terça-feira, janeiro 13, 2009

Prémio Melhor Jogador do Mundo FIFA... os seus vencedores

O Museu abre hoje as suas portas para falar um pouco do prémio individual mais desejado por todos jogadores, atribuido anualmente pela instituição que comanda o Mundo da bola. O Prémio de Melhor Jogador do Mundo (FIFA World Player of the Year) foi instituido em 1991 e visa, anualmente, eleger o melhor craque da bola do planeta. O vencedor é encontrado após a contagem dos votos de treinadores e capitães de equipa de todas as selecções do Mundo.
A par da Bola de Ouro (de que já aqui falámos) este prémio é o mais desejado por todos os futebolistas, pois ambos significam que o seu vencedor é simplesmente o melhor dos melhores.
Desde a sua instituição o FIFA World Player of the Year já foi conquistado por 14 jogadores, sendo os mais laureados o francês Zinedine Zidane e o brasileiro Ronaldo, ambos com três troféus na conta pessoal. O Brasil é o país com mais troféus (uma peça banhada a ouro que pode ser vista na imagem acima) com um total de 8 conquistas. Em relação a clubes o FC Barcelona foi o emblema que viu mais jogadores seus vencerem o prémio, 7 na totalidade. Portugal venceu por 2 ocasiões este galardão individual, antes de Cristiano Ronaldo ter arrecadado o troféu já Luís Figo o havia feito em 2001. E foi precisamente a partir deste último ano que a FIFA decide também eleger a melhor jogadora do Mundo. Uma questão de direitos de igualdade... provavelmente. Entre as senhoras a brasileira Marta é a mais laureada, com 4 títulos de melhor das melhores. O Brasil é por isso o país com mais prémios ao nível de senhoras. Em termos de clubes o FFC Frankfurt (Alemanha) e o Umea IK (Suécia) são os emblemas que viram mais jogadores suas conquistar o prémio, 3 na totalidade.
Seguidamente, e sem mais demoras, fiquem-se com a vitrina onde estão guardados as grandes lendas (primeiro em homens e depois em senhoras)do futebol mundial que um dia venceram este importante prémio:1991: MATTHAUS (Alemanha/Inter)
1992: VAN BASTEN (Holanda/Milan)
1993: ROBERTO BAGGIO (Itália/Juventus)
1994: ROMÁRIO (Brasil/FC Barcelona)
1995: WEAH (Libéria/PSG/Milan)
1996: RONALDO (Brasil/PSV/FC Barcelona)
1997: RONALDO (Brasil/FC Barcelona/Inter)
1998: ZIDANE (França/Juventus)
1999: RIVALDO (Brasil/FC Barcelona)
2000: ZIDANE (França/Juventus)
2001: FIGO (Portugal/Real Madrid)
2002: RONALDO (Brasil/Inter/Real Madrid)
2003: ZIDANE (França/Real Madrid)
2004: RONALDINHO (Brasil/FC Barcelona)
2005: RONALDINHO (Brasil/FC Barcelona)
2006: CANNAVARO (Itália/Juventus/Real Madrid)
2007: KAKÁ (Brasil/Milan)
2008: CRISTIANO RONALDO (Portugal/Man. United)
2009: MESSI (Argentina/FC Barcelona)


SENHORAS...
2001: HAMM (EUA/Washington Freedom)
2002: HAMM (EUA/Washington Freedom)2003: PRINZ (Alemanha/FFC Frankfurt)
2004: PRINZ (Alemanha/FFC Frankfurt)
2005: PRINZ (Alemanha/FFC Frankfurt)
2006: MARTA (Brasil/Umea IK)
2007: MARTA (Brasil/Umea IK)
2008: MARTA (Brasil/Umea IK)
2009: MARTA (Brasil/Santos)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Estrelas cintilantes (15)... Bart McGhee

Depois de algum tempo em que estivemos arredados das maravilhosas histórias do mundo da bola, e desde já pedimos por isso desculpas aos nossos habituais visitantes, o museu aproveita hoje o ditado “ano novo, vida nova” para também ele regressar aos seus contos futebolísticos.
E fazemo-lo com uma longa viagem até às primeiras décadas do século passado para descobrir um pouco da história de um dos grandes heróis norte-americanos dessa altura, de seu nome Bartholomew McGhee.
Conhecido nos meandros da bola como Bart (diminuitivo de Bartholomew) este homem nasceu na Escócia, mais concretamente em Edimburgo, no dia 30 de Abril de 1899, sendo filho do famoso futebolista internacional escocês James McGhee.
Em 1912, a bordo do navio Caledonia, Bart e o seu irmão mais velho, Jim, emigraram para os Estados Unidos da América (EUA), juntando-se a seu pai que dois anos antes havia partido para terras do Tio Sam em busca de uma vida melhor.
Chegado aos States o mais novo membro do clã McGhee, que contava nessa época com 19 anos de idade, começou a mostrar os seus dotes futebolísticos nos New York Shipbuilding, equipa amadora de New Jersey. Corria então a temporada de 1917/18.
Aí ele permaneceria por mais uma época até se mudar para o Wolfenden Shore, onde ficaria até 1921. A partir de 1922 outros clubes se seguiram na sua gloriosa carreira depois de abandonar esta equipa, nomeadamente os conjuntos profissionais (da American Soccer League) do Philadelphia Hibernian, o New York Field Club, o Fleisher Yarn, o Indiana Flooring, os New York Nationals, o Philadelphia Field Club (por empréstimo dos Nationals) e os New York Giants.
Em termos de títulos Bart, que jogava como extremo-esquerdo, alcançaria em 1928, com a camisola dos New York Nationals, a vitória na US Open Cup, naquele tempo a prova mais importante dos EUA. No ano seguinte venceria a Lewis Cup, competição pertencente à American Soccer League (ASL).
Segundo estatísticas da ASL Bart McGhee participou em pelos menos 350 jogos e apontou 137 golos entre 1921 e 1931, ano este em que pendurou as chuteiras ao serviço do New York Shipbuilding.
Mas aquele que é considerado o seu maior feito ocorreu com a camisola da selecção dos EUA, com a qual se tornou num jogador lendário para aquelas bandas. Considerado um dos melhores jogadores norte-americanos da altura não foi de estranhar que Bart tivesse sido convocado para a equipa norte-americana que disputou o primeiro Campeonato do Mundo da FIFA, que em 1930 decorreu no Uruguai. Juntamente com Billy Gonsalves, Jimmy Gallagher, Tom Florie e Bert Patenaude a nossa figura de hoje fez desta aquela que para muitos é considerada a melhor selecção dos EUA de sempre! Equipa que chegaria até à medalha de bronze dessa competição. O maior feito do soccer dos States até à data.
Bart McGhee seria imoralizado nesse Mundial pelo faco de ter sido dele o primeiro golo dos EUA numa fase final, apontado no primeiro jogo do grupo face à Bélgica. Nesse encontro realizado no Parque Central de Montevideo ele faria mais um golo dos três que os EUA bateram o combinado belga. Jogaria ainda as outras duas partidas da sua selecção nesse Mundial, diante do Paraguai e da Argentina, este último referente às meias-finais.
Estes seriam os únicos jogos em que Bart vestiria as cores da selecção do país que em 1912 o acolheu.
Em 1986 o seu nome seria introduzido no National Soccer Hall of Fame (museu de futebol dos EUA). Infelizmente não teve a felicidade e orgulho de presenciar esse justo momento, pois havia já deixado o mundo dos vivos precisamente há 30 anos à data de hoje.
Uma última nota para dizer que Bart e o seu pai James são os únicos jogadores a nível mundial com laços familiares deste género, ou seja, pai e filho, a defenderem as cores de dois países diferentes em jogos internacionais.