De novo na vitrina reservada aos grandes "deuses" da bola vamos hoje visitar o primeiro grande jogador da história do futebol brasileiro. Ele foi o antecessor de magos como Leónidas da Silva, Pelé, Garrincha, Zico, Romário, Ronaldo, até aos actuais Ronaldinho e Robinho na arte de encantar a multidão com uma bola nos pés. Falamos de Arthur Friedenreich.
Apesar do nome ser pouco português, Arthur Friedenreich nasceu em São Paulo, a 18 de Julho de 1892, filho de um comerciante alemão, de seu nome Óscar Friedenreich, e de uma lavadeira brasileira, de nome Matilde. Nasceu mulato e de olhos azuis. Aos 15 anos, de estatura magra, ágil, com pernas finas era já um verdadeiro craque da bola.
Apesar do nome ser pouco português, Arthur Friedenreich nasceu em São Paulo, a 18 de Julho de 1892, filho de um comerciante alemão, de seu nome Óscar Friedenreich, e de uma lavadeira brasileira, de nome Matilde. Nasceu mulato e de olhos azuis. Aos 15 anos, de estatura magra, ágil, com pernas finas era já um verdadeiro craque da bola.
Como já referimos foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro numa época em que o belo jogo era ainda puramente amador. Aprendeu a jogar à bola com uma bexiga de boi, pouco tempo depois de Charles Miller ter chegado ao Brasil (em 1894) com uma bola de futebol na bagagem, uma novidade para um país que com o passar dos anos se haveria de tornar na maior potência do futebol mundial.
Actualmente, são poucos, ou quase nenhuns, aqueles que se podem orgulhar de ter visto jogar Friedenreich, atleta que brilhou nas décadas de 10, 20 e 30 do século passado.
Fried (diminutivo pelo qual também era conhecido) começou a jogar futebol na sua cidade natal, São Paulo, mais precisamente no Germânia, passando depois para clubes como o Mackenzie, Ipiranga, Paulistano, São Paulo da Floresta, Payssandu, Atlético Santista, Internacional, Santos, Dois de Julho, Americano e Flamengo.
Começou a destacar-se pela imaginação, técnica, estilo e pela capacidade de improvisar. Em 1919 foi apelidado pelos uruguaios de "El Tigre" por ter encantado as multidões com o seu futebol arte na Copa América que nesse ano foi conquistada precisamente pelo Brasil comandado por Friedenreich.
Jogava como avançado-centro, e foi o inventor de novas e belas jogadas no na altura jovem futebol brasileiro, como o drible curto e a finta de corpo.
Foi campeão paulista em sete ocasiões, seis das quais ao serviço do Paulistano, e outra pelo São Paulo da Floresta (clube que anos mais tarde se viria a chamar São Paulo FC). Por oito vezes foi o melhor marcador do campeonato paulista, a maior parte delas envergando as cores do Paulistano.
Era considerado pelos cronistas da altura como um jogador inteligente dentro de campo, e talvez tenha sido o jogador mais objectivo da sua época. Parecia conhecer todos os segredos do futebol e sabia quando e como ia marcar um golo.
No ano de 1925, regressou da Europa (após uma digressão com o Paulistano) catalogado como um dos melhores jogadores do Mundo, depois de vencer por este clube nove dos dez jogos aí disputados.
Um dos seus mais incríveis feitos ocorreu em 1928, ano em que fez sete golos num único jogo diante do União da Lapa, batendo o recorde da época. Nesse jogo actuava pelo Paulistano e o resultado final foi de 9-0.
Terminou a sua carreira no Flamengo, em Julho de 1935, com 43 anos de idade. Depois de abandonar os relvados, viveu na pobreza um bom tempo até morrer no dia 6 de Setembro de 1969, numa casa cedida pelo São Paulo.
Ao serviço da selecção...
Friedenreich vestiu pela primeira vez a camisola da selecção do Brasil em 1912, num jogo amigável contra uma selecção paulista, realizado no Rio de Janeiro. O escrete brasileiro venceu por 7-0, com dois gols de Fried.
A sua despedida aconteceu em 1935, num jogo contra o River Plate, a 23 de Fevereiro, o qual o Brasil ganhou por 2-1. Friendenreich fez pela selecção principal 23 jogos e marcou 12 golos. Já na selecção de veteranos, em 1935, disputou 2 jogos e marcou 2 golos. No ano de 1914 ganhou o primeiro título do Brasil na história: a Taça Rocca.
A sua conquista mais importante com a camisola do Brasil foi, como já vimos, a conquista da Copa América de 1919.
O maior goleador de sempre?
Há uma dúvida que paira no ar quando falamos de Friedenreich, ou seja, será ele o maior goleador de todos os tempos? Há quem diga que sim e há quem diga que não. Uma dúvida que infelizmente não pode ser desfeita, já que existem poucos, ou mesmo nenhuns, dados que provem que Fried tem mais golos do que Pelé, que é, como se sabe, oficialmente considerado pela FIFA como o jogador que fez mais golos na história do futebol.
Para que o leitor possa conhecer um pouco melhor esta dúvida do futebol mundial apresentamos de seguida um texto escrito por Carlos Maranhão, intitulado de "Os 1239 golos de "El Tigre":
Uma dúvida terrivel desafia os raros historiadores do futebol brasileiro há quase meio século, quando a genialidade do grande Arthur Friedenreich começou a entrar num lento e patético processo de decadência que, anos depois, terminaria por levá-lo a se esquecer do seu próprio nome. Talvez a incerteza nunca venha a ser suficientemente esclarecida. Pois quem é capaz de provar, de modo irrrefutável, quantos golos marcou em sua carreira, que atravessou quatro décadas, esse bailarino mulato de olhos verdes, cabelos alisados e pés mágicos?
Ninguém, provavelmente. O registro de seus incontáveis golos - que se acredita terem ultrapassado de muito a barreira dos mil - foi levado por um caminhão de lixo da Prefeitura de Santos, em 1962, entre restos apodrecidos de comida, latas vazias e papéis inúteis. Perdido, portanto, para sempre.
Suas glórias e façanhas, que hoje poderiam fazer parte da memória da cultura nacional, transformaram-se então numa colecção de lendas fantásticas e numa antologia de histórias maravilhosas. Se houvesse meios de recuperar tais registros, Friedenreich sem dúvida se consagraria perante a posteridade como o maior jogador que o mundo conheceu antes do aparecimento de Pelé.
Suas glórias e façanhas, que hoje poderiam fazer parte da memória da cultura nacional, transformaram-se então numa colecção de lendas fantásticas e numa antologia de histórias maravilhosas. Se houvesse meios de recuperar tais registros, Friedenreich sem dúvida se consagraria perante a posteridade como o maior jogador que o mundo conheceu antes do aparecimento de Pelé.
Dentro e fora do Brasil, no entanto, nao falta quem ainda lhe reconheça tamanha grandeza. No ano passado, por exemplo, uma respeitada obra de referência sobre o futebol - The Encyclopedia of World Soccer, editada nos Estados Unidos por Richard Henshaw - dedicou-lhe um espaço igual ao do argentino Alfredo Di Stefano e maior do que o do holandes Johann Cruijff, figuras obrigatórias em qualquer relação das principais estrelas do desporto neste século. Lá está a definição, com todas as letras: "Foi o maior artilheiro da história do futebol, com seus 1329 gols".
É uma imprecisão, infelizmente. A propagação do equívoco se deve a um pequeno deslize cometido pelo jornalista carioca João Maximo no apaixonante texto sobre Friedenreich que escreveu no livro "Os Gigantes do Futebol Brasileiro", publicado no Rio de Janeiro, em 1965. Ele assegurou, baseando-se nas pesquisas do veterano jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva, o De Vaney, que Friedenreich teria marcado os 1329 golos, devidamente registrados na ex-CBD e reconhecidos pela FIFA.
É uma imprecisão, infelizmente. A propagação do equívoco se deve a um pequeno deslize cometido pelo jornalista carioca João Maximo no apaixonante texto sobre Friedenreich que escreveu no livro "Os Gigantes do Futebol Brasileiro", publicado no Rio de Janeiro, em 1965. Ele assegurou, baseando-se nas pesquisas do veterano jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva, o De Vaney, que Friedenreich teria marcado os 1329 golos, devidamente registrados na ex-CBD e reconhecidos pela FIFA.
Seria realmente um imbatível recorde mundial, mesmo porque Pelé completou a inalcançável marca de 1284 golos, esses sim, registrados e reconhecidos. Houve aí, além do mais, uma troca de algarismos. Segundo De Vaney, que em 55 anos de trabalho reuniu mais de 30 mil fichas sobre futebol - o que lhe permitiu, entre outras coisas, precisar o momento da marcação do milésimo gol de Pele' -, Friedenreich disputou 1329 jogos. E assinalou 1239 golos. De Vaney, pessoalmente, tem absoluta confiança nos resultados das duas estatísticas. Só que nao pode comprová-las.
A história desses números começa, a rigor, junto do sucesso do próprio Friedenreich. Tão logo percebeu seu talento para jogar com bola de capotão em peladas improvisadas nas ruas mal calçadas do bairro paulistano da Luz - onde nascera a 18 de Julho de 1892, na esquina das ruas Vitória e Triunfo, nomes que profetizaram seu destino desportivo -, o comerciante alemão Oscar Friedenreich resolveu acompanhar de perto os passos do filho.
A história desses números começa, a rigor, junto do sucesso do próprio Friedenreich. Tão logo percebeu seu talento para jogar com bola de capotão em peladas improvisadas nas ruas mal calçadas do bairro paulistano da Luz - onde nascera a 18 de Julho de 1892, na esquina das ruas Vitória e Triunfo, nomes que profetizaram seu destino desportivo -, o comerciante alemão Oscar Friedenreich resolveu acompanhar de perto os passos do filho.
O futebol, que continuava uma novidade, fora trazido ao Brasil em 1894 pelo estudante paulista Charles Miller, de volta de uma viagem de dez anos à Inglaterra. Praticado a princípio nos ambientes fechados dos chamados clubes elegantes de São Paulo e do Rio de Janeiro, sobretudo os que congregavam colonias estrangeiras, nao demorou para que o jogo se difundisse nas várzeas. O futebol, de qualquer maneira, custou a se popularizar. Clubes como América, Fluminense, Rio Cricket, Germânia, Paulistano e São Paulo Athletic, que participaram dos campeonatos principais das duas cidades, tinham entre seus jogadores apenas filhos de boas famílias, com título de doutor e pele invariavelmente branca.
Isso poderia ser um obstáculo para o jovem Arthur Friedenreich, que herdara da mãe, uma lavadeira mulata, as características raciais que fizeram dele um mestiço. Mas nao foi. Com 17 anos incompletos, arranjou uma vaga no time do Germânia, onde receberam sem problemas aquele rapaz magricela de jogo habilidoso e de cabelos que lembravam os de um europeu. Embora fossem naturalmente ondolados, ele os alisava com pacientes aplicações de gomalina, uma espécie de brilhantina, e de toalhas quentes. Tratava-se de um processo demorado, mas eficiente: Friedenreich, sempre o último a entrar em campo, por causa dos cuidados com o penteado, chegou a ser considerado um branco. Bronzeado, porém branco. Foi o preço que pagou para que lhe fossem abertas as portas do nascente e elitista futebol brasileiro. Agora não mais um mulatinho de um bairro da baixa classe média, eis Friedenreich fazendo golos em cima de golos pelos clubes por onde passava: Mackenzie, Paulistano, Germânia outra vez, e bem depois São Paulo e Flamengo.
Pai cioso, o velho Oscar, que nunca perderia o sotaque, comecou a anotar os golos de seu filho, selecionando as súmulas dos jogos, e não se cansava de comentar com os amigos: "Pézinho de Arthur vale ourrrro..." Prosseguiu anotando até 1918, quando Friedenreich, já maduro e famoso, transferiu-se para o Paulistano, o aristocrático clube do Jardim América em que ele viveria os mais fulgurantes e inesquecíveis momentos de sua carreira. A partir daí, passou a incumbência a um de seus novos companheiros de equipe, Mario de Andrade, que nao era parente de seu homónimo escritor. Mario, que logo se tornaria seu amigo, cumpriu a missão ao longo de 17 anos.
Isso poderia ser um obstáculo para o jovem Arthur Friedenreich, que herdara da mãe, uma lavadeira mulata, as características raciais que fizeram dele um mestiço. Mas nao foi. Com 17 anos incompletos, arranjou uma vaga no time do Germânia, onde receberam sem problemas aquele rapaz magricela de jogo habilidoso e de cabelos que lembravam os de um europeu. Embora fossem naturalmente ondolados, ele os alisava com pacientes aplicações de gomalina, uma espécie de brilhantina, e de toalhas quentes. Tratava-se de um processo demorado, mas eficiente: Friedenreich, sempre o último a entrar em campo, por causa dos cuidados com o penteado, chegou a ser considerado um branco. Bronzeado, porém branco. Foi o preço que pagou para que lhe fossem abertas as portas do nascente e elitista futebol brasileiro. Agora não mais um mulatinho de um bairro da baixa classe média, eis Friedenreich fazendo golos em cima de golos pelos clubes por onde passava: Mackenzie, Paulistano, Germânia outra vez, e bem depois São Paulo e Flamengo.
Pai cioso, o velho Oscar, que nunca perderia o sotaque, comecou a anotar os golos de seu filho, selecionando as súmulas dos jogos, e não se cansava de comentar com os amigos: "Pézinho de Arthur vale ourrrro..." Prosseguiu anotando até 1918, quando Friedenreich, já maduro e famoso, transferiu-se para o Paulistano, o aristocrático clube do Jardim América em que ele viveria os mais fulgurantes e inesquecíveis momentos de sua carreira. A partir daí, passou a incumbência a um de seus novos companheiros de equipe, Mario de Andrade, que nao era parente de seu homónimo escritor. Mario, que logo se tornaria seu amigo, cumpriu a missão ao longo de 17 anos.
Enquanto cada um de seus jogos ia sendo documentado, Friedenreich projetava-se como uma celebridade nacional, dimensão que atingiu durante o Sul-Americano de 1919, realizado no Rio. Tudo contribuiu para que ele virasse ídolo do país inteiro: suas belíssimas actuações, o golo histórico na segunda prorrogação da final contra o Uruguai e, como pano de fundo, o crescente entusiasmo popular pelo futebol, que virava uma paixão brasileira. Com a vitória da Selecção e a inauguração do estádio do Fluminense, palco do campeonato, o público das grandes partidas passou de 4 mil para 20 mil espectadores.
Amador-marrom, pois o profissionalismo só seria oficializado em 1933, Friedenreich - chamado durante o Sul-Americano, pelos jornalistas argentinos e uruguaios, de "El Tigre" e de "El namorado de la America" - resolveu desfrutar de um outro tipo de vida. Vestia com aprumo seus ternos de linho irlandês S-120, bebia sua cerveja Sul-América, sorvia a noite seu conhaque francês na Confeitaria Vienense, perfumando o ambiente com o suave aroma de sândalo que se desprendia dos caríssimos cigarros "Pour la Noblesse", percorria os cabarés da madrugada paulistana e, naturalmente, acordava tarde no dia seguinte. No vestiário, enquanto esperava que a gomalina secasse nos cabelos, nao dispensava um traguinho. E alguém se importava? Magro (52 kg), alto (1,75 m), ágil, sutil, inteligentíssimo, com uma habilidade desconcertante, ele exibia preparo físico suficiente para jogar o futebol que se praticava naqueles anos românticos. Mesmo no fim da carreira, obrigado a enfrentar zagueiros violentos como Zezé Moreira, nao lhe faltou jamais jogo de cintura para fugir dos pontapés. Ou para marcar centenas e centenas de golos.
Amador-marrom, pois o profissionalismo só seria oficializado em 1933, Friedenreich - chamado durante o Sul-Americano, pelos jornalistas argentinos e uruguaios, de "El Tigre" e de "El namorado de la America" - resolveu desfrutar de um outro tipo de vida. Vestia com aprumo seus ternos de linho irlandês S-120, bebia sua cerveja Sul-América, sorvia a noite seu conhaque francês na Confeitaria Vienense, perfumando o ambiente com o suave aroma de sândalo que se desprendia dos caríssimos cigarros "Pour la Noblesse", percorria os cabarés da madrugada paulistana e, naturalmente, acordava tarde no dia seguinte. No vestiário, enquanto esperava que a gomalina secasse nos cabelos, nao dispensava um traguinho. E alguém se importava? Magro (52 kg), alto (1,75 m), ágil, sutil, inteligentíssimo, com uma habilidade desconcertante, ele exibia preparo físico suficiente para jogar o futebol que se praticava naqueles anos românticos. Mesmo no fim da carreira, obrigado a enfrentar zagueiros violentos como Zezé Moreira, nao lhe faltou jamais jogo de cintura para fugir dos pontapés. Ou para marcar centenas e centenas de golos.
Quantos, precisamente? "Veja aqui, foram 1239", Mario de Andrade revelou um dia ao jornalista De Vaney, mostrando-lhe 1329 sumulas. De Vaney ficou excitado com a descoberta, pois ali estavam transcritos os detalhes técnicos não apenas de partidas oficiais, de campeonatos, como também dos inúmeros amistosos que Friedenreich disputou por vários clubes, no Brasil inteiro, para ganhar dinheiro. Mas Mário de Andrade preferiu não entregar imediatamente o tesouro para o jornalista. Pretendia rever tudo e, depois sim, passaria o material para suas mãos, esperando que ele divulgasse os números e os registrasse na FIFA e na CBD. Alguns dias após essa conversa, Mário de Andrade morreu. De Vaney, passada uma semana, procurou a viúva. Era tarde. Apesar de uma busca exaustiva pela casa inteira, os papéis nunca mais foram localizados - haviam sido despejados no lixo, pois a familia, desinteressada em futebol, achou que eram coisa velha e sem serventia.
Mesmo assim, De Vaney publicou - sem provas - os resultados de sua descoberta no jornal Tribuna de Santos. Houve repercussoes e desmentidos, o maior deles partindo do lendário Thomaz Mazzoni, o Olimpicus de A Gazeta Esportiva, de São Paulo. Só uma pessoa poderia esclarecer o mistério. Foram encontra-la em sua casa, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Ele respondeu às perguntas com palavras vagas, os olhos verdes sem vida voltados para um ponto indefinido, as mãos esfregando os cabelos impecavelmente alisados. Morreria alguns anos mais tarde, a 6 de setembro de 1969, sem se lembrar de seus golos, de suas glórias e de seu nome: Arthur Friedenreich.
Mesmo assim, De Vaney publicou - sem provas - os resultados de sua descoberta no jornal Tribuna de Santos. Houve repercussoes e desmentidos, o maior deles partindo do lendário Thomaz Mazzoni, o Olimpicus de A Gazeta Esportiva, de São Paulo. Só uma pessoa poderia esclarecer o mistério. Foram encontra-la em sua casa, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Ele respondeu às perguntas com palavras vagas, os olhos verdes sem vida voltados para um ponto indefinido, as mãos esfregando os cabelos impecavelmente alisados. Morreria alguns anos mais tarde, a 6 de setembro de 1969, sem se lembrar de seus golos, de suas glórias e de seu nome: Arthur Friedenreich.
Legenda das fotografias:
1- Arthur Friedenreich, envergando a camisola da selecção do Brasil
2- Ao serviço do Flamengo
3- A selecção do Brasil que venceu a Copa América de 1919
4- Nos tempos em que jogava pelo São Paulo
5- No meio de duas estrelas do Brasil: Leónidas da Silva e Pelé
Vídeo: PEQUENO DOCUMENTÁRIO SOBRE ARTHUR FRIEDENREICH
Vídeo: PEQUENO DOCUMENTÁRIO SOBRE ARTHUR FRIEDENREICH
Das duas uma. Ou mostras este blog a alguma revista, ou pegas nos textos e fazes um livro, ou começas a escrever só de gajos conhecidos:D
ResponderExcluirVou começar pelo fim JP. Para quê escrever sobre gajos conhecidos se eles são... conhecidos? Daqui a uns anos sim, é claro que vou lembrar/falar sobre os Ronaldinhos Gauchos, os Robinhos, os Cristianos Ronaldos da actualidade, entre outros, quando eles passarem... à história.
ResponderExcluirComo o próprio nome do blog indica isto é um museu virtual, onde se recorda o... passado. E o passado é algo que me fascina, saber mais e mais sobre as lendas, os jogos, os clubes, as grandes competições, etc, que fizeram a história do futebol, que fizeram com que este fosse o desporto mais amado do Mundo.
Certamente quando vais a um museu é para veres essencialmente coisas do... passado, certo?
Quanto a escrever um livro sobre estas maravilhosas histórias, gostava muito, mas ainda não contei aqui nem metade da fantástica história do desporto rei.... Ainda tenho muito que lhe dar. Há que dar tempo ao tempo...
Mostrar o meu blog a uma revista, tb já pensei, e a seu tempo irei aprimorar mais essa ideia...lol
p.s. Não te preocupes que tb tenho na mente escrever sobre as lendas do teu SLB, como o Coluna, Torres, Simões, Águas, Costa Pereira, Chalana, Humberto Coelho, entre outros... tem calma...ehehehehe.
Em contrário ao que afirma o texto Arthur Friedenreich nasceu em Blumenau-SC e não em São Paulo!
ResponderExcluirAmplexos mil e o texto, salvo o local de nascimento do verdadeiro REI DO FUTEBOL, está mavioso!
Mataya Sadhana
Retificando...
ResponderExcluirArthur Friedenreich nasceu MESMO em São Paulo. Seu pai, Oskar Friedenreich, é que era natural da catarinense Blumenau!
Escusas por ter contestado sem estudar com afinco a história do maior GOLEADOR de todos os tempos!
Mataya Sadhana