Nascido
a 31 de maio de 1923, na freguesia de Triana (Alenquer), Vítor Gonçalves dos
Santos fez todo o seu percurso profissional no jornal da Travessa da Queimada,
para onde entrou em 1950 como colaborador.
Embora
não tivesse feito parte dos fundadores de A Bola, ele foi um dos grande
impulsionadores para o prestígio do jornal. Reza a história que a entrada para
este jornal se deu a 1 de novembro de 1950 e que o seu primeiro trabalho terá
sido a crónica de um Benfica - Oriental. Quatro anos depois passa a redator,
facto que faz com que abandone o 3.º ano da licenciatura no Instituto Superior
de Agronomia.
Cândido
de Oliveira, figura maior de A Bola naqueles dias, cedo percebe as qualidades
de Vítor Santos, convidando-o a assumir o cargo de chefe de redação. Sob a
batuta do jornalista de Alenquer o jornal vive alguns dos seus melhores anos de
vida, tornando-se uma referência na imprensa desportiva nacional e internacional.
Vítor
Santos fundou ainda juntamente com outros vultos do jornalismo desportivo
português, como Alves dos Santos, Artur Agostinho, Mário Zambujal, Fernando
Soromenho, Manuel Mota, Vítor Sérgio, Mário Cília, Vasco Resende, Carlos Pinhão,
e, Aurélio Márcio, em 1966, o CNID – Clube Nacional de Imprensa Desportiva, que
institui um prémio com o seu nome para distinguir uma jovem promessa da
imprensa escrita desportiva. A mestria e profissionalismo de Vítor Santos
valeram-lhe inúmeras distinções ao longo de uma carreira desenrolada somente ao
serviço da sua amada A Bola. Entre os muitos prémios que recebeu destacam-se o
facto de em 1886 ter sido distinguido pelo Presidente da República com a
Medalha de Mérito Desportivo e em 1990 com a Comenda da Ordem do Infante. Foi
ainda distinguido pela FIFA com a Bola de Ouro, troféu cultural que distingue
os principais nomes do jornalismo.
Viria
a falecer a 21 de dezembro de 1990 e dele outro vulto do jornalismo desportivo
português, Alfredo Farinha, disse um belo dia: "Vítor Santos está para A
Bola como São Pedro está para a Igreja Católica". Palavras para quê?
O
nome de Vítor Santos faz parte da toponímia de: Lisboa (Freguesia de Carnide,
ex- Rua B da Urbanização da Horta Nova); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem
Martins).
Seria
ainda homenageado pela sua terra natal, que a 30 de junho de 1995 descerrava a
placa do Complexo Municipal de Piscinas Vítor Santos.
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