terça-feira, novembro 20, 2012

História dos Europeus de Futebol (10)... Inglaterra 1996

O alargamento da Europa no que a nações independentes diz respeito fez com que a UEFA alterasse - em meados dos anos 90 do século passado - novamente o figurino da sua competição rainha. Com mais países a competir entre si pela qualificação o Europeu (47 seleções participaram na fase de qualificação, o que desde logo constituiu um novo recorde em termos de adesão) o organismo que tutela o futebol continental decidiu que a partir de 1996 a fase final do Campeonato da Europa passaria a ter 16 seleções em vez das 8 que vigoravam desde 1980. Face a este cenário a competição assemelhava-se cada vez mais a um... Campeonato do Mundo, com mais equipas de topo a competir entre si e consequentemente mais espetáculo e emoção. E com mais seleções de renome a garantir a qualificação para a fase final em virtude do aumento do número de participantes não foi de estranhar que o Euro 1996 reunisse à sua volta a nata do futebol europeu, isto é os peso pesados. Alemanha, Itália, França, Holanda, Espanha, ou Inglaterra estavam lá todos, em busca da glória. E a juntar a estes um naipe de equipas talentosas e capazes de surpreender o planeta do futebol tal como a Dinamarca havia feito quatro anos antes em terras escandinavas, como eram os casos de Portugal, Bulgária, Croácia, ou a própria Dinamarca.
Estavam reunidos os condimentos para um torneio memorável a apaixonante, e como paixão é sinónimo de futebol inglês a UEFA atribuiu a organização do Euro 96 à Inglaterra, dando desta forma aos ingleses a oportunidade de se redimirem perante o Mundo da tragédia do Heysel em 1985, desencadeada por adeptos britânicos antes da final da Taça dos Campeões Europeus (TCE) entre o Liverpool e a Juventus, a qual provocou a morte a dezenas de pessoas, o que levaria os responsáveis uefeiros a suspender todas as equipas inglesas das provas continentais durante os 5 anos que se seguiram.
A Inglaterra agarrou a oportunidade e mostrou ao Mundo que sabe organizar e receber civicamente eventos desta grandeza... Oito cidades foram escolhidas para sediar o Euro 96, nomeadamente Liverpool, Manchester, Newcastle, Leeds, Birmingham, Nottingham, Sheffield, e a capital Londres.

Ingleses revivem o espírito (do Mundial) de 1966 

A Inglaterra voltava a receber 30 anos depois uma grande competição futebolística, e os níveis de espetativa em torno da seleção dos "3 Leões" era enorme. Na memória dos súbitos de Sua Majestade estava o lendário Campeonato do Mundo de 1966, organizado e ganho pela Inglaterra, naquele que constituiu o ponto mais alto do futebol britânico no que diz respeito a seleções.
Repetir a façanha de 1966 era um sonho que no verão de 1996 inundava as mentes de todos os ingleses, não só porque jogavam em casa - e sentiam como tal a obrigação de ir o mais longe no certame, e o mais longe seria voltar a ver a rainha Isabel II entregar o trofeú de campeão ao capitão inglês, tal como aconteceu em 66 -, mas sobretudo porque o conjunto orientado por Terry Venables reunia um naipe de jogadores capazes de conduzir a armada britânica a bom porto, casos dos experientes Stuart Pearce, Tony Adams, David Platt, Paul Gascoigne, Teddy Sheringham, ou Alan Shearer, aos quais se juntava um leque de jovens e promissores atletas, como Gary Neville, Gareth Southgate, Steve McManaman, ou Paul Ince. Porém, e tal como em 66, a estreia da equipa da casa deixou muito a desejar.
No dia 8 de junho Inglaterra e Suíça deram o pontapé de saída da 10ª edição do Campeonato da Europa, tendo como cenário a catedral do futebol mundial, o Estádio do Wembley, que com 72 000 entusiastas nas suas míticas bancadas presenciou uma triste igualdade a um golo entre as duas seleções que integravam o Grupo A. Sob a arbitragem do espanhol Diaz Vega os ingleses adiantaram-se no marcador, quando decorria o minuto 23 de jogo, e por intermédio do homem-golo desta fase final, Alan Shearer, o temível matador dos relvados ingleses, que se apresentou neste Euro 96 numa forma estupenda, e que fazia assim o primeiro dos 5 golos que haveriam de consagra-lo como o melhor marcador do evento.
Orientados pelo treinador português Artur Jorge (que em 1987 havia levado o FC Porto ao trono do futebol europeu após a conquista da TCE) a Suíça, que fazia a sua estreia em fases finais de Campeonatos da Europa, apagaria o inferno de Wembley a seis minutos do final do encontro, altura em que o seu avançado de origem turca Kubilay Turkyilmaz fez o 1-1 definitivo, após a conversão de uma grande penalidade.
Dois dias depois, no Villa Park de Birmingham, a 1ª jornada do Grupo A ficaria completa com outra desoladora igualdade, esta sem golos, entre uma rejuvenescida (em relação aos Europeus de 1988 e 1992) Holanda e uma experiente Escócia, que pela segunda vez consecutiva marcava presença na fase final de um Euro.
Holandeses que viriam a redimir-se da escorregadela inicial no dia 13, também em Birmingham, altura em que derrotaram a estreante Suíça por 2-0, com golos do temível e experiente avançado Dennis Bergkamp e de um tal de Jordi Cruyff, filho do lendário Johan Cruyff. Jordi - que como jogador teve uma carreira bem modesta - entrava assim para a história da família Cruyff ao fazer algo que o seu pai nunca logrou alcançar: marcar um golo na fase final de um Europeu.
E no dia 15 de junho as bancadas de Wembley registaram a maior enchente desta fase final. 76 864 espetadores assistiram ao derby entre Inglaterra e Escócia, um duelo centenário recheado de inúmeras batalhas históricas, e que para não fugir à regra foi... memorável. Este encontro será eternamente recordado não só pela magnífica exibição dos ingleses mas em particular pela atuação soberba de Paul Gascoigme, o irreverente médio ofensivo que se revelou ao Mundo no Itália 90.
Gazza, como é carinhosamente tratado no planeta da bola, apontou um dos golos mais belos de toda a história dos Campeonatos da Europa, um golo que ainda hoje é visto e revisto vezes sem conta, e que constituiu um dos maiores tesouros da modalidade. Numa altura em que a Inglaterra vencia já por 1-0 (graças a um golo de Shearer aos 53 minutos) a bola chega até Gazza, que à entrada da área pica a bola por cima do defesa escocês Colin Hendry, e sem deixar cair o esférico no relvado sagrado de Wembley remate de primeira para o fundo das redes de Andy Goran. Um lance de génio só ao alcance dos predestinados, que recolheu os aplausos de todos os presentes no estádio, e que mais do que tudo colocou praticamente a equipa da casa na fase seguinte.
E eis que chegavámos ao dia do "juízo final" neste Grupo A, o dia do tira-teimas, saber quem seguia para os quartos de final do Euro, sendo que por esta altura ingleses e holandeses partiam em clara vantagem sobre os seus rivais. Mas estes últimos tiveram de suar e muito a camisola para marcar presença entre os oito últimos sobreviventes da competição. Uma exibição galática da Inglaterra quase que atirou a "laranja mecânica" para fora da competição.
Em Wembley, Shearer e companhia humilharam uma jovem Holanda carente das grandes estrelas do passado recente (Gullit, Van Basten, Ronald Koeman, Rijkaard). Jogadores talentosos mas ainda sem grande experiência internacional como Edwin Van der Sar, Michael Reiziger, Bogarde, Clarence Seedorf, Edgar Davids, ou os irmãos gémeos De Boer, pareciam não ter forças para levar a nau holandesa a mares outrora gloriosamente navegados. Em Wembley, e a cerca de 30 minutos para o final do duelo ante os ingleses, a Holanda perdia por 4-0 (!), graças à inspiração da dupla (de avançados) letal composta por Alan Shearer e Teddy Sheringham, cada um deles com dois tentos apontados na conta pessoal.
Mas as más notícias para os holandeses não se ficavam por aqui. Ao mesmo tempo do desafio de Wembley decorria em Birmingham o jogo entre Suíça e Escócia, sendo que estes últimos estavam em vantagem no marcador (por 1-0) desde o minuto 36, altura em que o veterano goleador Ally McCoist fuzilou o guarda-redes helvético Pascolo.
Assim sendo, e face à conjugação destes resultados a Holanda e a Suíça diziam adeus ao Euro britânico. Porém, como num ato de magia o selecionador laranja Guus Hiddink faz saltar do banco o jovem Patrick Kluivert, o tal que um ano antes havia dado o título europeu de clubes ao Ajax na sequência do golo apontado no Prater de Viena ao Milan. E bastaram sete minutos em campo para Kluivert voltar a fazer das suas. O relógio marcava 78 minutos de jogo quando um aparentemente golo insignificante do jovem avançado de 19 anos colocou a Holanda nos quartos de final, já que este tento permitia à seleção tulipa vencer o confronto direto (diferença entre golos marcados e sofridos) com uma Escócia que apesar de dar mostras de grande qualidade (o futebol escocês vivia em termos de seleção nacional o melhor período da sua história) fazia as malas rumo a casa.
Já a Suíça não deixou saudades, tendo estado muito longe das exibições patenteadas dois anos antes no Campeonato do Mundo dos Estados Unidos da América, onde seriam reconhecidos como uma das melhores equipas do certame americano.

Grupo de génios dominados por gigantes do futebol continental

O Grupo B era um dos que mais curiosidade sobre si atraía. Composto por duas seleções que no seu currículo ostentavam já um título (cada uma delas) de campeão da Europa, a França e a Espanha, esta chave era ainda integrada por dois combinados que haviam brilhado a grande altura no Mundial norte-americano ocorrido em 1994, a Roménia e a Bulgária. Duas seleções que eram lideradas por duas das maiores celebridades de todos os tempos do desporto rei, os romenos pelo Maradona dos Cárpatos Gica Hagi, e os búlgaros pelo genial - no duplo sentido - Hristo Stoichkov.
Com estas duas super estrelas e com as que compunham as seleções de França e Espanha o espetáculo estava - teoricamente - garantido.
Em Leeds, a 9 de junho, o grupo foi inaugurado com o duelo entre espanhóis e búlgaros, um jogo especial para a estrela deste último combinado, Stoichkov, que reencontrava do outro lado da barricada alguns dos seus antigos companheiros do Barcelona. Bulgária que era apontada à partida para este Euro como uma das candidatas a chegar o mais longe possível na competição (muitos apontavam mesmo a final), muito devido ao pomposo cartão de visita que trazia consigo, concebido dois anos antes no Campeonato do Mundo, onde estrelas como Emile Kostadinov, Boris Mihailov, Krassimir Balakov, Lubomir Penev, Letchkov, ou já mencionado astro Stoichkov (que a par do russo Oleg Salenko se sagrou o melhor marcador do Mundial 94) surpreenderam o globo terrestre ao alcançar umas impensáveis meias-finais desse certame, caíndo apenas aos pés de uma Itália liderada pelo inspirado Roberto Baggio.
Como tal era natural que os búlgaros se apresentassem neste Europeu com algumas aspirações, em pelo menos fazer igual ao que haviam feito na competição da FIFA. E até nem começaram mal a participação em terras inglesas, empantado (1-1) o confronto ante a experiente e talentosa Espanha do técnico Javier Clemente. Bulgária que até saiu na frente por intermédio de... Stoichkov, quem mais havia de ser (!), aos 65 minutos. Os espanhóis correram atrás do prejuízo, tendo a necessidade de suar até ao final para conquistar pelo menos um ponto ante os artistas de leste. A 15 minutos do fim Alfonso faria a divisão de pontos... para desespero de Hristo Stoichkov, que mais uma vez colocou em campo a sua dupla genialidade. Ou seja, por um lado o seu génio futebolísitico, por outro o seu génio temperamental, o seu mau feitio, o seu mau perder, culpando o árbitro italiano Ceccarini pela perda dos 3 pontos da sua equipa.
Um dia depois, em Newcastle, nascia a seleção que haveria de dominar o futebol mundial até ao virar do século, a França. Cansada dos recentes desastres desportivos (não qualificação para o Euro 88 e para os Mundiais de 90 e de 94, além da pobre campanha na fase final do Euro 92) os responsáveis gauleses decidiram entegrar o controlo de todo o seu futebol ao experiente técnico Aimé Jacquet, o adjunto de Michel Hidalgo durante a gloriosa campanha do Euro 84.
Jacquet reconstruiu todo o futebol francês, e mais do que isso voltou a incutir-lhe a mentalidade vencedora tão vincada durante a geração de Platini. Para Inglaterra o treinador francês levou um conjunto de jogadores que haveriam de guiar a França até ao topo do Mundo nos anos seguintes, uma geração que marcou a história do próprio futebol planetário, que marcou a história do jogo, uma França liderada por um homem que anos mais tarde haveria de ascender ao patamar das lendas desta modalidade, de seu nome Zinedine Zidane. Este seria então o batismo internacional da geração de ouro do futebol gaulês, estreia que teve lugar no St. James Park ante uma temida Roménia que tal como a Bulgária havia encantado dois anos antes no Mundial. No entanto, em solo inglês Hagi e companhia não estiveram tão inspirados como haviam mostrado em terras norte-americanas, onde entre outros fizeram vítima a poderosa seleção argentina de... Diego Armando Maradona. Em Newcastle a Roménia tombou após um golo solitário de Dugarry (outros dos craques criados por Jacquet) aos 25 minutos.
E na 2ª jornada assistiu-se a um clássico do futebol continental, o Espanha - França. Duas seleções com argumentos para ir longe na competição, recheadas de talentos individuais que na altura atuavam nos melhores clubes do Mundo. E nesta reedição da final do Euro 84 a emoção e incerteza quanto ao vencedor voltou a inundar o relvado. Bem disputado o duelo terminou justamente empatado a um golo (pela França marcou Djorkaeff, aos 49 minutos, ao passo que pelos espanhóis Caminero fez o gosto ao pé aos 86), deixando desta forma mais felizes os pupilos de Jacquet, que assim estavam praticamente nos quartos de final.
Em Newcastle defrontaram-se os vizinhos romenos e búlgaros, um cara a cara entre os génios Hagi e Stoichkov, tendo a balança da glória pendido para este último que logo a abrir o duelo (ao minuto 3) fez o único golo do encontro e deu asas às vozes que colocavam a Bulgária como favorita a ir o mais longe possível. Mas como estavam enganados.
No dia 18 a França não só consolidou o lugar mais cimeiro do Grupo B como vingou a amarga derrota
que a Bulgária havia aplicado aos blues três anos antes em pleno Parque dos Príncipes (em Paris) e que atirou os gauleses para fora do Mundial de 1994. Fruto de uma inspirada exibição, e de uma atabalhoada performance do adversário, a França venceu os búlgaros por 3-1, com golos do defesa Laurent Blanc, do promissor avançado Patrice Loko, e do búlgaro Lubo Penev. Stoichkov, como que remando contra a maré, voltou a faturar, fazendo o tento de honra da sua equipa, que esperou quase até à última da hora para saber se mesmo derrotada pelos franceses seguia ou não para a fase seguinte.
Isto porque à mesma hora, em Leeds, a desoladora Roménia, já sem qualquer hipótese matemática de seguir em frente, empatava  aum golo ante  fúria espanhola de Clemente. Espanhóis que atacavam a baliza de Prunea por todos os lados possíveis e imaginários. Lutavam desesperadamente pelo golo da vitória que lhes dava a qualificação, mas do outro lado estava um autêntico muro que ia impedindo o milagre espanhol. «Vendidos», gritava todo o banco espanhol para os romenos, que se mostravam demasiado aplicados para uma equipa que já não tinha nada a conquistar neste Euro 96. Seria esta atuação romena um mero ato de compadrio com os vizinhos búlgaros, ou simplesmente queriam sair de Inglaterra com um resultado positivo na bagagem? A incógnita foi desfeita a seis minutos dos 90 regulamentares, quando Guillermo Amor furou o bloco de leste e fez o 2-1 final que garantia à Espanha a passagem à fase seguinte.

Estreantes checos fazem a festa perante as lágrimas dos vice campeões do Mundo

Olhando para o Grupo C dúvidas pareciam não existir quanto às duas seleções que avançariam para os quartos de final. Itália e Alemanha, dois tri-campeões mundiais, duas seleções que sabiam o que era ganhar um Europeu, eram teoricamente fortes de mais para uma Rússia ainda em reconstrução - após o desmembramento da União Soviética - e uma completamente desconhecida República Checa, que tal como os russos tinham recentemente tornado-se num país independente, neste caso após o desmembramento da Checoslováquia. E logo na 1ª jornada a prática confirmou a teoria, com os alemães a baterem sem problemas os checos por 2-0 em Manchester, ao passo que os vice campeões mundiais, os italianos, despachavam os russos com algumas dificuldades por 2-1, graças a dois golos do avançado Pierluigi Casiraghi, que se tornava assim na principal referência ofensiva da squadra azzurra após a renúncia da grande estrela italiana no Mundial 94, Roberto Baggio, em participar no Euro 96, aparentemente por estar de costas voltadas para o selecionador Arrigo Sacchi.
Contudo, a surpresa aconteceu na jornada seguinte, e logo num local mítico para o futebol internacional, o Anfield Road, de Liverpool, onde a até então desconhecida República Checa bateu uma desunida azzurra por 2-1. Nesse dia nasciam estrelas como Kouba, Latal, Nemec, Berger, Smicer, Bejbl, ou Nedved, estes dois últimos jogadores os autores dos tentos checos ante os convencidos italianos, que num claro ato de desprezo pelo potencial checo apresentaram-se em campo com uma equipa composta na sua maioria por reservistas - sem Casiraghi, ou Zola, por exemplo -, poupando as suas principais estrelas para o embate ante o gigante germânico.
No Teatro dos Sonhos de Manchester - o mesmo é dizer o estádio Old Trafford - a Alemanha de Berti Vogts esmagava os russos por 3-0, com destaque para os dois golos do experiente e sagaz avançado Jurgen Klinsmann, que regressava ao "onze" após cumprir um jogo de castigo ante os checos.
Perante isto a Alemanha carimbava o passaporte para a fase seguinte, ao passo que a Itália para seguir o mesmo caminho teria de ganhar à armada germânica e esperar que a República Checa não repetisse a façanha desta 2ª ronda do Grupo C ante a revolucionária é já desqualificada Rússia. Ao que parece paz foi coisa que nunca reinou entre os russos durante a estadia em Inglaterra, e nas vésperas do confornto perante os checos o selecionador Oleg Romantsev mandou para casa o avançado Kiriakov por aparentemente este estar a minar o resto do balneário contra a sua pessoa. Porém, estas desavenças não impediaram a Rússia de lutar por um resultado positivo no derradeiro seu jogo do Euro 96. Ante os checos demonstraram que com um pouco mais de disciplina poderiam ter ido mais além, ao conseguirem uma reviravolta no marcador: viraram um resultado negativo de 0-2 para 3-2 a cinco minutos do final.
No outro jogo as coisas não corriam de feição para os italianos. Zola havia falhado uma grande penalidade aos 8 minutos, e nem sequer estavam a aproveitar a superioridade numérica em campo (o alemão Strunz havia sido expulso ao minuto 60). No entanto, esta igualdade dava a qualificação à azzurra, já que no outro jogo a Rússia cumpria o seu papel e vencia os checos por 3-2, como já vimos.
No entanto, e quando já choravam as despedidas da primeira fase final da sua história os adeptos checos explodiram de alegria quando aos 89 minutos Smicer fez o 3-3 final do jogo e com isto colocou a sua seleção, contra todas as previsões, nos quartos de final. Isto porque no outro jogo a Itália não tinha ido além de um 0-0 ante a Alemanha, e como tal fazia as malas rumo a casa... tal como havia feito em 1966, quando havia sido eliminada de forma escandalosa pela modesta Coreia do Norte durante a 1ª fase do Mundial desse ano. É caso para dizer que os italianos não se dão nada bem com os ares britânicos.

Portugueses praticam o melhor futebol da 1ª fase do Euro 96

O Grupo D era talvez o menos mediático deste Euro 96. A contrariar esta tendência talvez a Dinamarca, os campeões da Europa em título, e que em solo inglês se apresentavam com os irmãos Laudrup (Michael e Brian) como cabeças de cartaz. Croácia e Turquia faziam a estreia em fases finais de Europeus, ao passo que Portugal marcava presença pela segunda vez, depois de em 1984 ter surpreendido o planeta com a inolvidável e estupenda presença no certame realizado em França, onde, recorde-se, atingiu as meias finais. Orientados por António Oliveira os portugueses apresentavam-se com uma talentosa equipa onde a experiência combinava na perfeição com a juventude explosiva da geração de ouro do futebol lusitano. Aos veteranos Oceano, Vítor Paneira, ou Jorge Cadete, juntava-se um leque de artistas que anos antes haviam conduzido a equipa das quinas a dois títulos mundiais de sub-20, com destaque para Vítor Baía, João Vieira Pinto, Paulo Sousa, Folha, Fernando Couto, Rui Costa, ou Luís Figo.
E tal como em 1984 o portugueses iniciaram a campanha ante o campeão europeu em título. Se no Euro francês haviam empatado - de forma surpreendente - a zero com a então República Federal da Alemanha (RFA), em Inglaterra travaram a marcha dinamarquesa após um empate a uma bola. Desde cedo Portugal mostrou ambição de vencer, e apesar das primeiras oportunidades de golo terem pertencido aos pupilos de Oliveira foram os escandinavos a inaugurar o marcador, através do mais novo dos irmãos Laudrup, Brian, que aos 21 minutos aproveitou da melhor maneira um mau atraso do defesa Hélder para o guarda redes Vítor Baía. Na etapa complementar a seleção lusitana apareceu disposta a recolocar a justiça no marcador, e com um futebol artistico, de técnica apurada, o empate surgiu de forma natural aos 52 minutos após um golpe fatal de cabeça do avançado Sá Pinto, outro jovem talento emergente.
Fez-se justiça, mas a haver um vencedor esse certamente que teria sido Portugal, a equipa mais empolgante no relvado do Hillsborough, de Sheffiled.
No outro encontro do grupo houve duelo de estrantes. Venceram os croatas - descendentes da ex- república da Jugoslávia - por 1-0, com golo de Vlaovic ao cair do pano (86 minutos). Um triunfo inteiramente justo de uma seleção que iniciou em Inglaterra uma caminhada triunfal, no que à prática de bom futebol diz respeito. Em 1996 a Croácia apresentou ao Mundo talentos como Vlaovic, Stanic, Jarni, Asanovic, Boksic, Boban, e um tal de Davor Suker, el matador, que se notabilizou ao serviço do Real Madrid nos anos seguintes a este Europeu.
E seria prcisamente Suker a grande figura da 2ª jornada deste grupo. O avançado que então atuava no Sevilla protagonizou um mítico e lendário duelo pessoal com aquele que na época era considerado o melhor guarda redes do Mundo, o dinamarquês Peter Schmeichel. Em Sheffield a Croácia vulgarizou os campeões da Europa graças a uma magnifica exibição... de Davor Suker. O avançado apontou dois dos três golos sem resposta com que os croatas bateram os dinamarqueses, tendo um deles sido uma autêntica obra de arte, considerado mesmo o melhor golo deste Euro 96, um belíssimo chapéu que deixou o gigante dinamarquês pregado ao chão. Com este resultado a Croácia estava nos quartos de final, e a Dinamarca praticamente fora. Isto porque no outro jogo Portugal voltava a dar sinais da sua extrema qualidade técnica, vencendo a Turquia por 1-0 (golo do defesa central Fernando Couto), dando assim justiça a um joogo de sentido único, o da baliza turca. Foram lances e lances de ataque à baliza de Rustu encenados pelos artistas lusitanos, que inexplicavelmente pecavam na hora da finalização. No fundo uma tendência que ainda hoje se mantém!
Com o apuramento assegurado a Croácia apresentou-se ante Portugal na derradeira jornada com uma equipa de... reservas. Sem os fundamentais Suker, Boban, ou Asanovic no "onze" titular os croatas foram goleados por um super Portugal por 3-0. Figo, João Vieira Pinto, e Domingos Paciência foram os autores dos tentos dos lusos, que desta forma asseguravam o 1º lugar do grupo. Uma posição justa para uma equipa que foi apontada pelos críticos como aquela que melhor futebol praticou durante a fase de grupos do Europeu de Inglaterra.
E no outro jogo Dinamarca e Turquia fizeram as despedidas, sendo que para estes últimos tratou-se de um adeus sem qualquer glória. A Dinamarca venceu por 3-0, elevando desta forma para cinco o número de golos sofridos pelos turcos no torneio, que nem por uma única vez fizeram balançar as redes contrárias. A Turquia conquistou assim o "título" de pior equipa do torneio!

Chapéu de Poborsky marcou os quartos de final

A 22 de junho tiveram início os quartos de final, e tal como na abertura do evento coube a Wembley acolher o pirmeiro jogo desta fase. Frente a frente Inglaterra e Espanha, uma partida onde poucos duvidariam de que esta seria mais uma barreira facilmente superada pela armada britânica, não só pelo que haviam feito na 1ª fase (em especial o massacre à Holanda) mas sobretudo pelo facto de que o futebol espanhol não estava nem pouco mais ao menos a encantar.
Mas como estavam enganados os súbitos de Sua Majestade.
A Espanha agigantou-se e encostou os ingleses às cordas. Os pupilos de Clemente pegaram nas rédeas do encontro e só não despacharam os anfitriões no tempo reulamentar porque o árbitro francês Marc Batta - um dos mais polémicos de sempre da história do futebol europeu - resolveu dar uma ajuda aos britânicos, ao anular dois golos limpos aos rapazes do sul da Europa. Com muito sacríficio e a ajuda preciosa do árbitro a Inglaterra lá conseguiu levar a decisão para as grandes penalidades, onde contra a tradição afastou a Espanha por 4-2, depois de os 120 minutos de jogo jogado terem terminado sem golos.
O mesmo cenário verificou-se no duelo entre França e Holanda, em Liverpool, jogo morno, muito calculista de parte a parte que chegou ao fim do prolongamento sem golos. Nos penaltis estiveram melhor os franceses, que venceram por 5-4, beneficiando do azar e da falta de experiência de Seedorf, o único holandês a falhar no duelo com o guardião francês Lama.
No dia seguinte a Alemanha teve a sua primeira prova de fogo deste Europeu. A Croácia revelou-se um osso muito duro de roer, e nem mesmo a maior experiência de jogadores como Klinsmann, Hassler, ou Moller, conseguiu ultrapassar facilmente os talentosos artistas croatas. Seria da autoria de Klinsmann o primeiro golo daquela tarde de verão em Manchester, aos 21 minutos, mas o sentido oportuno de Suker ditou leis à passagem do minuto 51 quando a igualdade voltou a vigorar no marcador.
Os alemães voltaram à carga e aos 58 minutos o médio defensivo Sammer ofereceu o bilhete das meias finais à sua equipa, que até final defendeu com unhas e dentes a pequena vantagem.  A vingança croata para com os alemães seria edificada dois anos mais tarde, quando nos quartos de final do Mundial de França derrotaram os pupilos de Vogts por claros 3-0. É caso para dizer que a vingança pode tardar, mas acaba sempre por aparecer.
Mas o grande momento destes quartos de final estava guardado para o Villa Park de Birmingham, onde os outsiders Portugal e República Checa mediam forças. Pelo que havia feito durante a 1ª fase Portugal era apontado como favorito, estauto esse que terá feito mal aos lusitanos, conforme se veio a verificar. Os pupilos de Oliveira fizeram o seu pior jogo neste Europeu, sendo de realçar a total incapacidade de finalização dos seus jogadores mais adiantados no terreno. Do outro lado a frieza tática checa veio ao de cima, e num lance de génio Karel Poborsky decidiu o jogo, ao oferecer um vistoso chapéu a Vítor Baía que colocou os checos nas meias finais.
Para Portugal era o fim de linha, ao passo que a República Checa continuava a viver um sonho que estava ainda longe de terminar.

Alemanha vinga derrota de 66

26 de junho foi o dia agendado para levar a cabo as meias finais do Euro 96. Em Manchester a Europa - e o Mundo - continuava de boca aberta perante a epopeia checa. Mais uma vez tidos como não favoritos à vitória os pupilos de Dusan Uhrin lograram parar os artistas franceses, onde pontificavam nomes como Loko, Djorkaeff, Pedros, Desailly, Thuran, Blanc, ou o genial Zidane. 0-0 foi o resultado final de um encontro sem brilho, decidido nas grandes penalidades. Contrariamente à eliminatória anterior a sorte não bafejou os gauleses, que viriam a perder por 5-6 diante de checos incrédulos com aquilo o que lhes estava a acontecer. De meros desconhecidos do planeta do futebol a finalistas do Euro 96! Quem diria.
Para essa noite estava guardado o prato principal das meias finais, um duelo entre Inglaterra e Alemanha, a final antecipada do Europeu. Um confronto histórico entre os dois velhos inimigos, cujo primeiro capítulo remonta ao ano dourado do futebol inglês, 1966, o ano do título Mundial conquistado por Bobby Moore, Bobby Charlton, Gordon Banks, Peeters, e companhia, na relva sagrada de Wembley ante a... Alemanha. A batalha repetia-se agora, 30 anos mais tarde, no mesmo anfiteatro, mas... com um desfecho diferente. Shearer ainda colocou os ingleses em delírio ao minuto 3 quando bateu Kopke e fez o primeiro tento da tarde/noite londrina. 13 minutos volvidos o avançado Kuntz - que substituia o castigado Jurgen Klinsmann - restabeleceu a igualdade, e o marcador arrastou-se até ao final do prolongamento sem sofrer mais alterações.
Chegaram as grandes penalidades, e também aqui reviveu-se outra lendária batalha entre estes dois inimigos. Nas meias finais do Itália 90 a então RFA derrotou a Inglaterra de Sir Bobby Robson após um empate... a uma bola no final do prolongamento. E no tiro ao alvo os alemães levaram novamente a melhor, tendo o estreante Gareth Southgate falhado a única grande penalidade das seis apontadas pela sua equipa. Moller bateu o penalti decisivo e colocou a Alemanha pela quinta vez na final de um Europeu, em busca do tri-cameponato, e mais do que isso estava vingada a derrota da final do Campeonato do Mundo de 66. Entre os ingleses surgiram as naturais lágrimas, o sonho estava terminado, e Gascoigne atirava violentamente as garrafas de água contra o relvado sagrado de Wembley, mostrando a revolta que por aquela altura invadia a sua alma.
Nunca a célebre frase proferida pela lenda do futebol inglês Gary Lineker havia tido tanto sentido como nesta noite em Wembey: «O futebol é um jogo de onze contra onze, onde no final... ganha a Alemanha».

Alemanha alcança o tri com um golo de ouro

No dia 30 de junho a Alemanha voltou a pisar a relva de Wembley para tentar a conquista do seu terceiro ceptro de campeão da Europa. Do outro lado estava a surpreendente República Checa, que se encontrava a 90 minutos de repetir o sonho tornado realidade 20 anos antes pela Checoslováquia, que na final do Euro 76 havia derrotado precisamente os mestres germânicos com um golpe genial de Panenka. A Alemanha não queria repetir o desfecho de 76, e muito menos o de quatro anos antes, quando se deixou supreender pela Dinamarca na final do Europeu sueco.
Porém, os checos estiveram muito perto de repetir a façanha de 1976, quando aos 59 minutos se adiantaram no marcador na sequência da conversão de uma grande penalidade - inexistente - apontada por Patrick Berger. O sonho estava a meia hora de ser novamente realizado, desta feita por uma República Checa separada da sua irmã Eslováquia, contrariamente ao sucedido no Jugoslávia 76.
Foi então que Berti Vogts lançou no terreno o quase desconhecido avançado Oliver Bierhoff, que na época atuava no modesta Udinese de Itália, e que neste Euro 96 tinha sido apenas uma vez titular (ante a Rússia). Entrou aos 68 minutos e aos 73 fez o golo do empate, levando o jogo para prolongamento.
Aí, quem marcasse primeiro seria campeão, uma vez que neste torneio foi aplicado pela primeira vez o sistema de golo de ouro. E quando nem cinco minutos estavam decorridos do tempo extra o avançado da Udinese entrou definitivamente na história do futebol germânico, quando num remate frouxo bateu Kouba pela segunda vez e ofereceu a terceira (taça) Henri Delaunay ao seu país, que assim se tornava TRI-CAMPEÃO DA EUROPA.

Jogos

Grupo A
1ª Jornada
8 de junho, em Londres
Inglaterra - Suíça: 1-1
(Shearer, aos 23m)
(Turkyilmaz, aos 84m)

10 de junho, em Birmingham
Holanda - Escócia: 0-0

2ª Jornada
13 de junho, em Birmingham

Suíça - Holanda: 0-2
(Cruyff, aos 66m, Bergkamp, aos 79m)
15 de junho, em Londres

Inglaterra - Escócia: 2-0
(Shearer, aos 53m, Gascoigne, aos 79m)

3ª Jornada
18 de junho, em Birmingham
Escócia - Suíça: 1-0
(McCoist, aos 36m)
18 de junho, em Londres
Inglaterra - Holanda: 4-1
(Shearer, aos 23m, aos 57m, Sheringham, aos 51m, aos 62m)
(Kluivert, aos 78m)

Classificação
1-Inglaterra: 7 pontos
2-Holanda: 4 pontos
3-Escócia: 4 pontos
4-Suíça: 1 ponto

Grupo B

1ª Jornada
9 de junho, em Leeds
Bulgária - Espanha: 1-1
(Stoichkov, aos 65m)
(Alfonso, aos 74m)
10 de junho, em Newcastle
Roménia - França: 0-1
(Dugarry, aos 25m)

2ª Jornada
13 de junho, em Newcastle
Bulgária - Roménia: 1-0
(Stoichkov, aos 3m)

15 de junho, em Leeds
França - Espanha: 1-1
(Djorkaeff, aos 49m)
(Caminero, aos 86m)

3ª Jornada
18 de junho, em Newcastle
França - Bulgária: 3-1
(Blanc, aos 20m, Penev (a.g.), aos 63m, Loko, aos 90m)
(Stoichkov, aos 69m)

18 de junho, em Leeds
Roménia - Espanha: 1-2
(Raducioiu, aos 29m)
(Majarín, aos 11m, Amor, aos 84m)

Classificação
1-França: 7 pontos
2-Espanha: 5 pontos
3-Bulgária: 4 pontos
4-Roménia: 0 pontos

Grupo C

1ª Jornada

9 de junho, em Manchester
Alemanha - Rep. Checa: 2-0
(Ziege, aos 26m, Moller, aos 32m)

11 de junho, em Liverpool
Itália - Rússia: 2-1
(Casiraghi, aos 5m, aos 52m)
(Tsymbalar, aos 21m)

2ª Jornada

14 de junho, em Liverpool
Rep. Checa - Itália: 2-1
(Nedved, aos 4m, Bejbel, aos 35m)
(Chiesa, aos 18m)

16 de junho, em Manchester
Rússia - Alemanha: 0-3
(Klinsmann, aos 77m, aos 90m, Sammer, aos 56m)

3ª Jornada

19 de junho, em Manchester
Itália - Alemanha: 0-0

19 de junho, em Liverpool
Rússia - Rep. Checa: 3-3
(Mostovoi, aos 20m, Tetradze, aos 54m, Beschastnykh, aos 85m)
(Suchoparek, aos 6m, Kuka, aos 19m, Smicer, aos 89m)

Classificação
1-Alemanha: 7 pontos
2-Rep. Checa: 4 pontos
3-Itália: 4 pontos
4-Rússia: 1 ponto

Grupo D

1ª Jornada

9 de junho, em Sheffiled
Dinamarca - Portugal: 1-1
(Brian Laudrup, aos 21m)
(Sá Pinto, aos 52m)
11 de junho, em Nottingham
Croácia - Turquia: 1-0
(Vlaovic, aos 86m)

2ª Jornada

14 de junho, em Nottingham
Portugal - Turquia: 1-0
(Couto, aos 65m)

16 de junho, em Sheffield
Croácia - Dinamarca: 3-0
(Suker, aos 53m, aos 88m, Boban, aos 81m)
3ª Jornada

19 de junho, em Nottingham
Croácia - Portugal: 0-3
(Figo, aos 3m, João Vieira Pinto, aos 32m, Domingos, aos 81m)

19 de junho, em Sheffield
Turquia - Dinamarca: 0-3
(Brian Laudrup, aos 50m, aos 84m, Nielsen, aos 69m)

Classificação
1-Portugal: 7 pontos
2-Croácia: 6 pontos
3-Dinamarca: 4 pontos
4-Turquia: 0 pontos
Quartos de final

22 de junho, em Liverpool
França - Holanda: 0-0 (5-4 nas grandes penalidades)

22 de junho, em Londres
Inglaterra - Espanha: 0-0 (4-2 nas grandes penalidades)

23 de junho, em Manchester
Alemanha - Croácia: 2-1
(Klinsmann, aos 21m, Sammer, aos 58m)
(Suker, aos 51m)

23 de junho, em Birmingham
Portugal - Rep. Checa: 0-1
(Poborsky, aos 52m)
Meias finais

26 de junho, em Manchester
França - Rep. Checa: 0-0 (5-6 nas grandes peanlidades)

26 de junho, em Londres
Inglaterra - Alemanha: 1-1
(Shearer, aos 3m)
(Kuntz, aos 16m)

Final

Alemanha - República Checa: 2-1 (golo de ouro no prolongamento)

30 de junho, no Estádio de Wembley, em Londres

Árbitro: Pierluigi Pairetto (Itália)

Alemanha: Kopke, Babbel, Helmer, Eilts (Bode, aos 46m), Ziege, Sammer, Scholl (Bierhoff, aos 69m), Hassler, Strunz, Klinsmann, e Kuntz. Treinador: Berti Vogts

Rep. Checa: Kouba, Suchoparek, Kadlec, Hornak, Rada, Bejbl, Nemec, Nedved, Poborsky (Smicer, aos 88m), Berger, e Kuka. Treinador: Dusan Uhrin

Golos: 0-1 (Berger, aos 59m), 1-1 (Bierhoff, aos 73m), 2-1 (Bierhoff, aos 95m)

Vídeo: ALEMANHA - REPÚBLICA CHECA


Melhor marcador:
Alan Shearer (Inglaterra): 5 golos

Onze Ideal:
Kopke (Alemanha)
Maldini (Itália)
Lizarazu (França)
Sammer (Alemanha)
F. de Boer (Holanda)
Poborsky (Rep. Checa)
Deschamps (França)
Gascoigne (Inglaterra)
Nedved (Rep. Checa)
Suker (Croácia)
Shearer (Inglaterra)
Legenda das fotografias:
1-Logotipo de Euro 96
2-Gascoigne prepara-se para marcar um dos golos mais memoráveis da História do futebol
3-Imagem habital durante o Europeu inglês: Alan Shearer a festejar um golo
4-Franceses e espanhóis dominaram o Grupo B...
5-... que teve no búlgaro Stoichkov uma das grandes figuras
6-A poderosa seleção germânica
7-Luís Figo passa por um dinamarquês
8-E Davor Suker, um dos matadores do Euro 96
9-Checo Poborsky prepara.se para fazer o chapéu a Vítor Baía
10-Duelo entre ingleses e espanhóis, decidido pelo polémico árbitro francês Batta
11-Poborsky foi uma das peças fundamentais do sucesso checo. Aqui luta contra os franceses
12-Rainha Isabel II cumprimenta capitão Klinsmann antes da final
13-Lance da grande final de Wembley
14-Shearer novamente a festejar um golo
15-A Suíça orientada por Artur Jorge
16-A seleção inglesa
17-A Roménia
18-A Bulgária esteve quase a conseguir um lugar nos quartos de final
19-A estrante Turquia...
20-E os talentosos portugueses
21-Os primeiros passos internacionais do artista Zidane (aqui ante a Holanda)
22-A artistica seleção gaulesa
23-Alemães festejam o tri-campeonato
24-Graças a um golo de ouro do desconhecido avançado Oliver Bierhoff 

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