Turim
e Milão são mundialmente reconhecidos como os grandes centros do futebol
italiano. As duas cidades repartem entre si a (esmagadora) maioria dos títulos
nacionais e internacionais angariados pelas squadras transalpinas ao longo de
mais de 100 anos de história. Porém, nem sempre as luzes da ribalta estiveram
focadas nestas duas urbes do norte de Itália no que a futebol concerne. Houve
um tempo - estendido ao longo de quase duas décadas - em que os olhares dos
tifosi estavam cravados numa pequena localidade situada precisamente a meio
caminho entre Milão e Turim. Uma localidade que mais do que revelar ao Mundo um
dos primeiros gigantes do futebol italiano criou uma identidade própria que
haveria de inspirar o então jovem calcio a partir rumo às conquistas que iriam
ser alcançadas pelas gerações vindouras. Façamos então uma viagem até às
primeiras décadas do século XX, mais concretamente até Vercelli, onde nos
espera a mítica e inolvidável história della Pro. À semelhança do que aconteceu
um pouco por todo o planeta o futebol (moderno) ancorou em Itália no porto de
Génova, na reta final do século XIX, pela mão dos marinheiros e comerciantes
ingleses que ali se deslocavam em trabalho. Naquela cidade portuária foram
dados os primeiros passos do modern football nascido em Inglaterra, e foi ali
que, de forma natural, acabaria por nascer em 1893 o primeiro senhor do futebol
transalpino, o Genoa Cricket & Football Club. Na génese deste emblema
estiveram pois cidadãos britânicos, que usavam o futebol para preencher os seus
tempos livres. O Genoa 1893 - como ainda hoje é conhecido - fez uso da sua
força e conhecimentos do jogo para arrecadar os primeiros títulos mais pomposos
do calcio - o nome com que os italianos cedo batizaram o football, muito pelas
parecenças que o jogo criado pelos ingleses tinha com o calcio fiorentino, que
há muitos séculos se praticava no país da bota. Entre 1897 e 1907 o Genoa
confirma o seu poderio ao conquistar seis dos seus nove títulos de campeão
nacional, uma supremacia que foi ameaçada a espaços pelos também ingleses do
Milan Cricket Fooball Club, a semente do Milan dos dias de hoje. Estas
conquistas, quer de genoveses quer de milanistas, assentavam numa cultura muito
britânica, ou seja, a filosofia de jogo interpretada por estes dois emblemas
era uma fiel cópia daquela que era usada na Velha Albion, baseada no kick and
rush. Itália não tinha pois uma identidade de jogo própria, algo que viria a
mudar a partir de 1903 pela mão do hoje quase anónimo Pro-Vercelli.
Da ginástica ao futebol pela mão de um campeão olímpico de esgrima
Marcello Bertinetti |
A
Società Ginnastica Pro-Vercelli nasceu em 1892, longe de imaginar que alguma
vez o recém chegado a Itália futebol pudesse catapultar a cidade para os
píncaros da fama. Na génese daquele que é um dos clubes mais antigos do país da
bota esteve a ginástica, como aliás, a própria designação da coletividade
indicava. Domenico Luppi, um professor de ginástica, é o progenitor do clube
nascido na pequena cidade - com cerca de 45.000 habitantes na atualidade - da
região de Piemonte. Luppi deu vida a um clube que no seu ADN incorporava ainda
a esgrima, secção que iria revelar ao Mundo alguns nomes sonantes da história
da esgrima italiana, como foi o caso de Marcello Bertinetti, um cidadão nascido
em Vercelli, em 1885, que atingiu a imortalidade após ter vencido duas medalhas
de ouro olímpicas por equipas em 1924 (Jogos de Paris) e 1928 (Jogos de
Amesterdão), isto para além de uma medalha de prata e outra de bronze - ambas
na vertente coletiva - respetivamente nas Olimpíadas de Londres (1908) e Paris
(1924). Bertinetti foi acima de tudo um desportista multifacetado, e para além
da modalidade que o tornou célebre foi igualmente um... calciatore, traduzindo
para a língua de Camões, um jogador de futebol. Desconhece-se, porém, se foi,
ou não, um exímio intérprete do belo jogo, mas o que se sabe é que foi por sua
influência que o futebol nasceu no seio da Pro Vercelli. Diz a história que
após ter visionado in loco, em Turim, um encontro disputado pela Juventus,
Marcello Bertinetti regressa à sua terra natal com a ideia de ali criar uma
equipa de futebol. Nesse sentido procura os responsáveis da Società Ginnastica
Pro-Vercelli para lhes apresentar a ideia, que de pronto seria aceite e
oficialmente implantada em 1903, ano em que acontece a filiação do clube na
Federação Italiana de Futebol. O primeiro encontro acontece a 3 de agosto desse
ano no âmbito de um torneio triangular em honra de San Eusebio, o padroeiro da
cidade, que juntou ainda as equipas do Forza e Costanza (de Novara) e do Audace
(oriundo de Turim). A Pro saiu vencedora, dando assim o pontapé de saída rumo a
duas décadas de glória.
Conquistar a Itália com a prata da casa sob
uma identidade muito própria
Milano, Leone e Ara, o trio mágico do meio campo da Pro Vercelli |
Com
a entrada da Pro Vercelli no então ainda muito jovem Mundo do futebol italiano,
assistiu-se à primeira grande revolução a diversos níveis no país
futebolístico, digamos assim. O primeiro deles fazia alusão à então invulgar
política de formação do clube. Contrariamente aos outros emblemas italianos da
época, a Pro Vercelli constrói a sua equipa com base única e exclusivamente em
futebolistas nascidos na cidade, em atletas da casa, identificados com a cidade
e acima de tudo com o clube. A Pro Vercelli implantava assim a filosofia, passo
a expressão, da formação no futebol italiano. O clube presidido pelo
conceituado advogado local Luigi Bozino edifica um então inédito plano de
formação que passava pela criação de equipas de base, juniores, juvenis,
iniciados, etc., como hoje em dia são conhecidos, e às quais eram atraídos os
rapazes da terra. Mais do que moldar futebolistas locais com vista ao sucesso
futuro do clube a política de formação cria de igual modo a mística que ajudou a
Pro a alcançar e a permanecer durante quase duas décadas no topo do futebol
italiano. Uma mística que englobava uma combinação de amor e orgulho na defesa
da camisola do clube da terra e que era incutida nos bambini (rapazes) desde o
momento em que estes entravam para os escalões mais jovens. Aliado a este
aspeto veio o conceito tático. Também aqui a Pro Vercelli foi pioneira na
história do futebol em Itália. Como já foi referido, as grandes equipas
italianas da época, nomeadamente o Genoa 1893, a Juventus e o Milan - os três
clubes que até 1908 haviam vencido o título de campeão nacional - apresentavam
nas suas equipas diversos jogadores ingleses, a maior parte deles chegados a
Itália por motivos profissionais que nada tinham a ver com o jogo. Como bons ingleses
usavam e abusavam do kick and rush, típico estilo nado e criado em Inglaterra e
que assentava - ou assenta - num estilo de jogo direto e físico. Em Vercelli
seria criado um estilo diferente, de certa forma mais elegante e técnico,
assente na posse de bola, e que no futuro viria a contagiar não só outras
equipas transalpinas como a própria squadra azzurra (seleção nacional).
Da estreia oficial à glória nacional em apenas
dois anos
A equipa que venceu o primeiro dos sete scudettos da história da Pro Vercelli |
Em
1906 a Pro Vercelli inicia o seu percurso oficial nos caminhos do futebol
italiano. Isto é, passa a competir no segundo escalão nacional. Ali, permanece
apenas um ano, alcançando a promoção ao principal escalão em 1906/07 depois de
conquistar o ceptro secundário com um grupo formado exclusivamente por
jogadores nascidos em Vercelli. Entre este grupo destacavam-se três
futebolistas, três figuras que para os historiadores do belo jogo foram o
esteio - dentro de campo - dos primeiros sucessos do clube de Piemonte.
Giuseppe Milano, Pietro Leone e Guido Ara, formavam o então denominado de meio
campo maravilha dos Leões de Vercelli como nos anos seguintes a mítica equipa
seria conhecida em toda a Itália. Guido Ara era o capitão de equipa, e na voz de
muitos historiadores é visto como o primeiro grande futebolista italiano, um
tecnicista requintado que primava ainda por ser um exímio passador. Em 1907/08
a Pro faz a sua estreia no principal escalão de Itália. Uma estreia auspiciosa
já que após superar a Juventus no campeonato regional de Piemonte o combinado
de Vercelli é apurado para o campeonato nacional, levando a melhor sobre os
campeões das regiões de Ligura (o Andrea Doria, de Génova) e da Lombardia (o
Milanese). A Pro Vercelli vencia o seu primeiro scudetto (máximo título
nacional). Pela primeira vez uma equipa 100 por cento de origem italiana vencia
o máximo galardão do futebol italiano, e mais do que isso todos os jogadores
eram filhos de Vercelli. Os
seus nomes são pois eternos: Innocenti, Salvaneschi, Celoria, Ara, Milan,
Leone, Romussi, Frésia, Visconti, Rampini e Bertinetti, este último o
introdutor do futebol no seio da Pro Vercelli e futuro campeão olímpico de
esgrima, como já referimos. A façanha seria repetida na temporada seguinte,
quando depois de levar a melhor no Regional de Piemonte sobre os dois gigantes
de Turim, a Juve e o Torino, a Pro derrotou na final nacional, por um total de
4-2 (numa final disputada a duas mãos), os campeões da região da Lombardia, o
Milanese. Por
esta altura já toda a Itália se curvava diante dos Leões de Vercelli, ou os
camisas brancas, como também era conhecido o clube. Neste aspeto há um capítulo
curioso que merece ser evocado. Nos primeiros anos de atividade futebolística a
Pro Vercelli utilizava um equipamento em tudo idêntico à Juventus, isto é,
camisola com riscas verticais pretas e brancas, calção preto e meias pretas.
Porém, a lavagem constante dos equipamentos fez com as riscas pretas da
camisola fossem ficando esbatidas, quase impercetíveis, pelo que os
responsáveis do emblema decidem posteriormente adotar o branco como única cor
da camisola. Esta história dá aso a uma outra, que refere que a seleção
italiana adotou (desde 1910) o branco como cor do seu equipamento alternativo
em homenagem aquela que ainda hoje é vista como a primeira grande equipa de
Itália, a Pro Vercelli.
Primeiro
grande escândalo do calcio impediu a Pro de chegar ao tri
Luigi Bozino, o presidente dos grandes sucessos |
Na
temporada de 1909/10 a Itália assiste aquele que é considerado o primeiro
escândalo do seu futebol. O primeiro de muitos, ou não fosse a Itália um país
rico no que a escândalos futebolísticos diz respeito. Nessa longínqua época o
campeonato italiano sofre algumas alterações de figurino, desde logo o facto de
deixar de existir uma final nacional que opunha os vencedores dos regionais
para passar a haver uma prova semelhante ao que acontece na atualidade, ou
seja, em que as equipas jogam entre si em sistema de poule, cujo vencedor é o
conjunto que soma mais pontos. Este é considerado por como o ponto de partida
da atual Serie A italiana. Foram nove as equipas que integraram a competição de
09/10, tendo no final o Inter de Milão e a Pro Vercelli dividido o primeiro
lugar com 25 pontos somados. Face a este empate a Federação Italiana de Futebol
(Federazione Italiana Giuco Calcio) decidiu agendar um play-off entre os dois
combinados, uma finalíssima que iria determinar o campeão nacional. Com
diversos jogadores seus envolvidos num torneio militar em Roma, a Pro solicitou
à alta instância do futebol do seu país o adiamento do play-off, ao passo que o
seu adversário, o Inter, fazia pressão para que esse adiamento não acontecesse.
Medo ou desrespeito por parte dos milaneses? Ou ambos? O que é certo é que a
FIGC ficou do lado do Inter - há quem ainda hoje defenda que razões extra
futebol estiveram na origem desta decisão federativa - e o encontro acabou por
se disputar a 24 de abril de 1910, como estava inicialmente agendado. Em forma
de protesto o presidente da Pro Vercelli, Luigi Bozino, decide enviar para o
duelo decisivo uma equipa composta por... crianças! Nessa tarde, em Vercelli,
local da partida, e diante de pouquíssimos espectadores - numa prova de que a cidade
estava ao lado do seu clube neste protesto - a Pro alinha com jogadores do seu
escalão mais baixo, sendo que o jogador mais velho tinha somente 15 anos!
Conclusão, o Inter esmagou os Leões, ou leãozinhos, neste caso, por 10-3, e
conquistou o seu primeiro título nacional. Esta atitude da Pro Vercelli
valeu-lhe inicialmente um castigo severo por parte da FIGC, que decide multar e
suspender o emblema de Piemonte das competições futebolísticas. A intenção é
posteriormente revogada, muito por ação de Guido Ara, que recolhe uma série de
assinaturas junto dos grandes clubes italianos no sentido de reverter a decisão
da federação, e já com Giuseppe Milano nas funções de treinador/jogador a Pro
recupera o ceptro na época seguinte ao vencer a Serie A com 27 pontos, mais
cinco que o vice-campeão Milan, onde pontificava o bombardeiro belga Louis van
Hege. O quarto scudetto viajou para Vercelli em 1911/12, em mais um capítulo de
evidente superioridade dos Leões.
Principal
fornecedor de jogadores para a Squadra Azzurra
Um jogo entre a Pro e o Genoa em 1913 |
1912
é ainda o ano que marca a estreia oficial da seleção italiana numa grande
competição internacional, no caso o Torneio Olímpico, que na época era tão só a
prova futebolística mais importante do planeta. Para as Olimpíadas que nesse
ano se realizaram em Estocolmo o selecionador italiano, o então jovem (com
apenas 26 anos) Vittorio Pozzo, convoca 18 jogadores, sendo que sete deles
(Felice Berardo, Angelo Binaschi, Pietro Leone, Giuseppe Milano, Modesto Valle,
Felice Milano e Carlo Rampini) pertencem aos quadros da Pro Vercelli, que é
desta forma o emblema mais representado na Squadra Azzurra que competiu na
Suécia. Em 1913 a Itália defronta (num amigável) a Bélgica com um onze em que
nove jogadores são da Pro Vercelli, numa demonstração, mais uma, inequívoca do
poderio do clube de Piemonte no cenário principal do calcio. A primeira parte
da época dourada da Pro Vercelli é encerrada em 1912/13 com a conquista do
tricampeonato, do quinto scudetto da sua jovem existência. Pouco depois
estourava a I Guerra Mundial, que um pouco por toda a Europa encostaria para
canto a bola de futebol. O campeonato italiano é interrompido em 1915 - após o
surpreendente Casale e o Genoa 1893 terem conquistado a coroa de reis de Itália
- e volta somente na temporada de 1919/20 quando a Europa lambia ainda as
feridas provocadas pela Guerra. Porém, as armas não mataram a mística de
Vercelli e da sua Pro, que ressurge no grande palco do calcio com uma nova
geração vencedora orientada - desde o banco - pela antiga lenda Guido Ara.
Jovens talentosos nascidos nas escolas da Pro que levam a melhor sobre a
concorrência na temporada de 1920/21, arrecadando desta forma o sexto título
nacional do clube de Piemonte. Entre estes jovens talentos encontra-se o defesa
Virginio Rosetta, que em 1923 troca Vercelli por Turim, e a Pro pela Juve a
troco de 50 mil liras, naquela que ainda hoje é considerada a primeira
transferência (envolvendo dinheiro) do futebol italiano. Eram os primeiros
sinais do profissionalismo que estava prestes a vigorar (também) em Itália.
Rosetta volta a ser um dos esteios na conquista do sétimo e último scudetto
pela Pro em 1921/22.
Rei
dos capocannonieri nasceu em Vercelli e revelou-se ao Mundo na Pro
Silvio Piola com as cores da Pro |
A
29 de setembro de 1913 já a Pro Vercelli ostentava nas suas vitrinas cinco
títulos de campeão italiano. É neste dia que nasce, na pequena Vercelli, um dos
cidadãos mais nobres desta cidade: Silvio Piola. Tal como tantos outros bambini
Silvio desperta para o futebol no mítico clube da sua terra. O seu talento faz
com que aos 16 anos seja incorporado na equipa principal da Pro! Sobre o
terreno de jogo atua como avançado, e o seu faro pelo golo aliado à sua perícia
técnica despertam cedo a cobiça de outros emblemas de Itália. Piola atua pela
Pro Vercelli entre 1929 e 1935, envergando a camisola branca em 127 jogos,
tendo apontado 51 golos. Piola detém ainda hoje uma série de recordes em
Itália. Um deles reside no facto de ser o jogador mais jovem a apontar um poker
(quatro golos) numa só partida, algo que aconteceu diante do Alexandria, numa
altura em que este astro tinha apenas 18 anos. Já foi referido que no início
dos anos 20 o profissionalismo começava a bater à porta de Itália, tendo a Pro,
que apesar de desportivamente ser uma potência do país, não era de todo um
clube rico, muito longe disso na verdade, sofrido na pele as consequências
desse mesmo profissionalismo. A Pro era um clube que vivia da sua (rica)
formação. Apenas. Assim, os clubes economicamente mais abastados, oriundos de
Turim, Milão e Roma, lançavam o isco às principais pérolas dos clubes mais
modestos, sob o ponto de vista económico, voltamos a repetir, como era o caso
da Pro Vercelli. Rosetta foi, como já vimos, o primeiro jogador a ser transferido
por uma verba monetária em Itália, sendo que Piola não demorou muito a
seguir-lhe o caminho. Reza a história que a Lázio namorou o jogador vezes sem
conta, e não desistiu enquanto não o levou para Roma. Perante isto, e quiçá
pressentindo que sem a sua principal estrela e com o profissionalismo a tomar
conta do futebol em Itália, o presidente da Pro, Luigi Bozino, disse em certa
ocasião que «não vendemos Piola por nenhum dinheiro deste Mundo. Se o vendermos
a Pro Vercelli vai entrar em declive». Mais do que uma promessa (aos adeptos)
esta declaração seria uma espécie de premonição do que iria acontecer em 1934,
ano em que a Lazio leva Piola de Vircelli para a capital do Império. Uma
transferência envolta em alguma polémica, pois segundo alguns historiadores a
ida de Silvio Piola para Roma resultou de uma imposição do ditador Benito
Mussolini, adepto confesso dos laziale. Piola e a Pro Vercelli seguiram
caminhos diferentes nos anos seguintes. O jogador iria tornar-se numa lenda do
calcio, já que para além de ter sido a principal referência da Squadra Azzurra
na conquista do Campeonato do Mundo de 1938 é ainda hoje o jogador com mais
golos na história da Serie A: 274 golos em 537 jogos disputados no principal
escalão do futebol transalpino. Quanto à Pro, foi despromovida da Serie A
curiosamente na época de 1934/35, a primeira sem Piola, e nunca mais, até hoje,
lá regressou. Os oitenta anos seguintes foram passados a deambular pelos
escalões secundários e regionais (!) do calcio. Hoje, a Pro Vercelli milita na
Serie B, onde sobrevive - quase de forma anónima - na sombra de um passado de
glória hoje ignorado pela esmagadora maioria dos tifosi. Não deixa de ser no
entanto curioso que ao olhar para a lista de campeões da história do calcio o
nome da Pro figure atrás de Milan, Juventus, Inter e Genoa 1893, com sete
títulos de campeão no seu currículo, bem à frente de algumas das atuais
potências italianas, casos da Roma (3 títulos), Lazio (2), Napoli (2) ou
Fiorentina (2).
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