Grupo F / 2.ª Jornada
Portugal - Turquia: 3-0
Golos: Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Akaydin (a.g.)
Com menos dificuldades do que era esperado, Portugal volta a vencer e garante fase seguinte...
Grupo F / 2.ª Jornada
Portugal - Turquia: 3-0
Golos: Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Akaydin (a.g.)
Com menos dificuldades do que era esperado, Portugal volta a vencer e garante fase seguinte...
Grupo F / 2.ª Jornada
Geórgia - República Checa: 1-1
Golos: Mikautadze / Schick
Um ponto que deixou mais felizes os caloiros georgianos do que os experientes checos...
Grupo E / 2.ª Jornada
Bélgica - Roménia: 2-0
Golos: Tielemans, De Bruyne
Diabos Vermelhos ressuscitam à 2.ª jornada...
Eslováquia - Ucrânia: 1-2
Golos: Schranz / Shaparenko, Yaremtchuk
Grito da revolta ucraniana chegou no segundo tempo...
Grupo D / 2.ª Jornada
Holanda - França: 0-0
Primeiro nulo do Europeu castiga falta de eficácia gaulesa...
Grupo D / 2.ª Jornada
Polónia - Áustria: 1-3
Golos: Piatek / Trauner, Baumgartner, Arnautovic
Polacos órfãos da sua estrela-mor (Lewandowski) são a primeira equipa a dizer adeus ao Euro...
Grupo C / 2.ª Jornada
Inglaterra - Dinamarca: 1-1
Golos: Kane / Hjulmand
À bomba os vikings travam a armada britânica...
Grupo C / 2.ª Jornada
Eslovénia - Sérvia: 1-1
Golos: Karnicnik / Jovic
Balão de oxigénio sérvio chegou no último suspiro do jogo...
Grupo B / 2.ª Jornada
Espanha - Itália: 1-0
Golo: Calafiori (a.g.)
Vitória magra para tanto domínio fe futebol espetáculo produzido por La Roja...
Grupo A / 2.ª Jornada
Escócia - Suíça: 1-1
Golos: McTominay / Shaqiri
Empate mantém escoceses à tona da qualificação...
Grupo A / 2.ª Jornada
Alemanha - Hungria: 2-0
Golos: Musiala, Gundogan
Germânicos são a primeira equipa do Euro 2024 a qualificar-se para a fase a eliminar...
Grupo F / 1.ª Jornada
Portugal - República Checa: 2-1
Golos: Francisco Conceição, Hranac (a.g.) / Provod
Joker (Francisco Conceição) lançado perto do fim numa vitória justa mas arrancada a ferros...
Grupo F / 1.ª Jornada
Turquia - Geórgia: 3-1
Golos: Muldur, Guler, Akturkoglu / Mikautadze
Experiência turca fez a diferença num jogo em que apesar de tudo irá ficar na história da estreante Geórgia...
Grupo E / 1.ª Jornada
Roménia - Ucrânia: 3-0
Golos: Stanciu, Marin, Dragus
Estes romenos prometem ser um caso sério neste Europeu...
Grupo E / 1.ª Jornada
Bélgica - Eslováquia: 0-1
Golo: Schranz
Diabos Vermelhos foram ao tapete na primeira grande supressa do Euro alemão...
Grupo D / 1.ª Jornada
Áustria - França: 0-1
Golo: Wober (a.g.)
Gauleses beneficiaram do infortúnio de uma Áustria que surpreendeu pela positiva...
Grupo D / 1.ª Jornada
Polónia - Holanda: 1-2
Golos: Buksa / Gakpo, Weghorst
Koeman tirou coelho da cartola (Weghorst) para salvar a laranja...
Grupo C / 1.ª Jornada
Sérvia - Inglaterra: 0-1
Golo: Bellingham
Vitória sofrida de um candidato (?) que pode fazer muito melhor...
Grupo C / 1.ª Jornada
Eslovénia - Dinamarca: 1-1
Golos: Janza / Eriksen
Ninguém se ficou a rir num duelo de candidatos ao segundo lugar do grupo...
Itália - Albânia: 2-1
Golos: Bastoni, Barella / Bajrami
Campeões da Europa em título não ganharam para o susto quando Bajrami marcou o golo mais rápido (23 segundos) da história dos Euros...
Grupo B / 1.ª Jornada
Espanha - Croácia: 3-0
Golos: Morata, Fabián Ruiz, Carvajal
La Roja rejuvenescida entra com o pé direito no grupo da morte...
Grupo A / 1.ª Jornada
Hungria - Suíça: 1-3
Golos: Varga / Duah, Aebischer, Embolo
Relógio suíço esteve certinho na hora de afinar a pontaria à baliza magiar...
Grupo A / 1.ª Jornada
Alemanha - Escócia: 5-1
Golos: Wirtz, Musiala, Havertz, Fullkrug, Pode / Rudiger (a.g.)
Anfitriões demoliram facilmente uma frágil Escócia na abertura do Euro...
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Entrada para a final de Dublin |
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Kenneth Hoey |
Vingança croata serviu-se na Turquia
Em 2017 Portugal volta a participar na fase final da Taça das Regiões da UEFA, desta feita pela Associação de Futebol de Lisboa, que assim se torna na terceira associação a representar a nação lusa na fase decisiva da competição. Depois de um ano antes se ter sagrado campeã nacional da Taça das Regiões, a seleção lisboeta superou uma fase intermédia realizada na Polónia, na cidade de Legnica, em setembro de 2016, garantindo desta forma a qualificação para a fase final, um feito que não passou despercebido à Câmara Municipal de Lisboa, que homenageou a comitiva no regresso do leste da Europa. A fase final da UEFA Regions Cup de 2017 aconteceu em Istambul, na Turquia, tendo a turma lisboeta sentido o profissionalismo que a UEFA aplica nesta competição de futebol não profissional, e a prova disso é que a comitiva lusa ficou hospedada no moderno Complexo Desportivo da Federação Turca de Futebol. A competição em si não correu de feição à seleção regional portuguesa, comandada por Marco Guerreiro, já que não foi além de um 3.º lugar no Grupo A, fruto de três empates, um dos quais contra os futuros campeões do torneio, a seleção regional de Zagreb. As exibições da seleção da Associação de Futebol de Lisboa na fase final mereceram, porém, alguns elogios por parte da imprensa local e dos seus adversários diretos. E seria então no Complexo Desportivo da Federação Turca de Futebol que se realizou a final da 10.ª edição da competição, um jogo cujo desfecho soube a… vingança. Ou seja, a seleção de Zagreb vingou a derrota na edição anterior ante a seleção irlandesa da Eastern Region contra a… seleção irlandesa da Munster/Connacht. O momento chave da final aconteceu ao minuto 26, quando Toni Adzic fez o único tento do jogo que assegurou a vitória final à seleção croata. Zagreb tornou-se assim na primeira equipa da Croácia a vencer esta competição.
Polacos do Dolny Slask bisam na final dos cinco penáltis
Depois de Veneto, em 2013, foi a vez da seleção regional polaca de Dolny Slask vencer a competição pela segunda vez na história. Corria o ano de 2019, quando a região da Baviera, na Alemanha, acolheu a fase final da prova. A seleção da casa chegou à final, o que desde logo se constituiu como um feito histórico, já que até então nenhuma seleção regional germânica o havia conseguido, mas os polacos estragaram a festa numa final insólita. E porquê assim o foi? Porque todos os cinco golos do jogo que iria definir o campeão da 11.ª edição da competição foram apontados da marca de grande penalidade! Não há memória de uma final europeia assim, de facto. O primeiro golo foi para a turma da casa, por intermédio de Ugur Turk, aos 35 minutos. A seleção de Dolny Slask correu então atrás do prejuízo, e o empate chegou em cima do intervalo, novamente na cobrança de um castigo máximo. O primeiro remate de Mateusz Jaros foi defendido pelo guardião da casa, mas na recarga o polaco atirou a contar. Ainda antes do intervalo o guarda-redes da casa fez uma defesa espetacular que evitou novo tento dos forasteiros, mas aos 47 minutos da segunda metade nada pôde fazer quando o árbitro romeno Sebastian Coltescu assinalou o terceiro penálti da tarde no relvado da Wacker-Arena, em Burghausen. Kornel Traczyk não perdoou e fez o 2-1 para a seleção polaca, de nada valendo a estirada do guardião alemão, que adivinhou o lado para onde foi a bola. A tarefa dos alemães, que até começaram esta final por cima, fruto de uma maior iniciativa ofensiva, ficou mais complicada à passagem do minuto 70, quando Michael Kraus viu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com mais um jogador em campo, os polacos deram a machadada final aos 80 minutos, altura em que Bohdanowicz fez o 3-1. Os donos da casa lutaram com todas as suas armas para chegar de novo ao golo, tendo sido premiados em cima dos 90 minutos com um novo penálti, o qual seria convertido por Lukas Igrund. De nada valeu este golo, já que pela segunda vez na história a seleção de Dolny Slask levava para casa a taça.
Euforia nas Rias Baixas galegas
2020 fica para a história como o ano em que o Mundo foi assombrado por uma pandemia: a Covid-19. Em poucos meses, o vírus espalhou-se por todo o planeta, infetou mais de 75 milhões de pessoas e causou impactos negativos em todos os setores. Naturalmente que o desporto também foi e muito afetado pelo efeito da Covid-19. Foram vários os grandes eventos desportivos cancelados, ou adiados, um pouco por todo o Mundo devido ao surto do novo coronavírus. Também a Taça das Regiões da UEFA foi vítima do novo coronavírus, tendo a sua edição de 2021 sido cancelada por força da pandemia. Desta forma, só em 2023 o certame voltou à ribalta, desta feita na região da Galiza, em Espanha. E pela sexta ocasião em 25 anos de história da competição, a taça voltava a ficar em casa, isto é, conquistada pela seleção anfitriã. O título coroou uma seleção que irá, por certo, ficar na história do futebol desta região do norte de Espanha, já que a equipa orientada por Iván Cancela concluiu em Vilagarcía de Arousa, localidade que acolheu a final, um trajeto 100 por centro vitorioso de… quatro anos. Por outras palavras, a turma galega não conheceu a derrota ao longo de quatro anos consecutivos. A fase final da 12.ª edição do certame foi a todos os níveis espetacular, desde o futebol desenvolvido pelas oito seleções presentes, como de igual modo pela excelente organização.
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Golo da Galiza contra a equipa bósnia |
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Álex Rey festeja com os adeptos na final |
E assim chega ao fim esta nossa viagem pela história desta competição.
Esta foi na verdade uma das finais mais dramáticas e ao mesmo tempo emotivas destes 25 anos de história da competição. Quando o público da casa já festejava nas bancadas a vitória da seleção da região Sudoeste-Sofia, eis que um balde de água fria caiu sobre eles a sensivelmente 10 minutos do fim.
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Arkadiusz Piech |
A fase final desta edição da Taça das Regiões seria então considerada pela UEFA como a melhor de sempre, até então, a julgar pelas palavras de Jim Boyce, o então vice-presidente da UEFA para o futebol juvenil e amador. Já aqui frisamos que esta competição é disputada por futebolistas não profissionais, ou que sejam semi-profissionais, mas isso não quer dizer que muitos deles não alcancem no futuro a profissionalização no futebol. E a seleção regional Dolny Slask é um bom exemplo disso, já que dois dos jogadores que venceram esta Taça das Regiões lograriam chegar à seleção principal do seu país e a jogar na 1.ª divisão da Polónia. Foram os casos de Arkadiusz Piech e Janusz Gol, que também se aventuraram no futebol internacional, ao competirem ao mais alto nível nos campeonatos da Turquia, do Chipre – no caso de Piech – e da Rússia – no que diz respeito a Gol.
Castilla e León resgata a taça para Espanha
Berço de notáveis futebolistas/treinadores espanhóis, casos Paco Llorente, Vicente Del Bosque, Juan Mata, entre outros profissionais de relevo, a região de Castilla e León levou em 2009 para Espanha pela segunda vez o título de campeão da Europa de futebol amador. Feito alcançado debaixo do sol tórrido da Croácia, mais concretamente na região de Zagreb. No entanto, a seleção regional da casa esteve muito longe de colocar a mão na taça, já que não foi além do 3.º lugar do Grupo A da fase final, ficando a 3 pontos do vencedor do grupo, os romenos da região de Oltenia. Em termos mais precisos, a seleção regional da Roménia derrotou a seleção de Privolzhie (Rússia) por 2-0, com golos de Mirel Sârbu e Adrian Marinescu, e a região de Bratislava (Eslováquia) pelo mesmo resultado, com golos de Bogdan Preda e Mirel Sarbu. No último jogo, os romenos empataram com a equipa da casa a uma bola, sendo que o tento da região de Oltenia foi apontado por Alin Vacaru. Por seu turno, a seleção de Castilla e León teve uma fase de grupos imaculada, isto é, só com vitórias, sobre os representantes da Bósnia (Gradiaka), da República da Irlanda (Region I) e da Bélgica (Kempen). Neste trajeto invicto os espanhóis apenas sofreram um golo, apontado pela equipa belga, e marcaram sete tentos. Chegados à final, realizada no Estádio do NK Inter de Zapresic, os dois combinados realizaram uma primeira parte onde imperou o futebol rápido e vertical praticado por ambos os lados. Nota de rodapé para dizer que após uma fase de grupos disputada sob intenso calor, a final foi realizada debaixo de pequenos chuviscos! Mas voltando ao encontro, seria no seguimento de uma bola dividida que aos 18 minutos António Ramirez apontou o primeiro tento dos espanhóis, após boa jogada de entendimento com o seu companheiro Alonso. Empolgada pelo golo, a seleção de Castiila e León assumiu as despesas do jogo e partiu para cima do adversário em busca de mais. Porém, aos 25 minutos, Adrian Sirbu, repôs a igualdade na sequência de um cabeceamento que apanhou desprevenido o guardião Álex. A seleção regional espanhola continuou num registo sólido na segunda metade, período este onde as duas equipas foram em busca de um novo golo de forma persistentes. Neste aspeto, foi mais eficaz a seleção de Castilla e León que aos 80 minutos chegou ao 2-1, na marcação de um livre apontado por Mato, tendo na sequência do lance Mirel Adrian Sirbu rematado com êxito para o fundo das redes de Alexandra Popescu.De Braga a Barcelos se fez o trajeto da glória portuguesa
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Imagens da final, em Barcelos |
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Bracarenses fazem a festa |
Veneto bisa na casa de partida
Em 2013 a Taça das Regiões da UEFA voltou à sua casa de partida: a região de Veneto. E tal como em 1999, aquando da primeira edição, tudo terminou da mesma forma, isto é, com a seleção regional de Veneto a ficar com a taça na sua posse, entrando desde logo para a história da competição pelo facto de pela primeira vez uma seleção distrital ter-se sagrado campeã da Europa de futebol amador pela segunda ocasião. Depois de vencer o Grupo A da fase final de forma invicta, a seleção regional transalpina avançou para a final, onde tal como em 99 a esperava uma equipa vinda de Espanha, neste caso a seleção da Catalunha. Disputada tal como na primeira edição no Stadio Comunale delle Terme, em Abano, a final, com arbitragem portuguesa, a cargo de Artur Soares Dias, seria decidida nas grandes penalidades, após um nulo no final dos 120 minutos. Em termos mais precisos, assistiu-se a uma primeira parte marcada pelo equilíbrio entre duas seleções que apresentaram em campo o mesmo esquema tático: 4-3-3. A jogar em casa o conjunto italiano entrou melhor no que toca à ambição de chegar ao golo, já que logo no primeiro minuto Gasparato errou o alvo por pouco. Aos 7 minutos os catalães apareceram pela primeira vez com algum perigo junto da baliza à guarda de De Carli, com Cornella a falhar o golo na cobrança de uma falta. À passagem do quarto de hora os donos da casa fazem uma nova incursão perigosa no ataque, mas o remate de Meda é travado com atenção pelo guarda-redes Carlos Miguel. A seleção catalã só consegue colocar em sentido a defesa transalpina através de lances de bola parada, sendo que numa dessas ocasiões Cornella volta a colocar à prova De Carli, corria o minuto 29. O equilíbrio foi de novo a nota dominante na maioria da segunda parte. Aos 48 minutos, De Carli foi o primeiro guarda-redes chamado a intervir, após um belo remate do catalão Garros. Pouco depois, o Veneto cria aquela que pode ser considerada a primeira grande oportunidade do encontro, quando Furlan rematou à trave da baliza catalã. A equipa orientada pelo técnico Toniutto cresceu no jogo, e aos 53 minutos uma nova tentativa de Furlan é travada desta feita pelo guardião Carlos Miguel. Três minutos volvidos é a vez da Catalunha responder, com Pol a obrigar De Carli a defesa apertada. O jogo entrou num ritmo de parada e resposta, com mais um par oportunidades claras até final dos 90 minutos a surgirem de um lado e do outro. No prolongamento assiste-se a um jogo morno, um pouco desinteressante, sem lances de maior emoção. A única nota de relevo deu-se aos 106 minutos, altura em que o italiano Mantovani recebe ordem de expulsão de Artur Soares Dias. E com 0-0 no marcador a decisão foi para penaltis. E na marca dos 11 metros a seleção de Veneto foi mais competente e venceu por 5-4 - Lorenzatti, Vettoretto, Polonese, Gasparato e Gagno marcaram para os italianos, e Vivo falhou a grande penalidade decisiva para os catalães, depois dos seus colegas de equipa, Gallego, Puerto, Puigoriol e Munta, terem convertido com êxito os seus remates.(continua)
Porém, o facto de grande parte dos jogadores filiados nas 54 federações que são membros da UEFA serem amadores, ou semi-profissionais, o organismo que tutela o futebol europeu reativou a competição, sob outra designação, já na reta final do século XX, permitindo que personagens do mundo do futebol não profissional vivam o sonho de competir a nível internacional como se estivessem a viver a fazer final de um Campeonato da Europa ou de uma Liga dos Campeões. «Estes são os rapazes que fazem isto por nada, apenas pelo amor ao jogo», disse em 2015 o treinador da equipa irlandesa da Eastern Region, que venceu a Taça das Regiões desse ano e que de certa forma ajuda a explicar a essência da competição, ou seja, a de que a maioria dos futebolistas tem as suas atividades profissionais – nas mais diversas áreas, e que muitas delas nada têm a ver com o futebol – e que encaram a modalidade apenas por mero divertimento.
Há que ter um certo cuidado, no entanto, quando rotulamos esta competição de amadora, pois na verdade, a sua organização é encarada de forma tão profissional como a fase final de um Europeu, proporcionando desta forma aos futebolistas uma experiência única de competição internacional organizada pela UEFA, com tudo o que de melhor essa prova tem direito. E é preciso igualmente um certo cuidado quando nos aludimos a estes futebolistas como amadores, já que apesar de não viverem exclusivamente do futebol, não quer dizer que o tratem, ou encarem, de forma amadora, perdendo dessa maneira o Belo Jogo o seu encanto, muito pelo contrário.
Em Roma sê Romano, ou neste caso, em Veneto ganham os que lá estão
Viajando agora pela história da Taça das Regiões da UEFA, percebemos que ela é disputada pelas regiões/associações de cada país da Europa que vencem as respetivas competições internas. Para exemplificar, no caso português, é disputada de dois em dois anos a Taça das Regiões/Fase Nacional pelas 22 associações de futebol que existem em Portugal – uma por cada distrito –, sendo que o campeão nacional, digamos, se apura para a Taça das Regiões da UEFA a realizar no ano seguinte.![]() |
Italianos e espanhóis posam para a foto antes da primeira final |
A.F. Braga passou muito perto de uma glória que viria a alcançar
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Petr Macala |
Título regressa a Itália
40 seleções regionais participaram na terceira edição da Taça das Regiões da UEFA, um sinal claro da crescente popularidade do torneio. No entanto, só oito alcançaram a fase final, que desta feita teve como palco a região alemã de Wurttemberg. Um verdadeiro forno, diz quem lá esteve no mês de junho de 2003, altura em que decorreu a competição debaixo de… calor intenso. Nos Grupo A os italianos da região de Piedmont–Aosta Valley não entraram bem no torneio ao empatarem a uma bola com a seleção das Astúrias (Espanha), ao passo que a seleção anfitriã derrotou a seleção helvética de Ticino por claros 4-0. A vitória do combinado transalpino por 3-0 sobre Ticino e o empate (1-1) dos alemães com as Astúrias na 2.ª ronda, adiaram a decisão sobre quem passava à final para a derradeira jornada. E perante uma razoável moldura humana no Estádio do Carl-Zeiss, em Oberkochen, o Wurttemberg perdeu por 1-3 diante dos italianos, que assim asseguraram a passagem ao jogo mais desejado. E pela frente a turma do Piedmont–Aosta Valley teve a seleção da Ligue du Maine, de França, que venceu o Grupo B graças à regra de desempate por confronto direto, já que no final das contas terminou com os mesmos pontos (6) que a seleção húngara de Szabolcs Gabona. No entanto, o facto de na 1.ª jornada ter despachado os magiares por expressivos 8-3 – que até hoje constitui o resultado mais dilatado numa fase final da competição – garantiu a qualificação aos pupilos do técnico René Logie.![]() |
O atacante francês Anthony Guyard |
Orgulho na identidade basca fez-se sentir na Polónia
Regionalistas convictos, e por consequência defensores acérrimos das suas raízes, os bascos vivenciaram em 2005 a primeira grande conquista internacional do seu futebol no âmbito da Taça das Regiões da UEFA. Facto ocorrido na Polónia, mais precisamente em Proszowice, local onde a seleção de Euskadi, ou País Basco na nossa língua, derrotou a seleção da região Sudoeste-Sofia (Polónia), por 1-0 na final, e conquistou o primeiro troféu para Espanha. Os bascos terminaram o Grupo B com os mesmos pontos (6) que os ucranianos do KZESO Kakhovka, mas levaram a melhor no confronto direto – fruto de um triunfo por 4-1 na 1.ª jornada – o que lhe permitiu jogar a final com a seleção campeã da Bulgária. Esta última equipa atingiu o jogo decisivo de forma dramática, isto é, nos minutos finais da 3.ª jornada da fase de grupos, altura em que a seleção da Eslováquia Central vencia por 2-1 a turma búlgara e estava a somente 5 minutos de atingir a final. Foi nesta altura que um cabeceamento pleno de êxito de Ivan Todorov bateu o guardião Peter Pernis – considerado um dos melhores desta edição da prova – e levou os búlgaros para o jogo decisivo. E seria numa tarde chuvosa que que bascos e búlgaros evoluíram no relvado do Estádio de Proszowice perante os olhares de cerca de 350 espetadores. A final ficaria decidida por apenas um golo a favor dos bascos, e que golo esse! Um golaço, melhor dizendo, apontado por Alain Arroyo à passagem dos 33 minutos da primeira metade.![]() |
A seleção de Euskadi campeã em 2005 |
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Alain Arroyo |
(continua)