Gre-No-Li, o trio sueco que conduziu o Milan à glória na terceira edição da Taça Latina |
Depois
de Espanha e Portugal terem acolhido as duas primeiras edições da
Taça Latina foi a vez de
Itália abrir as portas a uma competição que havia já subido
ao
patamar internacional da fama futebolística. Turim e Milão foram as
duas cidades que sedearam um certame que na sua terceira edição
contou com os campeões nacionais de Itália, Portugal, e Espanha,
respetivamente o Milan, o Sporting, e o Atlético de Madrid. Os
campeões de França, o Nice, não marcaram presença, tendo a nação
gaulesa sido representada pelo Lille. A primeira meia-final teve
lugar em Milão, a 20 de junho, tendo o Estádio de San Siro como
palco de um confronto que colocou frente a frente a turma da casa, o
Milan, e o Atlético de Madrid. Milanistas em cuja formação
brilhava um trio de craques
nórdicos, três jogadores que marcaram uma geração – uma grande
geração, há que sublinhá-lo
– do futebol da Suécia, o país de onde eram originários Gunnar
Gren, Gunnar Nordhal, e Nils Liedholm, os três artistas em questão.
A sintonia entre os três era perfeita, tendo sido traduzida em
épicos momentos futebolísticos, tanto ao serviço da seleção
sueca como do Milan, emblema onde o trio Gre-No-Li
– como seria batizado – encantou os tiffosi
ao longo de seis temporadas. E na meia-final ante o Atlético os três
suecos foram peças
fundamentais
para a conquista de um triunfo expressivo por parte do Milan, que
inaugurou o marcador à passagem do minuto 18 por intermédio de
Renosto. Quatro minutos volvidos foi a vez de Nordhal dilatar o
marcador. No segundo tempo os campeões de Itália, que como
curiosidade neste jogo vestiram uma camisola azul, contrariando assim
a tradicional maglia
rossenera
– camisola negra e encarnada –, chegaram ao 3-0 de novo por
intermédio de Renosto, aos 53 minutos. Com o jogo praticamente ganho
o Milan abrandou e permitiu a Carlsson reduzir – aos 70 minutos –
e dar alguma esperança aos espanhóis. Porém, e de modo a não
sofrer uma desilusão, os italianos voltaram à carga, e aos 74
minutos Renosto fez o seu terceiro golo da tarde, selando assim o
marcador em 4-1 a favor da sua equipa que assim avançava para a
final.
O "violino" Vasques |
No
dia seguinte, no Stadio
Comunale
de Turim, Sporting e Lille deram vida a uma partida que terminou
empatada por falta de... iluminação! No final do tempo regulamentar
as equipas empatavam a uma bola – o tento dos portugueses foi
marcado pelo violino
Vasques, aos 56 minutos – sendo que com a noite a cair sobre Turim
e o facto de o estádio não ter iluminação artificial fez com que
a organização agendasse uma partida de desempate para o dia
seguinte. Jogo este onde a festa do golo foi uma constante. Por uma
dezena de ocasiões a bola beijou
as malhas das duas balizas, seis por intermédio dos franceses e
quatro pelos portugueses, que assim eram afastados da final. Vasques
foi mais uma vez o leão
em
destaque, já que três dos quatro tentos sportinguistas foram da sua
autoria, sendo o outro apontado por Caldeira.
Treinado
pelo inglês Randolph Galloway o Sporting chegou a Itália em cima do
encontro com o Lille, facto que a juntar ao aspeto
de ter de disputar com os franceses dois jogos no período de 24
horas colocou os leões
fisicamente... de rastos. O cansaço físico foi pois o principal
adversário do Sporting na partida de apuramento dos 3º e 4º
lugares diante dos madrilenos, ocorrida em San Siro, diante de 10.000
espetadores e apitada pelo italiano Giuseppe Carpani. Travassos ainda
disfarçou o desgaste leonino quando aos oito minutos bateu Dauder e
abriu o marcador. Sol de pouca dura, já que cinco minutos passados
Carlsson repôs a igualdade com que atingiu o intervalo. No segundo
tempo os portugueses caíram de produção, facto aproveitado pelos
campeões de Espanha – orientados pelo mago
Helenio Herrera – para fazer dois golos na reta final da partida
que lhes concederam o lugar mais baixo do pódio.
O trio de arbitragem com os capitães do Milan e do Atlético de Madrid antes do pontapé de saída da meia-final |
O
mesmo San Siro foi a 24 de junho o palco da grande final da prova,
uma final sem grande história, já que o emblema da casa, o Milan
atropelou autenticamente um Lille que pouca ou
nenhuma resistência ofereceu ao longo dos 90 minutos. Ao intervalo a
vantagem (3-0) milanista pecava por escassa, dado o caudal ofensivo
que os pupilos de Lajos Czeizler evidenciavam.
Nordhal, aos 32 e 37 minutos, e Burino, aos 40 minutos, foram os
marcadores do Milan. Na segunda metade os italianos mantiveram a
toada ofensiva, quase asfixiante sobre a baliza de Pierre Angel,
postura premiada com a obtenção de mais dois
golos – um por intermédio de Gunnar Nordhal e outro de Annovazzi.
Com o apito final do suíço Eugen Scherz chegou a natural explosão
de alegria dos tiffosi
que lotaram as bancadas de San Siro. O Milan vencia assim de forma
inquestionável a primeira das suas duas Taças Latinas.
Nomes
e números:
Foto de jornal que retrata o primeiro golo milanista diante dos madrilenos |
Meias-finais
Milan
(Itália) – Atlético de Madrid (Espanha): 4-1
Sporting
(Portugal) – Lille (França): 1-1/4-6 (desempate)
Jogo
de atribuição dos 3º e 4º lugares
Atlético
de Madrid (Espanha) – Sporting (Portugal): 3-1
Final
Milan
(Itália) – Lille (França): 5-0
Data:
24 de junho de 1951
Estádio:
San Siro, em Milão (Itália)
Árbitro:
Eugen Scherz (Suíça)
Milan:
Lorenzo Buffon, Arturo Silvestri, Andrea Bonomi, Carlo Annovazzi,
Omero Tognon, Benigno De Grandi, Renzo Burini, Gunnar Gren, Gunnar
Nordahl, Nils Liedholm, e Albano Vicariotto. Treinador: Lajos
Czeizler.
Lille:
Pierre Angel, Jacques Van Cappelen, Guy Poitevin, Albert Dubreucq,
Marceau Somerlinck, Cor van der Hart, Erik Kuld Jensen, Bolek
Tempowski, André Strappe, Jean Vincent, e Jean Lechantre. Treinador:
André Cheuva.
Golos:
1-0 (Nordhal, aos 32m), 2-0 (Burini, aos 40m), 3-0 (Nordhal, aos
37m), 4-0 (Nordhal, aos 67m), 5-0 (Annovazzi, aos 70m).
A famosa squadra do Milan que triunfou na Taça Latina de 1951 |
1952:
Visca
el Barça!
Fase do jogo entre Barça e Juve |
Dando
seguimento ao sistema de rotatividade no que concerne ao acolhimento
da Taça Latina por parte das quatro nações que integravam a
competição, em 1952 foi a vez da França, e mais em concreto a
deslumbrante cidade de Paris, servir
de palco
para receber os campeões nacionais de Itália, Portugal, Espanha, e
claro, França, respetivamente, a Juventus, o Sporting, o Barcelona,
e o Nice. Seria precisamente esta última equipa abrir as cerimónias,
juntamente com os campeões de Portugal, no dia 25 de junho. A
particularidade nesta quarta edição prendeu-se com o facto de que
pela primeira vez se jogou à noite, com iluminação artificial.
Assim foi pois desenrolado o duelo
entre franceses e portugueses no Parque dos Príncipes, o qual teve
início praticamente com o golo dos rapazes da Côte
d' Azur,
logo ao minuto oito, por intermédio de Carré. A iluminação parece
ter encadeado os jogadores do Sporting que ao intervalo perdiam por
3-0! Na segunda parte os leões
ainda reagiram, e no espaço de três minutos – entre os 62 e os 64
minutos – reduziram a desvantagem por intermédio de Veríssimo e
Albano, mas logo depois Carré aplicava o golpe
de morte
ao fazer o 4-2 final.
O cartaz da grande final |
No
dia seguinte foi a vez do Barça
e da Juve
subirem ao relvado da catedral
do futebol gaulês, para protagonizarem um encontro emotivo e cheio
de golos. O Barcelona entrou ao ataque e logo ao minuto três Manchón
fez o primeiro da noite, para à passagem dos 20 minutos Basora
ampliar a vantagem catalã. À beira do descanso o inspirado
Boniperti reduziu a desvantagem, mas no reatamento o mágico húngaro
Kubala voltou a distanciar
o Barça
no marcador. O ataque dos campeões de Espanha estava endiabrado, e
quatro minutos volvidos Basora fez o 4-1. A Vecchia
Signora
não baixou os braços e de novo Boniperti fez o gosto ao pé a dez
minutos do apito final do francês Vincenti. Dois minutos antes do
segundo tento transalpino Hansen desperdiçou uma grande penalidade a
favor da Juve,
ao permitir a defesa do mítico guardião Ramallets. 4-2 a favor do
Barça
que assim lograva atingir
a sua segunda final da Taça Latina.
No
encontro de atribuição dos terceiro e quarto lugares o Sporting
voltou a andar à deriva no relvado do Parque dos Princípes. Com
apenas 15 minutos de jogo disputados os lisboetas já perdiam por 3-0
(!) ante a Juventus – com golos de Boniperti (5m), Hansen (7m), e
Vivolo (15m). Ainda antes do descanso João Martins – o tal que
alguns anos mais tarde viria a apontar o primeiro golo da história
das competições europeias organizadas
pela UEFA – reduziu, e já na segunda parte o mesmo jogador fez de
novo o gosto ao pé para selar o resultado final em 2-3. Treinados
pela antiga lenda do futebol húngaro Gyorgy Sarosi – que havia
brilhado em diversas edições da Taça Mitropa ao serviço do
Ferencvaros – a Juve
levava para casa o prémio de consolação, o terceiro lugar.
A loucura na chegada dos campeões à Catalunha |
No
dia 29 de junho e sob a arbitragem do português Rui dos Santos os
holofotes do Parque dos Princípes centraram-se nas estrelas do
Barcelona e do Nice, os dois finalistas da quarta edição da Taça
Latina. Assistiu-se a uma partida equilibrada, em que o nulo teimava
em não sair do marcador, um jogo em que os catalães encontraram
pela frente uma equipa que contrariamente ao que havia feito a Juve
na meia-final se opôs com vigor às investidas do perigoso ataque
dos campeões de Espanha. Foi preciso esperar até ao minuto 79,
altura em que o capitão César apontou o único golo do encontro a
favor do Barça
que assim arrecadava a sua segunda coroa
de glória continental. Esta foi aliás uma temporada muito especial
para o Barcelona, eternizada como a época das “5 Copas”. Cinco
vitórias noutras tantas competições disputadas, um saldo que
conferiu a imortalidade à equipa treinada pelo checoslovaco
Ferdinand Daucik. À Taça Latina juntavam-se os títulos de campeão
de Espanha, o de vencedor da Copa del Rey (Taça de Espanha), da Copa
Eva Duarte (antecessora da atual supertaça espanhola), e da Copa
Martini & Rossi (na época um torneio muito afamado em terras
espanholas). Rezam as crónicas que a viagem dos catalães de Paris
até Barcelona foi feita em clima de apoteose,
com uma verdadeira caravana de carros e de motos a acompanhar os
novos campeões da... Europa. A loucursa subiu de tom assim que a
equipa chegou à Cidade Condal, onde a esperavam milhares de adeptos,
orgulhosos dos seus rapazes. Com a taça nas mãos o capitão César
subiu até à varanda do ayuntamiento
– câmara municipal – para partilhar a doce conquista com o povo
catalão.
Nomes
e números:
Meias-finais
Nice
(França) – Sporting (Portugal): 4-2
Barcelona
(Espanha) – Juventus (Itália): 4-2
Jogo
de atribuição dos 3º e 4º lugares
Juventus
(Itália) – Sporting (Portugal): 3-2
Final
Barcelona
(Espanha) – Nice (França): 1-0
Data:
29 de junho de 1952
Estádio:
Parque dos Princípes, em Paris (França)
Árbitro:
Rui dos Santos (Portugal)
Barcelona:
Antoni Ramallets, Cheché Martín, Gustavo Biosca, Josep Seguer,
Andreu Bosch Pujol, Jaime Escudero, Estanislao Basora, César
Rodríguez, Ladislao Kubala, Emilio Aldecoa, e Eduardo Manchón.
Treinador: Ferdinand Daucik.
Nice:
Marcel Domingo, Mohamed Firoud, Alphonse Martinez, Pancho Gonzales,
Guy Poitevin, Jean Belver, Jean Courteaux, Victor Nurenberg, Désiré
Carré, Antoine Bonifaci, e Abdelaziz Ben Tifour. Treinador: Numa
Andoire.
Golo:
1-0 (César, aos 79m).
Foi de camisola branca (ironia do destino) que o Barcelona somou o seu segundo triunfo na Taça Latina |
1953:
Triunfo do futebol
champanhe
Albert Batteux assiste do banco à exibição da sua obra de arte |
França,
nação aristocrata, repleta de glamour, apaixonada pelas
artes, e que olhou - durante várias décadas - com indiferença, e
algum desprezo, o futebol, modalidade tão popular noutros pontos do
globo mas que em terras gaulesas demorou a criar raízes. Foi preciso
esperar até à década de 50 para ver o futebol despertar nos
franceses uma ponta de curiosidade e ao mesmo tempo de fascínio!
Tudo graças a Albert Batteux, uma ilustre figura considerada como o
pai do futebol francês. O homem que lançou as sementes das gerações
vencedoras do futebol gaulês, de Platini a Zidane, o criador de um
estilo de jogo tecnicamente elegante eternizado como... o futebol
champanhe. Foi precisamente este o estilo que imperou na quinta
edição da Taça Latina, que pela segunda vez decorreu em solo
português, desta feita, e para além de Lisboa, também na cidade do
Porto. A capital engalanou-se no dia 4 de junho de 1953 para ver o
seu Sporting – campeão nacional em título – iniciar uma
campanha que se sonhava ser de glória. Na verdade, toda a nação
sportinguista suspirava pelo título que faltava conquistar aos
leões, precisamente a prova internacional. No entanto, no
Estádio Nacional as coisas não correram de feição aos pupilos de
Randolph Galloway na meia-final diante do Milan, equipa que marcou
presença no evento em substituição do campeão italiano de então,
o Inter. A partida não começou da melhor forma para os portugueses,
os quais cedo se viram privados de Joaquim Pacheco que teve de
abandonar o campo por lesão. Ora, como na altura não eram
permitidas substituições os lisboetas tiveram de jogar o resto do
encontro com menos um jogador. Mesmo assim, Vasques, a um minuto do
intervalo, inaugurou o marcador, que seria igualado aos 66 minutos
por intermédio de um dos três suecos dos milanistas, neste caso
Gunnar Nordhal. A jogar com mais um elemento os italianos
intensificaram a pressão sobre os rapazes de Galloway e volvidos
quatro minutos o mesmo Nordhal colocaria o Milan na liderança do
marcador. Oito minutos depois o guardião Carlos Gomes tornou-se
herói ao defender uma grande penalidade apontada por Nils Liedholm,
mantendo desta forma o Sporting vivo em campo. Este lance galvanizou
os portugueses, e eis que a um minuto dos 90 João Martins fez
explodir de alegria as bancadas ao restabelecer a igualdade. Perante
isto houve então a necessidade de um prolongamento, período este
onde os locais começaram melhor, já que o endiabrado Martins voltou
a festejar um golo. Porém, a quatro minutos do término do tempo
extra, e quando os leões já pensavam na final, eis que
Liedholm aparece em off-side para... fazer o empate. De nada
valeram os protestos leoninos, que assim eram obrigados a um novo
prolongamento, este mais curto, de 10 minutos. E no derradeiro minuto
deste segundo tempo extra Frignani despejou um verdadeiro
balde de água gelada sobre os lisboetas ao fazer o golo do
triunfo milanista, o 4-3 final.
O Napoleão do futebol francês: Raymond Kopa |
Na
outra meia-final, disputada no Porto, eis que surgiu o tal futebol
champanhe protagonizado pelos campeões de França, o Stade
Reims. Idealizado por Albert Batteux este estilo futebolístico
encantou a Europa graças à sua beleza técnico-tática. No
retângulo de jogo onze monsieurs davam vida ao inovador
esquema de Batteux, mas um particular destacava-se dos demais,
Raymond Kopa, de seu nome. O Napoleão do futebol gaulês,
como ficou eternizado na história, era a grande estrela daquele
pequeno clube que conquistou os franceses – e o resto do Velho
Continente – na década de 50. Ele foi um dos principais
responsáveis pela passagem do Reims à final da Taça Latina de 1953
após bater o Valência – representante espanhol na ausência do
campeão Barcelona – por 2-1.
Valência
que no jogo de atribuição dos terceiro e quartos lugares não teve
garras para travar um aguerrido Sporting, que de orgulho ferido
esmagou os espanhóis por 4-1, com golos de Vasques e
Martins, cada um deles com dois tentos na conta pessoal.
A
final, arbitrada pelo portuense Viera da Costa, foi mais um recital
de bem jogar do Stade Reims. Logo aos 31 minutos Kopa abriu o
marcador perante um Milan a quem nem o talentoso trio de suecos –
Gunnar Gren, Gunnar Nordhal, e Nils Liedholm – valeria para evitar
uma concludente derrota por 3-0. Méano, aos 53 minutos, e de novo
Raymond Kopa, à passagem do minuto 75, derão expressão ao merecido
triunfo do... futebol champanhe do Stade Reims.
Números
e nomes:
Meias-finais
Sporting
(Portugal) – Milan (Itália): 3-4
Stade
Reims (França) – Valência (Espanha): 2-1
Jogo
de atribuição dos terceiro e quarto lugares
Sporting
(Portugal) – Valência (Espanha): 4-1
Final
Stade
Reims (França) – Milan (Itália): 3-0
Data:
7 de junho de 1953
Árbitro:
Vieira da Costa (Portugal)
Estádio:
Nacional, em Lisboa (Portugal)
Stade
Reims: Paul Sinibaldi, Simon Zimny, Roger Marche, Armand Penverne,
Robert Jonquet, Raymond Cicci, Abraham Appel, Léon Glovacki, Raymond
Kopa, Jean Templin, e Francis Méano: Treinador: Albert Batteux.
Milan:
Lorenzo Buffon, Arturo Silvestri, Francesco Zagatti, Carlo Annovazzi,
Omero Tognon, Celestino Celio, Renzo Burini, Gunnar Gren, Gunnar
Nordahl, Nils Liedholm, e Amleto Frignani. Treinador: Mario Sperone.
Golos:
1-0 (Kopa, aos 31m), 2-0 (Méano, aos 53m), 3-0 (Kopa, aos 75m).
Stade Reims posa com a Taça Latina de 53 |
DEDICADO À MEMÓRIA DO MEU PAI...
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