Substituir um ídolo é sempre uma tarefa deveras complicada para qualquer jogador que surge pela primeira vez debaixo das luzes da ribalta no seio de um clube. E ainda mais espinhosa se torna a missão se esse clube for um gigante dos rectângulos de jogo. Foi um pouco este o cenário vivido por Soares dos Reis, lendário guarda-redes do Futebol Clube do Porto da primeira metade do século XX. Nascido em Paredes a 11 de Março de 1911 Soares dos Reis teve a missão – para muitos impossível, naquela altura – de substituir na baliza dos “dragões” um mito chamado Mihaly Siska (de quem já aqui falámos há uns meses atrás), um húngaro considerado por muitos como o primeiro grande “keeper” do futebol lusitano. A missão não só seria superada como a nossa “estrela cintilante” de hoje haveria de se tornar igualmente numa lenda do clube da “Cidade Invicta”.
E assim o é graças às suas célebres e seguras exibições na baliza azul-e-branca durante os princípios da década de 30, altura em que foi um dos actores principais dos portistas nos triunfos dos primeiros capítulos do escalão maior do futebol português. Neste particular episódio destaca-se o título nacional referente à época de 1934/35, altura em que o Campeonato Nacional da 1ª Divisão teve a sua estreia. Soares dos Reis seria novamente campeão nacional em 38/39, sendo aqui de sublinhar que este título seria ganho sob o comando técnico de Mihaly Siska, o antecessor de Soares dos Reis, como já foi dito. Dono da baliza do FC Porto durante cinco temporadas Soares dos Reis figura ainda na história do clube por ter sido o seu primeiro guarda-redes internacional. Com as quinas ao peito actuou por quatro ocasiões, tendo a estreia não corrido lá muito bem, já que em Madrid, a 11 de Março de 1934 (dia em que completou 23 anos de idade), sofreria nove golos (!) de uma poderosa Espanha que a guardar a sua baliza tinha um mito – este de âmbito mundial – que dava pelo nome de Ricardo Zamora. A excentricidade era uma característica muito particular de Soares dos Reis, um homem que treinava a sua agilidade a... apanhar coelhos (!) e que tinha por mania – diziam alguns – bordar as suas iniciais nas camisolas como forma de dar – ainda mais – nas vistas dentro de campo.
Após abandonar o futebol continuou ligado ao clube do coração na qualidade de dirigente, e foi graças a si que dois nomes que mais tarde haveriam de se tornar mitos deste clube chegaram às Antas, nomeadamente Vírgilio e Hernâni.
E assim o é graças às suas célebres e seguras exibições na baliza azul-e-branca durante os princípios da década de 30, altura em que foi um dos actores principais dos portistas nos triunfos dos primeiros capítulos do escalão maior do futebol português. Neste particular episódio destaca-se o título nacional referente à época de 1934/35, altura em que o Campeonato Nacional da 1ª Divisão teve a sua estreia. Soares dos Reis seria novamente campeão nacional em 38/39, sendo aqui de sublinhar que este título seria ganho sob o comando técnico de Mihaly Siska, o antecessor de Soares dos Reis, como já foi dito. Dono da baliza do FC Porto durante cinco temporadas Soares dos Reis figura ainda na história do clube por ter sido o seu primeiro guarda-redes internacional. Com as quinas ao peito actuou por quatro ocasiões, tendo a estreia não corrido lá muito bem, já que em Madrid, a 11 de Março de 1934 (dia em que completou 23 anos de idade), sofreria nove golos (!) de uma poderosa Espanha que a guardar a sua baliza tinha um mito – este de âmbito mundial – que dava pelo nome de Ricardo Zamora. A excentricidade era uma característica muito particular de Soares dos Reis, um homem que treinava a sua agilidade a... apanhar coelhos (!) e que tinha por mania – diziam alguns – bordar as suas iniciais nas camisolas como forma de dar – ainda mais – nas vistas dentro de campo.
Após abandonar o futebol continuou ligado ao clube do coração na qualidade de dirigente, e foi graças a si que dois nomes que mais tarde haveriam de se tornar mitos deste clube chegaram às Antas, nomeadamente Vírgilio e Hernâni.