quinta-feira, setembro 07, 2006

Histórias dos Campeonatos do Mundo... Uruguai 1930 (1)

Iniciamos agora uma viagem pela “deliciosa” história dos Campeonatos do Mundo de Futebol. Ao pormenor, tanto quanto nos seja possível, iremos descobrir os factos, os números e as figuras dos 18 Mundiais até hoje realizados. Uma coisa é certa, é de que esta será uma longa viagem, tão longa quanto rica que é a história da mais importante competição do Mundo.
As linhas que se seguem surgem pois na sequência da leitura de inúmeros livros e enciclopédias (da minha cada vez mais extensa “biblioteca de futebol”), do visionamento de vídeos (meu Deus, já não tenho espaço para mais DVD’s nem cassetes VHS sobre futebol em minha casa...) e de pesquisa na internet.
No fundo um trabalho que me deu um ENORME prazer, ou não fosse eu um fanático do fenómeno futebol. E é esse prazer que eu quero repartir com o visitante do Museu, que sinta o mesmo interesse, a mesma curiosidade e sobretudo a mesma paixão que eu tenho pelo belo jogo. Divirtam-se...

Finalmente... o sonho tornou-se realidade

O visitante está confortável? Óptimo, pois prepare-se que vai fazer uma inesquecível viagem até ao longínquo ano de 1930, mais concretamente ao Uruguai. Bom, mas antes de “aterrarmos” neste pequeno país sul-americano há que fazer um pequeno relato sobre o nascimento do Campeonato do Mundo.
Um projecto que demorou mais de duas décadas a ser concretizado. A ideia, ainda de uma forma muito ténue, nasceu por volta de 1905, um ano depois do nascimento da FIFA. Contudo devido a divergências de última hora entre os países (federações) membros da FIFA o projecto nunca passou disso mesmo. Foi preciso esperar por 1921 para que finalmente o sonho de criar uma grande competição planetária “tivesse pernas para andar”.
E 1921 porquê? Porque foi este o ano que o lendário Jules Rimet assumiu a presidência da FIFA. A ideia de criar um Campeonato do Mundo de Futebol era uma obsessão de Rimet, que depois de constatar o sucesso dos torneios de futebol dos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 colocou o seu sonho em andamento.
O Comité da FIFA aprovaria a proposta do secretário-geral da Federação Francesa de Futebol, Henri Delaunay, de criar uma competição que juntasse de quatro em quatro anos as melhores selecções do planeta. Num congresso da FIFA realizado em Helsínquia, em 1927, Jules Rimet anunciava ao Mundo – finalmente – que em 1930 se iria realizar o primeiro Campeonato do Mundo de Futebol, sendo nomeado para o efeito um Comité Organizador (CO). Foram então apresentadas várias candidaturas para a organização do evento, nomeadamente a Hungria, a Itália, a Suécia, a Holanda, a Espanha e o Uruguai. Foi definido pelo CO que o país que recebesse o evento suportaria todos os custos do mesmo, incluindo deslocações das equipas, alojamento, alimentação das mesmas, etc. Por seu turno, a FIFA exigia 10% de todas as receitas. “Exigências”, ou regras, estas que resfriaram de imediato o entusiasmo de alguns países, que não estavam de acordo em suportar todos os custos da prova. O Uruguai foi o único a aceitar todas as condições. No entanto, não foi apenas por ter aceite as regras da FIFA que este país ganhou o direito de organizar o primeiro Mundial de Futebol, já que os dirigentes uruguaios colocariam em cima da “mesa das negociações” o facto de nos meses de Junho e Julho de 1930 o país ir comemorar o centenário da sua independência, prometendo desde logo a construção de um estádio com capacidade para 100 000 pessoas. Estádio esse que desde logo recebeu o nome de... Estádio do Centenário. Para além disso, o facto de o Uruguai ser na altura a melhor selecção do Mundo, já que encantara o “planeta da bola” com o seu maravilhoso futebol culminado com as conquistas dos títulos olímpicos de 1924 (Jogos Olímpicos de Paris) e de 1928 (Jogos Olímpicos de Amesterdão), teve igualmente um certo peso na decisão da FIFA em atribuir aos uruguaios a organização da prova.
Seria sem surpresas que no Congresso da FIFA de 1929, realizado em Barcelona, a entidade que gere o futebol mundial comunicaria oficialmente que o primeiro Mundial seria no Uruguai. (Na foto ao lado vê-se a chegada de Rimet a Montevideu.)
No entanto, esta decisão não seria recebida de bom grado por todos os países membros da FIFA. Isto porque os clubes europeus consideravam absurdo pagar os ordenados aos seus melhores jogadores durante uma ausência calculada em cerca de dois meses no Uruguai para disputar o Mundial. Perante este recuo dos europeus a federação uruguaia prontificou-se de imediato a pagar os ordenados aos jogadores europeus durante esse período. No entanto, grande parte dos “craques” não aceitou a boa vontade dos uruguaios, não viajando para a América do Sul. Grandes selecções da altura como a Hungria, a Itália, a Áustria ou a Checoslováquia, no fundo, as super potências do futebol europeu da altura, não aceitaram o convite da FIFA para marcar presença no primeiro Mundial.
Abra-se desde já aqui um parênteses para sublinhar que nesta primeira edição do Mundial não houve fase de qualificação, pois as equipas que nele marcaram presença responderam a um convite da FIFA.
Outra super potência do futebol europeu da época, a França, ameaçou seguir o exemplo das selecções acima referidas e não se deslocar ao Uruguai. Não fora a intervenção de Jules Rimet (francês de nascimento), que de imediato satisfez todas as exigências dos seus compatriotas, e os gauleses não teriam ido à América do Sul. (Na foto ao lado está a selecção francesa que actuou no Mundial do Uruguai.)
De qualquer maneira dois meses antes do início do Mundial nenhuma equipa europeia estava inscrita, mas após a resolução deste problema a França, a Roménia, a Jugoslávia e a Bélgica decidiram mandar as suas selecções para o Uruguai.
E eis que em 20 de Junho de 1930 (a cerca de um mês do pontapé de saída da competição) franceses, belgas e romenos estavam em Villefranche-sur-Mer preparadas para embarcar no paquete italiano “Conte Verde” para a longa travessia no Atlântico. No dia 5 de Julho seguinte as selecções chegavam à baía de Montevideu (capital do Uruguai), isto depois de passar pelo Rio de Janeiro para dar uma boleia à equipa do Brasil.
Por seu turno, a equipa da Jugoslávia preferiu viajar sozinha (mais à larga certamente) para a América do Sul, tendo cruzado o Atlântico a bordo do luxuoso veleiro “Flórida”, cobiçado pelos grandes magnatas mundiais da época para as suas viagens. É caso para dizer...e viva o luxo!
À espera das selecções europeias estavam as suas congéneres sul-americanas, o Brasil, o Paraguai, o Peru, a Bolívia, o Chile, a Argentina e claro está, o Uruguai. A estes juntaram-se ainda o México e Estados Unidos da América, equipas que completaram o lote de participantes do primeiro Mundial. Seriam pois 13, os países que participaram no primeiro grande momento do futebol mundial. (Na imagem do lado pode ver-se a equipa da Argentina que se iria sagrar vice-campeã do Mundo nesta primeira edição.)

A bola começou a rolar
Face ao número reduzido de participantes, substitui-se o sistema de eliminação directa pela fórmula de quatro grupos. Designou-se então que quatro equipas seriam cabeças-de-série, tendo sido elas a Argentina, Brasil, Estados Unidos da América e Uruguai, sendo que os vencedores de cada grupo se qualificariam para as meias-finais.
Em jeito de homenagem a Jules Rimet a França seria uma das selecções que daria o pontapé de saída do grande evento desportivo. Como adversário no jogo inaugural os franceses tiveram o México, um jogo que seria realizado no Campo de Pocitos (Montevideu), já que o majestoso Estádio Centenário ainda não estava concluído (dizem que o cimento das bancas ainda estava fresco aquando da abertura do Mundial). A França venceria facilmente os mexicanos por 4-1, não obstante de ter alinhado grande parte do encontro com dez jogadores, por lesão do guarda-redes Thépot, já que naquela altura ainda não existiam as substituições. (Na foto de cima: uma fase do jogo entre o Brasil e a Bolívia.)
Francês foi igualmente o primeiro golo de um Mundial, de seu nome Lucien Laurent, um homem que entrou assim na história do futebol pelo facto de ter apontado o primeiro golo de um Campeonato do Mundo.
O guardião Thépot haveria de ser o herói do jogo seguinte da França, ante a Argentina, já que durante 80 minutos resistiu de uma forma heróica aos ataques avassaladores dos argentinos, e só um livre magistralmente apontado por Luigi Monti ao minuto 80 deu uma magra vitória por 1-0 ao país das pampas. (Ao lado a cerimónia de abertura do certame.) Este jogo será ainda relembrado por um caricato episódio, já que o árbitro da partida, o brasileiro Almeida Rego, daria por terminado o encontro seis minutos antes do tempo regulamentar, e só graças aos protestos dos adeptos uruguaios que assistiam ao jogo (e que torciam pela França, já que a Argentina foi, é e será sempre o eterno inimigo), que entretanto haviam invadido o campo para “acertar as contas” com o juiz da partida, é que o erro foi corrigido e o brasileiro voltou ao campo para dar continuidade ao jogo que terminaria, como já vimos, com a vitória argentina por 1-0.
No grupo 2 ficariam os melhores representantes do futebol europeu neste torneio, a Jugoslávia. Derrotaram o Brasil (2-1) e a Bolívia (4-0), classificando-se desde logo no primeiro lugar do grupo e consequente apuramento para as meias-finais. A França (grupo 1) perdeu as esperanças da qualificação para a fase seguinte após ter sido derrotada pelo Chile (0-1).
A Roménia também não fez melhor, vencendo um jogo (Perú, por 3-1) e perdendo outro (Uruguai, por 0-4). (Na imagem ao lado está a desoladora selecção brasileira que se deslocou ao Uruguai.)
A Bélgica, sem o seu melhor jogador da altura, Braine, não teve melhor sorte, já que sofreu duas derrotas no grupo 4, ante os Estados Unidos da América (0-3) e o Paraguai (0-1).
Nas meias finais encontraram-se Uruguai e Jugoslávia, e Argentina e Estados Unidos da América. No encontro que opôs argentinos e norte-americanos houve “mosquitos por cordas”, originados pelos constantes protestos dos “soccerboys” contra a interpretação do árbitro belga Langenus sobre a lei do fora-de-jogo. O treinador dos americanos, Robert Miller, tentou agredir o árbitro com a mala de massagista, errando o alvo por muito pouco. O resultado do jogo saldou-se por uns claros e controversos 6-1 a favor dos argentinos. Por igual resultado venceriam os uruguaios a equipa da Jugoslávia. Estavam assim encontrados os dois finalistas do primeiro Mundial.

A grande final...

Chegou-se ao dia 30 de Julho, e o Estádio Centenário a “abarrotar pelas costuras” com 100 000 espectadores em delírio. Uma final à qual também não faltaram peripécias. Em Buenos Aires, o ambiente era de loucura total tendo o povo organizado manifestações para que fossem postos à sua disposição mais barcos para atravessar o Rio de La Plata (River Plate) para a outra margem... para Montevideu. Estima-se que mais de 20 000 argentinos atravessaram o rio em dez barcos fretados de propósito para o efeito (diz a lenda que um destes barcos chegou a Montevideu já no fim da grande final). (Ao lado as duas equipas finalistas a entrarem em campo.) Temendo-se incidentes entre uruguaios e argentinos (velhos inimigos) as armas de fogo foram confiscadas à entrada do estádio.
Os árbitros não escapavam a este ambiente frenético e ameaçador em redor do jogo, pelo que dos quatro juizes apontados inicialmente para dirigir a final, o único a aceitar tal responsabilidade foi o belga John Langenus (na foto ao lado). Para tal a FIFA teve de satisfazer algumas exigências do belga, mais precisamente em dar-lhe protecção policial durante 24 horas, fazendo-lhe um seguro de vida e colocando à sua disposição um navio que o levaria de volta a casa logo após o término do jogo.
Seguiu-se o “episódio da bola”, ou seja, cada equipa queria jogar com a sua bola. Por sorteio foi escolhida a bola argentina, mas os uruguaios, supersticiosos, trataram logo de reclamar contra a (má) sorte. Para satisfazer a “gregos e a troianos” o árbitro decidiu que seriam usadas as duas bolas, uma em cada parte. A primeira parte foi jogada com a bola argentina, e de facto foi de má sorte para os uruguaios, que foram para o intervalo a perder por 1-2, com os tentos argentinos a serem apontados por Stabile e Peucelle, ao passo que o tento uruguaio foi de Dorado. Mas na segunda parte tudo se modificou, os uruguaios deram a volta ao marcador graças a uma exibição espectacular e inolvidável. Ninguém os parou. Venceriam por 4-2, tornando-se assim nos primeiros Campeões do Mundo. Perante a multidão em delírio o capitão uruguaio José Nazzazi ergueu o trofeú criado propositadamente para o evento pelo escultor francês Abel Lafleur. (Na imagem do lado vê-se Castro marcar o quarto golo que selou a vitória do Uruguai.)

Factos que ficam para a história...
- A receita de bilheteira deste primeiro Mundial cifrou-se em 255 107 dólares (da altura).

- Foram disputados 18 jogos no total, com um total de espectadores de 434 000, uma média de 24 111 por jogo. Na final estiveram 100 000 pessoas no Estádio Centenário.

- Estados Unidos... da Escócia: A selecção dos Estados Unidos da América, (na imagem) que neste Mundial se classificou em 3º lugar (juntamente com a Jugoslávia), a sua melhor classificação até à data, disputou a competição com vários jogadores europeus naturalizados. Na sua maioria eram escoceses, tais como Bart McGhee, Brown, Wood, e Gallacher. Do grupo fazia ainda parte um luso-americano, de seu nome Adelino “Billy” Gonsalves, nascido em “Terras do Tio Sam” mas filho de emigrantes portugueses. Pela presença no Uruguai os jogadores americanos receberam uma bolsa equivalente a seis meses de ordenado, e outro tanto pelo “bronze” alcançado.

- Um Brasil muito carioca: Devido a divergências entre cariocas e paulistas, jogadores do Estado de São Paulo foram proibidos de integrar a selecção brasileira neste Mundial. Assim só os atletas dos clubes do Rio de Janeiro tinham permissão para representar a “canarinha”. Desta forma o Brasil, orientado por Pindaro de Carvalho Rodrigues, não pôde contar com o seu grande craque da altura, o paulista Fridenreich. Dizem até que os adeptos dos clubes paulistas ficaram bem satisfeitos pelo fracasso que foi a participação da selecção neste evento.


- O grande capitão: José Nazzazi, (na foto ao lado)o capitão da equipa do Uruguai, foi o líder da “celeste” na caminhada para o título. Fez-se notar não só pelo seu talento futebolístico mas também pelos gritos de advertência que lançava aos companheiros. Ele era o verdadeiro treinador da equipa campeã do Mundo...



- O treinador que era... o rei: tal como outras selecções europeias (pelos motivos acima já explicados) a Roménia (a equipa que se encontra na foto ao lado) esteve para não ir ao Uruguai. Valeu a intervenção (foi mais uma ordem do que um pedido) do Rei Carol (o rei daquele país), que não só ordenou que os seus jogadores fossem para a América do Sul como também se encarregou de os escolher. Mais curioso que isso foi ainda o facto de o rei, que era um “doente” pelo futebol, ter sido o treinador da equipa durante o torneio.

- Guillermo Stabile: O título uruguaio foi festejado efusivamente e o próprio Governo daquele país decretou que o dia seguinte ao da final fosse feriado nacional. Os jogadores uruguaios como Nazzazi, Cea, Castro, Iriarte, Dorado, Scarone ou Andrade (A Maravilha Negra) seriam imortalizados pelo povo "charrua".
No entanto, não só de nomes uruguaios se fez este campeonato, visto que o melhor marcador do mesmo foi o argentino Guillermo Stabile (na foto ao lado), autor de oito remates certeiros. Foi ainda o autor do primeiro “hattrick” em Mundiais.



- Três estádios foram utilizados neste Mundial, o Parque Central, o Campo de Pocitos e o magnífico Estádio Centenário (na foto debaixo), todos situados em Montevideu.

-A selecção do México chegou ao Mundial de 30 assustada com os prognósticos dos expertes da modalidade. Para dar ânino aos seus jogadores o seleccionador mexicano, espanhol de nascimento, de seu nome Juan Luqué de Serrallonga, dirigiu-lhes uma mensagem de alento num dos quartos do Hotel de Montevideo, onde a equipa estava hospedada, e assegurou-lhes que a Virgem de Guadalupe estava a rezar por eles no seu país, mais precisamente no monte de Tepeyac. Concluíu a sua palestra com as seguintes palavras: "Muchachos, les quiero suplicar que se olviden de todo, novias, hermanos, padres, madres, y que solo les quede grabado en sus mentes la palabra México. Ahora que lucharemos contra Francia hay que recordar al general Ignacio Zaragoza. Si él pudo vencerlos, también lo podemos hacer nosotros". Convencidos das palavras do seleccionador os jogadores entraram no jogo diante da França a jogar de igual para igual, acabando, no entanto, por perder esse jogo por 1-4.

-Foi frente ao México que o capitão de equipa argentino Manuel "Nolo" Ferreira falhou o único jogo em todo o Mundial. O motivo da ausência deveu-se ao facto de Ferreira ter de se deslocar a Buenos Aires ra fazer um exame na Faculdade de Direito, onde se encontrava a tirar o curso de Escribão Público. Depois de ter passado no referido exame voltou de imediato a Montevideo para continuar a jogar o Mundial. Anos mais tarde reconheceria que os seus professores haviam facilitado a sua apovação no dtio exame, pelo simples facto de estar a representar a selecção argentina no grande certame futebolístico.

-A equipa da casa sofreu uma importante baixa à última da hora, mais precisamente o seu guarda-redes Mazzalli. O episódio foi assim recordado na primeira pessoa pelo capitão de equipa José Nasazzi: "El momento más triste para nosotros fue cuando separaron del plantel a Andrés Mazzalli. Había sido el arquero en París y Amsterdam, pero era muy mujeriego y una noche se escapó de la concentración para ir a encontrarce con una rubia. Lo expulsaron y no hubo defensa para él. Todos sentimos pena, pero la sanción impuesta fue irreductible y ni a mi me hicieron caso".




Resultados e classificações

Grupo 1

13 de Julho de 1930
França – México (4-1)
(Laurent, 19’; Lngiler, 40’; e Maschinot, 42’ e 87’)
(Carreño, 70’)

15 de Julho de 1930
Argentina – França (1-0)
(Monti, 80’)

16 de Julho de 1930
Chile – México (3-0)
(Vidal, 4’ e 86’ e Rosas, 51’ p.b.)

19 de Julho de 1930
Chile – França (1-0)
(Subiabre, 65’)

19 de Julho de 1930
Argentina – México (6-3)
(Stabile, 8’,17’ e 80’, Varallo, 53’ e Zumelzzu, 10’ e 55’)
(Rosas, 42’ e 55’ e Gayon, 78’ g.p.)

22 de Julho de 1930
Argentina – Chile (3-1)
(Stabile, 12’ e 14’ e Mário Evaristo, 51’)
(Subiabre, 15’)

Classificação:

1- Argentina- 9 pontos
2- Chile – 6 pontos
3- França – 3 pontos
4- México – 0 pontos

Grupo 2

14 de Julho de 1930
Jugoslávia – Brasil (2-1)
(Tirnanic, 21’ e Beck, 30’)
(Preguinho, 62’)

17 de Julho de 1930
Jugoslávia – Bolívia (4-0)
(Beck, 60’ e 67’, Marjanovic, 65’ e Vujadinovic, 85’)

20 de Julho de 1930
Brasil – Bolívia (4-0)
(Carvalho Leite, 27’ e 73’; Preguinho, 78’ e 83’)

Classificação:

1- Jugoslávia – 6 pontos
2- Brasil – 3 pontos
3- Bolívia – 0 pontos

Grupo 3

14 de Julho de 1930
Roménia – Peru (3-1)
(Staucin, 1’ e 74’ e Kovacs, 85’)
(Souza, 60’)

18 de Julho de 1930
Uruguai – Peru (1-0)
(Castro, 60’)

21 de Julho de 1930
Uruguai – Roménia (4-0)
(Dorado, 7’, Scarone, 16’, Anselmo, 30’ e Cea, 35’)

Classificação:

1- Uruguai – 6 pontos
2- Roménia – 3 pontos
3- Peru – 0 pontos

Grupo 4

17 de Julho de 1930
Estados Unidos – Bélgica (3-0)
(McGhee, 23’; Florie, 38’ e Patenaude, 68’)

13 de Julho de 1930
Estados Unidos – Paraguai (3-0)
(Patenaude, 10’, 15' e 50’)

20 de Julho de 1930
Paraguai – Bélgica (1-0)
(Peña, 40’)

Classificação:

1- Estados Unidos – 6 pontos
2- Paraguai – 3 pontos
3- Bélgica – 0 pontos

Meias-Finais

26 de Julho de 1930
Argentina – Estados Unidos (6-1)
(Monti, 20’, Scopeli, 61’, Stabile, 69’ e 87’; Peucelle, 80’ e 85’)
(Brown, 89’)

27 de Julho de 1930
Uruguai – Jugoslávia (6-1)
(Cea, 18’, 65 e 81’; Anselmo, 21’ e 39’ e Iriarte, 61’)
(Sekulic, 4’)

FINAL

30 de Julho de 1930
Estádio Centenário, Montevideu
Árbitro: John Langenus (Bélgica)

Uruguai (4): Ballestero, Nazzazi (cap.) e Mascheroni; Andrade, Fernandez e Gestido; Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte. Treinador: Alberto Supicci

Argentina (2): Botasso, Della Torre e Paternoster; Evaristo, Monti e Suarez; Peucelle, Varallo, Stabile, Ferreyra (cap.) e Mário Evaristo. Treinador Franscisco Olazar

Golos: 1-0 por Dorado, 12’; 1-1 por Peucelle, 20’; 1-2 por Stabile, 37’; 2-2 por Cea, 57’; 3-2 por Iriarte, 68’; 4-2 por Castro, 89’.


Onze Ideal do Torneio
Táctica: 2-3-5

1-Thépot (França)
2-Nazzazi (Uruguai)
3-Mascheroni (Uruguai)
4-Torres (Chile)
5-Fausto (Brasil)
6-Juan Evaristo (Argentina)
7-Peucelle (Argentina)
8-Scarone (Uruguai)
9-Stabile (Argentina)
10-Cea (Uruguai)
11-McGhee (Estados Unidos)

Os Campeões do Mundo
4 Jogos: Andrade, Cea, Fernandez, Gestido, Ballestero, Iriarte e Nazzazi.
3 Jogos: Dorado, Mascheroni e Scarone.
2 Jogos: Anselmo e Castro.
1 Jogo: Petrone, Tejera e Urdinaran.

(na foto em cima esté José Leandro Andrade, mais conhecido como a "Maravilha Negra", um dos totalistas da selecção uruguaia no Mundial.)

Não utilizados: Capuccini, Melogno, Piriz, Recoba, Secco e Saldombide.

Os marcadores do Campeão
5 golos: Cea
3 golos: Anselmo
2 golos: Castro, Dorado e Iriarte
1 golo: Scarone

Números da prova

13 países presentes
18 jogos
70 golos
3,89 média de golos por jogo
434 000 espectadores
24 111 média de espectadores por jogo
1 expulsão (Las Casas, jogador do Peru)
2 golos na própria baliza

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