quinta-feira, setembro 08, 2016

Histórias do Planeta da Bola (17)... Pro Vercelli: O berço do rei dos "capocannonieri" idealizado por um campeão olímpico de esgrima


Turim e Milão são mundialmente reconhecidos como os grandes centros do futebol italiano. As duas cidades repartem entre si a (esmagadora) maioria dos títulos nacionais e internacionais angariados pelas squadras transalpinas ao longo de mais de 100 anos de história. Porém, nem sempre as luzes da ribalta estiveram focadas nestas duas urbes do norte de Itália no que a futebol concerne. Houve um tempo - estendido ao longo de quase duas décadas - em que os olhares dos tifosi estavam cravados numa pequena localidade situada precisamente a meio caminho entre Milão e Turim. Uma localidade que mais do que revelar ao Mundo um dos primeiros gigantes do futebol italiano criou uma identidade própria que haveria de inspirar o então jovem calcio a partir rumo às conquistas que iriam ser alcançadas pelas gerações vindouras. Façamos então uma viagem até às primeiras décadas do século XX, mais concretamente até Vercelli, onde nos espera a mítica e inolvidável história della Pro. À semelhança do que aconteceu um pouco por todo o planeta o futebol (moderno) ancorou em Itália no porto de Génova, na reta final do século XIX, pela mão dos marinheiros e comerciantes ingleses que ali se deslocavam em trabalho. Naquela cidade portuária foram dados os primeiros passos do modern football nascido em Inglaterra, e foi ali que, de forma natural, acabaria por nascer em 1893 o primeiro senhor do futebol transalpino, o Genoa Cricket & Football Club. Na génese deste emblema estiveram pois cidadãos britânicos, que usavam o futebol para preencher os seus tempos livres. O Genoa 1893 - como ainda hoje é conhecido - fez uso da sua força e conhecimentos do jogo para arrecadar os primeiros títulos mais pomposos do calcio - o nome com que os italianos cedo batizaram o football, muito pelas parecenças que o jogo criado pelos ingleses tinha com o calcio fiorentino, que há muitos séculos se praticava no país da bota. Entre 1897 e 1907 o Genoa confirma o seu poderio ao conquistar seis dos seus nove títulos de campeão nacional, uma supremacia que foi ameaçada a espaços pelos também ingleses do Milan Cricket Fooball Club, a semente do Milan dos dias de hoje. Estas conquistas, quer de genoveses quer de milanistas, assentavam numa cultura muito britânica, ou seja, a filosofia de jogo interpretada por estes dois emblemas era uma fiel cópia daquela que era usada na Velha Albion, baseada no kick and rush. Itália não tinha pois uma identidade de jogo própria, algo que viria a mudar a partir de 1903 pela mão do hoje quase anónimo Pro-Vercelli.

Da ginástica ao futebol pela mão de um campeão olímpico de esgrima

Marcello Bertinetti
A Società Ginnastica Pro-Vercelli nasceu em 1892, longe de imaginar que alguma vez o recém chegado a Itália futebol pudesse catapultar a cidade para os píncaros da fama. Na génese daquele que é um dos clubes mais antigos do país da bota esteve a ginástica, como aliás, a própria designação da coletividade indicava. Domenico Luppi, um professor de ginástica, é o progenitor do clube nascido na pequena cidade - com cerca de 45.000 habitantes na atualidade - da região de Piemonte. Luppi deu vida a um clube que no seu ADN incorporava ainda a esgrima, secção que iria revelar ao Mundo alguns nomes sonantes da história da esgrima italiana, como foi o caso de Marcello Bertinetti, um cidadão nascido em Vercelli, em 1885, que atingiu a imortalidade após ter vencido duas medalhas de ouro olímpicas por equipas em 1924 (Jogos de Paris) e 1928 (Jogos de Amesterdão), isto para além de uma medalha de prata e outra de bronze - ambas na vertente coletiva - respetivamente nas Olimpíadas de Londres (1908) e Paris (1924). Bertinetti foi acima de tudo um desportista multifacetado, e para além da modalidade que o tornou célebre foi igualmente um... calciatore, traduzindo para a língua de Camões, um jogador de futebol. Desconhece-se, porém, se foi, ou não, um exímio intérprete do belo jogo, mas o que se sabe é que foi por sua influência que o futebol nasceu no seio da Pro Vercelli. Diz a história que após ter visionado in loco, em Turim, um encontro disputado pela Juventus, Marcello Bertinetti regressa à sua terra natal com a ideia de ali criar uma equipa de futebol. Nesse sentido procura os responsáveis da Società Ginnastica Pro-Vercelli para lhes apresentar a ideia, que de pronto seria aceite e oficialmente implantada em 1903, ano em que acontece a filiação do clube na Federação Italiana de Futebol. O primeiro encontro acontece a 3 de agosto desse ano no âmbito de um torneio triangular em honra de San Eusebio, o padroeiro da cidade, que juntou ainda as equipas do Forza e Costanza (de Novara) e do Audace (oriundo de Turim). A Pro saiu vencedora, dando assim o pontapé de saída rumo a duas décadas de glória.

Conquistar a Itália com a prata da casa sob uma identidade muito própria

Milano, Leone e Ara,
o trio mágico do meio campo
da Pro Vercelli
Com a entrada da Pro Vercelli no então ainda muito jovem Mundo do futebol italiano, assistiu-se à primeira grande revolução a diversos níveis no país futebolístico, digamos assim. O primeiro deles fazia alusão à então invulgar política de formação do clube. Contrariamente aos outros emblemas italianos da época, a Pro Vercelli constrói a sua equipa com base única e exclusivamente em futebolistas nascidos na cidade, em atletas da casa, identificados com a cidade e acima de tudo com o clube. A Pro Vercelli implantava assim a filosofia, passo a expressão, da formação no futebol italiano. O clube presidido pelo conceituado advogado local Luigi Bozino edifica um então inédito plano de formação que passava pela criação de equipas de base, juniores, juvenis, iniciados, etc., como hoje em dia são conhecidos, e às quais eram atraídos os rapazes da terra. Mais do que moldar futebolistas locais com vista ao sucesso futuro do clube a política de formação cria de igual modo a mística que ajudou a Pro a alcançar e a permanecer durante quase duas décadas no topo do futebol italiano. Uma mística que englobava uma combinação de amor e orgulho na defesa da camisola do clube da terra e que era incutida nos bambini (rapazes) desde o momento em que estes entravam para os escalões mais jovens. Aliado a este aspeto veio o conceito tático. Também aqui a Pro Vercelli foi pioneira na história do futebol em Itália. Como já foi referido, as grandes equipas italianas da época, nomeadamente o Genoa 1893, a Juventus e o Milan - os três clubes que até 1908 haviam vencido o título de campeão nacional - apresentavam nas suas equipas diversos jogadores ingleses, a maior parte deles chegados a Itália por motivos profissionais que nada tinham a ver com o jogo. Como bons ingleses usavam e abusavam do kick and rush, típico estilo nado e criado em Inglaterra e que assentava - ou assenta - num estilo de jogo direto e físico. Em Vercelli seria criado um estilo diferente, de certa forma mais elegante e técnico, assente na posse de bola, e que no futuro viria a contagiar não só outras equipas transalpinas como a própria squadra azzurra (seleção nacional).

Da estreia oficial à glória nacional em apenas dois anos


A equipa que venceu o primeiro dos sete scudettos da história da Pro Vercelli
Em 1906 a Pro Vercelli inicia o seu percurso oficial nos caminhos do futebol italiano. Isto é, passa a competir no segundo escalão nacional. Ali, permanece apenas um ano, alcançando a promoção ao principal escalão em 1906/07 depois de conquistar o ceptro secundário com um grupo formado exclusivamente por jogadores nascidos em Vercelli. Entre este grupo destacavam-se três futebolistas, três figuras que para os historiadores do belo jogo foram o esteio - dentro de campo - dos primeiros sucessos do clube de Piemonte. Giuseppe Milano, Pietro Leone e Guido Ara, formavam o então denominado de meio campo maravilha dos Leões de Vercelli como nos anos seguintes a mítica equipa seria conhecida em toda a Itália. Guido Ara era o capitão de equipa, e na voz de muitos historiadores é visto como o primeiro grande futebolista italiano, um tecnicista requintado que primava ainda por ser um exímio passador. Em 1907/08 a Pro faz a sua estreia no principal escalão de Itália. Uma estreia auspiciosa já que após superar a Juventus no campeonato regional de Piemonte o combinado de Vercelli é apurado para o campeonato nacional, levando a melhor sobre os campeões das regiões de Ligura (o Andrea Doria, de Génova) e da Lombardia (o Milanese). A Pro Vercelli vencia o seu primeiro scudetto (máximo título nacional). Pela primeira vez uma equipa 100 por cento de origem italiana vencia o máximo galardão do futebol italiano, e mais do que isso todos os jogadores eram filhos de Vercelli. Os seus nomes são pois eternos: Innocenti, Salvaneschi, Celoria, Ara, Milan, Leone, Romussi, Frésia, Visconti, Rampini e Bertinetti, este último o introdutor do futebol no seio da Pro Vercelli e futuro campeão olímpico de esgrima, como já referimos. A façanha seria repetida na temporada seguinte, quando depois de levar a melhor no Regional de Piemonte sobre os dois gigantes de Turim, a Juve e o Torino, a Pro derrotou na final nacional, por um total de 4-2 (numa final disputada a duas mãos), os campeões da região da Lombardia, o Milanese. Por esta altura já toda a Itália se curvava diante dos Leões de Vercelli, ou os camisas brancas, como também era conhecido o clube. Neste aspeto há um capítulo curioso que merece ser evocado. Nos primeiros anos de atividade futebolística a Pro Vercelli utilizava um equipamento em tudo idêntico à Juventus, isto é, camisola com riscas verticais pretas e brancas, calção preto e meias pretas. Porém, a lavagem constante dos equipamentos fez com as riscas pretas da camisola fossem ficando esbatidas, quase impercetíveis, pelo que os responsáveis do emblema decidem posteriormente adotar o branco como única cor da camisola. Esta história dá aso a uma outra, que refere que a seleção italiana adotou (desde 1910) o branco como cor do seu equipamento alternativo em homenagem aquela que ainda hoje é vista como a primeira grande equipa de Itália, a Pro Vercelli.

Primeiro grande escândalo do calcio impediu a Pro de chegar ao tri

Luigi Bozino,
o presidente dos grandes sucessos
Na temporada de 1909/10 a Itália assiste aquele que é considerado o primeiro escândalo do seu futebol. O primeiro de muitos, ou não fosse a Itália um país rico no que a escândalos futebolísticos diz respeito. Nessa longínqua época o campeonato italiano sofre algumas alterações de figurino, desde logo o facto de deixar de existir uma final nacional que opunha os vencedores dos regionais para passar a haver uma prova semelhante ao que acontece na atualidade, ou seja, em que as equipas jogam entre si em sistema de poule, cujo vencedor é o conjunto que soma mais pontos. Este é considerado por como o ponto de partida da atual Serie A italiana. Foram nove as equipas que integraram a competição de 09/10, tendo no final o Inter de Milão e a Pro Vercelli dividido o primeiro lugar com 25 pontos somados. Face a este empate a Federação Italiana de Futebol (Federazione Italiana Giuco Calcio) decidiu agendar um play-off entre os dois combinados, uma finalíssima que iria determinar o campeão nacional. Com diversos jogadores seus envolvidos num torneio militar em Roma, a Pro solicitou à alta instância do futebol do seu país o adiamento do play-off, ao passo que o seu adversário, o Inter, fazia pressão para que esse adiamento não acontecesse. Medo ou desrespeito por parte dos milaneses? Ou ambos? O que é certo é que a FIGC ficou do lado do Inter - há quem ainda hoje defenda que razões extra futebol estiveram na origem desta decisão federativa - e o encontro acabou por se disputar a 24 de abril de 1910, como estava inicialmente agendado. Em forma de protesto o presidente da Pro Vercelli, Luigi Bozino, decide enviar para o duelo decisivo uma equipa composta por... crianças! Nessa tarde, em Vercelli, local da partida, e diante de pouquíssimos espectadores - numa prova de que a cidade estava ao lado do seu clube neste protesto - a Pro alinha com jogadores do seu escalão mais baixo, sendo que o jogador mais velho tinha somente 15 anos! Conclusão, o Inter esmagou os Leões, ou leãozinhos, neste caso, por 10-3, e conquistou o seu primeiro título nacional. Esta atitude da Pro Vercelli valeu-lhe inicialmente um castigo severo por parte da FIGC, que decide multar e suspender o emblema de Piemonte das competições futebolísticas. A intenção é posteriormente revogada, muito por ação de Guido Ara, que recolhe uma série de assinaturas junto dos grandes clubes italianos no sentido de reverter a decisão da federação, e já com Giuseppe Milano nas funções de treinador/jogador a Pro recupera o ceptro na época seguinte ao vencer a Serie A com 27 pontos, mais cinco que o vice-campeão Milan, onde pontificava o bombardeiro belga Louis van Hege. O quarto scudetto viajou para Vercelli em 1911/12, em mais um capítulo de evidente superioridade dos Leões.

Principal fornecedor de jogadores para a Squadra Azzurra

Um jogo entre a Pro e o Genoa em 1913
1912 é ainda o ano que marca a estreia oficial da seleção italiana numa grande competição internacional, no caso o Torneio Olímpico, que na época era tão só a prova futebolística mais importante do planeta. Para as Olimpíadas que nesse ano se realizaram em Estocolmo o selecionador italiano, o então jovem (com apenas 26 anos) Vittorio Pozzo, convoca 18 jogadores, sendo que sete deles (Felice Berardo, Angelo Binaschi, Pietro Leone, Giuseppe Milano, Modesto Valle, Felice Milano e Carlo Rampini) pertencem aos quadros da Pro Vercelli, que é desta forma o emblema mais representado na Squadra Azzurra que competiu na Suécia. Em 1913 a Itália defronta (num amigável) a Bélgica com um onze em que nove jogadores são da Pro Vercelli, numa demonstração, mais uma, inequívoca do poderio do clube de Piemonte no cenário principal do calcio. A primeira parte da época dourada da Pro Vercelli é encerrada em 1912/13 com a conquista do tricampeonato, do quinto scudetto da sua jovem existência. Pouco depois estourava a I Guerra Mundial, que um pouco por toda a Europa encostaria para canto a bola de futebol. O campeonato italiano é interrompido em 1915 - após o surpreendente Casale e o Genoa 1893 terem conquistado a coroa de reis de Itália - e volta somente na temporada de 1919/20 quando a Europa lambia ainda as feridas provocadas pela Guerra. Porém, as armas não mataram a mística de Vercelli e da sua Pro, que ressurge no grande palco do calcio com uma nova geração vencedora orientada - desde o banco - pela antiga lenda Guido Ara. Jovens talentosos nascidos nas escolas da Pro que levam a melhor sobre a concorrência na temporada de 1920/21, arrecadando desta forma o sexto título nacional do clube de Piemonte. Entre estes jovens talentos encontra-se o defesa Virginio Rosetta, que em 1923 troca Vercelli por Turim, e a Pro pela Juve a troco de 50 mil liras, naquela que ainda hoje é considerada a primeira transferência (envolvendo dinheiro) do futebol italiano. Eram os primeiros sinais do profissionalismo que estava prestes a vigorar (também) em Itália. Rosetta volta a ser um dos esteios na conquista do sétimo e último scudetto pela Pro em 1921/22.

Rei dos capocannonieri nasceu em Vercelli e revelou-se ao Mundo na Pro

Silvio Piola com as cores da Pro
A 29 de setembro de 1913 já a Pro Vercelli ostentava nas suas vitrinas cinco títulos de campeão italiano. É neste dia que nasce, na pequena Vercelli, um dos cidadãos mais nobres desta cidade: Silvio Piola. Tal como tantos outros bambini Silvio desperta para o futebol no mítico clube da sua terra. O seu talento faz com que aos 16 anos seja incorporado na equipa principal da Pro! Sobre o terreno de jogo atua como avançado, e o seu faro pelo golo aliado à sua perícia técnica despertam cedo a cobiça de outros emblemas de Itália. Piola atua pela Pro Vercelli entre 1929 e 1935, envergando a camisola branca em 127 jogos, tendo apontado 51 golos. Piola detém ainda hoje uma série de recordes em Itália. Um deles reside no facto de ser o jogador mais jovem a apontar um poker (quatro golos) numa só partida, algo que aconteceu diante do Alexandria, numa altura em que este astro tinha apenas 18 anos. Já foi referido que no início dos anos 20 o profissionalismo começava a bater à porta de Itália, tendo a Pro, que apesar de desportivamente ser uma potência do país, não era de todo um clube rico, muito longe disso na verdade, sofrido na pele as consequências desse mesmo profissionalismo. A Pro era um clube que vivia da sua (rica) formação. Apenas. Assim, os clubes economicamente mais abastados, oriundos de Turim, Milão e Roma, lançavam o isco às principais pérolas dos clubes mais modestos, sob o ponto de vista económico, voltamos a repetir, como era o caso da Pro Vercelli. Rosetta foi, como já vimos, o primeiro jogador a ser transferido por uma verba monetária em Itália, sendo que Piola não demorou muito a seguir-lhe o caminho. Reza a história que a Lázio namorou o jogador vezes sem conta, e não desistiu enquanto não o levou para Roma. Perante isto, e quiçá pressentindo que sem a sua principal estrela e com o profissionalismo a tomar conta do futebol em Itália, o presidente da Pro, Luigi Bozino, disse em certa ocasião que «não vendemos Piola por nenhum dinheiro deste Mundo. Se o vendermos a Pro Vercelli vai entrar em declive». Mais do que uma promessa (aos adeptos) esta declaração seria uma espécie de premonição do que iria acontecer em 1934, ano em que a Lazio leva Piola de Vircelli para a capital do Império. Uma transferência envolta em alguma polémica, pois segundo alguns historiadores a ida de Silvio Piola para Roma resultou de uma imposição do ditador Benito Mussolini, adepto confesso dos laziale. Piola e a Pro Vercelli seguiram caminhos diferentes nos anos seguintes. O jogador iria tornar-se numa lenda do calcio, já que para além de ter sido a principal referência da Squadra Azzurra na conquista do Campeonato do Mundo de 1938 é ainda hoje o jogador com mais golos na história da Serie A: 274 golos em 537 jogos disputados no principal escalão do futebol transalpino. Quanto à Pro, foi despromovida da Serie A curiosamente na época de 1934/35, a primeira sem Piola, e nunca mais, até hoje, lá regressou. Os oitenta anos seguintes foram passados a deambular pelos escalões secundários e regionais (!) do calcio. Hoje, a Pro Vercelli milita na Serie B, onde sobrevive - quase de forma anónima - na sombra de um passado de glória hoje ignorado pela esmagadora maioria dos tifosi. Não deixa de ser no entanto curioso que ao olhar para a lista de campeões da história do calcio o nome da Pro figure atrás de Milan, Juventus, Inter e Genoa 1893, com sete títulos de campeão no seu currículo, bem à frente de algumas das atuais potências italianas, casos da Roma (3 títulos), Lazio (2), Napoli (2) ou Fiorentina (2).

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