sexta-feira, abril 19, 2013

Futebol nos Jogos Olímpicos (9)... Melbourne 1956

Em 1956 o torneio olímpico transpunha pela primeira vez  as fronteiras da Europa. Desde que havia sido oficializado em 1908 o futebol olímpico nunca havia sido jogado fora dos relvados do Velho Continente, o palco onde se assumia indiscutivelmente como ator principal do teatro desportivo. Fora deste continente o belo jogo parecia por aqueles dias ainda não ter adquirido o estatuto de desporto rei, sendo a exceção a América do Sul, onde há muito que já era tratado de forma principesca. Em termos olímpicos o ato de fé de que a modalidade ainda não era venerada a 100% - o mesmo será dizer que ainda não suscitava um interesse profundo - foi que nos Jogos de 1932, em Los Angeles, ela nem sequer fez parte do programa olímpico. Mas a meio do século XX tudo parecia estar a mudar, ou pelo menos a tentar.
Em 1956 os Jogos Olímpicos disputam-se na longínqua Austrália, mais concretamente na cidade de Melbourne, que assim testemunhou a primeira aparição das Olimpíadas no hemisfério sul. O facto de terem decorrido num local tão distante fez com que a esmagadora maioria das delegações tivesse enfrentado um duro desafio financeiro para levar um alargado leque de atletas à grande ilha do Pacífico. Assim sendo - e face às dificuldades financeiras para fazer uma viagem tão longa - a maior parte das nações fizeram-se representar por reduzidas comitivas, com pouquíssimos atletas, transformando a maior parte das competições que integravam o cartaz olímpico de 56 num enorme... deserto. Marcado por muitas ausências esteve igualmente o torneio olímpico de futebol, onde apenas 11 equipas - sim, somente 11 (!!!) - lutaram pelo ouro. Desde 1912, em Estocolomo, que o torneio olímpico não tinha tão poucos concorrentes! Sem dúvida que este não era o melhor cartão de visita para apresentar, e sobretudo fidelizar, o futebol noutros cantos do planeta que não na Europa e na América do Sul.

Outro aspeto que empobreceu muito o torneio olímpico de Melbourne foram as lutas políticas. Cerca de um mês antes do início dos Jogos a União Soviética invade a Hungria com a intenção de contestar uma manifestação popular, que ficou conhecida como a Revolução Húngara de 56, onde o povo magiar exigia uma maior autonomia da sua pátria em relação aos soviéticos. Por esta altura a lendária seleção húngara do início dos anos 50 - campeão olímpica em 1952, e vice campeã do Mundo em 1954 - já se havia desmembrado, com os seus melhores jogadores - entre outros Puskas, Czibor, ou Kocsis - a pedir asilo político a outros países onde continuariam as suas lendárias carreiras desportivas.
Para Melbourne viajaram apenas cinco seleções europeias, a maioria delas oriundas do leste, com destaque para a União Soviética, que pela segunda vez na sua história marcava presença nos Jogos, e para a Jugoslávia, a eterna vice-campeã olímpica, como mais à frente se iria confirmar... mais uma vez. Além destas também seguiram viagem para a Austrália os combinados da Grã-Bretanha, Alemanha (unificada !!!), e a Bulgária. Teoricamente deste grupo pensava-se que pudesse sair o novo campeão olímpico, até porque as restantes seis seleções pertenciam a uma espécie de sub-mundo do futebol, com poucas, ou nenhumas, provas dadas no cenário futebolístico internacional, como eram os casos da Tailândia, Índia, Indonésia, Japão, Estados Unidos da América, e a turma anfitriã, a Austrália. Estes eram os 11 participantes do desolador torneio olímpico de 56, e como já deu para ver da América do Sul nem uma única seleção se aventurou fazer a viagem até à terra dos cangurus, onde o soccer - como lá é conhecido o futebol - era ainda um verdadeiro enigma.
Novidade no torneio olímpico de 1956 o facto de a maioria das seleções ter tido a necessidade de passar por uma fase de qualificação para carimbar o passaporte para a fase final.

Países de leste confirmam favoritismo... com algumas dificuldades pelo meio

Foi no peculiar Melbourne Olympic Park - de arquitetura oval (!) - que decorreram a esmagdora maioria das provas olímpicas de 1956, sendo uma delas o futebol. A 24 de novembro entram em campo União Soviética e a Alemanha unificada - uma das novidades do torneio. Germânicos que apesar de ostentaram o título de campeões do Mundo - conquistado dois anos antes na Suíça pelos alemães do ocidente, isto é, pela República Federal da Alemanha - apresentavam-se em Melbourne com uma equipa constituida por jovens jogadores amadores, sem qualquer experiência internacional. Orientada pela lenda da tática que em 54 havia conduzido os alemães ocidentais à épica conquista do Mundo, Sepp Herberger, a seleção teutónica fez a vida negra aos frios e desconhecidos soviéticos no encontro que abriu a primeira eliminatória do torneio. Aos 23 minutos Anatoli Issaev abriu o marcador de um jogo disputado às 14:30h da tarde... debaixo de um calor sufocante tipicamente australiano. Já na segunda parte, e muito perto do fim, os homens de leste carimbaram o ingresso nos quartos-de-final, quando à passagem do minuto 86 Eduard Streltsov fez o segundo tento da sua seleção. Porém, a boa performance dos germânicos seria justamente premiada com um golo, aos 89 minutos, em cima do apito final do inglês Robert Mann, por intermédio de Ernst Habig. 2-1 final, um triunfo sofrido de uma União Soviética que era uma verdadeira incógnita para o mundo ocidental. 


Olhavam para eles com desconfiança, muito devido ao seu posicionamento político perante o resto do mundo. O seu ainda pouco conhecido desempenho desportivo era classificado por muitos como científico e metódico, e para outros pouco atrativo sob o ponto de vista técnico. Assim era o futebol soviético, protagonizado por aquela misteriosa equipa que na sua camisola vermelha trazia impressa as siglas CCCP. Por trás da cortina de ferro do bloco comunista havia um novo mundo para descobrir sob o ponto de vista desportivo, o qual começou precisamente a deixar-se vislumbrar nestes Jogos de 1956, já que no final eles levariam para casa um impressionante número de 98 medalhas, entre as quais figurava a rodela de ouro que seria conquistada no futebol. Mas já lá iremos. 


A 26 de novembro perante uma desoladora assistência de pouco mais de 3500 pessoas a experiente Grã-Bretanha massacrava a para lá de modesta Tailândia - que fazia a sua estreia nas andanças olímpicas no que a futebol concerne - com nove golos sem resposta, com destaque para o hattrick de John Laybourne. 
Um dia mais tarde foi a vez da seleção da casa fazer não só a sua estreia em torneios olímpicos mas também num grande evento futebolístico internacional. Completamente desconhecido - para o mundo ocidental - o soccer australiano media forças com o Japão. Segundo crónicas da época os socceroos não se apresentaram no evento na sua melhor condição física, tendo iniciado a sua preparação apenas quatro semanas antes deste ter início. Contudo, apesar de mais fortes sob o ponto de vista técnico os japonenses não conseguiram furar a sólida defensiva local. E como quem não marca sofre aos 26 minutos Graham McMillan apontou - de grande penalidade - o primeiro golo da tarde para a Austrália. Na segunda parte os nipónicos bem tentaram dar a volta por cima, mas a sorte nada queria com eles, e à passagem do minuto 61 Frankie Loughran selou definitivamente o triunfo dos australianos que assim vivenciavam o primeiro momento dourado do seu soccer.

No dia 28 tinham início os quartos-de-final. Aproximadamente 5300 espetadores visionaram a segunda maior goleada verificada no torneio. A favorita Jugoslávia vergava os Estados Unidos da América por concludentes 9-1, com destaque para os hattricks de Muhamed Mujic, e Toza Veselinovic, este último que haveria de ser um dos três melhores marcadores da competição (juntamento com o indiano D'Souza, e o búlgaro Stoyanov), com um total de quatro remates certeiros.
No dia seguinte o fator surpresa pairou sobre o Melbourne Olympic Park. A União Soviética não iria além de um pobre empate a zero golos diante da modesta Indonésia (!) Exibindo um futebol fraco sob o ponto de vista técnico os soviéticos eram obrigados a um segundo jogo ante o combinado asiático marcado para dois dias mais tarde. Surpreedente foi também a vitória da Bulgária sobre a Grã-Bretanha, e logo por números a que os súbitos de Sua Majestade estavam pouco habituados. 6-1 para os búlgaros, que confirmavam assim a superioridade os países do leste europeu sobre a demais concorrência.
Empolgados com a vitória da primeira ronda cerca de 7500 australianos deslocaram-se ao anfiteatro olímpico para ver os socceroos em ação diante da Índia, que aparecia pela terceira vez consecutivo no torneio. Um confronto que ditou desde logo uma certeza: pela primeira vez uma seleção do oriente iria marcar presença nas meias finais de um torneio olímpico. A anteceder o duelo entre autralianos e indianos um episódio curioso, diria mesmo caricato, fez correr muita tinta. Os indianos queriam jogar descalços, à semelhança do que haviam tentado fazer no Campeonato do Mundo de 1938. Aí, a FIFA não permitiu que os atletas daquele país atuassem sem botas específicas para a prática do futebol. Só que em Melbourne quem mandava era o Comité Olímpico Internacional (COI), e como este continuava a defender o desporto amador contra o profissionalismo da FIFA deu aval para que os indianos jogassem da forma que preferissem! No entanto, e depois de muita discussão - com os australianos a protestar tal decisão do COI - os indianos concordariam em jogar de chuteiras. E o que é certo é que com ou sem botas a Índia humilhou a equipa da casa por 4-2, com destaque para três golos de Neville Stephen D' Souza. Quanto aos socceroos, e graças a uma paupérrima exibição, baseada num jogo violento para com os seus adversários, terminavam a sua aventura olímpica.  


Entretanto neste mesmo dia 1 de dezembro a União Soviética era obrigada a horas extras diante da Indonésia, depois do já citado 0-0 no primeiro jogo. Alertados para a surpresa oriental os soviéticos, mesmo sem encantar, puxaram dos seus galões e golearam os indonésios por claros 4-0, com realce para o bis de Sergei Salnikov. 
Este seria o último jogo em que os europeus mostrariam um futebol tecnicamente sombrio, já que nas meias finais o universo futebolístico ficaria finalmente a conhecer aquela que foi vincadamente uma das grandes seleções das décadas de 50 e 60 do século passado. 

Jugoslavos garantem presença na sua terceira final consecutiva


No dia 4 de dezembro o Melbourne Olympic Park era palco do Jugoslávia - Índia, o primeiro encontro alusivo às meias-finais do certame. Sem grandes dificuldades os europeus, mais experientes, e com maior poderio técnico-tático, bateram os asiáticos por claros 4-1, num jogo onde Papec foi a estrela da tarde ao apontar dois dos quatro golos jugoslavos. Os homens dos Balcãs marcavam assim presença na sua terceira final olímpica consecutiva. 
Um dia mais tarde apareceu então - finalmente - o perfume do futebol soviético. Os jogadores de leste mostraram ao planeta da bola o poderio do seu futebol, que sem ser de facto brilhante do ponto de vista técnico primava pela sagaz eficiência tática, pela força e precisão. Eles podiam não ter o encantador brilho técnico do lendário Uruguai das décadas de 20 e 30, por exemplo, mas apresentavam jogadas trabalhadas em laboratório, e um estudo prévio aprofundado sobre os seus adversários, facto que os iria rotular como os primeiros cientistas do futebol. Bom, mas voltando ao campo de batalha, o mesmo será dizer ao relvado do oval Melbourne Olympic Park, para recordar a curta mas merecida vitória soviética sobre a Bulgária, por 2-1, carimbada em prolongamento.


Búlgaros que caíram de pé, restando-lhes agora a luta pela medalha de bronze, cuja disputa decorreu a 7 de dezembro diante da Índia. 
Diante de pouco mais de 21 000 espetadores o combinado europeu finalizou a sua boa prestação neste torneio olímpico com um claro triunfo por três golos sem resposta, conquistado assim uma merecida medalha, a primeira do seu historial no que ao desporto rei diz respeito. 
Neste encontro o destaque individual foi para Todor Diev, autor de dois dos três tentos búlgaros. 
Quanto aos indianos este quarto lugar foi o maior feito do seu - ainda hoje - praticamente desconhecido futebol no plano internacional. 

União Soviética sobe ao lugar mais alto do pódio


E no dia 8 de dezembro o Melbourne Olympic Park registou a sua maior afluência, com quase 87 000 a marcarem presença na grande final do certame. Arbitrado pelo australiano Ron Wright o encontro foi muito equilibrado, ou não estivessem em campo as duas melhores seleções da prova. Equilíbrio que seria furado aos 48 minutos por Anatoli Ilyin, homem que entrou para a história do futebol soviético após apontar o único golo desta final olímpica, o golo que deu a primeira coroa de glória aos... cientistas do futebol. Naquele dia o Mundo ficou a conhecer uma equipa forte, com um fôlego inesgotável, comandada desde a baliza pelo imponente guarda-redes Lev Yashin, que com o seu equipamento negro, as suas enormes mãos, e a sua incrível agilidade entre os postes, impunha respeito a qualquer adversário. Foi neste ano que os soviéticos começaram a sair do seu reservado mundo, em busca da conquista de... novos mundos. Dois anos mais tarde brilhariam a grande altura no Mundial da Suécia, e em 1960 venceram a primeira edição do Campeonato da Europa. 
Quanto à Jugoslávia pela terceira olimpíada consecutiva fica com a prata! Parecia sina.

A figura: Lev Yashin


É apontado por muitos dos historiadores do belo jogo como o melhor guarda-redes de todos os tempos. Ele foi o esteio da geração dourada do futebol soviético, ficando eternizado no Olimpo do futebol como a Aranha Negra. Lev Yashin, o seu lendário nome, rapaz de modestas famílias nascido a 22 de outubro de 1929, em Moscovo, e que se deu a conhecer ao Mundo precisamente no início da década de 50, ao serviço do único clube cujas balizas defendeu ao longo de 20 anos de carreira, o Dínamo de Moscovo. Aos 14 anos trocou o hóquei sobre o gelo - a sua primeira paixão - pelo futebol, onde mostrou atributos até então nunca dantes vistos num guarda-redes. De bom porte atlético ele foi o primeiro keeper a sair sem medo aos pés dos temíveis avançados que ameaçavam a sua área. Dizem até que ele era capaz de ler a mente dos homens-golo... Era detentor de reflexos invejáveis e de um posicionamento tático perfeito entre os postes. Era a voz de comando das suas equipas, da baliza ele dava as ordens aos seus companheiros, já que lá atrás ele lia o jogo com uma mestria invulgar para um guardião. Durante 22 anos ele defendeu então as cores do Dínamo de Moscovo (entre 1950 e 1972), emblema ao serviço do qual conquistou cinco campeonatos soviéticos (1954, 1955, 1957, 1959 e 1963) e três taças da União Soviética (1953, 1967 e 1970). Ao serviço da seleção atuou em 78 ocasiões, tendo vencido a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1956, e o Campeonato da Europa de 1960. Esteve ainda presente em três edições do Campeonato do Mundo (1958, 1962, e 1966), tendo como melhor resultado um quarto lugar - atrás do Magriços de Portugal - no Mundial de Inglaterra, em 66. Disputou um total de 812 jogos na carreira, tendo defendido um impressionante número de 150 grandes penalidades! Vestia-se sempre todo de preto, facto que lhe valeu a eterna alcunha de Aranha Negra. Em 1968 foi condecorado com a Ordem de Lênin pela sua brilhante carreira ao serviço do desporto soviético, tendo em 1971 colocado um ponto final no seu trajeto imaculado. Quando certa ocasião lhe perguntaram o segredo do seu sucesso respondeu que: «tudo se devia ao facto de fumar um cigarro e beber um copo de vodka antes de cada jogo», um ritual que o deixava mais calmo! Em 1975, foi eleito o atleta russo do século, e em 1998, a FIFA elego-o como o melhor guarda-redes do século XX. Em 1963 ele venceu o famoso galardão Bola de Ouro, sendo até hoje o único guarda-redes a conquistar este prémio! Em 1986 perdeu uma perna por causa de uma lesão no joelho.
Viria a faleceu no dia 21 de março de 1990, em Moscovo, vitimado por um cancro no estômago. No Estádio Luzhniki ergueu-se então uma estátua em sua homenagem.

Resultados

1ª Eliminatória

União Soviética - Alemanha: 2-1
(Issaev, aos 23m, Streltsov, aos 86m)
(Habi, aos 89m)

Grã-Bretanha - Tailândia: 9-0
(Laybourne, aos 30m, 82m, 85m, Twissell, aos 12m, aos 20m, Bromilow, aos 75m, aos 78m, Lewis, aos 21m, Topp, aos 90m)

Austrália - Japão: 2-0
(McMillan, aos 26m, Loughran, aos 61m)

Quartos-de-final

Jugoslávia - Estados Unidos da América: 9-1
(Veselinovic, aos 10, aos 84m, aos 90m, Mujic, aos 16, aos 35m, aos 55m, Antic, aos 12m, aos 73m, Papec, aos 20m)
(Zerhusen, aos 42m)

União Soviética - Indonésia: 0-0 / 4-0 (desempate)
(Salnikov, aos 19m, aos 59m, Ivanov, aos 19m, Netto, aos 43m)

Bulgária - Grã-Bretanha: 6-1
(Kolev, aos 40m, aos 85m, Stoyanov, aos 45m, aos 75m, aos 80m,Nikolov, aos 6m)
(Lewis, aos 30m)

Austrália - Índia: 2-4
(Morrow, aos 17m, aos 41m)
(D'Souza, aos 9m, aos 33m, aos 50m, Kittu, aos 80m)

Meias-finais

Jugoslávia - Índia: 4-1
(Papec, aos 54, aos 65m, Veselinovic, aos 57m, Salam (p.b.), aos 78m)
(D'Souza, aos 52m)

União Soviética - Bulgária: 2-1
(Streltsov, aos 112m, Tatushin, aos 116m)
(Kolev, aos 95m)

Jogo de atribuição da medalha de bronze

Bulgária - Índia: 3-0
(Diev, aos 37m, aos 60m, Stoyanov, aos 42m)

Final

União Soviética - Jugoslávia: 1-0

Data: 8 de dezembro de 1956

Estádio: Melbourne Olympic Park

Árbitro: R. Wright (Austrália)

União Soviética: Yashin; Baschaschkin, Ogognikov  e Kuznetsov; Netto e Maslenkin; Tatushin, Isaev, Simonian, Salinikov e Ilyin

Jugoslávia: Radenkovic; Koscak e Radovic; Santek, Spajic e Krstic; Sekularac, Antic, Papek, Veselinovic e Mujic

Golo: 1-0 (Ilyin, aos 48m)

Vídeo: URSS - JUGOSLÁVIA

Legenda das fotografias:
1-Cartaz oficial dos Jogos Olímpicos de 1956
2-fase do encontro entre Alemanha e União Soviética
3-O oval Melbourne Olympic Park
4-Bilhete do torneio olímpico de futebol de 1956
5-Britânicos levaram a melhor sobre os estreantes e frágeis tailandeses
6-O jugoslavo Toza Veselinovic, um dos três goleadores do torneio

7-Lance do duelo entre soviéticos e indonésios
8-Jugoslávia ultrapssa a Índia nas meias-finais
9-Lance do jogo de apuramento dos 3º e 4º lugares
10-A equilibrada final olímpica de 56
11-A estrela da companhia soviética, a Aranha Negra Lev Yashin
12-Lance do Austrália - Japão
13-Imagem da grande final...
14-... que coroou a União Soviética como a campeã olímpica de 1956

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