Quando a paixão pelo futebol - sobretudo pela sua história - assume, a cada dia que passa, contornos mais vincados, o enigma em torno de como passar um derradeiro dia de férias é fácil de ser desvendado: efetuar uma viagem até ao passado do belo jogo. Assim foi. Viagem essa realizada até um museu real, a um local encantador, recheado de deliciosos retalhos históricos de um dos maiores emblemas de Portugal, que no presente procura reencontrar-se com o nobre e histórico passado. Falamos do Boavista Futebol Clube, notável símbolo da Cidade do Porto, fundado em 1903, mais de um século de vida repleto de histórias e glórias, sendo que grande parte delas encontram-se eternizadas neste Museu REAL do Futebol. Situado no interior do renovado Estádio do Bessa - a casa dos axadrezados - o Museu do Boavista prima pelo brilho das centenas de troféus guardados religiosamente nas dezenas de vitrinas que enfeitam um espaço que apesar de pequeno se rodeia de encantos mil para os apaixonados pelo passado do jogo.
Quem entra no Museu do Boavista não fica indiferente às várias alusões feitas ao Major Valentim Loureiro, dirigente histórico do clube, que neste espaço se encontra eternizado em fotografias ou caricaturas (como estas que podem ser vistas nas imagens de cima). Chegado ao Boavista em 1982, Valentim Loureiro transformou o Boavista em... Boavistão, vencendo importantes troféus nacionais (taças de Portugal e Supertaças "Cândido de Oliveira"), além de ter apresentando o emblema à Europa do Futebol.
A família Loureiro fez indiscutivelmente do Boavista um dos maiores clubes portugueses. Depois de Valentim Loureiro ter iniciado o percurso vitorioso no início dos anos 80 do século passado, o seu filho, João Loureiro, levou o clube ao Olimpo do Futebol, na sequência da conquista do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 2000/01, muito provavelmente o maior feito da centenária história do clube, e com direito a um local de destaque neste museu, já que logo à entrada do espaço podemos vislumbrar a fotografia do plantel que levou o Boavista ao título, e a camisola usada nessa gloriosa época com a menção alusiva a essa conquista, e que pode ser vista na imagem de cima.
Para além de centenas de troféus, as paredes do pequeno mas deslumbrante museu boavisteiro estão cobertas de fotografias de antigos e valorosos homens que ajudaram a escrever a rica história do clube. É o caso de Manuel de Sousa, futebolisticamente eternizado como Casoto, atleta (guarda-redes) que em 1926 se tornou no primeiro jogador do emblema tripeiro a vestir o manto sagrado da seleção nacional.
Para além de centenas de troféus, as paredes do pequeno mas deslumbrante museu boavisteiro estão cobertas de fotografias de antigos e valorosos homens que ajudaram a escrever a rica história do clube. É o caso de Manuel de Sousa, futebolisticamente eternizado como Casoto, atleta (guarda-redes) que em 1926 se tornou no primeiro jogador do emblema tripeiro a vestir o manto sagrado da seleção nacional.
O Boavista foi fundado a 1 de agosto de 1903, por trabalhadores ingleses da Fábrica Graham, sendo que o preto e o branco foram as cores desde logo adotadas para colorir o primeiro emblema do clube, que pode ser visto na imagem de cima, e que no museu axadrezado se encontra em grande destaque estampado numa gigante bandeira que salta à vista numa das paredes da sala.
De entre as largas centenas de troféus que se encontram na sala, uma dezena assume o estatuto de atração principal. Falamos das cinco Taças de Portugal (1975,1976,1979, 1992,e 1997), das três Supertaças "Cândido de Oliveira" (1979,1992, e 1997) e da taça de campeão nacional (2001) conquistadas pelo emblema axadrezado, troféus que se encontram vincados numa vitrina central posicionada no meio da sala.
Mais vitrinas, apinhadas de troféus, conquistados quer pelo futebol (sénior e dos escalões de formação) quer por outras modalidades de um clube que hoje se assume como um dos mais ecléticos do país.
É quase impossível destacarmos um canto em particular deste museu pelo qual tenhamos sentido uma atração especial, já que todos os pormenores do Museu do Boavista são encantadores. Porém, e como entusiastas de equipas do passado, não pudemos ficar indiferentes a uma parede onde estão emolduradas dezenas de equipas lendárias do clube. Nas imagens de cima recordamos a equipa que em1937 venceu o primeiro título nacional do clube (a 2ª Divisão) e a turma que em 1975 conquistou ao Benfica a Taça de Portugal.
Ao longo da sua história o Boavista defrontou milhares de outros emblemas, alguns de reduzidas dimensões, outros de gigantescas proporções Neste último caso, equipas como o Parma, Paris SG, Flamengo, Portuguesa dos Desportos, Malmo, Bayern de Munique, Manchester United, Feyenoord, Espanyol, Barcelona, Auxerre, Inter de Milão, Celta de Vigo, entre muitos, muitos outros, cavaleiros ilustres do futebol internacional cruzaram-se com o emblema de xadrez. Cruzamentos esses que podem ser recordados na extensa parede onde se encontram os galhardetes dos clubes com quem o Boavista se cruzou ao longo da história.
Vídeos elaborados pelo Museu Virtual do Futebol durante a visita efetuado ao
Museu do Boavista Futebol Clube
Gostei. Apesar de não simpatizar com o Boavista, por saber que seus adeptos são em maioria adeptos do Benfica e como tal se costumam portar como sendo contra o Porto... apreciei esta evocação museológica, por seguir a forma clássica que mais aprecio nestes espaços. Claro que a apresentação modernizada, tipo museus do F C Porto e do Benfica, é mais atrativa, mas em todos deveria haver uma mescla, com o que há naqueles e neste, com uma parte artística e outra real.
ResponderExcluirParabéns por esta mostra, pois desconhecia este museu, também.
Armando Pinto
Memória Portista
A introdução da sua resposta demonstrou a sua ignorância acerca do clube. Boavisteiros Benfiquistas? Só na sua cabeça....
ExcluirClube único, com uma cultura sem igual. Os adeptos defendem aquelas cores com paixão. Não são adoradores de jogadores mas sim do seu clube. Maioritariamente os seus adeptos são moradores de várias zonas em redor do estádio, o emblemático "Bessa" um autentico templo e o Boavista a religião. Fundado por ingleses e portugueses o clube tem na sua gênese a diversificação e a não descriminação de classes e culturas. Normalmente o adepto portista não compreende o axadrezado, pois para estes o fundamental é competir e defender a honra do clube e se isso for feito pelos seus atletas dentro de campo a missão está cumprida e os adeptos aplaudem mesmo que isso implique uma derrota pois a quem dá tudo não se pode pedir mais. As vitórias são importantes mas não são tudo.
ResponderExcluirO Boavisteiro não gosta de mais nenhum clube por muito que os "andrades" os tentem associar a outros. Convêm lembrar-lhes que o clube amigo do FC Porto era o Benfica até chegar o Sr. Pinto da Costa ao poder. Aliás até uma data de fundação arranjou para ser o clube mais antigo da cidade. O BFC é sem dúvida o grande clube da cidade. É lá que estão as suas raizes.