Um dos últimos postais da mítica catedral |
Aproveitando a “gloriosa” lembrança do célebre FC Porto – Arsenal, de 1948, é de bom tom que se faça aqui uma pequena nota em torno do palco onde se desenrolou este épico e inesquecível desafio de futebol: o Estádio do Lima. Os mais novos – a grande maioria destes - que visionarão estas curtas linhas de certo estranharão este nome. Conhecedores dos modernos e ultra-confortáveis estádios da actualidade no nosso país perguntar-se-ão: «mas onde raio fica o Estádio do Lima????» Infelizmente ele não passa de uma doce memória para uns, ou de um fantasma para outros, simplesmente porque fisicamente este templo da primeira metade do século XX do futebol português já não existe.
No entanto, muita da grandiosa história do nosso futebol foi ali escrita, e escrita a “letras de ouro”, não só o “famoso” FC Porto – Arsenal, de que já aqui falámos, como outros épicos encontros que o maior clube da Cidade Invicta realizou ante os seus rivais de Lisboa (Benfica e Sporting, por exemplo), bem como o facto de ter servido de berço de dezenas e dezenas de jogos que opuseram os donos da casa, o Académico Futebol Clube – na época um dos grandes emblemas do futebol lusitano – a diversas equipas que disputavam os primeiros desafios do recém criado Campeonato Nacional da 1ª Divisão, ou de emotivos “tira-teimas” do Campeonato de Portugal (o antecessor da actual Taça de Portugal).
O Lima é pois um baú de histórias da bola, e não só, pois na sua pista de atletismo passaram alguns dos melhores corredores nacionais daquela época, e na de ciclismo muitos dos “ases” da arte de dar ao pedal.
O Lima foi o primeiro grande templo do futebol português numa época em que o belo jogo era puramente amador... e romântico.
Hoje em dia não passa de um fantasma, pois no local onde outrora eram vividas tardes épicas em termos desportivos hoje não mais existe do que um enorme e gélido descampado... sem qualquer vestígio do extinto templo desportivo.
Inaugurado no longínquo dia 16 de Março de 1924 o Estádio do Lima (situado entre as ruas de Costa Cabral e da Alegria ) era, como já descortinámos nas primeiras linhas deste texto, propriedade do Académico Futebol Clube, nobre agremiação portuense fundada em 1911. Foi um dos primeiros estádios relvados do nosso país, processo de arrelvamento que foi levado a cabo em 1937.
O Lima pode já não existir fisicamente mas os seus belos traços, a alegria contagiante das suas bancadas... serão eternas. E assim o são pelo facto de um dos filmes portugueses mais populares de sempre, “O Leão da Estrela”, ter sido – em parte – ali gravado. Nesta película são retratadas as aventuras de um fanático adepto do Sporting – personagem interpretada pelo “imortal” António Silva – que se desloca ao Porto para assistir a um decisivo e emotivo encontro entre o FC Porto e o seu clube.
As bancadas, a relva sagrada, a sua atmosfera foram captadas e desta forma imortalizadas através do cinema.
Devo confessar que sempre que passo no local onde outrora esteve erguido fisicamente o Estádio do Lima não deixo de sentir uma certa inveja... inveja daqueles que ali presenciaram grandes momentos de futebol, colocando de imediato a minha imaginação a trabalhar... imaginando a alegria vibrante e contagiante das bancadas, os dribles dos artistas que naquele relvado mágico tantas e tantas vezes brilharam... e eu ali, no meio da multidão a contemplar aquele cenário paradisíaco. Dentro de mim o Lima continua bem vivo...
O Lima é pois um baú de histórias da bola, e não só, pois na sua pista de atletismo passaram alguns dos melhores corredores nacionais daquela época, e na de ciclismo muitos dos “ases” da arte de dar ao pedal.
O Lima foi o primeiro grande templo do futebol português numa época em que o belo jogo era puramente amador... e romântico.
Hoje em dia não passa de um fantasma, pois no local onde outrora eram vividas tardes épicas em termos desportivos hoje não mais existe do que um enorme e gélido descampado... sem qualquer vestígio do extinto templo desportivo.
Inaugurado no longínquo dia 16 de Março de 1924 o Estádio do Lima (situado entre as ruas de Costa Cabral e da Alegria ) era, como já descortinámos nas primeiras linhas deste texto, propriedade do Académico Futebol Clube, nobre agremiação portuense fundada em 1911. Foi um dos primeiros estádios relvados do nosso país, processo de arrelvamento que foi levado a cabo em 1937.
O Lima pode já não existir fisicamente mas os seus belos traços, a alegria contagiante das suas bancadas... serão eternas. E assim o são pelo facto de um dos filmes portugueses mais populares de sempre, “O Leão da Estrela”, ter sido – em parte – ali gravado. Nesta película são retratadas as aventuras de um fanático adepto do Sporting – personagem interpretada pelo “imortal” António Silva – que se desloca ao Porto para assistir a um decisivo e emotivo encontro entre o FC Porto e o seu clube.
Uma rara imagem de um jogo no Lima |
Devo confessar que sempre que passo no local onde outrora esteve erguido fisicamente o Estádio do Lima não deixo de sentir uma certa inveja... inveja daqueles que ali presenciaram grandes momentos de futebol, colocando de imediato a minha imaginação a trabalhar... imaginando a alegria vibrante e contagiante das bancadas, os dribles dos artistas que naquele relvado mágico tantas e tantas vezes brilharam... e eu ali, no meio da multidão a contemplar aquele cenário paradisíaco. Dentro de mim o Lima continua bem vivo...
O Estádio do Lima foi palco da minha meninice, morava numa ilha mesmo em frente à entrada principal na rua da Constituição, entravamos pela janela da bs bilheteiras. Lá aprendi a gostar de futebol e onde vi mais jogos e finais de volta a Portugal em Bicicleta, no tempo do Ribeiro da Silva e do Alves Barbosa. Não consigo evitar lágrima traiçoeira ao olhar para esta fotos...
ResponderExcluirO Estadio do Lima faz parte das minhas lembranças de meu saudoso pai. Por lá, na década de 1930 que ele praticou atletismo e jogou futebol pelo Académico F.C. Tenho fotos dele dessa época. Hoje, pelo Google vejo a situação actual que se encontra o local onde ele existiu. Que pena! Daqui do Brasil, um abraço
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