Começamos esta visita à secção dos Grandes Mestres da Táctica, vulgo treinadores, com um nome bem conhecido, e querido, dos adeptos do Sport Lisboa e Benfica, mais precisamente Bela Guttman.
Foi este húngaro, nascido a 26 de Janeiro de 1905, um dos principais responsáveis - senão mesmo o principal - pela época dourada do clube da Luz na mais importante competição europeia de clubes, a Taça dos Clubes Campeões Europeus, prova que no principio da década de 60 do século passado foi vencida por duas vezes pelos encarnados de Lisboa (1961 e 1962). Guttman foi o mestre que guiou esse saudoso Benfica ao “Olimpo” dos deuses do futebol, um homem que revolucionou por completo o futebol português que até à sua chegada se pautava pela mentalidade muito fechada em si mesmo.
Chegou a Portugal para treinar o FC Porto, clube onde apenas esteve uma temporada (1959), tendo conquistado o título nacional dessa época para os “dragões”. No ano seguinte mudou-se para a capital de Portugal, para orientar o Benfica, uma mudança assente num processo pouco claro mas que como já vimos haveria de trazer a glória ao clube da Luz. No Benfica Guttman não só conquistou as duas Taças dos Campeões Europeus já referidas como também dois campeonatos nacionais (1960 e 1961). Treinaria ainda a Selecção Nacional Portuguesa durante a campanha de apuramento para o Europeu de 1960, quando José Maria Antunes era na altura o seleccionador nacional.
Guttman foi um verdadeiro “globetroter” do futebol mundial, já que começou a sua carreira de treinador na Holanda, ao serviço do Enschede, mudando-se em seguida para a sua Hungria para orientar o “gigante” Újpest, clube este onde venceria o seu primeiro título na qualidade de técnico, mais precisamente o de campeão nacional húngaro (1939).
Seguiu-se uma viagem até à Roménia para orientar o Dínamo de Bucareste, regressando depois ao seu país, primeiro para o Vasas de Budapeste e depois para o Honvéd, antes de embarcar na aventura italiana. No país das pizzas Guttman começou por treinar o Padova, passando depois para o Triestina e por último o grande Milan, clube este por quem venceu um “scudetto” (1955).
Sucedeu-se a gloriosa passagem por Portugal, rumando posteriormente à América do Sul para orientar o Penharol de Montevideu, do Uruguai, clube pelo qual venceria dois campeonatos e uma Taça dos Libertadores da América. Aliás, Guttman é o único treinador no Mundo que venceu as duas competições continentais mais importantes de clubes, a Taça dos Campeões Europeus e a Taça dos Libertadores da América.
No continente sul americano treinou ainda, sem grande sucesso, os brasileiros do São Paulo, para depois regressar à Europa para trabalhar na Suíça (Servette), Grécia (Panathinaikos) e por fim na Áustria (FK Austria), clube este pelo qual se retirou do futebol. Áustria que viria a tornar-se na pátria do mítico treinador, já que depois da sua retirada escolheu este país para passar o resto dos seus dias. Morreria a 28 de Agosto de 1981, em Viena. De Bela Guttman os adeptos do Benfica tanto guardam grandes recordações como más lembranças, já que a frase «meus senhores, nem daqui a 100 anos o Benfica volta a ser campeão da Europa», é da sua autoria, proferida após a conquista do segundo, e último, título europeu em Amesterdão. O que é certo é que depois dessa final os benfiquistas já atingiram mais cinco finais da prova rainha do futebol europeu e... perderam as cinco. Nem as rezas de Eusébio e companhia em 1990 na campa de Guttman em Viena, dias antes da final entre Benfica e Milan no Estádio do Prater daquela cidade, conseguiu anular a maldição do velho feiticeiro húngaro, como também ficou conhecido este grande mestre da táctica.
Foi este húngaro, nascido a 26 de Janeiro de 1905, um dos principais responsáveis - senão mesmo o principal - pela época dourada do clube da Luz na mais importante competição europeia de clubes, a Taça dos Clubes Campeões Europeus, prova que no principio da década de 60 do século passado foi vencida por duas vezes pelos encarnados de Lisboa (1961 e 1962). Guttman foi o mestre que guiou esse saudoso Benfica ao “Olimpo” dos deuses do futebol, um homem que revolucionou por completo o futebol português que até à sua chegada se pautava pela mentalidade muito fechada em si mesmo.
Chegou a Portugal para treinar o FC Porto, clube onde apenas esteve uma temporada (1959), tendo conquistado o título nacional dessa época para os “dragões”. No ano seguinte mudou-se para a capital de Portugal, para orientar o Benfica, uma mudança assente num processo pouco claro mas que como já vimos haveria de trazer a glória ao clube da Luz. No Benfica Guttman não só conquistou as duas Taças dos Campeões Europeus já referidas como também dois campeonatos nacionais (1960 e 1961). Treinaria ainda a Selecção Nacional Portuguesa durante a campanha de apuramento para o Europeu de 1960, quando José Maria Antunes era na altura o seleccionador nacional.
Guttman foi um verdadeiro “globetroter” do futebol mundial, já que começou a sua carreira de treinador na Holanda, ao serviço do Enschede, mudando-se em seguida para a sua Hungria para orientar o “gigante” Újpest, clube este onde venceria o seu primeiro título na qualidade de técnico, mais precisamente o de campeão nacional húngaro (1939).
Seguiu-se uma viagem até à Roménia para orientar o Dínamo de Bucareste, regressando depois ao seu país, primeiro para o Vasas de Budapeste e depois para o Honvéd, antes de embarcar na aventura italiana. No país das pizzas Guttman começou por treinar o Padova, passando depois para o Triestina e por último o grande Milan, clube este por quem venceu um “scudetto” (1955).
Sucedeu-se a gloriosa passagem por Portugal, rumando posteriormente à América do Sul para orientar o Penharol de Montevideu, do Uruguai, clube pelo qual venceria dois campeonatos e uma Taça dos Libertadores da América. Aliás, Guttman é o único treinador no Mundo que venceu as duas competições continentais mais importantes de clubes, a Taça dos Campeões Europeus e a Taça dos Libertadores da América.
No continente sul americano treinou ainda, sem grande sucesso, os brasileiros do São Paulo, para depois regressar à Europa para trabalhar na Suíça (Servette), Grécia (Panathinaikos) e por fim na Áustria (FK Austria), clube este pelo qual se retirou do futebol. Áustria que viria a tornar-se na pátria do mítico treinador, já que depois da sua retirada escolheu este país para passar o resto dos seus dias. Morreria a 28 de Agosto de 1981, em Viena. De Bela Guttman os adeptos do Benfica tanto guardam grandes recordações como más lembranças, já que a frase «meus senhores, nem daqui a 100 anos o Benfica volta a ser campeão da Europa», é da sua autoria, proferida após a conquista do segundo, e último, título europeu em Amesterdão. O que é certo é que depois dessa final os benfiquistas já atingiram mais cinco finais da prova rainha do futebol europeu e... perderam as cinco. Nem as rezas de Eusébio e companhia em 1990 na campa de Guttman em Viena, dias antes da final entre Benfica e Milan no Estádio do Prater daquela cidade, conseguiu anular a maldição do velho feiticeiro húngaro, como também ficou conhecido este grande mestre da táctica.
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