se preparou para esta prova».
Facto que estaria longe de ser o entrave para que os portugueses alcançassem um feito inédito na história do futebol nacional, conforme iria acontecer no histórico dia 3 de março de 1989.

Entre as quatro melhores equipas do Mundo

A final antecipada e sonhada
titulada na imprensa
Degrau a degrau a seleção lusa ia caminhando rumo ao sonho que muitos ainda achavam uma utopia, mesmo depois de passar mais um obstáculo no relvado do Estádio King Fahd. Desta feita foi a Colômbia a cair aos pés dos jovens craques portugueses, em jogo dos quartos-de-final.
Mais uma vitória fruto de uma exibição onde o coletivo fez a diferença. Isto é, longe de ter sido um belo jogo de futebol, este encontro demonstrou uma vez mais que o grande jogador dos lusos era… a equipa.
Pela frente, Portugal teve uma equipa da sua igualha sob o ponto de vista tático e estratégico, de certa forma compatível com o seu modelo de jogo. Uma equipa colombiana que atuava extremamente adiantada no terreno, usando um sistema tático de 4-3-1-2.
Na crónica do jogo, Rui Santos escrevia que a seleção cafetera «baseou a sua ação no pressing sobre o adversário logo nos primeiros metros do terreno (…) Os colombianos através das suas unidades mais avançadas pressionavam os defesas portugueses no intuito de lhes roubar a bola e também com a finalidade de não os deixar organizar o jogo de equipa.
Uma nova fórmula que ainda não tinha sido vista em Riade, ensaiada de uma forma clara e assumida, mas que envolve os seus riscos. Trata-se com efeito de uma opção arriscada, porque o futebol que lhe está subjacente é muito exigente, sob o ponto de vista físico».
E esse risco acabou por afetar os sul-americanos e consequentemente beneficiar Portugal. Pela frente os pupilos de Queiroz encontraram uma seleção desgastada fisicamente, dado o carrossel ofensivo colombiano exibido durante toda a 1.ª fase e que havia conferido aos cafeteros o 2.º lugar do Grupo B, atrás da potência União Soviética e à frente da Síria e da Costa Rica.

Ante a nossa seleção, a Colômbia «nunca pareceu de princípio uma equipa suficientemente rápida e agressiva para colocar grandes problemas».
Por sua vez, Portugal manteve-se «fiel aos seus princípios, continuou a fazer como a amêijoa: abriu a casca… mas devagar», escrevia o enviado especial de A Bola para justificar mais uma exibição q.b. dos lusos.
Se por um lado os portugueses tardavam a produzir uma exibição de encher o olho como a que foi alcançada na primeira fase diante da Nigéria, por outro lado continuavam a estar talhados para grandes…golos.
Ante a Colômbia o golo solitário da vitória também é daqueles que ficará para a eternidade emoldurado num museu! O seu autor: Jorge Couto. A obra de arte «nasce de uma abertura de Hélio para o lado direito, para onde se tinha deslocado após uma excelente desmarcação João Pinto. O boavisteiro arrancou um centro primoroso, ao qual Jorge Couto, com o pé direito sem deixar a bola tocar o solo, deu o melhor caminho. Mais um golão», assim descreveu Rui Santos.
No rescaldo do jogo, Carlos Queiroz disse estar muito feliz não só pela passagem às meias-finais, mas também porque Portugal havia vencido uma equipa organizada e que possuía jogadores habilidosos.

As caricaturas dos futuros campeões
O senhor que se seguia era o Brasil, o todo poderoso escrete canarinho, grande favorito a vencer o Mundial, ainda para mais depois da eliminação da também candidata União Soviética aos pés da Nigéria… num jogo de loucos. Os soviéticos estiveram a vencer por 4-0, mas deixaram-se… empatar! No desempate por grandes penalidades os africanos afastaram os campeões da Europa de sub-19 e para muitos o principal obstáculo do Brasil na corrida pelo título.
Sobre o Brasil Queiroz não entrou no discurso do coitadinho, de Portugal ser uma espécie de parente pobre do futebol canarinho que a partir daquele momento apenas estava ali para estender a passadeira vermelha aos sul-americanos para a final. Pelo contrário, mostrou ambição de ir mais além. «Vamos analisar com cuidado a equipa do Brasil, mas neste momento temos de pensar sobretudo em nós. Estamos na fase final. E nela vamos continuar a apostar naquilo que somos e que queremos ser. Contra o Brasil temos de nos limitar a ser… europeus. Sem querer ser arrogante ou petulante, não estamos preocupados com o Brasil. Temos vindo a aparecer de jogo para jogo e assim esperamos chegar à…final!».
Opinião semelhante tinha o selecionador da Colômbia, Juan José Palaez, que depois de felicitar a nossa seleção pela vitória e pela forma como jogou, admitiu que a sua equipa passou completamente ao lado deste Mundial. Sobre as possibilidades de Portugal no que restava de competição, não podia ter sido mais acertivo: «Não será surpresa se chegarem à final»
Ante a Colômbia Portugal alinhou com: (12) Bizarro; (2) Abel Silva, (15) Valido, (16) Fernando Couto e (5) Morgado; (7) Tozé (c), (8) Hélio e (11) Filipe; (18) Amaral ( (10) Paulo Madeira, aos 82m), (6) Jorge Couto ( (17) Folha, aos 62m) e (14) João Pinto.

Que venha o Brasil!

Festa na piscina antes de encarar o Brasil
Assim que ficou definido que Portugal e Brasil se iriam defrontar nas meias finais da prova, do lado brasileiro foi exibido um misto de respeito… e desconhecimento pela seleção portuguesa, a julgar pelas palavras do selecionador canarinho René Simões, que dois anos antes tivera uma fugaz passagem pelo comando técnico do Vitória de Guimarães.
«Sei que toda a gente está à espera que sejamos campeões do Mundo, mas… vamos devagar. A equipa portuguesa é muito boa. Forte na marcação e toda ela trabalha da melhor maneira para servir o ponta de lança. Como se chama ele?», Pois é, era João Pinto, que dias depois haveria de se apresentar pessoalmente aos pupilos do distraído – ou demasiado confiante – René Simões.
Mas não era só o selecionador brasileiro - e quiçá o resto do Mundo que estava de olhos neste torneio - que estaria na ideia de que a aventura portuguesa já tinha ido bem mais longe do que inicialmente se estaria à espera. Sobretudo, e sem querer ser repetitivo, pela preparação que antecedeu a presença lusa na Arábia Saudita, conforme recordava o jornalista de A Bola Rui Santos na antecâmera do duelo com o Brasil. «Está cumprida a missão de Portugal, que veio para este campeonato em condições particularmente adversas (contra tudo e contra todos) e já está entre as quatro melhores do Mundo, o que neste escalão representa um facto inédito para o futebol nacional. Portugal já fez pois jus a um lugar de honra neste Mundial, e é a única equipa europeia em prova depois da eliminação surpreendente da União Soviética (…) é verdade que a equipa portuguesa, à exceção do jogo com a Nigéria, ao longo do qual deu provas de equilíbrio, bom senso e muita inteligência, perante um adversário francamente de outro escalão etário, perdão de “outra galáxia, ainda não produziu uma exibição eloquente, daquelas de deixar um indivíduo completamente satisfeito. Cremos que a falta de “estética” desta equipa portuguesa tem muito a ver com aquela preparação em Portugal, absolutamente ridícula (…) Portanto, virtualmente Portugal já fez um grande milagre que é estar em competição entre as quatro melhores equipas do Mundo deste escalão. Por um lado, esse milagre traduz o rigor, a bondade dos métodos utilizados por esta equipa de trabalho (principalmente, sob o ponto de vista técnico) e por outro lado a extraordinária apetência para o futebol dos nossos jogadores (…). Temos dito e repetido que uma das coisas que melhor traduzem o “espírito” desta equipa portuguesa é a sua consciência coletiva. Frente à Colômbia – uma Colômbia sempre difícil, mas surpreendentemente envergonhada – esse espírito veio ao de cima, e isso tem a ver com a carga e a natureza do trabalho que se tem vindo a desenvolver nos últimos três, quatro anos. A base do trabalho está lá, bem viva, perfeitamente percetível ao longo de cada jogo (através das opções técnico-estratégicas e através da plantação da equipa em campo) (…)», assim analisava o enviado especial do jornal da Travessa da Queimada.

Desde que haviam chegado à Arábia Saudita os brasileiros foram endeusados. Catalogados como os reis do futebol, os sul-americanos eram tratados…como tal. A prova disso é que durante a estadia em Jeddah, onde estava instalado o quartel general do escrete, os brasileiros eram constantemente brindados com presentes pelos cidadãos locais: relógios, tapetes, fios de ouro, etc.
De tal maneira que meio a brincar meio a sério, René Simões disse que ele e os seus pupilos tiveram de comprar malas novas para levar todas as ofertas para casa! Na verdade, os próprios brasileiros achavam-se mesmo… os reis do futebol e deste Mundial.
A maneira altiva e até arrogante como se exibiam nos corredores do hotel onde estava instalada igualmente a comitiva portuguesa nas vésperas do duelo entre países irmãos assim o fazia crer. De facto, tinham uma seleção recheada de craques, muitos deles já apontados a grandes clubes europeus. Nomes como Leonardo (mais tarde campeão do Mundo pelo escrete nos Estados Unidos da América em 1994), Bismark (na altura já um dos grandes craques do Vasco da Gama), Marcelinho Carioca, Sonny Anderson (brilharia na Europa ao serviço do Lyon), ou Roberto Assis (irmão mais velho de Ronaldinho Gaúcho) eram nomes que faziam acreditar que o título estava mais do que entregue ao Brasil. Na verdade, formavam uma equipa poderosa. Poucos acreditariam no triunfo de Portugal. Mesmo os jornais sauditas exultavam nas suas páginas principais com… o triunfo dos brasileiros.

Mas, por vezes festejar antes do tempo traz sérias consequências. Além de que, ninguém é invencível, muito menos o gigante Brasil.
Talvez cientes disso os portugueses encararam esta final antecipada e desejada – para muitos jogadores esta era mesmo a final sonhada – com… descontração. Na véspera do encontro os lusos foram para a zona da piscina cantar! Nas varandas do hotel a assistir de camarote à alegria portuguesa estavam os brasileiros, que exibindo a sua superioridade acharam estranho tamanha descontração. Talvez a meia-final tenha começado a ser ganha nesse momento.
«Antes da partida começar pressentia-se com efeito que tinha chegado o grande dia de Portugal. Notava-se claramente no grupo uma grande força interior, que lhe era transmitida não só por se tratar de um jogo das meias-finais do Campeonato do Mundo, em que o adversário se chamava Brasil, mas também porque o futebol português é mesmo assim – precisa de motivos realmente muito fortes para se galvanizar», escreveu o enviado especial de A Bola.
No dia 28 de fevereiro as duas seleções subiram ao relvado do King Fahd Stadium para disputar um encontro que haveria de ficar na História do futebol português. Se até então os pupilos de Queiroz só tinham convencido ante a Nigéria, perante o Brasil fizerem quiçá o melhor jogo do torneio. Era caso para dizer que a seleção estava talhada para brilhar diante dos favoritos à vitória no Mundial. Na sequência de uma épica vitória por 1-0 A Bola titulava “Desculpem lá irmãos, mas existe um futebol português!». Rui Santos escrevia que «cuidando, em primeiro lugar, da defesa e soltando os diabos no ataque, Portugal encontrou o caminho da “imaginação musculada” e quando assim é tenham paciência, porque não há nada a fazer».
O poderoso Brasil havia sido vergado à brilhante estratégia lusa.

Fase do Portugal - Brasil
No rescaldo da inolvidável vitória que abriu as portas da final, A Bola escrevia que «finalmente frente ao Brasil aquela exibição de que todos afinal estávamos à espera. Para isso, bastou que se conjugassem vários fatores, dos quais destacamos as subidas de rendimento de alguns jogadores mais criativos: Filipe, Amaral e Jorge Couto (…) Portugal começou de novo a construir a sua vitória pelo setor defensivo, preocupando-se antes de tudo o mais em não sofrer golos para depois, no desdobramento ofensivo, desenvolvido, quase sempre, em qualidade poder concretizar. (…) O êxito do futebol de contra-ataque da turma portuguesa deveu-se em grande parte à exploração dos flancos (…) Portugal realizou com efeito uma bela exibição, sob todos os capítulos. Começou logo bem, a controlar o jogo e o adversário. Os 20 minutos iniciais foram integralmente portugueses e o Brasil, sem construir sério perigo, só começou a estrebuchar lentamente a partir dessa altura, impondo-se então quando era preciso a carta que talvez pudesse faltar a este baralho: o guarda-redes Bizarro. O maior perigo dos brasileiros resultava da tentativa de penetração (pelo meio) através de tabelinhas no desenvolvimento das quais os brasileiros são de facto especialistas. Contudo, a equipa portuguesa cobria muito bem a sua baliza e os sul-americanos não podiam fazer mais nada, senão ir adiando a sua “desesperada ressurreição”. No fundo, os portugueses não deixaram que o Brasil jogasse (…)».
Ante o Brasil, a seleção nacional atuou com: (12) Bizarro; (2) Abel Silva, (15) Valido, (16) Fernando Couto e (5) Morgado; (7) Tozé (c), (8) Hélio e (11) Filipe; Amaral ( (9) Xavier, aos 79), (6) Jorge Couto ( (10) Paulo Madeira, aos 75m) e (14) João Pinto.

Goooolo de Amaral... goooolo de Portugal
O golo do épico triunfo foi da autoria de Amaral, que começou e concluiu a jogada. Depois de um centro de Jorge Couto e corte de cabeça de um defesa brasileiro (pressionado por João Pinto), Amaral não deu a mínima possibilidade de defesa ao guarda-redes contrário através de um remate pronto e certeiro.
No final do jogo a emoção tomou conta da comitiva lusa. Uns ficaram no relvado a contemplar a impensável vitória sobre os (auto) proclamados reis do futebol, outros saíram para o balneário onde choraram de alegria.
Ao hotel onde os lusos estavam instalados choveram telegramas de felicitações. Muitos deles de gente importante, como o do então primeiro-ministro, Cavaco Silva, que disse «acompanharei a final do Mundial com uma grande confiança na capacidade e brio de todos os jogadores».
Por sua vez, o Ministro da Educação, Roberto Carneiro, foi mais efusivo: «Excelente! Hip, Hip, Hurra! Vocês são mesmo bons, parabéns».
Outros, desejavam que os craques regressassem depressa a casa, como os dirigentes do Leixões, que pediam a Tozé que regressasse logo, pois «precisamos de ti».

A derrota do Brasil aos pés de Portugal teve de pronto consequências na seleção sul-americana, já que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não perdeu tempo a despedir René Simões. Para o dirigente federativo, Eurico Miranda, «ele (o selecionador) foi o culpado da derrota contra Portugal. Tudo se ficou a dever à tática utilizada por ele, que impossibilitou os brasileiros de desenvolverem o seu toque de bola diante da marcação portuguesa».
Também a feroz imprensa do país irmão não poupou críticas à sua seleção.
Para o diário Última Hora: «foi uma festa lusitana com certeza, ontem em Riade. Um Brasil imaturo foi completamente envolvido por Portugal. Os portugueses foram sempre mais práticos e apresentaram um melhor futebol que a nossa seleção».
Já a Gazeta Esportiva escrevia: «Deu Portugal, ó pá. Num jogo de muitas estrelas e pouco brilho. Se houve brilho esse pertenceu a Portugal».
Presentes neste duelo de irmãos estiveram igualmente duas lendas do futebol brasileiro e planetário: Zico e Pelé. Para o Galinho de Quintino não era hora de «condenar os jogadores», lançando ainda um apelo à CBF: «Temos de uma vez por todas de acabar com a mania de que o Brasil é o melhor do Mundo e não pode perder um só jogo».
Por sua vez, o Rei Pelé ainda se mostrava… demasiado arrogante relativamente à aparente superioridade do futebol do seu país face ao resto do Mundo: «Portugal não tem tão bons jogadores, mas foi a melhor equipa. Espero que Portugal ganhe a final». Vá lá, do mal o menos, o Rei estava a partir dali ao nosso lado.

Na verdade, o Brasil não era aquele bicho papão que muitos apregoavam antes e durante este Mundial. Queiroz reconhecia que Portugal tinha batido uma grande equipa, «que possui(a) extraordinários jogadores». Mas… «jogo após jogo provamos a toda a gente que também temos uma boa equipa e bons jogadores». Questionado sobre o segredo da histórica vitória o selecionador nacional foi parco em palavras («conhecíamos alguma coisa do Brasil e jogamos à nossa maneira. Foi só isso!»), até porque a hora era dos jogadores: «hoje não me perguntem mais nada. A hora é dos jogadores, falem com eles».
E estes mostraram um misto de alegria, ambição e… revolta, como foi o caso de João Pinto, que colocou o dedo na ferida do futebol português. Por outras palavras, contra a vincada tendência de os clubes nacionais contratarem carradas de jogadores brasileiros e dessa forma colocarem de parte o futebolista português. «Espero que esta vitória sirva de exemplo a muita gente e para o que de mau tem acontecido ao futebol português. Só não abrirão os olhos aqueles a quem interessa continuar a promover o mau futebol. Ou esses…ou os cegos. Aqueles que por incapacidade visual não puderam ver pela televisão a qualidade do nosso futebol. Não sou contra os jogadores brasileiros, mas contra quem os contrata».
Na mesma linha de pensamento Filipe começaria por dizer que a vitória sobre o Brasil resultou de «um belo jogo. Estamos a provar que temos valor. Agora quero ser campeão do Mundo e titular do…Torreense».
Era Portugal a caminho da final e do… título!

(continua)

Vídeos
 Portugal - Colômbia
 Portugal - Brasil

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